Pibid na UFGD: Relatos de Experiências Pedagógicas (2014-2018) – Volume 2

De Noêmia dos Santos Pereira Moura

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) na UFGD foi sinônimo de encontros, vivências, construções e (trans)formações. Possibilitou relações institucionais; pessoais; profissionais em diálogo, confronto, debate, desafio; aprendizagens que marcaram todos. Não conseguimos (trans)formar o Pibid em Política de Estado, mas o reconhecemos como uma das mais eficazes Políticas Públicas Educacionais. O programa recebeu total apoio das entidades que defendem a educação em âmbito nacional e internacional, em destaque, o Fórum Nacional de Coordenadores do Pibid, que requere a sua continuidade junto ao Capes, ao MEC e ao Governo Federal. Os segmentos do Pibid na UFGD produziram o livro que o leitor explorará a partir de agora, uma obra possibilitada pelo financiamento da Capes. Agradecemos a todos pela parceria e ressaltamos que o Pibid é espaço de vivências planejadas e acompanhadas pela universidade e pelas escolas parceiras, fomentado pela Capes, que resulta em profissionais compromissados com a educação de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Desejamos uma ótima leitura! Noêmia dos Santos Pereira Moura, Coordenadora institucional do Pibid/UFGD (2014-2018)

• Idioma: Português
• Editora: Paco e Littera
• Data de lançamento: 29 de jan. de 2019
• ISBN: 9788546213924

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Bahia

APRESENTAÇÃO

A presente obra, Pibid na UFGD: relatos de experiências pedagógicas (2014-2018), registra realizações alcançadas na caminhada teórico-prática dos sujeitos envolvidos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Prioriza, conforme consta no título, o período que abarca os anos de 2014 a 2017. Anos estes que atendeu as regulamentações dadas pela Portaria n. 96, de 18 de julho de 2013, instituída pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por considerar a necessidade de aperfeiçoamento e atualização das normas do programa.

O Pibid tem por objetivos: incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino aprendizagem; incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como co-formadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura; contribuir para que os estudantes de licenciatura se insiram na cultura escolar do magistério, por meio da apropriação e da reflexão sobre instrumentos, saberes e peculiaridades do trabalho docente.

Nesses termos, a obra em foco, abriu espaço para que os sujeitos do Pibid na UFGD, no caso, aos Professores das Escolas Públicas parceiras do Pibid, na função de Supervisores e também para os acadêmicos das licenciaturas da UFGD, todos Bolsistas Pibid, apresente suas reflexões, experiências, enfim, aprendizados propiciados pela participação no Pibid.

Cabe destacar, que concomitantemente, foi elaborada outra obra, intitulada Pibid na UFGD: reflexões acerca da gestão (2014-2018) com os mesmos objetivos e destinados à Coordenadora Institucional e Gestoras de processos educacionais, bem como os professores das licenciaturas envolvidas, na função de Coordenadores de áreas.

Este livro está organizado em vinte e nove capítulos. O Capítulo 1, Contribuições do Life na UFGD para o Pibid na formação inicial e continuada de docentes, de Adriana de Fátima Vilela Biscaro, Aldrin Cleyde da Cunha, Maria Alice de Miranda Aranda, tem por objetivo apresentar o Life/UFGD e as contribuições ao Pibid/UFGD, durante a gestão 2014-2018, que articula a formação de professores ao cenário apresentado pelas novas linguagens e tecnologias. A parceria entre os programas de formação docente (Pibid e Life) proporcionou vivências e diálogos interdisciplinares que resultaram em novos saberes às licenciaturas, subsidiando aos professores e estudantes da Educação Básica. Foram momentos de refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem a partir das áreas contempladas pelos cursos de licenciatura da UFGD e destaca que o Pibid é considerado como uma das melhores políticas de formação de professores da atualidade.

