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Nós e os animais: um convite ao ver
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Nós e os animais: um convite ao ver
E-book117 páginas1 hora

Nós e os animais: um convite ao ver

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Sobre este e-book

Com uma linguagem acessível e instigante, a obra aborda a forma como os animais são tratados na sociedade contemporânea ao serem explorados para trabalhos, diversão, testes científicos, companhia e alimentação. Destinado ao público em geral, o texto convida o leitor a ser agente transformador dessa realidade e protagonista na construção de uma sociedade mais justa em relação aos animais.
IdiomaPortuguês
EditoraArtigo A
Data de lançamento13 de ago. de 2020
ISBN9786586421330
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    Nós e os animais - Samylla Móll

    Samylla Mól

    NÓS E OS ANIMAIS

    um convite ao ver

    Título

    Nós e os Animais - Um Convite ao Ver

    Copyright 2017

    Samylla Mól

    Capa:

    Gutto Paixão e Samylla Mól

    Revisão:

    Jamylle Mól

    Produção do livro digital:

    Lucas Camargo

    ISBN:

    978-65-86421-33-0

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem o consentimento por escrito da Editora.

    1ª Edição

    2017

    Artigo A é um selo editorial de:

    Gulliver Editora Ltda.

    www.gullivereditora.com.br

    (37) 3511-1120

    PREFÁCIO

    Em 2016, estive em contato com Samylla Mól através do grupo Instituto Abolicionista pelos Animais, sendo presenteada com sua obra Carroças Urbanas & Animais: Uma análise ética e jurídica, fruto de seus estudos na Escola Superior Dom Helder Câmara durante seu mestrado. Essa excelente obra proporcionou, para as minhas turmas da disciplina Direito dos Animais na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, maior conhecimento, através da leitura sobre as problemáticas envolvendo animais utilizados como meios de transporte e tração.

    Ainda em 2016, estivemos juntas, como palestrantes, durante o V Congresso Mundial de Bioética e Direito dos Animais realizado em Curitiba e, imediatamente, se estabeleceu uma amizade e afinidade mútua. Ambas advogadas, mestres, mães em busca de um mundo melhor para humanos e não humanos e com uma causa difícil em comum: o reconhecimento dos direitos dos animais. A busca pela conscientização e reflexão sobre as questões envolvendo os animais, a necessária mudança de seu status jurídico, o rompimento da utilização de animais como bens, propriedade humana e a efetiva modificação para titulares de direitos.

    Recentemente, e, com alegria, recebi o convite para o prefácio desta obra, aceitei com admiração e na certeza de uma nova e excelente obra em favor dos animais. Após a leitura, minha percepção se reforça, pois a obra que ora recomendo demonstra a afinidade de muitas ideias e o ser humano sensível que é a autora.

    Trata-se de um convite ao conhecimento e à reflexão pela sociedade. Como a autora sugere no título do livro, é hora de ver, de se formarem um novo pensamento, visão e conscientização sobre as diversas realidades envolvendo os animais e suas tristes verdades cotidianas.

    Em linguagem tranquila e acessível a todos, a obra proporciona aos não iniciados na questão animal a necessária visão e ponderação sobre o tema, bem como, aos defensores da questão animal, um excelente instrumento para reforçar ou ajudar no debate, seja entre amigos, familiares ou conhecidos.

    Samylla atinge seu objetivo e demonstra a todos que a evolução ética da sociedade não possui outro caminho senão o respeito e inclusão das espécies não humanas na esfera de consideração moral.

    Como a autora destaca, as atrocidades que envolvem os animais no dia a dia são desconhecidas ou ignoradas por grande parte dos seres humanos. Animais em zoológicos, circos, rodeios, vaquejadas, alimentação, experimentação, como veículos de tração, vendidos como objetos em pet shop, abandonados, pássaros privados de liberdade em gaiolas, sem que muitos humanos nunca tenham refletido sobre essas questões. Nunca se indagaram ou se colocaram no lugar do outro, animal não humano.

    Muitos fazem questão de ter pássaros, comprar animais, ir aos zoológicos sob a argumentação de que amam animais. Mas será que conhecem a realidade dos bastidores dessas práticas? Será que refletiram sobre a natureza e os instintos do animal? Será que o ser humano, ao frequentar estabelecimentos, espetáculos com animais e fazer uso de práticas envolvendo animais, o fazem porque são pessoas más ou simplesmente ignoram ou nunca pararam para pensar? São indagações a considerar.

    Como disse Hannah Arendt em sua obra Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal, o fenômeno da banalidade do mal não tem como pano de fundo necessariamente a malignidade ou perversão.

    O ser humano pode praticar ou incentivar a crueldade e incentivar a morte sem que tenha qualquer motivação maligna, desrespeitando os limites e perpetuando o sofrimento animal simplesmente porque não refletiu eticamente sobre as diversas práticas humanas que envolvem os animais não humanos. Em muitos momentos, não se trata de ser mau simplesmente, pode se tratar apenas de falta de conhecimento, resistência em sair da zona de conforto ou ausência de reflexão ética e, nesse ponto, a obra é fundamental.

    A banalidade do mal e ausência de reflexão devem ser afastadas para que predomine a tolerância, respeito às diferenças, às demais espécies e amor pelo mundo. Liberdade demanda respeito por todos, fraternidade, existência do outro enquanto ser.

    Nas salas de aula, por exemplo, ministrando a disciplina Direito dos Animais, percebo o desconhecimento da causa animal e a nítida mudança de pensamento. A motivação para cursar a disciplina pode ser: porque gostam de animais, gostam apenas de cachorros e gatos, ou porque pensam que será uma disciplina fácil e tranquila. Ao final fica claro que a maioria desconhecia a profundidade da temática, as práticas que envolvem os animais, que não se trata apenas de proteção dos animais que convivem conosco em casa, é isso também, mas muito, muito além. A mudança de pensamento é nítida, pois conheceram, refletiram eticamente, é difícil que não haja algum tipo de transformação, uma sementinha plantada que poderá dar bons frutos para causa animal.

    Como diz Samylla, é necessário conhecer as atrocidades para mudar a forma de ver um animal não humano, é preciso exercer nosso exercício de atenção, as escolhas de cada um podem ou não contribuir para o bem-estar dos animais.

    A autora convida para mudança de hábitos enraizados há longos anos na sociedade, portanto, não é tarefa fácil, mas necessária. A empatia, se colocar no lugar do outro, a educação desde criança e durante toda a vida são fundamentais nessa evolução.

    Afinal, quem gosta de ser privado de liberdade, ser tratado como coisa, ser desrespeitado e ignorado? Com os hábitos do dia a dia, muitos de nós incentivam e prolongam o holocausto animal, mas a reflexão feita pela autora é essencial: Gostar não é apenas achar bonito, apreciar, querer estar perto, gostar é querer bem, considerar os interesses, ter o outro como um fim em si mesmo. O amor e o respeito devem se sobrepor à curiosidade humana. O véu da ignorância deve ser afastado.

    O livro traz diversas

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