Você é Minha: Duologia Virtual
De Erika Gomes
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Você é Minha - Erika Gomes
Capitulo I
A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.
Charles Chaplin
— É simplesmente lindo Nando. – Cris dizia enquanto abria a porta que daria a imensa varanda do hotel em que estavam hospedados.
Após muita conversa, decidiram que não teriam o porquê fazer uma viagem para fora do Brasil se ainda não conheciam os lugares incríveis que seu país tinha a oferecer. Estavam em Maceió, o hotel cinco estrelas escolhidos por Fernando, ficava de frente para o mar, a vista incrível provocaria inveja ao mais lindo quadro. Cris estava encantada e andava na larga varanda, como criança solta em um parquinho. Seu marido a olhava e sorria, vendo-a tão cheia de vida, mesmo após tudo o que passou.
Duas batidas na porta tirou Fernando de seu estado contemplativo. Após receber suas malas e dispensar o entregador, ele caminhou lentamente até a Cris, despindo-se pelo caminho.
— Psiu. – Ela então o olhou.
Fernando estava completamente nu e sua ereção deixava claro qual era sua intenção. Cris sorrio da forma mais safada que pode e caminhou ao encontro dele, se desfazendo de suas roupas, o imitando. Se encontraram.
— Oi – Ela disse baixinho o olhando.
— Estou louco para foder minha esposa.
Cris aproximou-se um pouco mais, levou uma das mãos aos cabelos da nuca de Fernando, entrelaçando os dedos, puxou levemente, sua boca procurou a dele. Ela brincou com a língua, circulando os lábios de Fernando, mordendo e puxando com força o lábio inferior em seguida, arrancando dele um gemido. Espalmou a outra mão no peito de seu marido e o empurrou até uma poltrona no canto do quarto o fazendo sentar. Devagar Cris se virou, apoiando-se nos joelhos dele, ela rebolava, esfregando-se na ereção de Fernando, que agora estava duro, como pedra.
— Vai acabar viúva assim mulher.
— Agora – Ela dizia baixo, de forma sensual – Não sei se deixo você me foder ou se somente eu gozo e te deixo de castigo, por ter me comido naquele banheiro apertado.
Fernando riu e levou as mãos até a bunda de Cris, deslizou as mãos grandes, apertando a carne branca e macia, deixando as marcas de seus dedos.
— Fala que você não gostou de sentir meu corpo colocado ao seu e meu pau te abrindo com força enquanto pessoas batiam na porta.
A lembrança fez Cris apertar as pernas, esfregando uma na outra. Foi uma das sensações mais inebriantes da vida dela. Dentro do banheiro do avião, uma mulher reclamando a demora do lado de fora, Fernando respirava fundo no pescoço de Cris, enquanto estocava com força, com a mãos nos lábios dela para que não gritasse.
— Ah, você gosta sim. – Ele e provocou, vendo como se contorcia em seu colo. – Agora vem aqui vem, senta no meu pau.
Ele segurou na base de seu membro e roçou na entrada úmida e quente de Cris, que ainda de costas, abriu as pernas mais um pouco. Sentiu o escorregar quente e molhado no centro de seu prazer a provocando, arqueou o corpo e sua cabeça para trás, gemendo.
— Me come Nando. – Ela pediu.
— Não estou mais de castigo? – Ele brincava, ainda se esfregando nela, provocando-a ainda com seu pau. Cris se moveu, tentando sentar sobre ele, mas Fernando deu um tapa estalado em sua bunda a fazendo parar – Não me respondeu ainda.
— Não, não está – Disse com urgência – Agora me come.
Ele riu novamente, levou a mão os longos cabelos dela e com um movimento, enrolou em seus dedos, puxando a cabeça de Cris para o lado, deixando o pescoço totalmente a mostra. Fernando chupou, deslizou a língua, tomou posse de cada pedaço onde sua boca alcançou. Com muito cuidado, encaixou seu membro na entrada de Cris e com a outra mão segurando a cintura dela, a empurrou para baixo.
— Hum Cris, como você é apertadinha – Sussurrava em seu ouvido a fazendo gemer – Sente como meu pau te abre gostoso.
Ela adorava o jeito que ele transava. Adorava ouvir ele relatando cada detalhe que seu corpo sentia e a forma safada com que as palavras saiam da boca de Fernando, a enlouquecia.
Cravou as unhas nas pernas dele, gemendo, sentindo-o. Ela rebolava devagar, ditando o ritmo do sexo, descia e subia, Fernando jogou a cabeça para trás, deixando um som rouco sair de sua garganta.
— Vai mesmo acabar me matando assim. – Deixou o corpo ereto, colando o peito dele nas costas de Cris, sua mão deslizou sobre a barriga dela e a outra segurou em sua coxa, forçando-a a se abrir um pouco mais, dois dedos tocou seu nervo e brincou acariciando um pouco mais rápido.
— Isso... – Ela falou entre os dentes – Vai.... Delicia.... Vai.
Ele obedeceu. Os dedos trabalhavam rápidos sentindo o quanto ela estava molhada, Cris abriu os braços apoiando-se na poltrona e quicou sobre Fernando, fazendo seus seios balançarem com os movimentos.