O Capítulo 2, de Osmar Palma Lopes Júnior e Fabiano Coelho, Ser Pibidiano: experiências na formação docente, tem o objetivo de abordar os resultados de uma atividade realizada pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) do curso de História da Universidade Federal da Grande Dourados, no âmbito da Escola Municipal Januário Pereira de Araújo, localizada em Dourados/MS. A atividade foi planejada e executada em forma de aula oficina, pautada na definição de Barca (2004), com a temática História das mulheres, tema importante e pertinente em nossa sociedade que tinha como meta demonstrar aos alunos as construções históricas que delimitam o papel dos gêneros, em especial da mulher. Acredita-se que a atividade foi exitosa e contribuiu para se pensar em uma sociedade justa no que diz respeito à questão de gênero.

O Capítulo 3, O Pibid Pedagogia na Educação Infantil nas experiências de 2012 a 2016, de Hozana Aparecida Dourado Miranda Caetano, Janaina Dorneles Torres, Elber Pereira Gomes, Letícia Gomes Branco, Rosemeire Messa de Souza Nogueira e Silvana Moreira da Silva, trata da experiência do Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) em um Ceim (Centro de Educação Infantil Municipal) da cidade de Dourados. Tem por objetivo apresentar os Projetos de Ações Pedagógicas realizados no período de 2012 a 2016 no Ceim. As atividades realizadas buscam promover o desenvolvimento integral das crianças em processo de letramento, por meio de brincadeiras, músicas, construções de brinquedos e cenários. O resultado do trabalho pode ser percebido no envolvimento e alegria das crianças, que vivenciaram uma educação infantil que respeita sua forma lúdica de aprendizagem.

O Capítulo 4, O Pibid Pedagogia contribuindo no letramento e na alfabetização dos anos iniciais do Ensino Fundamental, de Vanessa Aparecida da Silva Caetano, Lucimar de Araújo Carneiro, Maria José Alves Trindade, Juliana da Silva Lourenção e Marta Coelho Castro Troquez, trata de uma experiência do Pibid/Pedagogia da UFGD na Escola Municipal Franklin Luiz Azambuja. Tem como objetivo relatar a experiência realizada na Disciplina de Língua Portuguesa, no terceiro ano dessa etapa da educação básica da referida Escola, onde ocorreu a elaboração e execução do PAP (Projeto de Ação Pedagógica) intitulado Leitura e escrita sobre diversidade: as bonecas de pano são diferentes. A ideia do PAP nasceu das necessidades observadas e do dever de cumprir o compromisso com a escola. A brincadeira com as bonecas proporcionou momentos prazerosos aos alunos, foi importante para estimular entendimentos de conceitos, superando preconceitos.

O Capítulo 5, Casinha de Leitura: Alfabetização e Letramento da Cultura por meio do Folclore, de Ezedir da Costa, Lorraine Martins Gerotto, Bianca Aparecida Cardoso, Camila Ferreira Felix, Kassia Regina Mariano, Talia Romera Ramirez e Marta Coelho Castro Troquez, apresenta experiência vivenciada durante o processo de alfabetização e letramento, realizada com os alunos do primeiro ao terceiro ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Prefeito Álvaro Brandão, a partir da utilização de diferentes textos relacionados ao folclore brasileiro. A proposta objetivou desenvolver atividades relacionadas à leitura e à escrita com diferentes tipos de textos, a partir de práticas pedagógicas diversificadas desenvolvidas em sala de aula. As atividades facilitaram e promoveram a construção de habilidades leitoras e contribuíram para o processo de alfabetização e letramento. Colaboraram também para a convivência das crianças com diferentes manifestações culturais.

