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Seletividade Alimentar
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E-book69 páginas28 minutos

Seletividade Alimentar

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Sobre este e-book

A seletividade alimentar é frequentemente associada ao autismo, devido às crianças autistas terem cinco vezes mais chances de apresentarem dificuldades alimentares quando relacionadas às crianças com desenvolvimento típico. Este problema traz uma preocupação enorme nos pais por interferir na saúde da criança, no crescimento e desenvolvimento da mesma, devido à limitação da variedade de alimentos, podendo acarretar em deficiências nutricionais, além de impactar a família com o estresse gerado na hora da alimentação e interferir na socialização. Este manual orienta pais e profissionais sobre a seletividade alimentar, ensinando como identificar sinais, sintomas e causas. Traz dicas e modelos de anamnese valiosos de como investigar o histórico alimentar, assim como as características e as principais dificuldades que estão relacionadas ao comportamento alimentar mais restritivo. Ensina a avaliar o transtorno alimentar através de Escalas de Avaliação Alimentar Pediátrica; da Escala Brasileira de Alimentação Infantil (EBAI); da Escala de Avaliação Comportamental de Alimentação Pediátrica – Behavioral Pediatrics Feeding Assessment Scale (BPFAS); e de Operacionalização para Intervenção Comportamental na Alimentação. A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis – ABA) é a indicação mais eficaz de tratamento para seletividade alimentar, comprovada por meio de pesquisas publicadas mundialmente. Utilizando-se desta ciência, o manual aborda o tratamento, as estratégias e os planos de intervenção. Desejo que, com a leitura deste livro, tanto o profissional de saúde quanto os pais possam adquirir recursos que os ajudem na identificação dos problemas alimentares e na busca de tratamento adequado, trazendo melhor qualidade de vida para a criança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de nov. de 2022
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    Muito bom, muito informativo e com informações relevantes sem rodeios.

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Seletividade Alimentar - Regiani M.s. Salvador

O impacto da seletividade alimentar

A seletividade alimentar é caracterizada por recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento novo.

É comum que crianças do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em certo momento da vida tenham apresentado ou apresentarão algum grau de seletividade alimentar ou aversão aos alimentos novos, excluindo a quantidade e a variedade adequada, devido a alterações comportamentais existentes no Transtorno do Espectro associadas a desordens sensoriais, características dos alimentos, como cheiro, textura, cor e temperatura que podem contribuir para a seletividade alimentar (CERMAK et al., 2010; SUAREZ, 2012; ZOBEL-LACHIUSA et al., 2015; KUSCHNER et al., 2017).

De acordo com os sistemas de classificação DSM-5 e Classificação Internacional de Doenças (CID-11), os transtornos alimentares (TA) são caracterizados por um distúrbio persistente do comportamento alimentar ou relacionado à alimentação, que resulta em consumo ou absorção alterados de alimentos e prejudica significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.

As principais características da seletividade são:

Comer pequena quantidade de alimentos;

Tempo de refeição prolongado;

Refeições estressantes;

Recusa alimentar;

Comportamentos inadequados;

Repetição dos mesmos alimentos consumidos;

Necessidade de distrações no momento das refeições;

Uso de mamadeira prolongado como substituto da alimentação;

Dificuldade para ingerir determinadas texturas de alimentos;

Dificuldade ou déficit para se alimentar de forma independente;

Comer alimentos com o mesmo padrão sensorial (textura, cor, temperatura).

Fatores relacionados à seletividade alimentar:

Sensibilidade sensorial, que inclui problemas com texturas dos alimentos, aparência, sabor, cheiro e temperatura;

Alterações musculares e funcionais orais, dificuldades para mastigar, engolir;

Disfunções fisiológicas, como alergias, refluxo gastrointestinal e constipação;

Prejuízos no desenvolvimento motor fino que dificultam o uso de utensílios e a autonomia;

Problemas emocionais como ansiedade e depressão;

Inflexibilidade mental, rigidez comportamental, controle e necessidade de manter a mesma preferência sempre (utensílios, talheres, forma de preparação e apresentação dos alimentos);

Atitudes de rigidez, intolerância e excesso de permissividade por parte dos familiares.

Para Nadon e cols. (2011) as crianças com problemas sensoriais definidos apresentam mais problemas alimentares, devido a:

Sensibilidade tátil;

Sensibilidade ao paladar;

Sensibilidade olfativa;

Sensibilidade visual;

Sensibilidade auditiva (ruídos ambientais e de pessoas).

Crianças com defensividade (precaução) ou hiper-responsividade (resposta exagerada a um estímulo) apresentaram problemas como:

Babar;

Falta de apetite;

Comportamentos difíceis nas refeições;

Preferências alimentares por marcas, receitas, cor, textura e temperatura.

Este tema gera muitas expectativas e preocupações, por se tratar de um assunto muito complexo e multifatorial, um problema clínico que envolve a saúde e a qualidade de vida da criança, gerando deficiências nutricionais, ocasionando sérias consequências, como:

Falha de crescimento;

Prejuízos no desenvolvimento;

Desnutrição;

Déficits comportamentais;

Morte (dependendo do grau de severidade).

Existe uma fase do desenvolvimento da criança (em torno de 2 e 3 anos) em que é normal apresentar um comportamento alimentar mais seletivo, porém problemas com a alimentação são comumente

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