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Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva: Aquisição do Português e Inglês em Contexto Escolar
Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva: Aquisição do Português e Inglês em Contexto Escolar
Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva: Aquisição do Português e Inglês em Contexto Escolar
E-book222 páginas3 horas

Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva: Aquisição do Português e Inglês em Contexto Escolar

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Sobre este e-book

O livro Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva: aquisição do português e inglês em contexto escolar discute conceitos básicos sobre educação bilíngue eletiva, bilinguismo, letramento, biletramento, alfabetização e aquisição da segunda língua. A partir dessas concepções, o livro descreve e reflete sobre o processo de biletramento das crianças na idade pré-escolar e escolar, destacando as demandas desse novo cenário que vem se fortalecendo desde o início do século XXI no Brasil.

No contexto da educação bilíngue eletiva, propõe também uma reflexão sobre as relações de poder entre as línguas e a importância de ensinar valores universais de tolerância, respeito à diversidade e solidariedade na formação da criança bilíngue.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de mai. de 2019
ISBN9788547326548
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    Biletramento na Educação Bilíngue Eletiva - Sheylla Chediak

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    Aos meus avós: José e Luzia, Voim e Mãe Veia, meus amores eternos

    (em memória), que desde muito cedo me fizeram

    acreditar em meus sonhos e ser grata.

    AGRADECIMENTOS

    À Neusa dos Santos Tezzari, que, mais que uma orientadora acadêmica, é uma incentivadora da produção de sonhos e sentido pessoal da pesquisa na vida do pesquisador.

    À preciosa e amorosa parceria do meu esposo e companheiro de evolução, Jorge W. de Amorim Junior, nas discussões sobre a vida, a pesquisa e o lugar da pesquisa na vida.

    À minha mãe, que sempre me apoiou, celebrou comigo cada vitória e que sempre foi para mim um exemplo de amor, perseverança e resiliência. Meu pai, grande incentivador, fonte de inspiração e exemplo na busca pelo conhecimento. Às minhas irmãs, Sorhaya e Jackeline e meus irmãos, Jacobson e Jackson, que, mais que irmãos, são meus amigos, nos quais encontro amor, conforto e muito apoio. Igualmente, às minhas amadas, Thalyta, Hagnes Hariele e Cristiane Amorim, que me enchem de energia e fé no futuro.

    Às minhas amigas, grandes companheiras da vida, Adriana Amaral, Débora Gemelli, Jana Souza dos Santos e Neyma Maio, pelo incentivo, apoio e carinho de sempre.

    Aos meus professores, pelos quais tenho grande admiração, Carla Martins, Miguel Nenevé, Odete Burgeile, Marli Lúcia Tonatto Zibetti, que, ao longo da minha jornada acadêmica, orientaram-me, incentivaram-me e me inspiraram.

    À Bete Holanda, por ter me ensinado e apoiado tanto, e à Monna Razzak, pela amizade e apoio de sempre.

    A tantos amigos que encontrei e encontro sempre por onde ando, pelas discussões, conhecimentos compartilhados e palavras de encorajamento. A vocês, minha gratidão, admiração e carinho.

    Todos me constituem.

    Negligenciar essa natureza situacional-distributiva do conhecimento é perder de vista não apenas a natureza cultural do conhecimento, mas também a natureza cultural correspondente

    da aquisição do conhecimento

    (BRUNER, 2001, p. 94).

    PREFÁCIO 1

    O convite para prefaciar a obra Biletramento na educação bilíngue eletiva: aquisição do português e inglês em contexto escolar me permite introduzi-la ao leitor e compartilhar um pouco do que tenho vivido em minha carreira docente.

    Ao redigir este texto, é inevitável voltar ao meu início de percurso profissional quando, há 20 anos e sem experiência alguma, assumi uma sala de aula em uma escola bilíngue. À época, movida pelo grande desejo de ensinar inglês para crianças, desafiei-me a superar a inexperiência, acreditando que minha paixão por crianças seria suficiente para encontrar maneiras de ensinar a língua com êxito.