O Capítulo 6, Letramento e Alfabetização: o Pibid no Ensino Fundamental, de Giovanna Maciel, Jonata Cristina dos Santos, Janaina da Silva Lourenção, Irene de Lima Santos, Virgília Margarida Rebouças e Maria de Lourdes dos Santos, apresenta relato de experiência sobre Planos de Ações Pedagógicas (PAP) desenvolvidos por bolsistas do Pibid do subprojeto de Pedagogia da Faculdade de Educação (FAED/UFGD) na Escola Municipal Weimar Gonçalves Torres de Dourados/MS. Destacam o PAP intitulado: Sacola e Pasta Viajante, que se constituiu de leitura de parlendas, de histórias literárias, apresentação por meio da oralidade, dinâmica de trabalho com as famílias silábicas e construção de livros com os registros das atividades. O objetivo principal foi alfabetizar e letrar por meio da literatura infantil e ampliar o contato com a leitura e a escrita. Os resultados foram significativos para o processo de aprendizagem das crianças e para a formação inicial dos bolsistas e para a formação continuada dos professores envolvidos.

O Capítulo 7, Pibid Pedagogia na Escola Municipal Aurora Pedroso de Camargo, de Jaqueline Maria Schwenber Neves, Karen Rocha Minhos, Lúcia da Silva Silveira, Vera Lúcia de Lima, Marta Coelho Castro Troquez e Rosemeire Messa de Souza Nogueira tem como objetivo relatar a experiência do Projeto sobre o poeta mato-grossense Manoel de Barros, O Poeta que virou Passarinho, vivenciado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Nesse projeto trabalhou-se com o Gênero Textual Poesia nas turmas de alfabetização da Escola Municipal Aurora Pedroso de Camargo, durante o segundo semestre de 2017. Várias atividades foram realizadas através das poesias, como pintura de telas, confecção de livrinho com ilustrações referentes à poesia, músicas, construção de palavras e rimas. Os resultados foram significativos para o processo de aprendizagem dos alunos e para a formação das acadêmicas e professores envolvidos com o projeto.

O Capítulo 8, O subprojeto de Educação Física no Pibid/UFGD: gincana de anatomia nos anos iniciais do Ensino Fundamental, de Patrícia de Matos Romera, Débora Maria de Paula Lopes, Manoel Neves Junior, Marianne Soares de Lima e Marina Vinha, tem como objetivo levar os alunos a repensarem sobre o conhecimento acerca do corpo de forma contextualizada, ou seja, dentro de sua realidade. A metodologia utilizada para a realização da gincana de anatomia foi uma ação interdisciplinar com aulas expositivas, dialogadas e práticas sobre anatomia humana. A experiência vivenciada demonstrou que é possível abordar assuntos científicos com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, desde que seja adequado à fase de desenvolvimento e escolar, e de forma lúdica. Os resultados apontaram que a realização do projeto foi significativa para processo de ensino-aprendizagem.

O Capítulo 9, A interdisciplinaridade como elemento para reflexão e conscientização da prática do bullying no Ensino Médio, de Paulo Vitor Ribeiro, Bruna Espindola Silva, Walteir de Paula Ferreira, Elizabeth Vieira e Adailton José Alves da Cruz apresenta uma discussão sobre os graves efeitos causados pela prática do bullying no ambiente escolar. Nos últimos anos, o tema tornou-se popular sendo discutido em diversas áreas da sociedade e da mídia, e apesar de ser tratado algumas vezes de forma leiga e sem as devidas considerações, é um dos responsáveis por diversos traumas, distúrbios e problemas no desempenho escolar. O objetivo geral do trabalho foi buscar uma conscientização de forma interdisciplinar sobre os efeitos provocados pela prática do bullying na escola e foi discutido pelas áreas da Psicologia, Letras, Ciências Sociais e Matemática.

