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Educação e Linguagem: Culturas Plurais, Leituras e Tecnologias na Construção dos Saberes
Educação e Linguagem: Culturas Plurais, Leituras e Tecnologias na Construção dos Saberes
Educação e Linguagem: Culturas Plurais, Leituras e Tecnologias na Construção dos Saberes
E-book184 páginas2 horas

Educação e Linguagem: Culturas Plurais, Leituras e Tecnologias na Construção dos Saberes

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Sobre este e-book

Esta obra caracteriza-se pela busca de possibilidades de caminhos a serem trilhados para subsidiar os processos de intervenção no cotidiano escolar, contribuindo para o debate e a formação de professores no que diz respeito aos temas afeitos à área da Educação e Linguagem.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de abr. de 2020
ISBN9788547344603
Educação e Linguagem: Culturas Plurais, Leituras e Tecnologias na Construção dos Saberes

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    Pré-visualização do livro

    Educação e Linguagem - Daniela Perri Bandeira

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    PREFÁCIO

    As discussões sobre o ensino de leitura e escrita têm mobilizado diferentes pesquisadores e colocam, em diferentes momentos históricos, ênfase em aspectos também bastante distintos. No caso brasileiro, em que o acesso pleno à escolarização regular e a alfabetização da população ainda são metas a serem atingidas, muito se tem pesquisado e discutido sobre os processos de ensino e de aprendizagem da língua escrita e sobre as diferentes faces do fracasso escolar. Se em determinado momento, destacadamente, até meados dos anos 1980, estudos e pesquisas denunciavam a face excludente do fracasso escolar materializada nos altos índices de reprovação e evasão escolar, a partir dos anos 1990 ganham força estudos que apresentam a face excludente nos grupos que permanecem na escola e não veem ampliadas suas habilidades de ler e escrever com autonomia textos diversos que circulam socialmente.

    Políticas públicas e estratégias para garantir maior tempo para a alfabetização, como a opção por ciclos de formação, contribuíram para a diminuição dos índices de evasão, mas ainda não têm sido suficientes para equacionar o problema.

    Na última década do século passado e neste início de século XXI, o surgimento e a difusão no campo da Educação do conceito de letramento têm propiciado uma compreensão mais ampla da alfabetização, do domínio da escrita e das práticas sociais que lhe dão sustentação. São práticas fortemente marcadas pelo crivo socioeconômico e por relações de poder, pelas diferenças nas formas de acesso e pela diversidade de textos a que se pode ter acesso nos diferentes suportes e ambientes disponíveis.

    Nesse sentido, é oportuno retomar a tão conhecida frase de Paulo Freire (publicada no livro A importância do ato de ler em três artigos que se completam, 1991, p. 29-30), citada aqui por inteiro: a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele. Note-se que em sua completude essa afirmação revela uma dinâmica em que está presente o movimento do mundo à palavra e da palavra ao mundo. Nesse texto, Paulo Freire refere-se à alfabetização como a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o alfabetizando. Aí tem ele um momento de sua tarefa criadora. O protagonismo do aprendiz e a mediação do professor/educador são elementos destacados por Freire como fundamentais para uma aprendizagem libertadora que propicie a leitura crítica da realidade.

    Esse exercício essencialmente dialógico de leitura da realidade e reflexão crítica teoricamente fundamentada alicerça a produção dos textos que compõem este livro. A publicação desta coletânea traz elementos para novas reflexões sobre as questões anteriormente apontadas. De início, vale destacar a importância dos núcleos de pesquisa como espaços privilegiados de produção de conhecimento, uma vez que se configuram enquanto comunidades discursivas balizadoras dessa produção. As pesquisas cujos resultados são apresentados e discutidos evidenciam como o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Linguagens da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais tem fomentado a produção e a divulgação de conhecimentos sobre o ensino de leitura e escrita. Historicamente vinculado a uma tradição de formação de docentes para atuar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o núcleo tem se consolidado com pesquisas que exploram temas atuais sob diferentes perspectivas teóricas, mantendo estreito diálogo com a educação básica tanto como espaço de estudo e atuação quanto nas coautorias construídas.

