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Smartphones e tablets: ferramentas para expandir a sala de aula
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E-book204 páginas2 horas

Smartphones e tablets: ferramentas para expandir a sala de aula

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SMARTPHONES E TABLETS: Ferramentas para expandir a sala de aula mostra-se norteado por duas evidências. A primeira é a emergência do ciberespaço, nos dias atuais, com a crescente utilização dos dispositivos móveis conectados à rede mundial de computadores. A segunda é a urgente necessidade de que as práxis educacionais possam acompanhar, de forma contextualizada, a ecologia comunicacional pluralista que se configura com a crescente pervasividade com que a tecnologia tende a se apresentar nos dias atuais. Pensando nisso, a partir da convergência do pensamento de autores como Edgar Morin, Lúcia Santaella, André Lemos, Jean Piaget, Ivan Illich, Ulisses Araújo e Ricardo Pátaro, entre outros, este livro busca direcionamentos para o planejamento, execução e avaliação de atividades educacionais que fazem uso da ubiquidade de recursos tecnológicos comunicacionais. Atividades essas que permitem a dialogicidade entre as situações intra e extraescolar em contextos colaborativos de construção e reconstrução de conhecimentos, pela perspectiva de pressupostos epistemológicos educacionais sócio-construtivistas, e que podem ser contextualizadas com a crescente presença do ciberespaço no meio físico, sob a ótica do pensamento complexo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547302009
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    Pré-visualização do livro

    Smartphones e tablets - CELSO AUGUSTO DOS SANTOS GOMES

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIEDADE

    APRESENTAÇÃO

    Com as constantes e recentes revoluções das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), observamos que a sociedade se mostra numa espécie de transmutação. Uma transmutação que se apresenta de forma recursiva a tais revoluções e que influencia diretamente na maneira como as pessoas se comunicam e vivenciam seus cotidianos. Algo que está cada vez mais relacionado à crescente presença da chamada cibercultura, tal como se pode observar na descrição de Castells (1999) em seu livro Sociedade em Rede, e principalmente no alerta que esse autor faz para a necessidade de se localizar sempre o processo de transformação tecnológica revolucionária no contexto social em que ele ocorre e pelo qual está sendo moldado.

    Contudo, por esta espécie de digitalização da cultura, evidencia-se a necessidade de que a educação e os que se propõem a pensá-la se coloquem em estado de atenção. Ou seja, deve-se estar sempre buscando em como os aprendentes estão se colocando frente suas realidades. Realidades essas que se mostram cada vez mais imbricadas pela mencionada cibercultura. Numa busca que urge trazer para sua práxis, vários elementos comunicacionais cotidianos, como ocorreu, por exemplo, nos chamados por Santaella (2005, p. 6) meios de massa¹. Pois se percebe que a educação, de uma forma geral, já perdeu muitas oportunidades como estas.

    Assim, apresenta-se neste livro uma contribuição na direção dessa integração. Uma integração que faça valer de práticas cotidianas dos próprios aprendentes em prol do processo de ensino e aprendizagem em que se inserem.

    Tal intento se remete à concepção de que a aprendizagem não pode ser uma prática isolada do cotidiano, pois se entende que o ser humano aprende tanto quando se constitui – em um processo sócio-histórico, em que não há distinção entre viver e conhecer; a saber que: o aprender é uma função do viver. Só assim se pode afirmar, parafraseado Maturana (2001), que viver é conhecer (viver é ação efetiva no existir como ser vivo).

    Consideramos que, para que tais recursos possam atender tais princípios, esses devem, entretanto, abarcar um viés colaborativo e contextualizado com o cotidiano dos aprendentes. Nesse sentido, aqui almejamos provocar reflexões sobre as potencialidades de alguns desses recursos comunicacionais, com natureza colaborativa e contextualizada, de forma a se mostrarem como ferramentas de extensão da sala de aula² (no sentido da ubiquidade do processo de ensino e aprendizagem), sob a ótica do pensamento complexo.

    Boas reflexões!