O Capítulo 10, Educação em Tempo Integral e a Sexualidade no Ambiente Escolar: relato de experiência no Pibid/Psicologia, de Thalita Saramago de Souza, Claudia Emanuela Honorio Hahn, Lidiane Almeida Costa e Jaqueline Batista de Oliveira Costa, tem como objetivo o incentivo e a valorização da prática docente, realizando a sua prática a partir dos temas transversais propostos pelos PCN’s, dos quais se destaca a Orientação Sexual. Esta temática se faz necessária no contexto escolar, pois está ligada a questões biológicas, subjetivas, socioculturais e econômicas da vida do aluno, que está em constante contato com angústias produzidas pela falta de conhecimento sobre o tema. Neste sentido, busca-se aprofundar as discussões de um relato de experiência vivenciada com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de uma Escola Estadual de Tempo Integral no município de Dourados/MS, além de debater a importância da interdisciplinaridade e suas vertentes no contexto escolar.

O Capítulo 11, Medo e ousadia: clube de leitura como estratégia de formação docente, de Gabriella Ribeiro Christianini e Fabiano Antunes, discute a leitura como prática fundamental para a formação docente, porquanto grande parte da produção intelectual se materializa em livros e artigos. Nesse âmbito, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, por meio do subprojeto de Ciências Biológicas, criou seu Clube de Leitura como estratégia de formação inicial e continuada, visando promover leituras de obras mais exigentes numa sociedade virtual que valoriza a escrita e leitura rápidas. Trazemos uma atividade do clube, em que narramos a experiência vivenciada a partir da leitura do livro Medo e Ousadia de Paulo Freire e Ira Shor. A leitura e a reflexão compartilhada pelo grupo incitaram o pensamento crítico acerca dos saberes docentes, permitindo que repensemos nossas práticas e atualizemos nosso conhecimento sobre o fazer educação.

O Capítulo 12, Ludicidade no ensino de Artes na Educação Básica, de Aline Domingos e Cintia Miranda dos Santos, aborda o desafio para o professor com formação acadêmica em Artes Cênicas, de ministrar aulas de Arte na Educação Básica, diante dos conteúdos programáticos obrigatórios do currículo escolar. Discute as diferentes maneiras e as vantagens de ministrar as aulas de uma forma lúdica que tenha como objetivo principal o aprendizado dos alunos. As autoras contam uma de suas experiências como bolsistas do Pibid/Artes Cênicas e como foi possível utilizar a linguagem teatral para ensinar crianças sobre Arte. Como resultado obtiveram uma aprendizagem e envolvimento dos alunos muito satisfatória.

O Capítulo 13, de Viviane Cristina de Souza, Rosângela Andrade Cabral e Flávia Paula Nogueira Aranda, O Pibid na Escola de Ensino Fundamental: experiência no ensino de Matemática, registra experiência pedagógica desenvolvida nos anos iniciais do Ensino Fundamental na Escola Municipal Clarice Bastos Rosa, em Dourados/MS, por meio do Pibid, cuja finalidade de aplicação foi explorar e expandir o conhecimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem na área da Matemática, com enfoque nas formas geométricas, um dos eixos da geometria. Para isso, foi utilizado um vídeo educativo As Três Partes, demonstrando as formas geométricas em um contexto bastante criativo e diferente. A partir deste, foi proposto atividades às crianças, com a confecção das formas e a utilização destas para montar cenários relacionados ao contexto social das mesmas. Partindo do princípio que a geometria na escola é requisito na construção dos conhecimentos matemáticos e se inicia a partir do momento em que a criança começa a representar em pensamento as formas geométricas, demonstrando na sequência na prática. Dessa forma, o conteúdo explorado pode ser aproveitado e assimilado pela criança de maneira crítica e o ensino da matemática pode ser trabalhado com mais facilidade pelos professores e com maior aproveitamento, proporcionando relações e comparações a partir da manipulação de materiais e metodologias adequadas.

O Capítulo 14, Experiências de aulas da disciplina de Biologia adaptadas por Surdos Pibidianos, de Fabiane Paim de Matos Silva, Eliane Melo dos Santos, Gabrielly Benites de Aquino, Leticia Oliveira Camargo, Rafael Lucas Mirin de Oliveira Quevedo e Solange Aparecida Furtado, reflete sobre O Pibid/Letras-Libras na EaD da UFGD. O Objetivo é promover e inserir os acadêmicos surdos dos cursos de licenciatura nos ambientes escolares, dessa forma oportunizando contato e experiência profissional aos futuros docentes, levando o reconhecimento do trabalho realizado por pessoas surdas e indagando o aprendizado mútuo e compensador na disciplina de Biologia com metodologias diversificadas entremeando imagens e escrita.

