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Gatous: Eu sempre te amei
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Gatous: Eu sempre te amei
E-book280 páginas3 horas

Gatous: Eu sempre te amei

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Sobre este e-book

“Valquíria” sempre foi uma garota “família”. Filha de uma das socialites mais respeitadas entre a nata carioca, o que nunca a impediu de se meter em muitas confusões principalmente amorosas. Seu lema e o de suas três melhores amigas, sempre foi “ Os únicos finais felizes que podemos contar, são os finais de semana. ” Valquíria decide se mudar para Paris com seu novo namorado, e fenômeno do futebol brasileiro, deixando tudo para trás família, amigas e a carreira de publicitaria que acabara de iniciar. Tudo corre muito bem no novo lar, até que ela descobre através da mídia francesa que mais uma vez fora enganada, ao se deparar com fotos de seu namorado beijando uma modelo russa estampando as capas de todas revistas da Europa. Por isso após se desiludir amorosamente pela milésima vez, ela agora só deseja uma coisa, sumi. Desaparecer e se isolar de toda vergonha que a aflige. Ela retorna para sua cidade natal, Rio de Janeiro e se instala provisoriamente no único lugar onde ninguém nunca pensara em procura la, no subúrbio carioca. Exatamente em uma das favelas mais perigosas da cidade Maravilhosa, extremamente longe da sua realidade. Mas do destino ninguém consegue fugir ou se esconder. “Será que Valquíria vai conseguir abandonar o medo que tem do amor? ”“Sebastian” ele tem tudo que um homem necessita para ser feliz, uma família incrível e respeitável. Sua beleza máscula extremamente poderosa, talento e uma carreira de sucesso, além de uma variedade admirável de beldades aos seus pés, mas tudo o que ele deseja no momento é aproveitar a tranquilidade da vida ao lado de seus irmãos e amigos. “Compromisso emocional além desses estão fora de questão. ” Mas seus planos são bruscamente interrompidos, ao ser abordado e sequestrado por bandidos de uma facção criminosa do subúrbio Carioca. Ele tem sua vida posta em risco ao ser descoberto como um agente da lei. Mas o destino é novamente colocado a prova, depois de ser ignorado inúmeras vezes. “Emoções limítrofes ” te conduziram nessa jornada onde o Amor é o único vencedor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de abr. de 2021
ISBN9781526040589
Gatous: Eu sempre te amei

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    Gatous - Nenah Ribeiro

    Sinopse: Valquíria sempre foi uma garota família. Filha de uma das socialites mais respeitadas entre a nata carioca, o que nunca a impediu de se meter em muitas confusões principalmente amorosas. Seu lema e o de suas três melhores amigas, sempre foi Os únicos finais felizes que podemos contar, são os finais de semana. Valquíria decide se mudar para Paris com seu novo namorado, e fenômeno do futebol brasileiro, deixando tudo para trás família, amigas e a carreira de publicitaria que acabara de iniciar. Tudo corre muito bem no novo lar, até que ela descobre através da mídia francesa que mais uma vez fora enganada, ao se deparar com fotos de seu namorado beijando uma modelo russa estampando as capas de todas revistas da Europa. Por isso após se desiludir amorosamente pela milésima vez, ela agora só deseja uma coisa, sumi. Desaparecer e se isolar de toda vergonha que a aflige. Ela retorna para sua cidade natal, Rio de Janeiro e se instala provisoriamente no único lugar onde ninguém nunca pensara em procura la, no subúrbio carioca. Exatamente em uma das favelas mais perigosas da cidade Maravilhosa, extremamente longe da sua realidade. Mas do destino ninguém consegue fugir ou se esconder. Será que Valquíria vai conseguir abandonar o medo que tem do amor? Sebastian ele tem tudo que um homem necessita para ser feliz, uma família incrível e respeitável. Sua beleza máscula extremamente poderosa, talento e uma carreira de sucesso, além de uma variedade admirável de beldades aos seus pés, mas tudo o que ele deseja no momento é aproveitar a tranquilidade da vida ao lado de seus irmãos e amigos. Compromisso emocional além desses estão fora de questão. Mas seus planos são bruscamente interrompidos, ao ser abordado e sequestrado por bandidos de uma facção criminosa do subúrbio Carioca. Ele tem sua vida posta em risco ao ser descoberto como um agente da lei. Mas o destino é novamente colocado a prova, depois de ser ignorado inúmeras vezes. Emoções limítrofes te conduziram nessa jornada onde o Amor é o único vencedor.

