D. Joaquina Eustáquia Simões D'Aljezur
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D. Joaquina Eustáquia Simões D'Aljezur - Teixeira Gomes
O refúgio, o bucólico sanatório indispensável às minhas crises de melancolia, era então a horta dos Pegos Verdes, oásis de laranjeiras sepultado num vale da serra, entre estevais sem fim. Ali haviam demorado por vários séculos alguns monges autênticos, de cuja pobreza os restos do convento – acanhadíssima construção térrea de pedra e barro – perpetuavam o atestado suficiente.
Eu ia para lá a pé, de espingarda a tiracolo, calculando a hora da partida de modo que chegasse ao nascer do Sol, quando o hortelão, o Sr. Elisiário, já andava nas leiras, com a enxada, a abrir caminho à água.
A levada de alvenaria passava ao portão; sentava-me, descansando um instante a escutar o murmúrio da água, e logo, numa dessas frequentes e profundas acalmias da madrugada na serra, que um trilo de rouxinol perturba e magoa, eu cortava subitamente o silêncio com o meu grito:
— Elisiário!…
Da obscuridade rescendente onde o pomar tufava acudia sem demora a voz do velho, tenebrosa, ao rés-do-chão:
— Ora muito bons dias a vossenhoria… — E em seguida, mais aguda e livre: — Ó Custódia,
— Custódia… cá temos o patrão…
Era o sossego de duas vidas consagradas ao amanho da leiva generosa que perfazia a paz solene daquele ambiente de solidão, e eu entrava nela tão naturalmente que nunca a trilhava…
A minha presença em nada alterava a norma de existência ao casal de velhos que para ali viera quarenta anos atrás. Não tinham filhos nem os haviam desejado e,