O Capítulo 15, Experiência sobre ensino de Libras para ouvintes na Aldeia de Dourados/MS, tem como autores Anay Matos Rodrigues de Souza, Rutnéia de Ávila Pereira, Andréia Cristina Silva de Jesus, Claudia Aparecida Kuttert da Silva Cano, Rosyane Pedro Francisco e Lorena Centurion. O objetivo é relatar a experiência desenvolvida por bolsistas na área de Letras-Libras EaD/UFGD. Os bolsistas surdos desenvolveram atividades teóricas e práticas na Escola Estadual Menodora Fialho de Figueiredo, em uma turma do primeiro ano do ensino médio, na intervenção do ensino da disciplina de Biologia com tema sugerido pela professora regente. Foi solicitado aos bolsistas que expusessem o material para a sala de aula regular da escola, fato que proporcionou uma experiência única tanto para os alunos surdos quanto para os ouvintes, que conseguiram envolver-se e manter comunicação e entendimento.

O Capítulo 16, Pibid/Letras-Libras: uma proposta inclusiva e experiências com o Ensino da Língua de Sinais em uma Escola Municipal da Cidade de Campo Grande/MS, de Andreza Sales Ferreira apresenta como objetivo relatar experiências com a língua de sinais (Libras) em uma proposta inclusiva por meio do Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) Letras-Libras em diversos segmentos da escola municipal Professor Plínio Mendes dos Santos na cidade de Campo Grande/MS, com alunos graduandos do curso de Letras-Libras da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Registra que foi um projeto ousado, bem sucedido, aplaudido e bem aceito na instituição de ensino citada, pôde com a língua de sinais propiciarem momentos de interação com graduandos surdos e ouvintes em uma proposta inovadora com o ensino da Libras para a pré-escola, primeiro ano do ensino fundamental, para os alunos no horário contra turno, funcionários e professores, para pais, familiares e comunidade em geral, este projeto pode também em alguns momentos confeccionar materiais de língua de sinais para o uso na sala de recursos em Libras e para serem utilizados no Pibid em ação nas salas que aconteciam o projeto.

O Capítulo 17, O papel do coral na divulgação científica no subprojeto do Pibid/Química da UFGD, de Jéssika Paula de Oliveira, Vitoria Regina Nobre dos Santos, Aurillo Francini Duarte, Paulo Henrique Vitro e Adriana Marques de Oliveira objetiva relatar experiência desenvolvida a partir da constituição de um coral. A proposta desta atividade foi realizada com Pibidianos do subprojeto da Química, da Universidade Federal da Grande Dourados, na cidade de Dourados/MS. A perspectiva teórica que norteou foi a divulgação científica e os referenciais ligados ao movimento Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente. Observamos que esse tipo de atividade promoveu a interação entre os Pibidianos das escolas parceiras fortalecendo o comprometimento e envolvimento com o esse projeto.

O Capítulo 18, Libras no contexto Didático de sala de aula: ênfase na segunda etapa do Ensino Fundamental, de Graciele da Silva Neiva Cabanhe e Oldemar Cabanhe versa sobre a experiência de Pibidianos, em uma turma de 6º ano com aluno surdo e ouvintes da Escola Municipal Imaculada Conceição no município de Campo Grande/MS. Tem por objetivo inicial colocar em prática os conhecimentos na língua de sinais e na confecção de materiais pedagógicos voltados ao ensino de Libras e, consequentemente, contribuir para que a língua de sinais alcance maior espaço dentro da escola pública, fazendo com que o direito linguístico do aluno surdo seja minimamente respeitado. As aulas aconteceram uma vez por semana por meio de materiais midiáticos e impressos, manipulação de material didático adaptado para o ensino da Libras, além de aulas práticas de interação em Libras com a aluna surda.