    GATOUS

    VAL & BAST

    NENAH RIBEIRO

    Sinopse:

    Valquíria sempre foi uma garota família. Filha de uma das socialites mais respeitadas entre a nata carioca, o que nunca a impediu de se meter em muitas confusões principalmente amorosas. Seu lema e o de suas três melhores amigas, sempre foi Os únicos finais felizes que podemos contar, são os finais de semana.

    Valquíria decide se mudar para Paris com seu novo namorado, e fenômeno do futebol brasileiro, deixando tudo para trás família, amigas e a carreira de publicitaria que acabara de iniciar. Tudo corre muito bem no novo lar, até que ela descobre através da mídia francesa que mais uma vez fora enganada, ao se deparar com fotos de seu namorado beijando uma modelo russa estampando as capas de todas revistas da Europa.

    Por isso após se desiludir amorosamente pela milésima vez, ela agora só deseja uma coisa, sumi. Desaparecer e se isolar de toda vergonha que a aflige. Ela retorna para sua cidade natal, Rio de Janeiro e se instala provisoriamente no único lugar onde ninguém nunca pensara em procura la, no subúrbio carioca. Exatamente em uma das favelas mais perigosas da cidade Maravilhosa, extremamente longe da sua realidade.

    Mas do destino ninguém consegue fugir ou se esconder.

    Será que Valquíria vai conseguir abandonar o medo que tem do amor?

    Sebastian ele tem tudo que um homem necessita para ser feliz, uma família incrível e respeitável. Sua beleza máscula extremamente poderosa, talento e uma carreira de sucesso, além de uma variedade admirável de beldades aos seus pés, mas tudo o que ele deseja no momento é aproveitar a tranquilidade da vida ao lado de seus irmãos e amigos. Compromisso emocional além desses estão fora de questão.

    Mas seus planos são bruscamente interrompidos, ao ser abordado e sequestrado por bandidos de uma facção criminosa do subúrbio Carioca. Ele tem sua vida posta em risco ao ser descoberto como um agente da lei. Mas o destino é novamente colocado a prova, depois de ser ignorado inúmeras vezes.

    "Emoções limítrofes " te conduziram nessa jornada onde o Amor é o único vencedor.

    Val

    Uma semana para ficar sozinha e pensar melhor sobre a minha vida. Isso foi tudo o que pedi as minhas três melhores amigas, Elice, Claudia e Solary.

    Após decidir retornar de Paris para o Brasil, depois de me desiludir amorosamente pela centésima vez.

    Porém isso parecia praticamente impossível, pois elas não conseguiam entender que eu precisava desse tempo sozinha para reorganizar meus sentimentos, me ligavam de minuto a minuto querendo saber onde eu estava, com quem estava, e se realmente estava bem.

    — Ai meu Deus, Valquíria está ouvindo aquela música da Alanis Morrisse-te novamente. - Disse Clau sobressaltada a Sol e Elice, enquanto me mantinham em uma vídeo conferencia forçada, onde só elas falavam.

    — Estou bem, parem de se preocupar! Preciso desse tempo, deixem me chorar um pouco, eu quero isso. Por favor entendam! - Respondi cansada de tentar ser ouvida.

    — Valquíria você está nos assustando! - Solary parecia à beira do histerismo ao mencionar isso.

    — Cara, acordem sou eu Valquíria, lembram! Não vou cortar os pulsos ou tomar cicuta, muito menos pular de alguma ponte ou me deitar na BR! Se tivesse que protagonizar alguma cena trágica ou dramática, teria feito isso em Paris seria muito mais chique não acham!

    — Engraçadinha, espero mesmo que não faça nenhuma besteira! Seu afilhado está com saudades, por isso preciso de você aqui!

    — Sol não faça chantagem emocional, prometo que assim que acabar essa semana eu estarei ai! Estou morrendo de saudades de vocês!

    — Eu tenho uma notícia meteórica para dar a vocês! Por isso preciso de todas vocês aqui comigo no Domingo.

    Todas ficamos em silencio, noticia meteórica era assunto bafonico de primeiro escalão, por isso todas pareceram se perguntar o mesmo que eu, o que poderia ser.

    — Isso mesmo gatous, tenho um comunicado importantíssimo a fazer, só que isso só acontecera, quando estivermos todas juntas aqui reunidas!

    — Angra esse domingo? Mas eu te disse que só posso ir na segunda feira! Mencionei tentando lembra lá de tudo que mencionei insistentemente durante nossa conversa.

    — Sim Val, mas eu nunca a perdoarei se você faltar! Continuou Sol decidida. — Um dia a mais ou a menos para continuar em depressão qual a diferença?