    O Autor

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO

    CAPÍTULO 1

    A UBIQUIDADE EM UMA ECOLOGIA PLURALISTA COMUNICACIONAL 

    1.1 O CIBERESPAÇO E SUAS REVOLUÇÕES 

    1.2 CIBERESPAÇO PINGANDO NO MUNDO FÍSICO 

    1.3 UBIQUIDADE 

    1.4 ECOLOGIA PLURALISTA COMUNICACIONAL 

    1.5 MÍDIAS LOCATIVAS 

    1.6 EXTRASSOMATIZAÇÃO DO CÉREBRO E DA MEMÓRIA 

    1.7 A DINÂMICA DAS REDES 

    1.7.1 A NÃO LINEARIDADE 

    1.7.2 A DINÂMICA EVOLUTIVA 

    1.7.3 A AUTO-ORGANIZAÇÃO 

    1.7.4 A EMERGÊNCIA 

    1.8 ECOLOGIA COGNITIVA EM REDE 

    CAPÍTULO 2

    ALGUMAS POSSIBILIDADES DO PENSAMENTO COMPLEXO NA EDUCAÇÃO 

    2.1 QUESTIONANDO O PENSAMENTO CARTESIANO NA EDUCAÇÃO 

    2.2 A DISJUNÇÃO NA ESCOLA 

    2.2.1 SUBJETIVISMO 

    2.2.2 OBJETIVISMO 

    2.2.3 A DISJUNÇÃO NAS DISCIPLINAS 

    2.3 O PENSAMENTO COMPLEXO E A DESFRAGMENTAÇÃO NA ESCOLA 

    2.3.1 O OPERADOR DIALÓGICO 

    2.3.2 O OPERADOR RECURSIVO 

    2.3.3 O OPERADOR HOLOGRAMÁTICO 

    2.4 CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM 

    2.4.1 APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS INFORMAIS 

    2.4.2 APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS NÃO FORMAIS 

    2.4.3 APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS FORMAIS 

    2.4.4 CONTEXTOS DE APRENDIZAGENS: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS 

    2.5 INTERAÇÃO 

    2.6 COLABORAÇÃO 

    2.7 AUTONOMIA 

    2.8 ESTRATÉGIA DE PROJETOS NA EDUCAÇÃO 

    2.9 TEMAS TRANSVERSAIS 

    2.10 CONSTRUINDO CONHECIMENTOS EM REDE 

    2.11 UM EXEMPLO DA PRÁXIS EDUCACIONAL SOB A PERSPECTIVA DO PENSAMENTO COMPLEXO 

    CAPÍTULO 3

    ATIVIDADES EDUCACIONAIS UBÍQUAS 

    3.1 ESTUDO DE CASOS DE ATIVIDADES EDUCACIONAIS COM A UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS 

    3.1.1 ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM COM DISPOSITIVOS MÓVEIS PARA A EXPLORAÇÃO DE CAMPO 

    3.1.2  JOGOS UBÍQUOS EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS 

    3.1.3 ENIGMAS EM UM MUSEU DE ARTES 

    3.1.4 COLETA CRÍTICA DE SONS PARA COMPOSIÇÃO MUSICAL 

    3.1.5 ATIVIDADES COLABORATIVAS DESENVOLVIDAS EM CONTEXTOS COTIDIANOS

    CONSIDERAÇÕES FINAIS 

    REFERÊNCIAS 

    INTRODUÇÃO

    Iniciaremos nossas reflexões assumindo duas evidências. A primeira é a emergência do ciberespaço, nos dias atuais, com a crescente utilização dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones, conectados à rede mundial de computadores. A segunda evidência é a urgente necessidade de que as práxis educacionais possam acompanhar, de forma contextualizada, a ecologia comunicacional pluralista que se configura com a crescente ubiquidade e pervasividade com que a tecnologia tende a se apresentar nos dias atuais.

    Vale aqui destacar, neste contexto, que o termo ubíquo se mostra, juntamente com pervasivo e senciente, como conceitos quase sinônimos, tal como destaca Lemos (2004). Entende-se assim que ubiquidade se mostra como a possibilidade de que as TIC possam proporcionar a ligação interativa entre vários lugares ao mesmo tempo (compreendendo-se a tendência de uma disseminação comunicacional proporcionada por tais tecnologias em vários espaços). Dessa forma, Lemos (2004) entende a ideia de ubiquidade como algo diretamente ligado à pervasividade. Quer dizer que se caracteriza pela introdução de em equipamentos e em objetos que passam a trocar informações, como se vê nas atuais aplicabilidades dos dispositivos móveis, especialmente os telefones celulares.