O Capítulo 19, Formação de professores Pibid: aprendizagem, docência entre professor supervisor coordenador e bolsista surda do Letras-Libras, de Katiane Souza Bispo de Almeida, Rosana de Fátima Janes Constâncio e Andreza Sales Ferreira, apresenta uma pesquisa que foca a diferença e a parceria da UFGD e a Escola Municipal Professor Plínio Mendes dos Santos no Bairro Guanandi, na Capital do estado, uma instituição de ensino básica para auxiliar na formação inicial dos acadêmicos do curso de licenciatura semipresencial Letras-Libras, cujo, os docentes da escola no contexto do Pibid/Letras-Libras e a universidade estão responsáveis para cuidar, analisar as atividades desenvolvidas no projeto adotando foco investigativo, intervenções, mediações pelas professoras supervisora e coordenadora na escola parceira.

O Capítulo 20, Concepções de Gênero e Violência: experiência pedagógica através de Oficina realizada em uma Escola Estadual de Dourados/MS, de Átila Maria do Nascimento Corrêa e Tatiana Akemi de Lima Tomizawa Pinzan relata intervenção feita na Escola Estadual Vilmar Vieria Mattos (Dourados/MS) teve como objetivo discutir os conceitos de gênero dentro da perspectiva de discussão sobre direitos humanos e sociológica, o gênero foi concebido enquanto uma construção social, ou seja, o que se define como homem ou mulher depende da sociedade que se faz parte. Discutiu-se também quais os impactos dessas construções de gênero nas relações sociais e na produção de formas de violência homofóbica e transfóbica.

O Capítulo 21, A importância do Pibid no processo de ensino da Libras como L2 para crianças ouvintes, de Josiane Ramalho dos Santos, Katicilayne Roberta de Alcântara e André Abi Rios relata resultados das atividades desenvolvidas por um grupo de acadêmicos do curso Letras-Libras da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), incluídos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). As atividades foram desenvolvidas em uma escola pública da rede municipal de Campo Grande/MS. Será exposto a metodologia e materiais desenvolvidos que foram aplicados durante as aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) que foram ofertadas aos alunos do primeiro ano das séries iniciais nos turnos matutino e vespertino, com o objetivo de verificar o processo de aquisição de uma segunda língua por crianças na faixa etária entre cinco a sete anos.

O Capítulo 22, Pibid Psicologia e Temas Transversais no Ensino Médio: uma experiência prática, de Izabele Brandl Dolci, Hémilli Specht da Silva Altero, Solange Camilo dos Santos, Mauro Lugo e Jaqueline Batista de Oliveira Costa, tem como objetivo apresentar e discutir algumas experiências desenvolvidas durante o ano de 2017 com turmas de alunos do ensino médio de uma escola pública de Dourados/MS. Dentre as experiências destacamos o trabalho de três módulos realizados com os temas: ética e moral; orientação profissional e sexualidade. As aulas foram planejadas obedecendo algumas etapas: exposição do conteúdo; discussão; conversas dirigidas; dinâmica e avaliação. O resultado do trabalho realizado demonstra que o papel do professor é fundamental, sendo responsável pelo desenvolvimento dos alunos tanto na esfera intelectual, com a transmissão de conteúdos teóricos e explicativos, quanto na formação humana, levando para sala de aula, assuntos pertinentes para a vida do aluno.