    — Ok tudo bem, eu estarei ai no Domingo satisfeita! - Mencionei sem paciência para lidar com sua teimosia novamente.

    — Ótimo, não esperava menos de você! Agradeceu ela batendo palminhas alegremente com um sorriso de orelha a orelha.

    Assim que desligamos, me senti ainda mais vazia e melancólica. Eu estava há três dias enfurnada na casa da Luiza no subúrbio carioca, o único lugar onde eu tinha certeza que não seria encontrada por ninguém.

    Mas era como se já estivesse aqui a uma eternidade. Passei dois anos morando na França, me mudei para lá logo após me formar em publicidade na PUC.

    No início tudo me parecia tão esplendido, me sentia livre para tomar minhas próprias decisões e ser eu mesma em um lugar novo e cheio de cultura.

    Queria fazer minhas próprias escolhas, mal sabendo que essa era a pior delas. A falsa liberdade me cegava, achei que finalmente pudesse estudar veterinária como sempre sonhei, ter uma vida pacata construir uma família enorme, e fazer o que mais gosto na vida cuidar de animais E retornar no final do dia para um lar feliz com um marido lindo e amoroso e nossos futuros filhos.

    Que estupida eu fui por acreditar que Fernando meu agora ex-namorado cretino e suposto noivo, poderia me proporcionar isso.

    Talvez seja por isso que a volta ao Brasil me pareça tão estranha agora, mesmo tendo sido um reconforto de início. Porem mesmo sabendo que terei que enfrentar a realidade a partir desse momento, sinto-me aliviada por me livrar de toda aquela loucura dos holofotes, ao ser exposta pela mídia europeia como mais uma namorada corna de mais um astro do futebol mundial.

    Talvez meu destino realmente não seja o amor, e o único final feliz com que devo sonhar certamente seja apenas o final de semana.

    Ao menos me resta saber que as pessoas que amo consigam ter isso, velos felizes ao menos me reconforta.

    Quando cheguei no aeroporto do Galeão no começo dessa semana no fim da tarde de segunda feira, não sabia ao certo o que fazer. A única coisa que desejava e precisava de verdade era ficar sozinha.

    Mas isso em meu apart hotel em Ipanema, seria impossível. E a cobertura dos meus pais em Ipanema muito menos me possibilitaria tal luxo.

    GATOUS

    Tatiane Nunes

    VAL & BAST

    GATOUS

    Sem contar o fato que Clau praticamente me rastrearia em qualquer hotel onde eu pensasse em me hospedar na cidade, devido ao fato de sua família ser dona da maior rede hoteleira do pais, e Luan marido da Sol ser dono da maior rede hoteleira do mundo também não ajudava muito, pois elas me encontrariam facilmente em qualquer lugar onde eu decidisse me hospedar.

    Me lembrar do pequeno conjuga dinho de Luiza, ou melhor cebola apelido ao qual ganhou de meu irmão Victor quando ainda éramos crianças, graças ao fato de sua mãe Leila trabalhar na casa dos meus pais desde que eu nasci, nos encarregar de pequenas tarefas domesticas na cozinha a meu pedido, quando eu decidi que gostaria de aprender a cozinhar, como já era de se esperar isso só resultou em muita diversão e piadas.

    Porque eu ainda hoje consigo queimar batata doce cozida, e miojo. Cebola é enfermeira e devido ao fato de trabalhar em um hospital na zona sul carioca, decidiu dividir um pequeno apartamento próximo ao trabalho com uma amiga. Por isso seu pequeno quarto e sala no subúrbio Carioca se encontrava vazio, e por ser tão longe da minha realidade me pareceu tão incrivelmente perfeito e apropriado para a ocasião. Que aqui estou eu

    Havia pedido a cebola que não contasse a ninguém o fato de eu vir para cá. Nem mesmo sua mãe poderia saber disso, pois só assim conseguiria o tempo que preciso para me recompor, longe de todos meus conhecidos.

    Por mais que não amasse Fernando me sentia ferida e magoada por sua traição. Pensei que por não haver sentimentos avassaladores entre nós, poderíamos conseguir o equilíbrio perfeito que um relacionamento necessita.

    Que inocente eu fui talvez sofrer por amor seja melhor que sofrer pela ausência dele.

    Mas também no que eu estava pensando quando decide deixar meu pais e todas as pessoas que amo, para seguir meu namorado prepotente jogador de futebol, que estava no melhor momento de sua carreira, após assinar um contrato milionário com um dos maiores clubes internacionais do mundo.

