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De Prazer Carmesim
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E-book104 páginas1 hora

De Prazer Carmesim

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Sobre este e-book

Exceto pela felicidade, ela tem tudo que sempre quis.

Lady Agnes Rowereigh soube sua vida toda que o seu dever era se casar com alguém bem feito e fazer seu futuro esposo feliz. E ela trabalhou nisso arduamente; mas quando conheceu o famoso mulherengo Visconde Winthrope, Agnes experimentou uma grande alegria e paixão que nunca tivera antes. O problema? Já era casada com Sir Howard Rowereigh.

Um drama reconfortante e subversivo, De Prazer Carmesim leva o leitor para um mundo onde os sonhos se realizam, mesmo que muito tarde.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento7 de abr. de 2021
ISBN9781547562855
De Prazer Carmesim

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    De Prazer Carmesim - Erato

    De Prazer Carmesim

    Ano: 1810

    Capítulo 1

    Sir Howard Rowereigh, 2° Baronete, era de uma família que não pertencia à nobreza há muito tempo; nem mesmo tendo sido sempre um Rowereighs. Ambas as características foram concedidas no decorrer da vida, com a consideração de um amigo poderoso; antes, o nome da família era Grimesby. A família Grimesby possuía algumas propriedades por muitas gerações, e na metade do século XVIII algo engraçado aconteceu: essas terras se tornaram muito valiosas, não por elas, mas pelos dez homens elegíveis ao voto que habitavam lá. Reginald Grimesby, pai de Howard, percebeu que esses dez votantes eram de um valor considerável. Acontece que a propriedade de Grimesby, perto da encosta, e conhecida como Árvore de Goseth (o que era um "Goseth" tornou-se um mistério perdido no tempo), tinha centenas de anos antes de ser considerada um próspero e povoado centro da cidade. Algumas casas em ruínas, habitadas na sua maior parte por formigas. E algo como uma concha de musgo, que antes fora uma grande abadia, foi reconhecida como uma grande honra na região. Apesar das mudanças que a Reforma trouxera para a região, a cidade da Árvore de Goseth havia sido registrada como uma importante área e a ela foi devidamente concedido o poder de eleger dois burgueses para servirem como membros do Parlamento. Como a escolha desses dois membros do Parlamento estava nas mãos desses dez eleitores, era um pouco problemático para Reginald Grimesby ameaçar expulsar qualquer inquilino relutante a votar desejavelmente — isso significa, claro, da maneira que ele desejava. Esse fenômeno foi notado por alguns homens ricos e ambiciosos, que começaram a subornar o Sr. Grimesby para favorecê-los a serem eleitos para os cargos mais cobiçados fora da cidade. Grimesby estava muito feliz em favorecê-los.  Ao longo do tempo, o Sr.Grimesby vendeu completamente sua propriedade na Árvore de Goseth. Em retorno, recebeu uma grande quantia de dinheiro e o título de baronete, concedido por seus novos e influentes amigos. O encantado Reginald Grimesby comemorou o acontecimento comprando o histórico Castelo Rowereigh, em Yorkshire, um nome que deu muita honra ao monumento, apesar de destroçado. Entretanto, a família começou a renová-lo rapidamente para tornar aquela sombria estrutura de pedra uma aceitável habitação. Agora, com um título e um castelo, Grimesby mudou o próprio nome para Rowereigh, tirado da propriedade que possuía. Em decorrência da morte de Reginald, muitos anos mais tarde, o título de Baronete Rowereigh foi passado para o seu filho único, Howard.

    Howard foi sortudo em nascimento, sortudo em especulação e, alguns argumentariam, que ele foi sortudo no amor — e que mais tarde teria sido dito por Tennyson, É melhor ter amado e perdido, do que nunca ter sido amado. Sua primeira esposa, Laura, fora uma combinação perfeita para ele. Ambos tinham vinte anos quando se casaram; mas acabou se tornando viúvo aos vinte e dois. O casamento momentâneo foi de muita alegria para o jovem Howard, e ele estava ansioso para se casar novamente e para readquirir a felicidade que havia perdido. Em poucos anos, casara-se novamente com uma mulher que, no papel, seria tão perfeita combinação para ele quanto Laura, porém em verdadeira prática, Howard a achava pouco agradável — talvez porque ela não era Laura, e nunca possuíra a mesma natureza alegre ou o capricho agradável. Depois de treze anos, Frances, sua segunda esposa, faleceu do que ninguém suspeitava ser veneno, e Sir Howard foi deixado novamente à procura de amor e felicidade. Felicidade, de fato, era mais desejável e mais elusiva para ele do que nunca. Como deveria, a técnica de lento envenenamento, merecidamente, virou-se contra ele. Por todo o tempo que ele esteve medicando a esposa, ele mesmo veio experimentando muitas autodosagens e contaminações cruzadas, o que acarretou problemas digestivos irreversíveis. Automedicar-se com láudano e fazer frequentes sangrias parecia ser o que lhe causava qualquer alívio.