O Capítulo 23, O papel da música e da censura no período da Ditadura Civil Militar brasileira (1964-1985), de Daniele Alves Craveiro, Fernanda Dalmazo Garcia, Fernanda Siqueira Ortiz, Fernando, Fernando Santos Maciel e Roberta Lima Costa objetiva descrever e refletir a experiência dos Pibidianos do curso de História, da Universidade Federal da Grande Dourados, junto à Escola Estadual Professora Floriana Lopes, na cidade de Dourados/MS, sobre a censura musical no período da Ditadura Civil Militar brasileira. O propósito da experiência foi apresentar e discutir o papel de músicas de protesto e cafonas, interpretando e contextualizando as letras para a compreensão da repressão. Como metodologia, optamos pela interdisciplinaridade, discussões, pesquisas e confecção de artigos e a produção de uma revista. Como resultados, observamos um desenvolvimento crítico e uma melhora na compreensão histórica dos alunos do desenvolvimento da prática docente dos Pibidianos.

O Capítulo 24, Momentos Pedagógicos como ferramenta de ensino para Alunos do Ensino Fundamental, de Eunatã Gonçalo de Sousa, Ana Claudia Verlindo, Joseana Stecca Farezim Knapp e Fabiano Antunes, teve como objetivo principal ensinar o conceito de tensão superficial da água para alunos do 8° ano do ensino fundamental por meio dos Momentos Pedagógicos. No primeiro momento foi feita a problematização inicial a partir de uma experiência envolvendo uma agulha e um copo d’água, os alunos foram questionados antes durante e depois da experiência. Posteriormente, foram abordados os assuntos relacionados com o conceito a ser aprendido pelos alunos e, por fim, foi buscada a aplicação do conhecimento em outra experiência similar a primeira. A reflexão sobre a atividade docente nos ajudou a compreender que a apresentação de novos conceitos, quando são muitos, não se dá em pouco tempo de atividade de ensino.

O Capítulo 25, Produção de vídeos: uma estratégia pedagógica na formação de leitores, de Rosangela Maria de Mello Souza, Adailton José Alves da Cruz e Simone Ferreira Barrios Cecconello relata práticas metodológicas desenvolvidas pelos alunos do curso de licenciatura em Computação (EaD na UFGD), bolsistas do Pibid, e atuantes na Escola Estadual Pastor Daniel Berg, Dourados/MS, nas turmas dos 9º anos, A e B, do Ensino Fundamental, no ano letivo de 2017. Os bolsistas buscaram utilizar as tecnologias de informação, como técnica de incentivo e motivação para a leitura, em conjunto com o coordenador do Pibid e a da professora de Língua Portuguesa do 9º ano. Foram utilizados vídeos como metodologia pedagógica de ensino e aprendizagem na motivação as práticas de leitura na qual as tecnologias de informação possuíram grande por parte dos alunos.

O Capítulo 26, Pibid/Letras-Libras: experiências essenciais para a formação de um educador, de Neoci dos Santos Benevides e Rosana de Fátima Janes Constâncio tem como objetivo relatar experiências que foram importantes no início da jornada pedagógica, uma vez que o acadêmico ao ingressar em um curso superior, novos horizontes lhe são estabelecidos, e via de consequência, surgem durante o período da faculdade as mais diversas orientações, sempre na intenção de demonstrar ao acadêmico a prática instrucional, pedagógica e teórica. Importante ressaltar que antes da faculdade cada um adveio das mais diversas estruturas familiares e classes sociais, então estas experiências que ocorrem no período da faculdade, servem para amadurecer ainda mais os jovens e fortalecer a vivência dos mais velhos.

O Capítulo 27, Sonhando com uma Escola Bilíngue: Projetos Aulão de Libras Mãos que Falam e Projeto de produção de materiais adaptados em Libras: pensando na acessibilidade para uma educação de qualidade, de Lidiane de Jesus Borges Vargas, Jéssika da Silva, José Sergio Rodrigues Souza, Juliana Kmzcik e Rosana de Fátima Janes Constâncio relata o desenvolvimento de projetos, cujas ações oportunizaram a comunicação na modalidade viso-espacial Libras para os ouvintes e a alfabetização e letramento da única aluna surda que faz parte desta comunidade escolar.