    Hoje, atuando no ensino superior e, mais especificamente, na formação de professores de línguas estrangeiras para crianças, testemunho com alegria o grande número de pesquisas que tratam do ensino e/ou da formação de professores de línguas estrangeiras nos anos iniciais de escolarização.

    A presente obra é uma investigação que merece destaque por vários motivos. Dentre eles, a perspicácia da autora em abordar temáticas – que já foram objeto de questionamento e até de rejeição – presentes na sociedade contemporânea.

    O bilinguismo já foi tema controverso, especialmente quando se trata de crianças pequenas. Atualmente, no mundo altamente globalizado, o bilinguismo – e até mesmo o multilinguismo – assume papel importante, posto que possibilita a aproximação de pessoas e do que elas têm a dizer, a partir dos lugares de onde falam. A esse respeito, a autora retoma conceitos importantes em uma linguagem acessível e, ao mesmo tempo, bastante aprofundada.

    Outro aspecto que merece destaque é o fato de ela compartilhar com seus/suas leitores/as as atividades desenvolvidas ao longo da pesquisa, o que nos aproxima das interações descritas.

    Recentemente, o Ministério da Educação aprovou um documento que se propõem a nortear a educação escolar no Brasil. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017), inicialmente aberta a proposições por parte da sociedade civil e dos profissionais da educação, é então publicizada sem qualquer menção ao ensino de línguas estrangeiras na educação infantil e no primeiro ciclo do ensino fundamental, mantendo a oferta obrigatória da língua inglesa a partir do 6º ano.

    Diferentemente do referido documento, Chediak nos apresenta um cenário presente não somente na rede particular de ensino, mas também na rede pública (TANACA, 2017), e instiga-nos a (re)pensar nossas ações enquanto professores/as e formadores/as de futuros professores/as de línguas estrangeiras. A pergunta que surge é: como furtar nossas crianças de experiências tão caras à formação integral do sujeito – um dos objetivos apresentados na própria BNCC –, as quais passam pela educação linguística?

    Outro aspecto de suma importância na obra é o conceito de letramento, o qual toma como princípio que o usuário de determinada língua se aproprie dela e passe a agir criticamente nas relações em que está inserido.

    Participar criticamente de temáticas próprias à realidade infantil, como as experiências relatadas pela autora, leva-nos a refletir sobre o objetivo de ensinar línguas estrangeiras para crianças tão pequenas, posto que, em um tempo não tão longínquo, acreditava-se que elas serviriam apenas como instrumento de trabalho ou garantia de melhores empregos no futuro.

    Desejo a todos/as uma ótima e instigante leitura!

    Prof.ª Dr.ª Juliana Reichert Assunção Tonelli

    Professora adjunta do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina (UEL)

    Londrina, setembro de 2018

    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, ²⁰¹⁸. Disponível em: . Acesso em: set. 2018.

    TANACA, Jozélia Jane Corrente. Aprendizagem expansiva em espaços híbridos de formação continuada de professoras de inglês para crianças no Projeto Londrina Global. ²⁰¹⁷. ²⁵⁷ f. Tese (Doutorado) – Curso de Doutorado em Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.

    PREFÁCIO 2

    O livro que tenho a honra de apresentar, da autora Sheylla Chediak, cuja origem é a pesquisa Biletramento – Português e inglês: um estudo nos três primeiros anos do Ensino Fundamental em uma escola bilíngue em Porto Velho – RO, desenvolvida no Mestrado Acadêmico em Psicologia – Mapsi –, da Universidade Federal de Rondônia, com o objetivo de descrever e analisar como ocorre o processo de biletramento em uma escola bilíngue eletiva em Porto Velho, com crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, 1º, 2º e 3º anos, é resultado do estabelecimento de uma parceria que possibilitou que a pesquisa se efetivasse em sua plenitude, superando as inseguranças comuns a quem faz algo pela primeira vez na vida – nesse caso, a professora que é chamada a escrever uma dissertação de mestrado; e a quem orienta uma pesquisa, precisando aprender sobre o tema ao longo das etapas.

