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Colar de Ossos: Outras Histórias
Colar de Ossos: Outras Histórias
Colar de Ossos: Outras Histórias
E-book102 páginas56 minutos

Colar de Ossos: Outras Histórias

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Sobre este e-book

Colar de Ossos e outras histórias – de Paulo Érico CanarimSão mais de 30 contos curtos que convidam o leitor a navegar por histórias surpreendentes, irônicas, engraçadas e principalmente um olhar diferente sobre os acontecimentos cotidianos.Histórias que aconteceram no centro da cidadeUm conto de NatalSabores de sextasHoje tem bife a cavalo?Algo em comumHora extraUm bom diaJaleco branco e tabuleiro na cabeçaAconteceu em um hotel no centroComeçou pequeno, bemUma vendedora de empadas...O moçoDona YolandaHistórias que ouvi dizerA volta da guerraNão, filha; mas deu vontade...Nasce o filhoA solidão é um equívoco, a vida não deveria permitir isso...Às vezes é uma questão de sorteTiozinhoChamadoSe beber, melhor não dirigirComplicado, hein, Juvenal!Boas intençõesViúvaUm lençol limpo e velasReencontroCoisas de criançasPedro e a árvoreHora do banhoEssa menina é fogoPassou rápidoDois meninos brincandoColar de OssosO conto que dá nome ao livro é um conto policial com toque de mistério. Fala sobre uma maldição que toma Antonio de Lucas, um sujeito introspectivo e metódico.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento13 de mar. de 2017
ISBN9781526001634
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    Colar de Ossos - Paulo Erico Canarim

    Capa

    Paulo Érico Canarim

    Colar de Ossos e outras histórias

    1ªedição

    Rio de Janeiro

    Edição do Autor

    2013

    Copyright: Paulo Érico Canarim

    Coordenação Editorial: Patricia Canarim

    Capa: Vinícius Moore Canarim

    Ilustrações: Heliana Laura Rucco

    Revisão: Renata Medeiros

    Ficha

    Dezembro de 2013

    Primeira Edição

    Pai e mãe ouro de mina

    Agradeço a minha família o apoio e a dedicação.

    Índice

    Algumas palavras...

    Histórias que aconteceram no centro da cidade

    Um conto de Natal

    Sabores de sextas

    Hoje tem bife a cavalo?

    Algo em comum

    Hora extra

    Um bom dia

    Jaleco branco e tabuleiro na cabeça

    Aconteceu em um hotel no centro

    Começou pequeno, bem

    Uma vendedora de empadas...

    O moço

    Dona Yolanda

    Histórias que ouvi dizer

    A volta da guerra

    Não, filha; mas deu vontade...

    Nasce o filho

    A solidão é um equívoco, a vida não deveria permitir isso...

    Às vezes é uma questão de sorte

    Tiozinho

    Chamado

    Se beber, melhor não dirigir

    Complicado, hein, Juvenal!

    Boas intenções

    Viúva

    Um lençol limpo e velas

    Reencontro

    Coisas de crianças

    Pedro e a árvore

    Hora do banho

    Essa menina é fogo

    Passou rápido

    Dois meninos brincando

    Colar de Ossos

    Colar de Ossos

    Algumas palavras...

    Isto não é um conto. Talvez, um agrupamento de tipos disparados contra uma página em branco, seguidos por espaço, interrompidos por signos, símbolos, para dar alguma ordem. Em blocos justificados ou não, seguem uns atrás dos outros em ritmo acelerado e, vez por outra, o marcador pisca aguardando...que os tipos continuem chegando, para só assim dar um final ou não, à sequência iniciada.

    Histórias que aconteceram no centro da cidade

    Um conto de Natal

    Chovia muito. Ouvia-se apenas o som das águas correndo e arrastando o que encontrava pela frente. As roupas encharcadas. Levava apenas uma sacola com suas coisas. A chuva parou. Enfiou-se dentro de uma caixa de papelão e ficou olhando o movimento. Pessoas desejavam Feliz Natal umas às outras, carros buzinavam. O relógio da rua marcava dezenove horas.

    Tudo calmo, não se via mais ninguém nas ruas. Esticou a mão para sentir a chuva que finalmente parara. De uma sacola plástica tirou dois pedaços de pão. Do outro lado da rua, um cachorro sentiu o cheiro e levantou a cabeça. Os dois encaravam–se, então, ele fez um barulho com os dedos chamando o animal, que imediatamente atravessou a rua e pôs-se ao seu lado.

    Os sinos bateram, era missa de Natal.

    Jaleco Branco e tabuleiro na cabeça

    Na mesa, uma porção de pastel de angu e uma garrafa de cerveja. As outras estavam no chão embaixo da mesa, derrotadas, vencidas. O bar, localizado num bairro próximo ao centro da cidade, recebe todo tipo de gente, em especial às sextas. Os dois sujeitos aparentam ser homens bem casados mas, quando estão desacompanhados, agem como aquele cachorro que passa a vida toda preso e, quando solto, corre de um lado pra outro, sem saber o que fazer. Tudo estava tranquilo, não tinham a intenção de fazer nenhuma besteira e não fizeram; estavam apenas a conversar e deixar o tempo correr. Passava um pouco das seis horas quando o bar começou a encher. Alguém colocou uma música na velha jukebox e, de repente, havia um monte de mulheres desacompanhadas. Os olhares eram trocados feitos flechas.

    A conversa foi esfriando, o silêncio entre eles pairava e era como se um não soubesse da existência do outro. As atenções agora eram para o público feminino. Uma bela morena vestida de calça branca justa, que marcava suas formas, caminhou em direção à mesa. Foi então que repararam que todas estavam de roupa branca e que devia ser um encontro de alunas de uma faculdade próxima, de enfermagem ou de medicina, sei lá... Passou direto e sentou-se em uma mesa atrás.

    Entre risos, gritos e gargalhadas, perceberam que eram os únicos espécimes masculinos no recinto. Na mesa de trás, só a morena levantava. Um desfile sem fim. Debruçava sobre o balcão, se espremia entre as cadeiras, sentava-se.Não demorava muito, um novo desfile começava.

    Olhar era inevitável. Embora desacompanhados, não iriam se aventurar a fazer um papel ridículo. Que sofrimento! Virou, mexeu, lá estava ela desfilando pelo bar. Uma mistura de crueldade com pitadas de ironia.

    Entre as sentadas na mesa estava uma mulher de mais idade, que de início imaginaram ser a mãe da morena. Num descuido, eles acompanharam com olhares cumpridos a morena que passava e deram de cara com a senhora, que estampava um sorriso cínico. Pronto. Foram descobertos... Engoliram em seco. O sorriso enigmático daquela senhora dizia: podem olhar, é bonita mesmo, mas é minha. Um beijo de selinho e as duas

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