O Capítulo 28, O Ensino de Libras na Educação Infantil por Intermédio do Pibid: um ambiente linguístico para o desenvolvimento comunicativo dos Alunos Surdos, de Alessandra Borges Daniel, Clara Ramos Pedrosa, Cristiane Albres, Raquel de Camargo Sousa e Rosana de Fátima Janes Constãncio, apresenta os resultados iniciais de um trabalho que está sendo desenvolvido em uma escola municipal do município de Campo Grande, realizado como uma ação do Pibid para o ensino de Libras aos alunos da Educação Infantil, buscando desenvolver um ambiente linguístico adequado para os alunos surdos. O projeto teve início no 2º semestre de 2016, tendo continuado, em 2017, em sala de aula de Educação Infantil com 25 alunos frequentes, com idade escolar entre cinco a seis anos, sendo que dois deles são irmãos de surdos.

O Capítulo 29, Efeitos de perspectiva forçada na criação de cenas para interação teatral, de Marcos Roberto Morali Marin e Giovanna Xavier Lavagnoli, relata trabalho desenvolvido através do recurso de captação fotográfica e em vídeo de efeitos de perspectiva baseados em conceitos renascentistas frisando a diferença de planos fotográficos com o uso de materiais cotidianos e interação em grupo. Projeto desenvolvido pelos alunos do Pibid/Artes Cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), mostra importância da multidisciplinaridade presente na educação e entoa a troca de informações entre conteúdos das artes plásticas, artes visuais, artes cênicas e história. Tendo em vista uma gama de assuntos que podem ser abordados para o desenvolvimento de interesse a pesquisa pelos alunos e seu vislumbre pelo conhecimento a fim de torna-lo um cidadão com aptidões e discernimento.

Por fim, o Capítulo 30, intitulado MIGRAÇÃO: O grafitti construindo saberes geográficos, conceitos e Valores tem como objetivo apresentar a experiência desenvolvida junto aos estudantes do 9º Ano da Escola Estadual Reis Veloso, a partir do Projeto de Ensino elaborado pelo Pibid de Geografia, em Dourados/MS. Um dos objetivos principais do Projeto foi exercitar a leitura do espaço geográfico e a construção de conceitos por meio do tema Migração: quem está migrando, para onde e por quê?!. As discussões envolveram a construção de conhecimentos sobre migração, território, identidade, fluxos migratórios, refugiados. Finalizou com a realização de uma oficina de grafitti, em que os estudantes reproduziram no muro da escola produções pictóricas.

Em suma, pretende-se que o Livro em pauta, cujo objetivo primordial é registrar a caminhada do Pibid na UFGD e que as produções que o materializam possam fortalecer a luta por uma formação inicial do docente de qualidade social.

Finalizando, pretende-se também que esta obra amplie e disponibilize conhecimentos sobre o Pibid na UFGD para colaborar com a formação do profissional para a Educação Básica.

As organizadoras

1. Doutorada (2007) e mestra (2002) em Educação, graduada (1997) em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi Coordenadora Institucional do Pibid/UFBA (2009-2018). É Professora Associada da Faculdade de Educação da UFBA. Ministra a disciplina Didática e Práxis Pedagógica e Educação e Tecnologias Contemporâneas. É pesquisadora do grupo de pesquisa em Currículo e Formação (Formacce), com atividades de pesquisa no campo da didática, formação de professores, EaD, Tecnologias da Educação e Comunicação, Cultura Digital. Realiza atividades de extensão em escolas públicas da Educação Básica. Coordena a Comissão Permanente de Formação de Professores e Articulação com a Educação Básica da UFBA. Atua na Coordenação de Design Educacional da Superintendência de Educação à Distância da UFBA.

CAPÍTULO 1:

CONTRIBUIÇÕES DO LIFE/UFGD PARA O PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE DOCENTES

Adriana de Fátima Vilela Biscaro

Aldrin Cleyde da Cunha

Maria Alice de Miranda Aranda

Introdução