Sensações primitivas
De Sofia Vaz
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Sensações primitivas - Sofia Vaz
força
sensações primitivas
a sensação
de estar absolutamente perdendo
o controle da moral
(enquanto a gente se agarra na pracinha em paquetá)
a sensação de
estar absolutamente perdendo
o sentido do diálogo
escrevendo poemas
FÓSSEIS
o verão, aqui, frita as formigas e os solados nas calçadas
e tudo demonstra-se exageradamente perene e lento e fóssil
os gatos debruçados no chão,
miragens fossilizadas
os nossos sorrisos dentados de fósseis
as sensações primitivas, num refluxo, retornam a mim
sinto coisas de mil anos atrás
ando na rua cuspindo petróleo
e então, de debaixo da terra aparecem todos que
se perderam de seus pais
naquele supermercado na infância e que ainda os procuram
às 14h choveu uma chuva fina, derreti minhas extremidades
como manteiga, adubo de asfalto
resíduos arqueológicos de povos antigos que suponho em
mim e se somam às risadas de ontem no café, de tarde
olho pra baixo e vejo as lembranças febris das infâncias que
ensopam as formigas e o concreto
[que estará refeito pela manhã]
chegamos em casa como órfãos depois de um banho
JÚPITER
eu não sou júpiter
espremo até o fim o tubo de pasta de