    Maria José Francisco de Souza

    Professora doutora da Faculdade de Educação da

    Universidade Federal de Minas Gerais

    Sumário

    INTRODUÇÃO 9

    As organizadoras

    1

    Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Linguagem: história, projetos e ações 13

    Daniela Amaral Silva Freitas

    Santuza Amorim da Silva

    2

    A influência do conceito de multiletramentos nas minhas pesquisas sobre letramento digital desenvolvidas na primeira década do século XXI 33

    Daniela Perri Bandeira

    3

    A alfabetização de adultos em unidade prisional: fragmentos de uma observação 43

    Maria Cristina da Silva

    4

    O brincar como linguagem e experiência comunicativa da criança 59

    Ana Paula Braz Maletta

    Danielle Lameirinhas Carvalhar

    5

    O conto que as caixas contam: trabalhando com as narrativas literárias na prática pedagógica 69

    Janayna Alves Brejo

    6

    Escritas e leituras juvenis: afetações midiáticas e

    escolares 81

    Cirlene Cristina de Sousa

    Geraldo Magela Pereira Leão

    7

    Escrita de livro paradidático: uma experiência interdisciplinar de Língua Portuguesa e Matemática

    na graduação 93

    Eliana Gomes Silva Machado

    Maria Imaculada de Souza Marcenes

    Thiago Lucas Rodrigues Martins

    8

    Um diálogo com Paulo Freire 103

    Nágela Aparecida Brandão

    Vãnia Aparecida Costa

    Gilvanice Barbosa da Silva Musial

    SOBRE OS AUTORES 117

    INTRODUÇÃO

    Este livro é resultado de pesquisas e trabalhos desenvolvidos no âmbito do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Linguagens (Nepel) da Faculdade de Educação (FaE), campus de Belo Horizonte, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e conta, também, com as contribuições do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação de Jovens e Adultos da FaE/UEMG. As discussões aqui apresentadas se concentram no entrelaçamento dos campos da Educação e da Linguagem.

    Os trabalhos reunidos nesta coletânea integram um conjunto de oito artigos, sendo que o primeiro artigo, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Linguagem: história, projetos e ações, de autoria de Daniela Amaral Silva Freitas e Santuza Amorim da Silva, objetiva fazer uma retrospectiva e uma contextualização da trajetória do Nepel desde a sua fundação e apresenta pesquisas, projetos e atividades concretizadas pelo núcleo ao longo dessa trajetória e de sua constituição no interior da Faculdade de Educação.

    No artigo A influência do conceito de multiletramentos nas minhas pesquisas sobre letramento digital desenvolvidas na primeira década do século XXI, a autora Daniela Perri Bandeira realiza uma revisão de sua trajetória de estudos (٢٠٠١-٢٠١٨) na área dos letramentos e propõe-se a construir um novo olhar para as suas análises. Esse novo olhar resulta na proposta de ampliação do conceito de letramento digital, tratado em suas pesquisas, para multiletramentos.

    No texto A alfabetização de adultos em unidade prisional: fragmentos de uma observação, a autora Maria Cristina Silva desenvolve uma reflexão com vistas a compreender o processo de alfabetização de um grupo de mulheres em contexto prisional. Foram analisadas algumas atividades trabalhadas com esse grupo, bem como a relação e as estratégias utilizadas pelas alunas para lidar com a leitura e a escrita.

    Ana Paula Braz Maletta e Danielle Lameirinhas Carvalhar, em O brincar como linguagem e experiência comunicativa da criança, compreendem a infância como formada por sujeitos de direitos sociais que produzem culturas plurais por meio das interações em diferentes espaços e contextos, sendo a escola o mais presente em suas vidas. O estudo apresenta uma discussão teórica a fim de levantar reflexões sobre o lugar do brincar como linguagem e experiência comunicativa da criança, nas territorialidades constituídas por elas nos espaços escolares.

    No artigo O conto que as caixas contam: trabalhando com as narrativas literárias na prática pedagógica, a autora Janayna Alves Brejo apresenta a experiência de um projeto de extensão, em que trata das diferentes possibilidades e estratégias para se trabalhar com as narrativas literárias, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, com base na contação de histórias, utilizando caixas confeccionadas com materiais diversos, principalmente, os reutilizáveis, que sirvam para que alunos e professores possam vivenciar a literatura, dentro e fora da sala de aula.

    No texto Escritas e leituras juvenis: afetações midiáticas e escolares, os autores Cirlene Cristina de Souza e Geraldo Magela Pereira Leão apresentam resultados de uma pesquisa que investigou a relação de jovens alunos do ensino médio com a cultura midiática. Problematizam os modos de ler juvenis inscritos no contexto da sociedade contemporânea midiatizada, marcada por uma avalanche de tecnologias digitais que se mescla à vida das pessoas, em geral, e dos jovens, em particular.

    O artigo Escrita de livro paradidático: uma experiência interdisciplinar de Língua Portuguesa e Matemática na graduação, autoria de Eliana Gomes Silva Machado, Maria Imaculada de Souza Marcenes Gonçalves e Thiago Lucas Rodrigues Martins, traz de forma detalhada um trabalho desenvolvido com os alunos do quarto Núcleo Formativo do Curso de Pedagogia (FaE/UEMG), que visa integrar as metodologias e conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática com base na produção de um livro paradidático que poderia ser utilizado com crianças da educação infantil ou ensino fundamental.

    O artigo Um diálogo com Paulo Freire, autoria de Gilvanice Barbosa da Silva Musial, Nágela Aparecida Brandão e

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