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O Fantasma de Canterville: The Canterville Ghost: Edição bilíngue português - inglês
O Fantasma de Canterville: The Canterville Ghost: Edição bilíngue português - inglês
O Fantasma de Canterville: The Canterville Ghost: Edição bilíngue português - inglês
E-book94 páginas1 hora

O Fantasma de Canterville: The Canterville Ghost: Edição bilíngue português - inglês

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Sobre este e-book

Quando o milionário norte-americano Hiram B. Otis comprou a histórica mansão Canterville Chase, não fazia ideia que estava também adquirindo um inquilino para lá de excêntrico, Sir Simon Canterville, um fantasma que há mais de trezentos anos assombra o local e que está disposto a assustá-los de tal maneira que os leve a vender de novo a casa e irem embora. Mas Hiram pensa que o problema deve ser resolvido de forma científica, enquanto a esposa Lucrécia descobre que um fantasma à solta até dá certa originalidade aos jantares que organiza. Apenas sua filha adolescente, Virginia, compreende a tragédia que amaldiçoa Sir Simon e vendo-o sentado sozinho e deprimido, a filha se compadece e oferece sua ajuda na tentativa de libertá-lo do assombro.
Mais que uma história singela e dedicada às crianças, Oscar Wilde aborda a questão da desvalorização da arte pelos burgueses, novos ricos desprovidos de cultura e tradição que alegavam que o artista cobrava caro por uma simples "mercadoria". Reagindo à diminuição do seu trabalho, os artistas procuram chocar a burguesia, como podemos perceber na obra em análise, cujo autor tece críticas através de sua arte: discute a rivalidade entre Inglaterra e Estados Unidos na Era Vitoriana. Critica de modo bem-humorado e sarcástico tanto o comercialismo e a falta de cultura dos americanos, quanto a arrogância e a decadência dos ingleses.
IdiomaPortuguês
EditoraLandmark
Data de lançamento1 de jan. de 2012
ISBN9788588781535
O Fantasma de Canterville: The Canterville Ghost: Edição bilíngue português - inglês
Autor

Oscar Wilde

Oscar Wilde (1854–1900) was a Dublin-born poet and playwright who studied at the Portora Royal School, before attending Trinity College and Magdalen College, Oxford. The son of two writers, Wilde grew up in an intellectual environment. As a young man, his poetry appeared in various periodicals including Dublin University Magazine. In 1881, he published his first book Poems, an expansive collection of his earlier works. His only novel, The Picture of Dorian Gray, was released in 1890 followed by the acclaimed plays Lady Windermere’s Fan (1893) and The Importance of Being Earnest (1895).

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    O Fantasma de Canterville - Oscar Wilde

    COPYRIGHT BY EDITORA LANDMARK LTDA.

    O FANTASMA DE CANTERVILLE

    Capítulo I

    Capítulo II

    Capítulo III

    Capítulo IV

    Capítulo V

    Capítulo VI

    Capítulo VII

    THE CANTERVILLE GHOST

    CHAPTER I

    CHAPTER II

    CHAPTER III

    CHAPTER IV

    CHAPTER V

    CHAPTER VI

    CHAPTER VII

    OSCAR WILDE

    OSCAR WILDE

    O FANTASMA DE CANTERVILLE

    EDIÇÃO BILÍNGUE PORTUGUÊS / INGLÊS

    THE CANTERVILLE GHOST

    LANDMARK LOGOTIPO epub

    EDITORA LANDMARK

    2012

    COPYRIGHT BY EDITORA LANDMARK LTDA.

    DIRETOR EDITORIAL: FABIO CYRINO

    DIAGRAMAÇÃO E CAPA: ARQUÉTIPO DESIGN+COMUNICAÇÃO

    TRADUÇÃO E NOTAS: LUCIANA SALGADO

    REVISÃO: FRANCISCO DE FREITAS

    DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

    (CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, CBL, SÃO PAULO, BRASIL )

    Wilde, Oscar, (1854-1900)

    O FANTASMA DE CANTERVILLE – THE CANTERVILLE GHOST / Oscar Wilde;

    [TRADUÇÃO E NOTAS para o português LUCIANA SALGADO]. --

    São Paulo: Editora Landmark, 2010.

    Edição bilíngue: português/inglês.

    ISBN: 978-85-88781-89-4

    e-isbn 978-85-88781-53-5

    ¹. Contos ingleses I. Salgado, Luciana. II. Título. III. Título: The Canterville ghost.

    ¹⁰-⁰⁹³⁶¹ / CDD - ⁸²³.⁹¹

    Índices para catálogo sistemático:

    ¹. Contos: Literatura inglesa ⁸²³.⁹¹

    TEXTOS ORIGINAIS EM INGLÊS DE DOMÍNIO PÚBLICO. RESERVADOS TODOS OS DIREITOS DESTA TRADUÇÃO E PRODUÇÃO.

    NENHUMA PARTE DESTA OBRA PODERÁ SER REPRODUZIDA ATRAVÉS DE QUALQUER MÉTODO, NEM SER DISTRIBUÍDA E/OU ARMAZENADA EM SEU TODO, OU EM PARTES, ATRAVÉS DE MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PERMISSÃO EXPRESSA DA EDITORA LANDMARK, CONFORME LEI N° 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

    EDITORA LANDMARK

    RUA ALFREDO PUJOL, 285 - 12° ANDAR - SANTANA

    ⁰²⁰¹⁷-⁰¹⁰ - SÃO PAULO - SP

    TEL.: +55 (11) 2711-2566 / 2950-9095

    E-MAIL: EDITORA@EDITORALANDMARK.COM.BR

    WWW. EDITORALANDMARK.COM.BR

    IMPRESSO NO BRASIL

    PRINTED IN BRAZIL

    ²⁰¹²

    O FANTASMA DE CANTERVILLE

    Capítulo I

    Quando o Sr. Hiram B. Otis, ministro americano, adquiriu Canterville Chase, todos lhe disseram que estava fazendo uma coisa bastante insensata, uma vez que não havia dúvida de que o lugar era mal-assombrado. a verdade, o próprio Lorde Canterville, pessoa da mais escrupulosa honestidade, considerou ser sua obrigação mencionar o fato ao Sr. Otis quando este veio para discutir os termos.