— Você é gostosa pra caralho Cris!
Os dois gemiam alto e se empenhavam em receber e proporcionar prazer.
— Vai.
Ele implorou, querendo sentir a libertação de seu orgasmo, que veio logo em seguida, junto com o da Cris, que deixou o corpo cair para trás e foi envolvida por Fernando que ainda mantinha seu membro dentro dela e os dois dedos em seu clitóris, pressionando levemente enquanto o corpo de sua mulher ainda manifestava sinais de prazer.
— Acha que um dia me cansarei disso? – Ela perguntou em tom de brincadeira.
— Farei de tudo para que isso jamais aconteça.
O banho foi gostoso e demorado. Não houve transa, somente o cuidado um com o outro, se tocaram, trocaram beijos e caricias. Fernando lavou os longos cabelos de Cris e ela adorou a sensação, depois ela fez o mesmo por ele e cuidou de cada pequeno pedaço do corpo de seu marido.
— Poderia ficar aqui para sempre. – Ele disse enquanto as mãos macias de Cris, deslizavam sobre seu corpo.
— Ficaríamos enrugados, famintos e acabaríamos com a água do mundo.
— Engraçadinha. – Ele a puxou para seus braços e a envolveu apertado enquanto riam da brincadeira.
Já passava das três da tarde quando os dois chegaram a recepção do hotel, atravessaram a rua que os separavam da areia do mar, tiraram os chinelos e caminharam beira a mar, sentindo a agua quente e cristalina molhar seus pés.
— Estava pensando em nossa vida quando voltarmos. – Ele começou.
— Mas já? – Ela choramingou – Nem chegamos.
— Deixe de fazer bico sua manhosa. – Fernando inclinou o corpo sobre o dela e mordeu levemente o lábio inferior projetado para fora. – Voltaremos daqui sete dias e a vida real estará nos esperando, então estava pensando em trabalharmos juntos.
Ela o olhou confusa.
— Você é ótima com eventos, já tem sua cartela de clientes e fornecedores formada. Eu tenho meus contatos e um nome de peso no mercado fotográfico. Porque não juntar as duas coisas?
Eles continuaram andando e Cris continuou calada, pensando no que acabara de ouvir. Ele tinha razão, os dois tinham tudo para fazer o negócio dar certo.
— Bem... – Ela começou a dizer – Tenho um dinheiro guardado, não é muito, mas dá para investir.
Ele sorrio.
— Também tenho uma grana amor, sei que dará certo.
Ela o olhou por longos segundos e sorriu. Sim, ela sabia que daria certo.
Tudo daria certo.
Capitulo II
Mesmo que por apenas uma noite, vamos nos perder neste romance. E viver uma noite repleta de luxúria e prazer.
Guilherme Mendes
— Ok. Está linda.
Amélia disse ao seu reflexo no espelho pela terceira vez. Os cabelos caiam em cachos bem moldados, a maquiagem forte, destaca os olhos verdes, mas foi o que escolhera para aquela noite que deixou a morena estonteante. Um vestido vermelho vivo de uma única alça que descia colado ao corpo, ressaltando cada curva bem feita, moldada por horas de academia e boa alimentação. Saindo da sua zona de conforto, estava sobre um salto dez que ao contrário do que Amélia sempre acreditou, o salto somente valorizou ainda mais o corpo.
— Sim. Linda. – Garantiu a ela mesmo mais um vez antes de sair de casa.
Assim que chegou ao Delirium, um dos rapazes mascarados abriu a porta, ajudando-a descer e ela lhe entregou a chave do carro, deixando um obrigada
silencioso sair de seus lábios. Entrou no Club e sentiu o corpo ser impactado com a atmosfera de luxúria que envolvia o lugar. Alguns casais dançavam no meio da pista em uma mistura de caricias ousadas e trocas de beijos molhados.
Amélia sentou-se no bar, em segundo a taça com seu vinho preferido estava a sua frente. Ela sorriu para o barman que a devora com os olhos e ela gostava disso, depois que a tragédia aconteceu, Amélia se apegou a vida noturna para suportar a perda de Eduarda e ter Cris longe. As três sempre foram unidas e não faziam nada sozinhas e no mesmo dia, ela perdeu as duas pessoas que sempre contou para tudo. Ela suspirou, tomando um grande gole.
— Hei princesa, vai devagar que a noite só começou. – A barman sorriu cheio de malicia e Amélia se inclinou sobre o balcão, falando baixo e de forma sensual.
— Acredite, não preciso estar sóbria para enlouquecer um homem.
— Mas quando está consciente de seu próprio corpo é capaz de enlouquecer um homem ainda mais.
A voz grossa e forte soou atrás dela e ela sabia exatamente quem era.
Seu mascarado.
Amélia sentou-se novamente e brincou com a língua ao redor da taça, olhando diretamente para o homem parado a sua frente, que agora estava vidrado, atento ao barman que desviou a atenção e rapidamente encontrou algo para fazer na outra extremidade do bar.
