A condessa rebelde
De Anna Depalo
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Sobre este e-book
Sawyer Langsford, conde de Melton, jamais permitira que alguém se interpusesse no seu objectivo de construir um império mediático. Se tivesse de contrair matrimónio com Tamara Kincaid para chegar a um acordo com o seu pai, assim o faria.
Apesar de Sawyer e ela serem como a água e o azeite, Tamara também tinha motivos próprios para aceitar um casamento de conveniência. Não obstante, quando o seu pai subiu a parada e exigiu que lhe dessem um neto, Sawyer começou a encarar a noiva de um modo completamente novo.
Anna Depalo
USA Today best-selling author Anna DePalo is a Harvard graduate and former intellectual property attorney. Her books have won the RT Reviewers' Choice Award, the Golden Leaf, the Book Buyer's Best and the NECRWA Readers' Choice, and have been published in over a twenty countries. She lives with her husband, son and daughter in New York. Readers are invited to follow her at www.annadepalo.com, www.facebook.com/AnnaDePaloBooks, and www.twitter.com/Anna_DePalo.
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A condessa rebelde - Anna Depalo
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2010 Anna Depalo
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A condessa rebelde, n.º 1010 - agosto 2017
Título original: His Black Sheep Bride
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-294-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Epílogo
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Capítulo Um
Estava a ser muito difícil para Tamara ser dama de honor, sobretudo tendo de tentar evitar o seu futuro noivo.
De um extremo da sala de recepções do Plaza, Tamara viu Sawyer Langsford, ou como era conhecido em alguns lugares, o décimo segundo conde de Melton.
Tamara pensou que certas coisas, designadamente um leão à solta, era melhor vê-las de longe. Sawyer recordava-lhe o desagradável acordo matrimonial a que os pais de ambos tinham chegado uns anos antes, embora ele nunca tivesse expressado o que pensava a respeito de se casar com ela, o que fazia com que Tamara se sentisse sempre constrangida.
Além do mais, se era prevenida e inclusive hostil, era também porque a sua personalidade e a de Sawyer eram muito diferentes. Ele parecia-se muito com o seu pai, amante das tradições, mas ambicioso e aristocrático.
Amaldiçoou Sawyer por estar ali naquele dia. Não tinha um castelo inglês para onde ir? Ou pelo menos uma masmorra onde se encerrar a reflectir?
O que fazia ali, como uma das elegantes e desenvoltas testemunhas do noivo, Tod Dillingham?
Em qualquer caso, não parecia um triste e infeliz aristocrata, mas sim um ágil leão, vigiando o seu reino e impondo-se sobre a maioria das pessoas que havia na sala.
A verdade era que Tamara não devia estranhar tê-lo encontrado num casamento da alta sociedade. Na realidade, era quase inevitável, já que Swayer passava muito tempo em Nova Iorque, à frente da sua empresa de comunicação.
Ainda assim, estava constrangida. Era uma das damas de honor de Belinda Wentworth e tinha de estar ao lado dela no altar, sem deixar de sorrir, apesar de saber que Sawyer estava bem perto dela, assim como o resto das testemunhas.
Quando o sacerdote episcopal declarara Belinda e Tod marido e mulher, Sawyer tinha-a olhado nos olhos. A feição dele era muito aristocrática e masculina com o smoking negro. O seu cabelo castanho claro lançava lampejos dourados devido à luz do sol que entrava por uma das janelas da igreja, como se alguma deusa caprichosa decidisse escolhê-lo como anjo travesso.
Pouco depois daquele momento começaram os problemas entre as famílias Wentworth e Dillingham.
Tamara teria ido consolar a noiva se soubesse onde ela estava, mas Belinda desaparecera com Colin Granville, Marquês de Easterbridge, que interrompera a cerimónia nupcial para anunciar que o seu casamento com Belinda, celebrado em Las Vegas dois anos antes, jamais fora anulado.
Com o coração oprimido, Tamara viu como o seu pai, o Visconde Kincaid, se aproximava de Sawyer e se punha a conversar com ele.
Pouco depois, Sawyer voltava a olhá-la nos olhos.
O seu rosto era atraente, mas implacável, havia nele gerações de conquistadores e dirigentes. Tinha uma compleição delgada e sólida, como uma estrela do futebol. Naquele momento viu-o a sorrir e o coração dela acelerou-se.
Desconcertada, afastou o olhar. Disse a si mesma que a sua reacção não tinha nada a ver com uma atracção física, era apenas irritação.
Para reafirmar aquela sensação, perguntou-se se Sawyer estaria a par dos planos de Colin, e se teria estado a tentar filtrar-lhe informação. Não vira nenhum dos dois na igreja antes da cerimónia, mas já os tinha visto juntos nalguma reunião benéfica no passado, de modo que sabia que eram amigos.