    De fato, o médico, em toda sua sabedoria, foi capaz de manter Sir Howard saudável o suficiente para conseguir cortejar uma donzela da metade de sua idade, chamada Agnes Summersby. Ela vinha de uma família razoavelmente boa — na verdade, seu próprio pai, Sir William, era um companheiro baronete, e que possuía o título há mais tempo. Entretanto, diferente de Sir Howard, Sir William não tinha sorte com dinheiro e com finanças. A mansão de Summersby havia sido deixada para trás e toda propriedade sem vínculo fora vendida há muito tempo para escapar da prisão por causa dos débitos. Vivendo cuidadosamente e da maneira simples que ousou na economia, o dinheiro da família durou até Agnes alcançar idade para se casar. Ela era a única filha viva da casa de Summersby, e seus pais foram bem claros em dizer que ela deveria se casar bem, ou ir embora, pois não havia esperança alguma deles a apoiarem com conforto sendo uma solteirona ou esposa de um homem pobre. Seu pai era grosseiro o suficiente para relembrá-la de tais termos, de tempo em tempo.

    Por ela mesma, Agnes não era como uma daquelas jovens mulheres que tinham o sonho de nada mais grandioso do que um casamento próspero, e não se incomodava com a insistência dos pais para arranjar um esposo — para Agnes era um prazer ser uma filha obediente. Os ensinamentos da igreja, e da recomendada literatura da época, ensinaram-lhe que não havia nada mais virtuoso do que seguir tal papel. Servir aos pais estava entre os Dez Mandamentos, não estava? E então, uma vez casada, suas obrigações seriam apenas para os desejos do marido e dos outros membros da família que viriam a criar. Ela estava completamente contente com esses pensamentos, e aguardava ansiosamente a sua habilidade de realizá-los. Uma vida virtuosa de submissão e obediência era tudo o que ela desejava. Quando executar os desejos dos outros era o prazer da vida de alguém, parecia que, para ela, toda vida deveria ser um prazer; já que dos outros nunca faltariam desejos. Essa era a fantasia que tinha para si mesma: uma vida feliz como uma esposa e mãe, capaz e atenciosa, trazendo alegria para todos.

    Aos vinte e um anos e sabendo que era improvável conseguir oferta melhor, as atenções do amigo de seu pai eram bem recebidas, seus pais pareciam aprová-lo. Sir Howard conseguiu esconder seus problemas de saúde muito bem em sua presença, e ninguém suspeitava da causa da morte da segunda Lady Rowereigh. Ao todo, quais objeções teriam? Sir Howard era rico, ajustado e gostava dela. Não havia a menor oposição de ninguém quando ele finalmente pediu a honra de ter a sua mão em casamento. Um longo noivado não era necessário para o casal; o matrimônio fora planejado para o mês seguinte ao dia em que a pedira em casamento. Convites foram mandados, o banquete preparado e Agnes investira em um novo par de sapato e em um novo chapéu no estilo de turbante, enfeitado com plumas para a ocasião. O seu vestido favorito de cetim prateado bastaria para o evento.

    Na noite anterior ao casamento, duas amigas queridas de Agnes dormiram em sua casa. Elas eram Antonia Bennet e Elizabeth Perkins, ambas conhecidas em sua infância, mesmo antes da sua breve ida à escola, dos dez aos doze anos, período que os seus pais conseguiram mantê-la em sala de aula. As duas amigas, Antonia e Elizabeth, estavam noivas e prestes a se casarem, mas do trio de longa amizade, Agnes fora a primeira a realmente se casar — e ela ser a primeira não foi de grande surpresa para as suas queridas amigas, que sabiam muito bem de sua boa natureza e jeito virtuoso. Elas estavam felizes por ela e por sua sorte de ter encontrado uma combinação desejável, mesmo que a idade do noivo estivesse mais próxima da de seu pai do que

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