Enquanto uma estrela me ouvir...
De Marta Guedes
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Sobre este e-book
Em 2020, a autora passou a residir na capital do Rio de Janeiro. Logo após sua chegada, teve início a pandemia de COVID-19, obrigando-a a um recolhimento domiciliar, juntamente com seu companheiro.
O resultado dessa imersão, aliado à sua predileção pela escrita, compõe este Enquanto uma estrela me ouvir..., um livro de poesias com variedade de gêneros, estilos e temas.
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Enquanto uma estrela me ouvir... - Marta Guedes
O retorno
Não era utopia!
Ainda ouço os bocejos da aurora,
mas o véu da noite começa a se descortinar.
Felizes, por terem cumprido mais uma jornada
da encantadora missão,
as estrelas cedem espaço aos primeiros raios solares.
Lentamente, elas se dispersam.
O mar, afoito por receber os primeiros beijos do Sol,
movimenta-se em direção à luz.
Posso ouvir os murmúrios das ondas que se elevam,
em busca de afagos.
Com as estrelas, também eu me disperso.
Minhas asas precisam de descanso.
É hora de acordar os demais sentidos e revelar, em poesia,
as impressões.
Em corpo e espírito, retorno, conforme prometi.
Desnuda, trago comigo todos os meus encantos e desencantos!
Minas / Rio
Minas: A poesia te espia do alto das montanhas.
Tímida, mas eloquente, desce a galope, ao vê-lo passar.
Rio: Desavergonhadamente, a poesia te aborda em cada esquina.
Samba, faz gracejos e não permite ser ignorada.
Em meu caminho, esses dois mundos se cruzaram.
Coube ao destino traçar um liame entre os dois.
Entre dois amores
Quero ir. Quero ficar!
Nos braços do meu amado quero estar.
Mas, como partir, se aqui
toda a natureza me sorri?
A voz da floresta ecoa em meu ser.
Felizes, pássaros fazem revoada, ao entardecer.
Quando a noite chega, as estrelas rompem o véu da escuridão,
se achegam com carinho, querem repousar em minhas mãos.
Mas, compromissos aguardam por mim. Preciso retornar.
Meu corpo anseia em ser saciado.
E, sentado na Avenida Atlântica, o Drummond também está a me esperar.
Belos versos me sussurrará!
Preciso ir. Não posso mais ficar.
Então, sigo assim... Se vou, levo a brisa da montanha comigo.
Quando volto, trago a volúpia do mar!
Havia um banco!
De repente, quando me dei conta,
constatei que eu me perdi de mim!
Sonâmbula, deserta, vazia.
Seguia pelas ruas da vida,
ainda indecisa se haveria de me encontrar.
Eis que, num instante de magia,
num banco de madeira fria,
ouvi o Drummond me chamar.
Ali, tomei consciência do meu ser,
da necessidade de escrever,
de partilhar minhas emoções e, quem sabe,
até ajudar outros a sair da prostração.
Tantas vezes instada
a num banco me assentar e aguardar,
enquanto se decidia
qual setor iria me aceitar.
Por isso, o banco até ali simbolizava