Tamara apertou os lábios.
Sawyer era amigo de um vilão como Colin Granville, Marquês de Easterbridge, que acabara de adquirir outro título: rebenta casamentos.
Tamara olhou à sua volta, tendo o cuidado de não olhar para onde estava Sawyer. Também não vira Pia Lumley em lado nenhum. Perguntou-se se a organizadora do casamento, a última do trio de amigas formado por Belinda e ela, conseguira falar com a noiva depois de incentivar os convidados a assistir em à recepção que ia decorrer no Plaza. Ou se Pia estava fechada em algum sítio, com um ataque após aquele desastre.
A última vez que a tinha visto, Pia estava a afastar-se de James Carsdale, Duque de Hawkshire, outro amigo de Sawyer. Talvez tivesse desmaiado na cozinha e alguém lhe estivesse a pôr sais debaixo do nariz naquele momento.
Tamara suspirou, mas o olhar dela voltou a pousar em Sawyer, e os olhos deles encontraram-se. Ele sorriu com ironia e depois virou a cabeça para trocar umas palavras com o pai dela. Depois, ambos olharam para ela.
Um instante mais tarde, Tamara deu conta, horrorizada, de que iam na sua direcção. Por um segundo, pensou em sair a correr, mas o gesto de Sawyer era de gozo e isso fez com que ela erguesse as costas.
Se o que aquele barão dos media procurava era um título, ela ia dar-lhe um.
Para ele, o escândalo ocorrido naquele dia era maravilhoso, mas ela ia dar-lhe a cereja no topo do bolo.
Afinal de contas, eram muitos os jornais que publicavam as páginas cor-de-rosa da escritora que utilizava o pseudónimo de Jane Hollings, o pesadelo da alta sociedade e a ácida génese dos arrivistas sociais.
Tamara apertou os lábios.
– Tamara, querida – disse-lhe o seu pai, – lembras-te do Sawyer, não é verdade? – acrescentou rindo. – Suponho que não é necessário que to apresente.
– Não – limitou-se ela a responder.
Sawyer inclinou a cabeça.
– Tamara… é um prazer. Passou muito tempo.
«Não o suficiente» pensou ela, antes de olhar à sua volta.
– Acho que depois do desastre de hoje, vais aparecer nos teus próprios jornais – arqueou uma sobrancelha. – A dona Jane Hollings é uma das tuas colunistas, não é verdade?
Ele sorriu.
– Acho que sim.
Tamara devolveu-lhe o sorriso.
– Não posso acreditar que aches isso bem.
– Não acredito na censura.
– É democrático da tua parte.
Em vez de se sentir ofendido, aquilo pareceu diverti-lo.
– O título de conde é hereditário, mas o de barão dos media adquiri-o na opinião pública.
Ela esteve a ponto de lhe perguntar o que mais era hereditário, talvez a sua arrogância.
O seu pai pigarreou.
– Será melhor que falemos de algo mais agradável.
– Sim – admitiu ela.
O seu pai olhou para os dois.
– Parece que foi ontem, quando o anterior conde e eu nos sentámos na sua biblioteca e estivemos a beber Bourbon e a especular a respeito da feliz possibilidade de os nossos filhos poderem algum dia unir as nossas famílias através do casamento.
«Outra vez», Tamara pensou que o seu pai era tão subtil como um martelo.
Resistiu à tentação de fechar os olhos e gemer, e esforçou-se para não olhar para Sawyer.
Tal e qual como temera, ao ver Sawyer e ela a fazer parte da comitiva nupcial, o seu pai voltara a lembrar-se daquele velho assunto.
Tamara crescera a ouvir aquela história uma e outra vez. Há muitos anos, antes de o pai de Sawyer falecer, o pai dela e o décimo primeiro Conde de Melton lembraram-se de unir as respectivas famílias, além dos seus impérios, mediante um casamento.
Por desgraça para Tamara, era a mais velha das três meias-irmãs, cada uma delas produto de cada um dos breves casamentos do visconde, e, portanto, a mais indicada para cumprir com as obrigações dinásticas da família.
O mesmo acontecia com Sawyer, que era o sucessor do título de conde. Dado que o seu pai falecera cinco anos antes, era o eleito pela outra parte.
Por sorte, as duas irmãs mais novas de Tamara não estavam ali, mas sim nas suas respectivas universidades. Ela sabia que era capaz de suportar Sawyer Langsford, e não queria ter que preocupar as suas jovens e impressionáveis irmãs.
Afinal de contas, e embora não gostasse, tinha de admitir que Sawyer era muito atraente para o sexo oposto. E isso fazia com que ainda lhe desagradasse mais.
– Não voltes a contar essa