    Compreende-se assim que a ubiquidade também se relaciona à ação de se acessar colaborativamente esses recursos comunicacionais via conexão à Internet por rede sem fio, ao se entender a possibilidade de que a aprendizagem possa ocorrer via telefones celulares básicos (que fazem ligações de voz e enviam e recebem mensagens de texto – SMS), smartphones (telefones celulares com múltiplas funções comunicacionais, como o acesso à Internet), netbooks, sistemas de acesso à Internet em carros, tablets como o iPad e notebooks.

    Dessa forma, julga-se que os sujeitos envolvidos em processos educacionais possam aprender e ensinar transgredindo alguns limites temporais e espaciais de ambientes formais educacionais. Processos educacionais pelos quais contemplam o cotidiano dos sujeitos como momento e lugar propícios para o ensino e a aprendizagem contextualizadas. Contextualização, esta, significativa e mútua entre o processo educacional e o cotidiano de tais sujeitos.

    Vale ressaltar que este livro busca uma direção diferente a de grande parte das pesquisas que contemplam o estudo dos processos de ensino e aprendizagem suportadas por recursos das TIC. Geralmente, evidencia-se por um maior enfoque, por apenas um campo do conhecimento como base para a reflexão, o que este livro pretende contrapor. O objetivo deste trabalho é a busca a convergência do pensar a educação com áreas como a informática, as ciências cognitivas, o pensamento complexo, a comunicação e a semiótica. Uma convergência, quiçá pretenciosa, mas que venha a contribuir para um eficaz desvendar de novos olhares para o processo de ensino e aprendizagem formais.

    Entretanto, vale ser destacado que essa convergência de diferentes áreas do conhecimento, não necessariamente pertencentes à mesma classe, aqui visa à dilatação das fronteiras das áreas de conhecimento de forma que haja um intercâmbio de métodos de uma área para outra. Uma dilatação que potencializa o emanar de novos conhecimentos e assim tende ao direcionar para o desenvolvimento de competências no sentido de uma unidade complexa e coerente. Competências essas que se mostram urgentes frente à complexidade com que a atualidade se apresenta à atual sociedade e sua dinâmica descontinuista, o que nos remete às palavras de Demo (2002, p. 9) ao entender da necessidade de se superar o conhecimento disciplinarizado, porque, reduzindo a realidade ao olhar de apenas uma disciplina, só pode ser deturpante; em vez de construir a realidade, inventa-a.

    Por meio da presente leitura, podemos observar a busca por um conhecer ontológico, por um planejar que conflua para adequadas observações e medições. Aumentando assim o repertório das representações sígnicas dos objetos pesquisados, para que haja, por conseguinte, coerência e portanto eficiência representacional e funcional frente à realidade. Dessa forma, lembra-se a concepção de Bunge (1977, p. 5) ao conceber que a ciência concerne à totalidade da realidade – o que não é o mesmo que a realidade como um todo. Nesse sentido, ainda Bunge apud Vieira (2008) norteia esse intento à Ontologia, principalmente por ela estudar os traços genéricos de todo modo de ser e vir-a-ser, assim como as características peculiares da maior parte dos existentes. O que remete à concepção peirceana do estudo das características mais gerais da realidade e dos objetos reais (PEIRCE apud VIEIRA, 2008).

    No capítulo 1, trataremos da ubiquidade em uma ecologia pluralista comunicacional. Portanto, traçaremos uma delimitação do estado da arte da conectividade, da mobilidade e principalmente da ubiquidade oriundas da pluralidade ecológico-comunicacional suportada por recursos inovadores das TIC. Essas inovações tecnológicas serão abordadas como algo que tende a, de certa forma, estruturar o pensamento e a sensibilidade do ser humano. E tal estruturação ocorre principalmente na constituição de nossas relações frente às percepções de espaço e tempo, bem como por uma extrassomatização de nossos cérebros e memórias.

    As pessoas cada vez mais podem ser entendidas como pontos nômades de uma rede móvel em que a articulação se mostra como uma característica marcante. E, nesse capítulo, pretende-se levantar características inerentes a essa forma ubíqua de interação de pessoas e objetos, na qual a conexão com o ciberespaço tende ao desprendimento dos pontos fixos oriundos da estrutura física da Internet, como seus cabos, servidores, modems e desktops no sentido da vasão da web à nossa realidade física.

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