    Bem que eu mereci tudo isso, e agora vou ter que me conformar e ter que aturar minhas três melhores amigas me enlouquecerem por tamanha preocupação.

    Pois se elas estavam se comportando assim por telefone, imaginei como seria pessoalmente, ainda mais agora por não fazerem ideia de onde estou.

    O pequeno espaço onde eu me encontrava a cerca de dois dias, era assustadoramente reconfortante. Sentia-me bem como se realmente estivesse em casa.

    O fato dos moveis aqui já terem sido meus um dia, me traziam recordações agradáveis.

    Agradeci mentalmente por minha mãe tê-los doado a cebola quando resolveu reformar todo o apart hotel que pertencia ao meu irmão Victor para dá-lo a mim, depois de mante ló fechado por tanto tempo depois de Victor se mudar definitivamente para Nova Iorque, onde se tornou sócio majoritário em um dos melhores escritórios de advocacia do mundo.

    Por isso reconhecer a cama e os moveis me traziam recordações maravilhosas de um passado feliz e inocente, onde tudo que me preocupava ou me abalava era apenas meu boletim do colégio.

    Mas ao menos não me sentia tão perdida, nem tão estranha aqui. Era como se estivesse me redescobrindo.

    O pequeno prédio de três andares onde eu me encontrava, parecia mais como uma casa abandonada por fora, bem típico da região por se tratar de uma comunidade carioca.

    Uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro, por aparecer diversas vezes nos noticiários, devido a frequente violência nas redondezas. Mas isso não me intimidava.

    Imaginei como minha mãe, uma das socialites mais admiradas e respeitadas da elite carioca, reagiria ao descobrir sobre isso. Ela certamente surtaria e ameaçaria me deserdar, assim como fora com minha prima Juliana, quando ela também tivera seus momentos suburbanos, mas diferentes dos meus os dela foram extremamente excitantes e resultaram em um casamento perfeito e inusitado.

    Mas eu infelizmente não tinha a menor vocação para esse tipo de drama. Por isso não me iludia com esse tipo de relação. O amor definitivamente não era para mim, pois já confirmara que minhas ilusões românticas falhariam em qualquer ocasião, seja em um condomínio de luxo ou em uma comunidade carente.

    Eu até havia cogitado essa opção tempos atrás, encontrar um amor nem que fosse bandido. Mas como é de imaginar nem isso deu certo.

    Quando minha prima Juliana fugiu com Gabriel seu agora marido e ex traficante de uma comunidade próxima a essa na época. Empolguei-me muito com a ideia de que talvez também conseguisse encontrar o amor, pois por mais louco que isso parecesse, era tão incrivelmente perfeito para minha prima, que me fascinava.

    Decidi começar a frequentar bailes funks, junto à cebola e suas amigas. Mas felizmente nada disso pareceu tão empolgante assim na pratica, pois nem um daqueles caras conseguia movimentar nenhuma célula se quer do meu ser positivamente. Por isso desisti da minha louca aventura de uma única noite.

    Resolvi sair um pouco de casa hoje, precisava de um pouco de ar fresco. Por isso na hora do almoço decide dar uma volta no shopping para comer algo e me distrair em uma tarde de compras.

    Chamei um Uber já que meu landi houver estava estacionada na garagem do meu apart hotel em Ipanema. Até cogitei passar lá para pegar meu carro, mas depois de lembrar que não teria onde guarda ló aqui, desisti. Além do mais meu pai e minhas amigas me rastreariam facilmente através da seguradora.

    Depois de almoçar em um dos melhores restaurantes que encontrei na praça de alimentação, resolvi comprar algumas coisinhas. O fato de não haver alguém aqui que pudesse me reconhecer era maravilhoso, libertador na verdade. Pensei enquanto caminhava tranquilamente observando as vitrines das lojas que mais me agradavam.

    Comprei algumas roupas mais leves já que em minha bagagem as roupas eram quase todas de inverno, e o calor que fazia no Rio me impedia de usar a maioria delas.

    Após uma tarde agradável de compras, acabei decidindo voltar logo para casa cedo, pois ainda precisaria passar no supermercado e reabastecer meus suprimentos hipercalóricos repleto de guloseimas.

    Por isso ao voltar para meu esconderijo secreto, segui a pé até o centro comercial que se encontrava aqui próximo, para fazer minhas comprinhas superficiais em uma adega que me indicaram dentro de uma das galerias centrais.

