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A Feiticeira
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A Feiticeira
E-book38 páginas23 minutos

A Feiticeira

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Sobre este e-book

Esta novela narra a história de uma mulher desesperada que procura uma anciã para pedir que fizesse algum encanto para ela não ter problemas com o marido a quem traíra, gerando um filho de outro homem. A profetisa diz que pode resolver a vida dela, mas haveria um custo, talvez alto demais para o desejo da traidora.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2020
ISBN9788582652206
A Feiticeira
Autor

Antonio Joaquim da Rosa

Antônio Joaquim de Souza (1821-1886), Barão de Piratininga, foi o cidadão mais ilustre da cidade de São Roque, no interior de São Paulo, sendo vereador, deputado e cavaleiro agraciado com a Ordem de Cristo por Dom Pedro II. Além desta novela, escreveu também “A Assassina” e o romance “A Criz de Cedro”.

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    A Feiticeira - Antonio Joaquim da Rosa

    Capítulo 1

    No ano de 1830 existia, nos arredores da cidade de S. Roque, uma mulher já idosa, de nome Escolástica Mendes, conhecida pela alcunha de Cora Mendes.

    Solitária e misteriosa era a vida desta mulher, que habitava um casebre de miserável perspectiva e que tinha a reputação de ser uma grande feiticeira, pelo que era temida por uns e por outros procurada.

    Alta noite, vultos embaçados e disfarçados em rigoroso incógnito, penetravam na misteriosa espelunca, para consultar a grande alquimista, cuja mão poderosa operava prodígios estupendos, prescrevia leis ao destino e fazia curvar vontades de ferro ao mais leve aceno do seu irresistível poder.

    Era um amante infeliz que ia pedir um filtro mágico, para abrandar os rigores da sua amada e fazê-la acessível ao seu amor.

    Era uma bela que se apresentava em melancólico desalinho, por ter sido abandonada pelo jovem que amava e que vinha pedir o líquido miraculoso que o fizesse voltar aos belos dias de felicidade e de amor.

    Era o malvado, cujo coração sedento de vingança, vinha implorar um específico de morte ou de sofrimento mais ou menos intenso, contra aquele a quem tributava a mais vil das paixões - e ódio.

    Seja como for, a crença popular se estribava na evidência dos fatos, porque, pouco depois do conjuro da velha, a moça que desdenhava os agrados e desvelos do extremoso amante, prodigalizava-lhe as venturas celestes do amor.

    O amante transviado voltava aos pés da bela que abandonara para queimar os perfumes de um novo amor; e a vingança do celerado era saciada, no grau que prescrito fora pela velha solitária.

    Capítulo 2

    À época em que começamos esta narrativa, ouviram-se, em uma noite adiantada, três pancadas cautelosas e tímidas, dadas na portinhola da casinha misteriosa.

    — Quem ousa, a estas horas, perturbar o silêncio desta casa? — perguntaram de dentro.

    — Uma desgraçada, que vem suplicar a vossa proteção

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