Bestiário Americano
De Diego Maenza
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Diego Maenza
Todas As Cartas De Amor São Ridículas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Estrutura Da Oração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasENtidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Bestiário Americano
Ebooks relacionados
Mãe Da Lua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVidas Poéticas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Radicaes Livres Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnfetaminas E Arco-íris Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre Os Vivos E Os Mortos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNo Farol de meus Dias Nota: 0 de 5 estrelas0 notas50 Sonetos E Variações Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre O Lixo E O Paraíso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSarau: sonetos para viver Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Canto Do Amanhecer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrimogeneto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJudas Ou Zebedeu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs 7 Mulheres Do Apocalipse Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro de Isólithus Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCiclo Dos 400 Sonetos - Vol. Iii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAfrodisia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÀ beira-mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVingador Do Além Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMistérios em tempos de vendavais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Pobres: Premium Ebook Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMamalú: O tubarão de pindorama Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConfissões e Lisergia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Girassol Decapitado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Adaga de Granada: As Lendas do Esquecimento, #1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNegro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesignificados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonetos Em Cascatas. Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNêmesis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVampiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProsa Poética Impura Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Marília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Bestiário Americano
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Bestiário Americano - Diego Maenza
AMÉRICA DO SUL
A MULHER DO VÉU
(Quinteto romântico de um decapitado equatoriano)
Veneno nupcial no
estertor da embriaguez.
Uiva a dor que escapa de teus poros
quando desmascara tua dentadura
e exercita a carícia de Tânatos.
Chuva de prismas escuros derramados.
Vulva pútrida que entorpece a felação.
Quem te beijou testemunha teu perfume,
mas aqueles a quem tocou estão mortos;
logo, falei com a morte.
Vielas estreitas te veneram,
mãe da escuridão, esposa do sonho,
amante do enxofre, amiga do antracito.
A magnólia expulsa o suor do teu útero:
rasga avenidas equatorianas como carniça.
Desvia o jovem e o ancião de maneira igual.
Teus postulados filosóficos: sexo e vingança.
Quem te viu legitima tua formosura,
mas agora são padres ou estão nos manicômios;
portanto, falei com os vagabundos.
Uma noite, ébrio de amor, te alcancei.
Encontrei-te negra como o silício
e eu, pálido como um lago
que refletia a lua do teu sexo.
O suicídio é a forma mais pura do amor.
O MUQUI
(Poema humano de um mineiro peruano)
Pertenço às minas.
Ao amanhecer, tudo termina ou tudo começa.
O corolário dos aleijados é um cântico de dor.
Masco uma folha de coca enquanto me masturbo
refletindo sobre a paralisia do materialismo.
Sou esquivo, ainda que meus primos sejam gregários
e circulem pelos riachos como um exame de hilaridade.
Decifrei seus quipus e suas paixões,
estudei o ouro e o homem.
Pertenço à água
que lava também os recantos mais sombrios:
um mineiro passa com suas axilas malcheirosas,
bate sua cabeça contra uma pedra negríssima.
Como poder falar então da paralisação da categoria
se seus filhos, jovens e ninfas, não comeram?
Não tenho pescoço: como poder explicar