    Nós mesmos não nos dispusemos a viver naquele lugar, disse Lorde Canterville, desde que minha tia-avó, duquesa viúva de Bolton, teve um ataque devido ao susto que levou – do qual, na verdade, nunca se recuperou – quando duas mãos esqueléticas seguraram-lhe os ombros enquanto ela se vestia para o jantar. Sinto-me na obrigação de dizer-lhe, Sr. Otis, que o fantasma foi visto por muitos membros ainda vivos de minha família, e também pelo reitor paroquial, Reverendo Augustus Dampier, membro do King´s College, em Cambridge. Após o infeliz incidente com a duquesa, nenhum dos nossos criados mais jovens permaneceram conosco, e Lady Canterville costuma dormir muito mal à noite devido aos misteriosos barulhos vindos do corredor da biblioteca.

    Milorde, respondeu o ministro, ficarei com a mobília e com o fantasma por um preço. Venho de um país moderno, em que temos tudo o que o dinheiro pode comprar; e com nossos ágeis e jovens companheiros agitando o Velho Mundo, cooptanto as melhores atrizes e prima-donas, concluo que se existisse na Europa qualquer coisa parecida com um fantasma, já o teríamos levado a nosso país há muito tempo; estaria agora em um museu púbico ou em uma apresentação itinerante.

    Temo que o fantasma exista, disse Lorde Canterville, sorrindo, embora tenha resistido às investidas dos ativos empresários americanos. Ele já é bastante conhecido há três séculos, na verdade, desde 1584, e sempre faz uma de suas aparições antes da morte de um membro de nossa família.

    Bem, o médico da família faz o mesmo, Lorde Canterville. Mas fantasmas não existem, sir, e suponho que as leis da Natureza não serão suspensas pela aristocracia britânica.

    Certamente os senhores, da América, são muito naturais, respondeu Lorde Canterville, que não compreendeu inteiramente a última observação do Sr. Otis, e se o senhor não se importa em ter um fantasma em casa, está tudo bem. Apenas lembre-se de que eu o avisei.

    Poucas semanas mais tarde a aquisição foi completada e no fim da temporada o ministro e sua família foram para Canterville Chase. A Sra. Otis, que, como a Srta. Lucrecia R. Tappan, de West 53ª. Street, tinha sido uma célebre beldade de Nova York, era agora uma mulher de meia-idade belíssima, com lindos olhos e perfil esplêndido. Muitas senhoras americanas, ao deixarem o país natal, adotam a aparência de indisposição crônica por acharem que isso é um tipo de refinamento europeu, mas a Sra. Otis nunca incorreu nesse erro. Tinha magnífica constituição e uma porção verdadeiramente espantosa de vitalidade. De fato, em muitos aspectos, ela era perfeitamente inglesa, e um excelente exemplo de que nós britânicos temos realmente tudo em comum com a América hoje em dia, menos o idioma, naturalmente.

    O filho mais velho, batizado pelos pais com o nome de Washington num momento de patriotismo, que ele nunca deixava de lamentar, tinhas os cabelos louros e era um jovem muito bonito, que se qualificara para a diplomacia americana ao superar os alemães no Cassino de Newport por três temporadas seguidas; e mesmo na Inglaterra, era conhecido como excelente dançarino. Gardênias e aristocracia eram suas únicas fraquezas; excetuando isso, era bastante sensato. Srta. Virgínia E. Otis era uma garotinha de quinze anos, amável e ágil e como uma gazela, que trazia nos grandes olhos azuis uma liberdade superior. Como amazona, era maravilhosa; certa vez, apostara corrida com o velho Lorde Bilton e, montada em seu pônei, dera duas voltas ao redor do parque, vencendo por um corpo e meio de vantagem diante da estátua de Aquiles, para enorme deleite do jovem Duque de Cheshire, que a pediu em casamento ali mesmo, e, banhado em lágrimas, foi enviado de volta a Eton pelos tutores naquela mesma noite.

    Depois de Virgínia vinham os gêmeos, que costumavam ser chamados de stars e stripes[1], pois eram sempre chicoteados. Eram garotos encantadores e, com exceção do ilustre ministro, os únicos verdadeiros republicanos da família.

    Como Canterville Chase estivesse a sete milhas de Ascot, a estação de trem mais próxima, o Sr. Otis telegrafou para que uma carruagem os encontrasse, partindo para a viagem bem-humorados. Era uma adorável noite de julho e a atmosfera suave recendia a pinho. De vez em quando, ouviam uma pomba selvagem arrulhar com a característica voz melodiosa, e, no fundo das samambaias farfalhantes, podiam ver o peito lustroso de um faisão. Pequenos esquilos espreitavam nas faias enquanto eles passavam; coelhos saíam em disparada por entre as moitas e outeiros musgosos, com as caudas brancas erguidas. Ao entrarem na avenida de Canterville Chase, entretanto, o céu tornou-se subitamente encoberto de nuvens e uma estranha quietude pareceu envolver a atmosfera; em silêncio, um bando de gralhas revoou sobre suas cabeças e, antes que tivessem alcançado a casa, grossos pingos de chuva começaram a cair.

    Nos degraus os aguardava uma senhora

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