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Recife em tom menor
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E-book74 páginas21 minutos

Recife em tom menor

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Sobre este e-book

Bartyra Soares observa o Recife, atenta e vigilante, e dele extrai sua essência para uni-la à inventividade de sua poesia. Não destaca a beleza plástica da cidade, mas um Recife para se percorrer a pé, com um olhar muitas vezes escuro, mas detalhista e revelador, que prefere destacar suas sombras, detentoras de uma beleza que o Recife tem o direito de ostentar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de nov. de 2017
ISBN9788578585549
Recife em tom menor

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    Recife em tom menor - BARTYRA SOARES

    Registrando a cidade

    Gil Vicente

    Nunca se fotografou tanto como hoje. As câmeras digitais estão nos tablets, nos telefones celulares e também nas lojas especializadas. Não precisamos comprar filmes nem mandar revelá-los e copiá-los, pois transferimos facilmente as imagens para nossos computadores e as remetemos para quem quisermos, em qualquer lugar do mundo, num minuto.

    Esta simplificação incentivou muito a arte fotográfica, e, em especial, o autorregistro. É impressionante como as fotografias de si mesmo inundaram os cartões de memória, depois a web e suas redes sociais. Penso que mais de sessenta por cento dos clics atuais são voltados para quem comanda o obturador da câmera. A fotografia mudou e provocou mudanças.

    Num caminho radicalmente diferente daquele que a maioria trilha, Marcus Prado aponta sua câmera para a cidade, quero dizer, para o Recife. Seu interesse é mostrar, do ponto de vista do caminhante, quantas cenas plasticamente relevantes podem ser fruídas, e quanta história esta cidade conta na sua arquitetura. Ele registra seu caminho e, no conjunto, nos oferece um vasto, bonito e revelador retrato do Recife.

    Por exemplo, Marcus sublinha em composição singular a arte e o ofício (hoje perdidos) de uma calçada antiga. Ele ressalta a importância dos detalhes em relevo de um simples lampião, como também os outros muitos da antiga arquitetura religiosa. E, mais que isso, na parceria com esta grande poeta pernambucana, Bartyra Soares, ele nos revela versões muito particulares do já plasticamente desgastado registro das nossas pontes. Aliás, é exatamente neste tema que desejo destacar a arte fotográfica de Marcus Prado, quando afia seu talento e sensibilidade nas melhores fotos do seu ensaio: as três interpretações brilhantes, e plasticamente muito bem resolvidas, daquele hit mais clássico e explorado na história dos retratos feitos do Recife, composto de primeiro plano vegetal / rio / ponte / outra margem.

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