Metafísica
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Pré-visualização do livro
Metafísica - Miguel Esteves
www.eviseu.com
Agradecimentos
Começo esta parte agradecendo direta e indiretamente a todos os seres humanos que contribuíram com o livro.
Gostaria, também, de agradecer às pessoas que contribuíram dentro do livro.
Um especial muito obrigado
ao Gabriel (também conhecido como Bob) por fazer o prefácio deste livro (que ficou incrível, por sinal). Esse é um dos homens mais inteligentes que já conheci.
Muito obrigado à Eduarda, que sempre me apoiou em tudo o que eu fiz até hoje, que sempre esteve comigo e que fez a capa desta obra.
E, por fim, um especialíssimo agradecimento à minha mãe, magnânima Eliana Margarete – Tia Eliana, para meus amigos – que fez minha biografia e me apoiou, ao lado de papai – Senhor Edson, conhecido popularmente como Neno – para que eu nunca desistisse.
Os agradecimentos são para todos os que estiveram ao meu lado, e vocês sabem quem são.
P.s.: Nomes completos são desnecessários e deixam o ar mais formal.
Prefácio
Quando li o projeto deste livro, há alguns meses, deparei-me com uma proposta de personagens sem muitas emissões ao leitor, com um certo messing around da história que (além de me lembrar de Douglas Adams) literalmente se quebra a cada passo da personagem principal. Claro que imediatamente vinculei esse aspecto pouco psicológico, mas animalesco no que diz respeito ao puro instinto de sobrevivência, ao absurdismo camusiano. É bem curioso, embora talvez chato perder a diversão do livro para pensar nisso, perceber as furtivas variações de um físico diante do total quebrantamento das suas convicções iniciais sobre o pretenso domínio dos cientificistas às leis mais básicas do universo. Quando então isso ocorre, aparece o que Camus denominava de herói do absurdo: o sujeito que diante de uma perspectiva totalmente alheia às suas convicções pensa somente em sobreviver. O estarrecimento fica pra mais tarde, de forma bem parecida Kafka criava suas personagens...
Mesmo que a trama se desenvolva em condições totalmente físicas – notavelmente nas serras elétricas flamejantes – a metafísica da leitura fica por conta de um elemento psicológico que paira, não carregada no texto, mas no leitor que vê no enredo uma descontinuidade contínua dos cenários, das mentes e da realidade em si. Num estilo muito parecido com os absurdos adamianos (do Guia do mochileiro das galáxias), vai prender leitores que pretendem se divertir.
Prólogo
Floyd estava em sua sala do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o famoso MIT).
Seus alunos ainda não haviam chegado, e ele checava alguns papéis.
Calçava seu All-star azul, usava seus óculos RayBan nas cores preta e vermelha e vestia uma camiseta preta com uma ilustração de Darth Vader no centro.
Os alunos começaram a chegar, cumprimentando o professor enquanto adentravam a sala.
Todos já estavam em seus devidos quando Floyd se levantou para iniciar a aula.
– Bom dia, meus queridos alunos.
A partir disto, já começou a escrever na lousa.
– Hoje iremos aprender o conceito da família 4 Galliard.
As palavras que Floyd queria escrever não se transcreviam na lousa. Era como se não tivesse o controle de sua mão. Teve uma dor de cabeça forte, e voltou-se para onde os alunos estavam sentados.
– Queridos... Argh! Vou ter que...
Quando levantou sua cabeça para dirigir seu olhar aos alunos, percebeu que não estavam mais lá, nenhum deles.
Sentiu uma forte tontura e, quando piscou seu olho, não conseguiu abri-lo novamente.
Sentiu seu corpo cair inconsciente, mas ainda estava a pensar, porém não conseguia ver, sentir, ou mover nada.
Eis que finalmente sentiu o desmaio chegar.
Acordou em um campo florido, cercado por árvores verdes, como nenhuma outra.
Levantou-se e percebeu que ainda vestia a mesma roupa de antes, na sala.
Começou a caminhar pelo campo, sem entender o que ali estava a se passar.
Viu uma sombra a encobri-lo. Viu o céu escurecer e todas as flores secarem e ficarem cinza. As árvores se esvaíram num milésimo de segundo, como se não tivessem chegado a existir.
Uma forma preta apareceu em sua frente e caminhou calmamente até ele.
Era um ser desconhecido, que caminhava sobre duas pernas e tinha um corpo encurvado. Sua cabeça era alta e seu cérebro estava à mostra, além de não contar com olhos.
Seus braços eram longos, chegando quase a bater no chão, e finas varetas pontiagudas saíam deles.
Viu este ser desconhecido caminhar até ele, com um passo que chegava, de certa forma, a ser mortal.
A criatura abriu a boca, mostrando seus milhares