Através do Brasil: Momentos Decisivos

De Gabriela Fernanda Sêjo

O livro Através do Brasil: momentos decisivos dedica-se ao estudo de Através do Brasil (1910), obra escrita pelos autores Manoel Bomfim e Olavo Bilac. O objetivo da autora com sua escrita é investigar a longevidade da obra de maneira que ela tenha sido editada e reeditada várias vezes, em diferentes tempos e sociedades, até os dias atuais. Essa relação entre o texto e contexto foi proporcionada pelo recurso das palavras-chave.

Por seu conteúdo marcante e linguagem dinâmica, esta leitura torna-se uma excelente fonte de erudição e discernimento a todos que se interessam pela história do livro e da leitura, mas a sua pretensão é ir além. O livro tem como propósito manter viva a história de Através do Brasil no tempo e na sociedade, ao mesmo tempo em que busca apresentar e analisar as fontes e os dados, já existentes ou novos, que são de extrema importância para os estudos da obra e para os que ainda surgirão.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Appris
• Data de lançamento: 20 de jan. de 2022
• ISBN: 9786525013411

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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

Dedico este livro, em primeiro lugar, aos meus pais, Márcia de Fátima Grossi Sêjo e Francisco Sêjo. Em segundo lugar, aos meus avôs já falecidos, Durval Domingos Grossi e Ângelo Sêjo (in memoriam). E por último, ao meu companheiro, Fernando Gomes de Almeida.

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço aos meus pais, Márcia de Fátima Grossi Sêjo e Francisco Sêjo, por todo o investimento e apoio incondicional dado para que um dos meus grandes sonhos começasse e se tornasse realidade.

Em segundo lugar, agradeço ao meu companheiro, Fernando Gomes de Almeida, por todo apoio e incentivo nesses dois anos de pesquisa.

Em terceiro lugar, agradeço ao meu orientador, Dr. Alexandro Henrique Paixão, pela orientação e confiança em mim depositada.

Agradeço também, imensamente, ao grupo de pesquisa (Leches), pelos dois anos de convivência, marcados por muita escrita, muitas leituras e muitos aprendizados. O meu muito obrigado a: João, Zé, Mariana, Jaqueline, Issaka, Rebeca, Yasmim, Hiago, Carla, Emílio, Patrícia Amorim e Giovanna.

Em quarto lugar, agradeço ao Prof. Dr. Alvaro Santos Simões Junior por ter aceitado gentilmente escrever o prefácio deste livro. Igualmente, agradeço aos professores da Unesp de Assis pelas aulas ministradas em 2019 e 2020: Dr. Benedito Antunes, Dr. Gilberto Figueiredo Martins, Dr.ª Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira e a Dr.ª Carla Cavalcanti e Silva.

Deixo registrado também meus cumprimentos e agradecimentos aos professores da Faculdade de Educação e às outras universidades que colaboraram para realização desta pesquisa, Dr. André Luiz Paulilo, Dr. Aníbal Bragança, Dr. Arnaldo Pinto Junior, Dr. Antônio Carlos Dias Junior e o Dr. Claudefranklin Monteiro Santos; e às professoras, Dr.ª Norma Sandra de Almeida Ferreira, Dr.ª Heloísa Helena Pimenta Rocha e a Dr.ª Agueda Bernadete Bittencourt.

Deixo meus agradecimentos ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Unicamp e ao CNPq/PRPG/Unicamp, pela bolsa de pesquisa.

Um agradecimento especial à banca examinadora, à Prof.ª Dr.ª Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (Unesp/Assis) e ao Prof. Dr. André Luiz Paulilo (FE/Unicamp), pelas críticas e sugestões na ocasião da defesa, algo que permitiu retomar o texto e reformular algumas questões.

Externo os meus agradecimentos aos funcionários da Unicamp pela contribuição nas informações fornecidas, que serviram como auxílio à realização desta pesquisa. Obrigada a essas pessoas: Vicente, Homero, Bira, Renata, Neusa, Adalgisa, Josué, Osmar, Marcos, Claudinha, Nadir e Nísia.

Agradeço especialmente à Iracema Brito Coutinho, ex-assistente do professor Dr. Aníbal Bragança, por toda atenção, colaboração e a disponibilidade dos dias e os horários, nos quais foram realizadas as pesquisas junto ao Lihed, na Universidade Federal Fluminense.

