Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Gastroenterologia Resumida
Gastroenterologia Resumida
Gastroenterologia Resumida
E-book273 páginas4 horas

Gastroenterologia Resumida

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Gastroenterologia resumida é uma obra que tem o objetivo de trazer o que há de mais importante nas principais doenças da gastroenterologia. Resume os principais achados clínicos, etiologia, os métodos para diagnóstico e o tratamento das doenças. Apresentando-se como ferramenta didática aos estudantes de medicina.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de jul. de 2019
ISBN9788540028470
Gastroenterologia Resumida

Leia mais títulos de Giordanne Guimarães Freitas

Relacionado a Gastroenterologia Resumida

Ebooks relacionados

Médico para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Gastroenterologia Resumida

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Gastroenterologia Resumida - Giordanne Guimarães Freitas

    gastro_ebook.jpg

    Giordanne Guimarães Freitas

    GASTROENTEROLOGIA RESUMIDA

    Goiânia

    Kelps, 2019

    Copyright © 2019 by Giordanne Guimarães Freitas

    Editora Kelps

    Rua 19 nº 100 — St. Marechal Rondon- CEP 74.560-460 — Goiânia — GO

    Fone: (62) 3211-1616 - Fax: (62) 3211-1075

    E-mail: kelps@kelps.com.br / homepage: www.kelps.com.br

    Diagramação: Marcos Digues

    marcos@diguesdiagramacao.com.br

    Ilustração:

    Giovana Toffoli

    contato@ybrida.com

    CIP - Brasil - Catalogação na Fonte

    DARTONY DIOCEN T. SANTOS - CRB-1 (1ª Região) 3294

    Freitas, Giordanne Guimarães

    Gastroenterologia resumida. - Giordanne Guimarães Freitas. - Goiânia: / Kelps, 2019 - 226 p. il.

    ISBN:978-85-400-2847-0

    1. Doenças - estomago. 2. Doenças - intestino. Esôfago. I. Título .

    CDU:616-03

    DIREITOS RESERVADOS

    É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

    Impresso no Brasil

    Printed in Brazil

    2019

    SUMÁRIO

    DOENÇAS DO ESÔFAGO

    Acalasia

    Espasmo esofagiano difuso (EED).

    Câncer de esôfago

    Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

    Esofagites

    Esofagite por Cândida Albicans

    DOENÇAS DO ESTÔMAGO

    Doença ulcerosa péptica (DUP)

    Gastroparesia

    Câncer de estômago

    Síndrome de Zollinger Ellison (SZE)

    DOENÇAS DO INTESTINO

    Diarreia

    Colite Pseudomembranosa (CP)

    Doença intestinal inflamatória

    Síndrome do intestino irritável (SII)

    Câncer colorretal

    Pólipos intestinais

    Síndromes disabsortivas

    Espru tropical (ET)

    Doença de whipple

    Síndrome do intestino curto.

    Supercrescimento bacteriano

    Outras causas de síndrome

    disabsortiva

    Síndrome carcinoide.

    DOENÇAS DO FÍGADO

    Doença hepática alcoólica (DHA)

    Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)

    Hepatite autoimune (HAI)

    Doença de Wilson

    Hemocromatose hereditária (HH)

    Hepatite por medicamentos

    Hepatite A (HA)

    Hepatite B

    Hepatite B crônica

    Hepatite C

    Hepatite C crônica

    Hepatite D (Delta)

    Cirrose Biliar Primária (CBP)

    Cirrose hepática

    Ascite

    Peritonite bacteriana espontânea (PBE)

    Encefalopatia hepática

    Síndrome hepatorrenal (SHR)

    DOENÇAS DO PÂNCREAS

    Pancreatite aguda

    Pancreatite crônica (PC)

    Câncer de Pâncreas

    DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR

    Litíase Biliar

    Colecistite

    Coledocolitíase

    Colangite

    Colangite esclerosante

    Acalasia

    Definição

    Doença motora mais comum do esôfago. Se caracteriza por comprometimento do relaxamento do esfíncter esofágico inferior (EEI), que se mantém permanentemente contraído. Ocorre também, perda do peristaltismo normal (aperistalse) do esôfago.

    Etiologia

    Idiopática (maioria dos casos), amiloidose, esofagite eosinofílica, sarcoidose, neurofibromatose, neoplasia endócrina múltiplo tipo 2B e doença de Chagas.

