Rodopios
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Sobre este e-book
Rodopios reúne poemas, contos, crônicas e pensamentos, alguns guardados quase escondidos, outros publicados aqui e ali, alguns ainda inéditos.
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Pré-visualização do livro
Rodopios - Mônica d'Olliveira
Sumário
Capa
Mônica d’Olliveira
Dedicatória
Informações
Rodopios
Sou Palavras
ImPulso
Asas
Renovação
Adiante
Terra dos Quadrados
Felicidade
Valia do Desejo
Quer ser meu amigo do Orkut?
Torpedinho
Magote Virtual
Receita nada secreta de felicidade
Anjo no asfalto
Como eu
Sempre tão longe e tão perto
Livre te escolho
Onde estarão as borboletas
Ninho de Cancão
#Pela Janela
Gota de Oceano
Mentiras e solidão
Delírios
Melancolia
Saudade que já passou
Quem é seu inimigo
Alma Mater
Omi Ayê
Tânatos
Macária
Raro Despertar
Plenitude
Segredos
Constansa e seus amores
Curto circuito desastroso
A rebinboca do ADSL
UPA, que sufoco .
Terror em LightVille
A trombeta do capiroto
Modelando
Ganha e Perde
Armagedon
Não sei o que é pior
Vegetar urbano
Mãe, não chora não
Yes, nós temos banana
Gotas na Janela
Fardo
Jornada
Ousada Valentia
Obrigado meus amores
Estrelando
Daquilo que nunca esquecemos
Sobre amigos
Ao meu irmão
Lunna
O vazio da saudade, algum dia passa?
Dinda
Eterno Natal
Mônica d’Olliveira
Rodopios
1ª edição
Rio de Janeiro
Editora Filhos do Vento
2013
Dedico esse livro a duas mulheres que muito amei: minha avó Helena e minha madrinha Naira, que me deixaram ricas lembranças e saudade imensa.
1ª edição
Rio de Janeiro
Editora Filhos do Vento
2013
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Ficha Catalográfica feita pelo autor
O048r Olliveira, Mônica de
Rodopios/ Mônica d’Olliveira. – Rio de Janeiro, 2013. p. 99
ISBN- 978-85.67705-00-2
1. Literatura. 2. Literatura Brasileira. 3. Contos, crônicas e poemas.
I. Título
CDD B869.35
CDU 821.134.3(81)
Rodopios
Sou palavras
Não sei se é poesia
As palavras que desenho.
Elas é que sabem o que são.
Palavras vivas,
Unindo-se para fugir de mim.
Ninfas voluntariosas,
Pegam o que desejam
E voam para longe
Levando pedaços de alma consigo.
Vocábulos passionais,
Turbulentos vendavais.
Seja pranto ou lamento,
Tortuosas emoções,
Escondidas e ao alcance.
Da dor que despedaça
Desprendem verbetes,
Alados, ousados,
Em fuga.
Depois da tempestade
A calmaria
Na cadência de uma rima
Minh'alma de novo ria.
ImPulso
Sangra coração palpitante
Mostra tua vida
Esquece o quanto dói
E desafia o ardiloso algoz
Fenda que sangra ainda tem cura
A dor passa
Ou te acostuma com ela
A cicatriz quase não se vê
E a vida segue
Qual rio que busca rumo e fim
Qual sangue correndo para a vida
Asas...
Chora a alma em silêncio
A dor do próximo adeus
Enquanto os olhos
Tristes
Contemplam a casca
Vazia
Quando o ninho
Perde o calor
E se torna gaiola
Que a tudo sufoca
O que fazer
Senão
Voar...
Renovação
Silêncio
Murmúrios na mente
Pensamentos que vagam
Sentimentos,
Correntes
Que salvam e matam,
O Navio no cais,
O prisioneiro na cela.
Tormenta,
Elos partidos,
Sonhos vencidos,
Fúria nebulosa.
Destruição, vazio.
Enfim
Silente calmaria.
Cada fim um recomeço.
Na escuridão
Uma luz de novo guia.
Adiante
Na brevidade de um instante
Descobertas de uma eternidade
No silêncio constante
A dor de uma saudade
Roda mundo corre tempo
As lembranças por único alento
Sombras difusas, tormento
Suspiros, espamos, lamento
No silêncio da madrugada
Convalesce em melancolia
Rasgando o novo, Alvorada
Surge a promessa de um novo dia
Terra dos Quadrados
Somos todos tão iguais e tão diferentes. Porque sofre toda essa gente? Porque não pode sentir-se excluída no mundo de sonhos e desejos impossíveis. Então é bom ser igual? Ser como todos os demais é a solução? Não, porque todos querem se destacar em meio a seus semelhantes. O que fazer? Ser diferente? Nunca! Se destacar, não destoar. Tantas regras, tantas leis, tanto sofrimento. Para que afinal, se na morte seremos sempre todos a mesma coisa que some? Para garantir a existência que valha! E se, em algum lugar, em algum momento, por sorte ou infortúnio, surgir o diferente? Não pode haver espirais na terra dos Quadrados bem formados. Molde, amasse, domine, e se nada der certo, destrua a