Dores do amor romântico
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Sobre este e-book
Espontânea e direta, Fernanda foge do amor idealizado e apresenta o lado mais sombrio desse sentimento, flertando com a possibilidade da morte e do suicídio em vários momentos. Não por acaso, em um dos poemas ela se dirige a Sylvia Plath, poeta americana que se matou por não suportar a perda de seu grande amor: "Que cor tem a morte? Doce amiga, que cor tem o alívio da partida?"
Em Dores do amor romântico, Fernanda Young canta a miopia dos amantes histéricos, o tédio dos casais confortáveis, a cólera dos abandonados e a melancolia dos platônicos, revelando o doce e o amargo das relações amorosas e da própria condição humana, com seu olhar singular e seu humor ferino.
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Dores do amor romântico - Fernanda Young
DORES DO AMOR ROMÂNTICO
Fernanda Young
Copyright © 2005, 2011 by Fernanda Young
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Freitas Bastos
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE.
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.
Y68d
Young, Fernanda, 1970-
Dores do amor romântico [recurso eletrônico] / Fernanda Young. – Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2012.
recurso digital
Formato: e-Pub
Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-85-8122-089-5 (recurso eletrônico)
1. Romance brasileiro. 2. Livros eletrônicos. I. Título.
12-4425 CDD–869.93 CDU–821.134.3(81)-3
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
E aqui estou eu sozinho com o tempo
O tempo que você me pediu
Isso é orgulho do passado
Um presente para você
Uma delicada lembrança
Branca neve que nunca senti
Solidão me deixe forte
Talvez resolva meus problemas
Eu morreria por você
Na guerra ou na paz
Eu morreria por você
Sem saber como sou capaz
Mudanças de comportamento
Distância louca de mim mesmo
Vontade de sentir o passado
Presente para você.
EDGARD SCANDURRA
Ofereço este livro à minha amiga Vânia Reis que, como
eu, parece sofrer deste amor romântico, praga do
Homem Ocidental. E a Renata Young, beleza duradoura
que sempre me acompanhou em tudo isso.
AGOSTO DE 2005
Ninguém quer confissões aqui.
Nem reminiscências.
É apenas uma questão de manter
o foco.
Por isso esse formato, essa falsa
elaboração.
Se alguém aqui quisesse ser realmente
bom,
contaria as sílabas de um soneto
perfeito,
mas não é o caso. Nem é o caso, aqui,
em meio a toda essa confusão, ser ela
uma mulher prestes a chorar ou não.
Não!
Taí uma coisa que não vai interessar
você. Ninguém quer confissões
aqui.
É mesmo melhor continuar escrevendo
essas frases curtas, que assim amontoadas,
dão um ar de coisa, coisa pensada,
e nem é, sabe?, nem é importante...
Só um pouco importante,
um pouquinho,
como se ela bebesse um copo de uísque
e fumasse um marlboro e mandasse uns 3
tomarem no cu,
é mais ou menos isso,
isso aqui,
que não pretende ser confissão, nem
lembrança,
nem emocionante, nem inteligente, nem valerá a
página
que será impressa.
Tem a premência de salvar, mas não é uma
boia, não provoca epifanias, e por isso nem
é inspiração. Não provoca
nada.
Ocupa. Aqui todo mundo precisa estar ocupado,
quando dá essa vontade louca de morrer, é bom
fingir ser um poeta. É. É melhor continuar escrevendo.
É.
Pronto. Ela já não quer mais se matar.
Por enquanto acredita, acredita mesmo,
ser indispensável.
"Estar apaixonado é olhar através da pessoa e com isso
perdê-la",
somente a lâmpada que ilumina o amor traz a realidade de
volta.
Quantos dias perdi você, olhando para mim, dentro do seu
corpo.
Enfiando-me em ti, e tu em mim, para revogar a dor de
sermos Dois
– e Dois sempre tão longe...
Quanto de toda essa soma delirante tornou a perda
inexorável?
Quero pedir desculpas por ser trovadora.
Quero apagar os versos que aludiam a um Deus como meu
desejo projetivo.
Quero ser mulher, não uma sublime ilusão que dura um
encontro espumante.
E não quero mais o que não posso ter, assim estamos livres
para sermos Um.
Só isso, e isso é tão grande quanto a Irlanda,