O mascarado era um homem alto e de porte atlético, assim como Amélia, seu corpo revelava o cuidado que ele recebia. O cabelo preto, era tão escuro que sob o efeito da luz certa, o brilho dos fios faria inveja a qualquer mulher. Os olhos azuis ficavam em destaque sob a máscara preta, mas não era o corpo que lembrava uma muralha ou os olhos azuis que chamavam a atenção de Amélia, mas o formato de seu rosto que beirava a delicadeza que despertava nela suspiros intermináveis.
— Perdida em pensamentos? – Ela sentiu a respiração quente dele em seu pescoço – Fala que estava pensando em como vou foder você essa noite. – A voz rouca e a forma como ele deslizava o nariz sobre a pele dela, fazia sua calcinha molhar.
Amélia não sabia o nome daquele homem, nunca viu o rosto por trás da máscara. Assim que Cris saiu em viagem de lua de mel, ela se viu sozinha, após dias remoendo tudo o que poderia ter feito para evitar a morte de Eduarda, ela decidiu esquecer de tudo. Tomou um banho, arrumou-se e saiu sem destino e como se o carro tivesse vida própria, parou em frente ao Delirium, lugar que Eduarda havia lhe apresentado, há anos atrás. Assim que entrou, não quis parar no bar, muito menos ficar no segundo salão, Amélia quis esquecer de tudo o que aconteceu no dia da morte de sua amiga, iria se perder.
Abriu as portas para o terceiro salão, ali tudo era permitido, não existia regras, limites ou pudor. Assim que seus olhos percorreram o lugar, deparou-se com pessoas nuas ou semi nuas, corpos se tocando e gemidos de prazer, o cheiro de sexo dominava o ambiente, ela deu mais dois passos e assustou-se quando sentiu o corpo de um homem enorme atrás dela, a ereção dura pressionando sua bunda, sem dar tempo para pensar, ele levou as duas mãos aos seios de Amélia, apertando com força, arrancando gemidos.
— Vamos. – Ele ordenou e ela simplesmente obedeceu.
Praticamente corriam, voltando ao segundo salão que era separado por quartos privativos. Ele viu uma das portas abertas e olhou para ver se não havia ninguém, assim que constatou que estava vazio, empurrou Amélia para dentro, fechando a porta. Somente nesse momento que ela viu a máscara, mas não foi isso que chamou sua atenção, ela se perdeu nos olhos azuis. Naquele noite Amélia gozou mais vezes do que acreditava ser fisicamente capaz, quando ele saiu do quarto, já com o dia amanhecendo, somente beijou o alto da cabeça dela e sem dizer uma palavra, se foi.
Estar ao lado dele nos finais de semana passou a ser rotina para Amélia, agora, visitava o Club todas as sextas e sábados e era sempre com ele que ela ficava.
— Sabe... – Ele começou a dizer a tirando de seu devaneio – você fica deliciosamente gostosa nesse vestido. – Aproximou-se mais e muito devagar, sem desviar o olhar do dela, segurou a mão de Amélia e levou até sua ereção avantajada. – Olha como ele fica só em te ver.
Ela se levantou virando de costas para ele, esfregou o quadril em sua ereção, rebolando devagar, tirando do mascarado um rosnado baixo.
— Vou acabar com você essa noite.
Ele passou por ela a segurando pela mão, os dois sumiram atrás da porta dupla. Assim que a porta do quarto privativo se fechou, Amélia desceu o zíper lateral do vestido, deixando o tecido deslizar por seu corpo, revelando a lingerie que havia comprado especialmente para ele.
— Sabe como me agradar. – Sentou-se em uma cadeira acolchoada no canto do quarto.
— Gosta do que vê? – Amélia se exibia.
— Não sei delicia, está longe e minha visão está ruim.
Ela sorriu aproximando-se. Parou em frente a ele deslizando as mãos sobre o próprio corpo, tocando-se sensualmente.
— Está melhor aqui?
— Sei que pode fazer melhor.
Amélia levou o pé no meio das pernas dele, afastando-as. Aproximou-se ainda mais, ficando entre elas. Ele a olhava, devorando-a, ela inclinou-se pegando as mãos de seu mascarado, fazendo-as deslizar sobre seu corpo. Bem devagar, levou a mão esquerda dele por sua barriga, descendo até chegar no centro de seu prazer. Ele abriu um sorriso safado e deslizou dois dedos sobre a renda, sentindo a umidade.
— Olha como ela fica só em te ver. – Repetiu o que ouviu dele no bar.
— Está molhadinha.
— Posso ficar muito mais.
— Pode é? – Ele beliscou a intimidade úmida dela a fazendo soltar um leve gemido. – Me fala como posso te deixar ainda mais molhada.
— Vou te mostrar.
Ela se virou indo até a grande cama que ficava bem no meio do quarto, despiu-se por completo, deixando sobre a cama. Amélia apoiou o corpo sobre os cotovelos e abriu as pernas o olhando.
— Com a língua. – Ela disse mordendo o lábio inferior.
Não houve pressa no movimento do mascarado, caminhou até a cama com lentidão, despindo-se pelo