    Manifestações clínicaS

    Disfagia (sintoma mais comum), odinofagia, dor torácica, regurgitação, aspiração, halitose e perda ponderal. Há aumento de 16 a 28 vezes no risco de câncer de esôfago.

    Diagnóstico

     Endoscopia digestiva alta (afasta estenose e obstrução tumoral).

     Manometria (exame padrão ouro – mostra comprometimento do relaxamento do EEI e aperistalse do corpo do esôfago).

     Esofagografia contrastada (imagem característica: chama de vela ou bico de pássaro – estreitamento da parte distal do esôfago).

    Tratamento

     Tratamento medicamentoso: pouco efetivo (bloqueadores de canal de cálcio e nitratos).

     Toxina botulínica.

     Dilatação pneumática do EEI.

     Miotomia de Heller.

    Referências

    1. Sadowski DC, Ackah F, Jiang B, Svenson LW. Achalasia: incidence, prevalence and survival. A population-based study. Neurogastroenterol Motil 2010; 22:e256.

    2. Verma S, Brown S, Dakkak M, Bennett JR. Association of adult achalasia and alacrima. Dig Dis Sci 1999; 44:876.

    3. de Oliveira RB, Rezende Filho J, Dantas RO, Iazigi N. The spectrum of esophageal motor disorders in Chagas’ disease. Am J Gastroenterol 1995; 90:1119.

    4. Costigan DJ, Clouse RE. Achalasia-like esophagus from amyloidosis. Successful treatment with pneumatic bag dilatation. Dig Dis Sci 1983; 28:763.

    5. Dufresne CR, Jeyasingham K, Baker RR. Achalasia of the cardia associated with pulmonary sarcoidosis. Surgery 1983; 94:32.

    6. Foster PN, Stewart M, Lowe JS, Atkinson M. Achalasia like disorder of the oesophagus in von Recklinghausen’s neurofibromatosis. Gut 1987; 28:1522.

    7. Cuthbert JA, Gallagher ND, Turtle JR. Colonic and oesophageal disturbance in a patient with multiple endocrine neoplasia, type 2b. Aust N Z J Med 1978; 8:518.

    8. Roberts DH, Gilmore IT. Achalasia in Anderson-Fabry’s disease. J R Soc Med 1984; 77:430.

    9. Reynolds JC, Parkman HP. Achalasia. Gastroenterol Clin North Am 1989; 18:223.

    10. Wong RK, Maydonovitch CL, Metz SJ, Baker JR Jr. Significant DQw1 association in achalasia. Dig Dis Sci 1989; 34:349.

    11. Pandolfino JE, Gawron AJ. Achalasia: a systematic review. JAMA 2015; 313:1841.

    12. Massey BT, Hogan WJ, Dodds WJ, Dantas RO. Alteration of the upper esophageal sphincter belch reflex in patients with achalasia. Gastroenterology 1992; 103:1574.

    13. Mearin F, Papo M, Malagelada JR. Impaired gastric relaxation in patients with achalasia. Gut 1995; 36:363.

    14. Eckardt VF, Köhne U, Junginger T, Westermeier T. Risk factors for diagnostic delay in achalasia. Dig Dis Sci 1997; 42:580.

    15. Howard PJ, Maher L, Pryde A, et al. Five year prospective study of the incidence, clinical features, and diagnosis of achalasia in Edinburgh. Gut 1992; 33:1011.

    16. Fisichella PM, Raz D, Palazzo F, et al. Clinical, radiological, and manometric profile in 145 patients with untreated achalasia. World J Surg 2008; 32:1974.

    17. Vaezi MF, Pandolfino JE, Vela MF. ACG clinical guideline: diagnosis and management of achalasia. Am J Gastroenterol 2013; 108:1238.

    18. Pasricha PJ, Rai R, Ravich WJ, et al. Botulinum toxin for achalasia: long-term outcome and predictors of response. Gastroenterology 1996; 110:1410.

    19. Sandler RS, Nyrén O, Ekbom A, et al. The risk of esophageal cancer in patients with achalasia. A population-based study. JAMA 1995; 274:1359.

    20. Csendes A, Braghetto I, Burdiles P, et al. Very late results of esophagomyotomy for patients with achalasia: clinical, endoscopic, histologic, manometric, and acid reflux studies in 67 patients for a mean follow-up of 190 months. Ann Surg 2006; 243:196.