Agradeço com a mesma intensidade e forma ao Dr. Rafael Camargo, ao Dr. André Paraiso Forti e à Dr.ª Ana Paula, pela ajuda, pelos aconselhamentos e cuidados dispensados a mim na escrita deste livro e na minha saúde em geral.

Meus agradecimentos também ao contrabaixista Valgério Gianotto que, além de ser meu professor de contrabaixo-acústico, é um grande amigo. Nesses mais de três anos de jornada musical, ele sempre me incentivou e incentiva a estudar e a realizar meus sonhos. Agora, com a escrita deste livro, não está sendo diferente.

À Dr.ª Ester Cecília Fernandes Baptistella, à professora Sueli Teixeira, ao maestro Fernando Ortiz de Villate e ao meu tio Edson Del Angelo, deixo os meus agradecimentos por todas as conversas, a ajuda, o apoio e incentivo oferecidos na escrita desta pesquisa.

Por último, mas não menos importante, deixo registrados os meus agradecimentos à Casa de Oração à Seara, em especial, à enfermeira Marta, por todas as orações e os aconselhamentos à saúde física e espirituais que são dispensados às pessoas e, também, a mim, há mais de dois anos.

Agradeço também à Editora Appris, pela oportunidade de publicar e divulgar meu trabalho. Externo os meus agradecimentos igualmente a todos os funcionários(as) que me ajudarão no desenvolvimento deste trabalho.

PREFÁCIO

ATRAVÉS DO BRASIL, LIVRO ÚNICO

Neste livro, Gabriela Fernanda Sêjo examina algumas das razões do sucesso editorial de Através do Brasil, de Olavo Bilac e Manuel Bonfim, livro que, mais de 20 anos após seu lançamento, seguia sendo editado e acolhido pelas autoridades pedagógicas do país. Obra representativa da literatura paradidática que floresceu após a Proclamação da República (1889), continuou a ser acolhida pelos estabelecimentos de ensino e autoridades da educação após a Revolução de 1930, que pôs fim ao período a partir de então chamado, com relativo desprezo, de República Velha. Como se pretende argumentar nestas despretensiosas páginas iniciais, o livro de Bilac e Bonfim pode ser entendido como o ponto alto da literatura paradidática pré-lobatiana por suas qualidades pedagógicas e literárias e pelo espírito nacionalista, características que o fizeram permanecer vivo no ambiente escolar até a década de 1960.

Alguns dos intelectuais que participaram, ou pelo menos testemunharam a fase final da campanha republicana, consideraram fundamental reformar o ensino como forma de preparar os futuros cidadãos. José Veríssimo, por exemplo, publicou em 1890 A educação nacional, livro em que afirmou que a educação dos jovens no antigo regime ficara a cargo de escritores estrangeiros traduzidos, adaptados ou servilmente imitados e confessou que sua própria instrução básica dependera de livros portugueses.¹ Colocando-se à parte os clássicos Tesouro de meninas (1756), de Jeanne Marie Leprince de Beaumont, e As aventuras de Telêmaco, de Fénelon, o ensino básico contava no final do Império, entre outras obras estrangeiras, com a tradução e adaptação por Rui Barbosa de Primeira lição de coisas, do norte-americano N. A. Calkins, e com as antologias dos portugueses Adolfo Coelho e Júlio Caldas Aulete, que contemplaram poucos brasileiros.

Apesar do diagnóstico pessimista de Veríssimo, alguns intelectuais do período imperial aventuraram-se na produção de livros para as escolas. Na década de 1880, por exemplo, era possível adquirir as antologias de Felisberto de Carvalho e Alfredo Clemente Pinto, compiladores brasileiros que, porém, não desprezaram portugueses contemporâneos, como Teófilo Braga, João de Deus, Tomás, Ribeiro, Guerra Junqueiro e Pinheiro Chagas e clássicos como Camões, Bocage e Garrett. Para o ensino da história brasileira, podiam os mestres contar com os manuais preparados por Joaquim Manuel de Macedo e Joaquim Maria de Lacerda, que, por não terem vivido para ver o surgimento da República, escreveram na condição de súditos do Imperador.

Essa produção devia ser suspeita aos olhos de Veríssimo, que possuía ideias claras a respeito de como deveria ser o livro didático sob o novo regime: