Larva
De Rodrigo Rosa
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Larva - Rodrigo Rosa
SÂNIE
Não aceitaremos mais a dourada cadência do outono,
O moroso fluir das ruas do ocaso.
A cave silenciosa guarda calendários
De setembros frescos e claras vindimas.
Mas nós fenecemos. Imersos no tempo,
Somos apenas no intervalo entre dois gestos,
Refugo celeste, dejeto de estrelas.
MINA
Crava-se a flor na laje das criptas,
Testemunha do sono indelével dos solstícios.
A vida, aqui, por um fio, gota a gota,
Adestra a dureza do granito.
NATUREZA MORTA
No topo do jarro,
Arabesco de cristal,
A flor escala o vazio.
Por trás dos espelhos passeia
O desejo do pássaro,
Úmida corola.
RIACHO
No hiato das pedras contavam-se saudades,
O triste anúncio das águas, sempre a deixar o que são.
Temos de seguir, seguir, enquanto em silêncio
O musgo cresce à sombra das clepsidras.
TEMPORA
Ondas vêm. Ergue-se no porto
Um coro de ingênuas barcarolas.
Na madeira dos cascos,
Desenha o vento o alfabeto dos desastres.
O mar nos antecede. Entristece-nos o dia.
Para que palavras? O poeta é o tolo das aldeias;
Ri-se o sol, farsa dos deuses, chama ausente,
Companheiro dos corvos nos telhados.
TRAJETÓRIA
Condensas o sono
Na arquitetura dos teus passos.
Como que feito de nuvens,
Teu gesto abraça tormentas
E forja inúteis calendários.
Sopesas o ralo
Manto das ervas
Como a asa do pássaro roçando a cumeeira.
E de repente, em tua presença.
Grifas o tempo com a certeza do impossível.
CAVALEIRO
Alvoroço de pétalas
No entremear dos canteiros.
Dobras um verso
No alforje do outono
E forjas o sono em teu galope.
EVANGELHO
Quem se quer imenso,
Precípuo, soberano,
Habitante dos cumes mais serenos,
Não será jamais
Humano.
Será menos.
PRECIPÍCIO
Do alto dos imensos edifícios
Mede com teus passos a pureza do abismo;
A vida é um sonho indolente,
E é tão mais fácil amar o porvir.
No istmo dos dias,
Todas as queixas se perdem,
As palavras