    21. Leeuwenburgh I, Scholten P, Alderliesten J, et al. Long-term esophageal cancer risk in patients with primary achalasia: a prospective study. Am J Gastroenterol 2010; 105:2144.

    22. Zendehdel K, Nyrén O, Edberg A, Ye W. Risk of esophageal adenocarcinoma in achalasia patients, a retrospective cohort study in Sweden. Am J Gastroenterol 2011; 106:57.

    23. Braunwald, E, Fauci, A. S, Hauser, S. L, et al. Medicina Interna de Harrison. 18ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

    24. Goldman, L, Schafer, A. I. Goldman Cecil Medicina. 24ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

    25. Marinho, J. R., Averbach, M., Deguti, M. M, et al. Tratado de Gastroenterologia. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2016.

    Espasmo esofagiano difuso (EED).

    Definição

    Distúrbio motor do esôfago que se caracteriza por episódios recorrentes de contrações intensas e anormais do corpo do esôfago.

    Manifestações clínicas

    Dor torácica (sintoma mais comum), que geralmente é desencadeada pela alimentação, melhora com o uso de antiácidos e comumente se associa a outros sintomas relacionados ao trato digestivo, como: disfagia para líquidos e sólidos, pirose e regurgitação. Pode ser confundida com a dor da angina.

    Diagnóstico

     Endoscopia digestiva alta: afasta outras causas de disfagia e dor torácica.

     Manometria: mostra contrações esofágicas prolongadas e simultâneas, com amplitude de contração maior que 30 mmhg, no 1/3 distal do esôfago. Para o diagnóstico é necessário a presença de pelo menos 20% das contrações com essas características).

     Esofagografia contrastada: mostra o achado conhecido como: esôfago em saca rolhas ou esôfago em conta de rosário.

    Tratamento

     Medicamentos: hidralazina, bloqueadores de canal de cálcio, nitratos, antidepressivos tricíclicos, inibidores da bomba de prótons, inibidores da recaptação de serotonina e toxina botulínica.

     Cirúrgico: reservado para os casos de dor intensa, sem resposta ao tratamento medicamentoso e para os pacientes com perda ponderal importante. Geralmente é realizada a esofagectomia ou a miotomia longitudinal.

    Referências

    1. Dalton CB, Castell DO, Hewson EG, et al. Diffuse esophageal spasm. A rare motility disorder not characterized by high-amplitude contractions. Dig Dis Sci 1991; 36:1025.

    2. Kahrilas PJ. Esophageal motor disorders in terms of high-resolution esophageal pressure topography: what has changed? Am J Gastroenterol 2010; 105:981.

    3. Kahrilas PJ, Ghosh SK, Pandolfino JE. Esophageal motility disorders in terms of pressure topography: the Chicago Classification. J Clin Gastroenterol 2008; 42:627.

    4. Katz PO, Dalton CB, Richter JE, et al. Esophageal testing of patients with noncardiac chest pain or dysphagia. Results of three years’ experience with 1161 patients. Ann Intern Med 1987; 106:593.

    5. Konturek JW, Gillessen A, Domschke W. Diffuse esophageal spasm: a malfunction that involves nitric oxide? Scand J Gastroenterol 1995; 30:1041.

    6. Almansa C, Heckman MG, DeVault KR, et al. Esophageal spasm: demographic, clinical, radiographic, and manometric features in 108 patients. Dis Esophagus 2012; 25:214.

    7. DiMarino AJ Jr. Characteristics of lower esophageal sphincter function in symptomatic diffuse esophageal spasm. Gastroenterology 1974; 66:1.

    8. Miller LS, Parkman HP, Schiano TD, et al. Treatment of symptomatic nonachalasia esophageal motor disorders with botulinum toxin injection at the lower esophageal sphincter. Dig Dis Sci 1996; 41:2025.

    9. Tutuian R, Mainie I, Agrawal A, et al. Symptom and function heterogenicity among patients with distal esophageal spasm: studies using combined impedance-manometry. Am J Gastroenterol 2006; 101:464.

    10. Drenth JP, Bos LP, Engels LG. Efficacy of diltiazem in the treatment of diffuse oesophageal spasm. Aliment Pharmacol Ther 1990; 4:411.

    11. Cannon RO 3rd, Quyyumi AA, Mincemoyer R, et al. Imipramine in patients with chest pain despite normal coronary angiograms. N Engl J Med 1994; 330:1411.

