Ser professor (a) na educação infantil bilíngue
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Ser professor (a) na educação infantil bilíngue - Thaís Araújo Carolino
1. A EDUCAÇÃO BILÍNGUE PORTUGUÊS-INGLÊS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: UM PANORAMA DESSE CENÁRIO
Neste capítulo, concentraremos o estudo da literatura sobre o fenômeno da educação bilíngue sob a perspectiva dos processos de ensino e aprendizagem. Discutimos os conceitos de bilinguismo e educação bilíngue, contrapondo a literatura internacional e um recorte das produções nacionais sobre o fenômeno.
Entendendo melhor esses conceitos, discutiremos o desenvolvimento docente nesse contexto, considerando as especificidades da educação infantil quanto ao desenvolvimento das práticas sociointerativas e comunicativas que envolvem formas de olhar o desenvolvimento da criança, da sua linguagem e das práticas de letramento emergente.
1.1 BILINGUISMO VERSUS EDUCAÇÃO BILÍNGUE: QUAL É A DIFERENÇA?
O bilinguismo, segundo Grosjean (1982), é um fenômeno muito antigo. Existe há muitos anos em quase todos os países. O autor explica que, por motivos variados, e principalmente oriundos dos processos de colonização, é difícil existir um país que seja totalmente monolíngue. A definição sobre esse conceito é complexa e influenciada por múltiplos fatores.
O conhecimento de dois idiomas pode ser adquirido em diversos ambientes, situações e por motivos variados e os processos e dinâmicas comunicativas podem ser igualmente diversos. A complexidade do fenômeno torna o conceito ainda mais difícil de ser determinado. Segundo Moura (2009), é preciso considerar o contexto social de aquisição, as condições psicológicas do aprendiz, o status de cada uma das línguas na sociedade, o tempo de relação com o conhecimento e as relações interpessoais ao definir o bilinguismo.
Para Ramirez e Kuhl (2016), cerca de dois terços da população mundial estimam entender ou falar pelo menos duas línguas. Assim, o bilinguismo se tornou a norma em vez da exceção em muitas partes do mundo. Para eles, as crianças que vivenciam duas línguas desde o nascimento normalmente se tornam falantes nativos de ambos, enquanto os adultos, muitas vezes, lutam com uma segunda língua e raramente atingem fluência nativa.
Valdés e Figueroa (1994), em uma pesquisa feita em escolas brasileiras bilíngues, classificam o bilinguismo em duas dimensões: bilíngues circunstanciais e eletivos. Os eletivos pertencem ao grupo no qual se aprende a língua porque querem, geralmente usando sua língua materna como suporte para aprender outro idioma. Já os circunstanciais aprendem a segunda língua devido às circunstâncias. Por exemplo, precisam aprender a língua para atender às demandas do mundo do trabalho, já que somente com a língua materna não conseguiriam atender a essa necessidade. Diante disso, é plausível inferir que a classificação circunstancial do bilinguismo está direcionada à aprendizagem de uma idade posterior à educação infantil, uma vez que antes dos cinco anos a criança não tem opção. Os autores, ainda, chamam a atenção ao aspecto processual e dinâmico do fenômeno, como sendo esse um processo de constante ressignificação e que está em pleno movimento. E, por isso, não pode ser definido nem mensurado como algo estático.
A partir de tais discussões e outras feitas amplamente pela literatura acadêmica internacional, o presente trabalho enfatiza o aspecto educacional que caracteriza algumas formas da aquisição do segundo idioma. Enquanto o bilinguismo designa o fenômeno do uso de duas línguas que pode ocorrer em ambientes variados e contextos situacionais diversos, a educação bilíngue designa a escola (ou contexto semelhante) como o principal ambiente de aquisição do segundo idioma, que, por vezes, pode variar quanto ao nível de estruturação e formalização de suas práticas pedagógicas. A seguir, discutiremos sobre a educação bilíngue no Brasil, contrapondo essa educação com a literatura internacional, no intuito de trazer ferramentas à compreensão do cenário onde foi desenvolvida esta