    Apresentar à comunidade acadêmica uma pesquisa da qual se foi orientador/orientadora é uma honra sempre. Orgulha o apresentador/orientador, mas também implica, ou mesmo exige, um olhar para si e, consequentemente, para o orientando, nos seus processos de constituição como profissionais. É também uma avaliação do trabalho desenvolvido em conjunto e do caminho que se construiu na docência e na orientação.

    As experiências vivenciadas, como professora no mestrado e como orientadora, permitem-me refletir sobre o trabalho delicado que é orientar o desenvolvimento de pesquisas, bem como a escrita do relatório final. É um trabalho que exige delicadeza no trato com o outro, segurança para lidar com as incertezas e inseguranças desse profissional em formação.

    O orientador é um aliado, é um parceiro de jornada que, ao enviar o trabalho para a banca, sente-se tão julgado quanto o orientando. Precisa ser acolhedor e, nas ações de orientação, humanizar o processo, apontando, sim, os problemas no texto, mas ajudando a saná-los; orientando as leituras e os procedimentos metodológicos, mas observando, com olhos de ver, o que nem sempre é explicitado e que caracteriza cada orientando como ser único.

    Adotando os referenciais da Etnografia da prática escolar, ancorada no arcabouço teórico existente sobre educação bilíngue, letramento, biletramento e aquisição de uma segunda língua, e utilizando-se de instrumentos próprios da etnografia, tais como observação participante, registro no diário de campo e entrevistas com professores e alunos, esta pesquisa cumpre, belamente, uma função altamente contributiva, ao apresentar, discutir e propor caminhos para o ensino bilíngue em Rondônia e no Brasil, aos educadores, aos educandos e à comunidade acadêmica, para quem ela foi dedicada.

    Os dados analisados possibilitaram a compreensão do biletramento nas relações mediadas pelo professor, que se efetivam no contato com as duas línguas, no qual foi possível perceber as transferências de uma língua para a outra, as omissões, generalizações e acréscimos de letras ou de palavras, dentre outras ocorrências que caracterizam o processo.

    Dentre as contribuições da pesquisa, a descrição do processo de biletramento – português e inglês – em um contexto de educação bilíngue eletiva abre portas para reflexões acerca do currículo, das relações dos alunos bilíngues com as culturas, dentre outras questões relevantes.

    Os homens inventaram, ao longo da história da humanidade, diversas maneiras de registrar o vivido: a música, a dança, a pintura etc., mas a língua é – na sua perspectiva oral e escrita – a forma mais efetiva de contarmos ao mundo quem somos e como vivemos e de estabelecermos contato com o outro. Nesta pesquisa, o leitor encontrará, sobre o ensino de língua na dimensão bilíngue, novos saberes acerca desta habilidade tão fundamental: falar, ouvir, ler e escrever, importantíssimos para o seu desenvolvimento tanto como falante quanto como estudioso das línguas, num tempo e numa sociedade nos quais as fronteiras se diluem e as relações se tornam universais.

    Esta pesquisa é, com certeza, uma das melhores formas que Sheylla encontrou para contar ao mundo as questões teóricas que a constituem e seus esforços na busca de respostas, que continua, agora, no doutoramento. E muito me orgulha fazer parte deste seu caminho.

    Prof.ª Dr.ª Neusa dos Santos Tezzari

    Departamento de Línguas Vernáculas da Universidade Federal de Rondônia (aposentada)

    APRESENTAÇÃO

    Este livro representa um olhar sobre o processo de biletramento de crianças em um contexto escolar bilíngue no Brasil, em especial sobre o processo de aquisição da escrita na língua inglesa. Ele surge do encantamento nascido na observação do processo de aquisição simultânea da língua materna e da língua estrangeira por crianças, da curiosidade em desvelar os elementos desse processo e da postura investigativa sobre as supostas confusões que as crianças realizam durante essa jornada, ou seja, as transferências na escrita e/ou na oralidade de uma língua para outra.

    O biletramento no contexto escolar ocorre com as relações em torno do aprender a ler e escrever em duas línguas, das trocas, da interação com os colegas e do acesso à diversidade de materiais e situações que promovam o contato com as línguas, mediadas pelo professor, considerando a(s) língua(s), suas funções e práticas sociais. Imersas em um ambiente onde escutam diariamente a língua inglesa,

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