Economia Solidária: contribuições para a formação omnilateral de caráter emancipatório dos empreendimentos econômicos solidários
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Economia Solidária - Tatiana Losano de Abreu
PARTE 1 - Para além do cenário de exclusão: outra forma de ser e fazer economia
A engrenagem capitalista: cenário de exclusão
O sentido do trabalho é a busca pela modificação do meio com vistas na sobrevivência da humanidade, diante das necessidades vitais, culturais e sociais. Não obstante, as relações sociais e econômicas que estabelecem a organização do trabalho, em cada etapa de desenvolvimento de um sistema econômico específico, trazem consequências para a qualidade de vida do trabalhador e para a concepção que ele mesmo tem sobre o ato de trabalhar. No MPC, o labor é uma atividade alienante e excludente, apesar de ser parte da essência do homem.
Com o passar das décadas, as formas de organização de trabalho mudaram, foram aperfeiçoadas com o objetivo de atender aos interesses do capital, ou seja, na busca de otimizar a geração de lucro. Estas mudanças, entretanto, apenas consolidaram um dos alicerces deste sistema: o fetiche das mercadorias.
O fetiche constitui-se como a alienação/coisificação dos homens (MARX, 2008). Esses que não percebem que as mercadorias geradas são produzidas por eles próprios, como trabalhadores que estão imersos em relações sociais de produção, ou seja, o trabalho é negado como atividade humana. O trabalhador não possui a compreensão do seu papel nesta sociedade, não domina as técnicas do seu trabalho, assim como não compreende a finalidade do seu ofício. Para Frigotto (2009), o trabalho, na sua dimensão ontológica, é reduzido a emprego, uma quantidade vendida ou trocada por alguma forma de pagamento
(p. 176).
Segundo Marx (2005), a alienação da atividade prática humana se dá a partir de dois aspectos: a relação do trabalhador com o produto do trabalho, ao vê-lo como a um objeto estranho que o domina; e a relação do trabalho com o ato da produção dentro do trabalho. Sobre esse segundo aspecto, complementa:
Tal relação é a relação do trabalhador com a própria atividade assim como com alguma coisa estranha, que não lhe pertence, a atividade como sofrimento (passividade), a força como impotência, a criação como emasculação, apropria energia física e menta do trabalhador, a vida pessoal – e o que será a vida senão atividade? – como uma atividade dirigida contra ele, independente dele, que não lhe pertence, esta é a auto-alienação, em contraposição com a acima mencionada alienação da coisa (MARX, 2005, p. 115).
De outra forma, a força laboral é considerada uma mercadoria como qualquer outra, e o trabalhador não se percebe como parte de um todo envolto de relações sociais de produção e de reprodução da sua própria existência. Aqui vale lembrar que todo indivíduo é um ser social e, desta forma, todas as manifestações da vida humana constituem uma expressão de uma vida social (MARX, 2005). Entretanto, a divisão social do trabalho tem o papel de individualizar para aumentar a produtividade, contribuindo para uma visão parcial do universo do processo produtivo. Para o trabalhador, sua atividade é solitária (DUARTE; OLIVEIRA; KOGA, 2016). Para Antunes (2012), a teoria de Mészáros gira em torno da existência de um culto à privacidade tomada de forma abstrata pelo trabalhador alienado: Por meio de uma espécie de automização imposta pelo estado de alienação e retificação absolutamente imperante sobre o capital, a consciência social do ser humano cede lugar a uma idealização da individualidade
(ANTUNES, 2012, p. 41). Este é um sentimento sentido pelo trabalhador, independentemente da estrutura de organização do trabalho no qual está inserido, pois, em se tratando do MPC, as relações de trabalho estão fundamentadas na alienação estruturante deste sistema, que tem como produto a propriedade privada (MARX, 2005). Porém, o entendimento do processo de restruturação produtiva do capital nos permite perceber as nuances deste processo no decorrer da