    Já estava escuro na rua quando sai do supermercado, mas ainda assim o percurso a pé até a casa de cebola continuava bem movimentado, as pessoas se esbarravam umas nas outras na intensão de chegar logo em suas casas, após mais um dia cansativo de trabalho.

    Por isso não me intimidei em caminhar sozinha ao anoitecer. Quando abri o portão ainda com as sacolas de compras nos braços senti uma estranha sensação.

    Algo parecia diferente, só não entendia o que. Passei o cadeado de volta às pressas assim que entrei, mas ainda sentia uma súbita inquietação me invadir.

    O quintal estava extremamente escuro, pois na pressa de sair acabara me esquecendo de acender as luzes da área. A casa de cima que pertencia a Leila mãe de cebola estava fechada, pois Leila passava a semana inteira na casa dos meus pais em Ipanema, e só voltava para cá aos sábados.

    O conjuga dinho de Luiza ficava nos fundos de um salão comercial que era alugado para uma senhora que vendia doces, mas como já estava tarde ela já o havia fechado e fora embora para sua casa.

    Olhei para baixo da escada que dava acesso à casa de Leila, mesmo estando totalmente escuro ali observei algo se mover estranhamente, mas antes que pudesse recuar e fugir duas mãos grandes e frias abafaram minha boca, enquanto eu era presa contra à parede junto a um corpo grande e forte.

    — Por favor não grite! Eu juro que não vou machuca lá, não estou aqui para rouba lá nem vou lhe fazer nenhum mal, eu prometo por favor acredite em mim!

    Uma voz grave e desesperada sussurrou próximo ao meu ouvido. Estava ainda tão perplexa e atordoada que mal conseguia raciocinar direito. Tudo o que conseguia pensar e sentir era uma estranha e inexplicável sensação de submissão.

    Esse estranho tão alto, forte e assustador, parecia controlar e sufocar meu cérebro, além de paralisar totalmente meu corpo.

    Sabe quando você ouve falar ou mesmo presencia um acidente ou algo absurdamente perturbador, e fica tão perplexo que não consegue nem acreditar que algo do tipo possa acontecer a você. É mais ou menos assim, a coisa toda está ali a sua frente, mas você não acredita que realmente possa estar acontecendo, tudo parece estar em câmera lenta, seu cérebro registra tudo, mas continua em choque sem reação.

    — Fui assaltado e sequestrado! Me escondi aqui por que meus perseguidores parecem dispostos a me recapturar a qualquer custo! - Continuou o cara em meio meu transe momentâneo.

    Senti um forte cheiro de sangue vindo do homem sem camisa que continuava empenhado em dispor seu corpo contra o meu predatoriamente.

    — Juro que não sou um bandido, só preciso usar seu telefone e vou embora! Eu juro que só preciso disso, tudo bem! - Continuou ele apreensivo.

    Assenti com a cabeça concordando, enquanto o cara com os olhos mais incrivelmente brilhantes que eu já havia visto na vida me encarava em suplicas, sondando meu rosto atentamente.

    — Vou solta lá agora tudo bem, mas por favor não grite eu te imploro! - Mencionou-o inseguro.

    — Obrigado! Você está fedendo sangue! - Murmurei ao senti ló diminuir a pressão de sua mão sobre minha boca.

    — Desculpe! Precisava impedi lá de gritar, pois tem vários bandidos me perseguindo tanto a pé quanto de moto. Por isso qualquer tipo de agitação poderia traze lós aqui, e como pode ver não terei forças para fugir e escapar uma segunda vez!

    O pensamento de um cara tão forte e aparentemente destemido como esse sendo morto a minha frente, pareceu-me torturar absurdamente me revirando as tripas. Pois mesmo sem camisa e descalço, vestindo apenas uma mera calça jeans que parecia se encontrar completamente detonada, rasgada e suja com manchas escuras que pareciam ser sangue observei mesmo a pouca luz. Havia algo em sua postura e em seu linguajar que o intitulava como um suposto grande homem.

    — Tudo bem, mas precisamos entrar alguém pode passar e nos ver aqui fora! -Mencionei abrindo a porta da sala ainda tremula, mas não acendi nenhuma luz era preferível ficarmos no escuro, ele também parecia querer isso.

    — Você tem alguma vela aqui! - Perguntou ele parecendo se contorcendo em uma careta de dor ao sentar-se ao chão da cozinha esgotado.

    — Para que? Nosso velório ou missa de sétimo dia? - Murmurei sem conseguir disfarçar o sorriso de nervosismo diante do meu estupido comentário. — Desculpe, mas não pude perder

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