    12. Storr M, Allescher HD, Rösch T, et al. Treatment of symptomatic diffuse esophageal spasm by endoscopic injections of botulinum toxin: a prospective study with long-term follow-up. Gastrointest Endosc 2001; 54:754.

    13. Braunwald, E, Fauci, A. S, Hauser, S. L, et al. Medicina Interna de Harrison. 18ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

    14. Goldman, L, Schafer, A. I. Goldman Cecil Medicina. 24ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

    15. Marinho, J. R., Averbach, M., Deguti, M. M, et al. Tratado de Gastroenterologia. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2016.

    Câncer de esôfago

    Câncer altamente letal, representa a sexta causa de morte por câncer no mundo e a maioria dos pacientes já apresentam metástase ao diagnóstico. É mais comum em homens, principalmente após os 50 anos e raramente ocorre antes dos 30 anos de idade.

    Tipos histológicos

     Carcinoma escamoso ou epidermoide: tipo mais comum em todo o mundo.

     Adenocarcinoma: sua incidência vem aumentando, sendo o principal tipo histológico nos Estados Unidos, respondendo por 90% dos casos de câncer de esôfago nesse país.

    Fatores de risco

     Etilismo: parece aumentar o risco apenas para o carcinoma escamoso. Esse risco é ainda mais alto se associado ao tabagismo.

     Tabagismo: aumenta o risco para adenocarcinoma e carcinoma escamoso. O tabagismo aumenta em 2 a 4 vezes o risco de câncer de esôfago.

     Fatores dietéticos: alto consumo de carne vermelha, alimentos processados, bebidas em temperatura elevada, deficiência de selênio e zinco.

     Refluxo gastroesofágico/Esôfago de Barrett: aumenta o risco para adenocarcinoma.

     Acalasia: aumenta o risco para carcinoma escamoso.

     Infecção pelo Papilomavírus humano (HPV).

     Uso de bisfosfonatos: o uso desses medicamentos já foi associado a um maior risco de câncer de esôfago, por isso seu uso não é recomendado em pacientes com esôfago de Barrett.

     Genética.

     Síndrome de Plummer-Vinson ou Peterson-Kelly: se caracteriza pela formação de uma membrana na mucosa do esôfago, causando disfagia.

     Estenoses cáusticas.

     Gastrite atrófica.

     Obesidade.

    Fatores protetores

     Alta ingestão de frutas, vegetais e fibras.

     Alto consumo de beta-caroteno, ácido fólico, vitamina C e vitamina B6.

     Infecção pelo Helicobacter Pylori (HP): o HP pode causar gastrite associada a hipocloridria. A redução da produção ácida reduz o risco de desenvolvimento do esôfago de Barret.

     Uso de inibidores de bomba de prótons: reduz o risco de adenocarcinoma.

     Uso de aspirina e estatinas.

    Manifestações clínicas

    Disfagia (sintoma mais comum), perda ponderal, odinofagia, regurgitação, dor torácica, epigastralgia, náuseas e vômitos. Linfadenopatia na fossa supraclavicular (Troisier-Virchow). Linfonodo axilar (Ireland). Os órgãos mais acometidos por metástases são fígado, pulmão, adrenal e ossos.

    Diagnóstico

    Endoscopia digestiva alta:

     Exame padrão ouro para diagnóstico.

     Possibilita a visualização direta do tumor e a coleta de material para análise histopatológica.

     O adenocarcinoma acomete o terço inferior do esôfago, já que é derivado da metaplasia colunar do esôfago (esôfago de Barret).

     O carcinoma escamoso se localiza principalmente nos terços médio (50%) e inferior do esôfago (35%).

     Os 15% restantes se situam no terço superior.

    Estadiamento

    Tomografia computadorizada de pescoço, tórax e abdome

     Primeiro exame a ser realizado.

     Tem valor limitado para avaliar doença locorregional.

    Ultrassonografia endoscópica

     Exame muito útil para avaliar a extensão locorregional da doença e a profundidade do comprometimento da parede do órgão.

     Trata-se do exame de melhor acurácia para o estadiamento T e N.

    Tomografia por emissão de pósitrons

     Tem alta sensibilidade para o diagnóstico de metástases e baixa precisão para avaliar comprometimento locorregional.

    Tratamento

     O

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1