Vampiros
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Vampiros - Vania Marinho
Vampiros
Segredo Imortal
Vania Marinho
COPYRIGHT © VANIA MARINHO DA SILVA VIEIRA, 2020 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
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Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou
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sem a devida permissão, por escrito, da autora. Os infratores estarão
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Autora: Vania Marinho
Revisão: Vania Marinho
Sumário: Vania Marinho
Capista: Eberth Ayla
Pesquisador: Fabio Silveira
Adaptação para e-book: Vania Marinho
Ficha catalográfica
____________________________________________________
Vieira, Vania Marinho da Silva, 1981-
V657 Vampiros : Segredo Imortal / Vania Marinho da Silva
Vieira.
- 2020.
100 f.
ISBN : 9786500061123
1. Vampiro. 2. Romance. 3. Lendas. 4. Magia. 5. Conquista.
I. Título. II. Autor
CDU: 7
CDD 600
CAPA
CONTRA CAPA
TÍTULO
FICHA CATALOGRAFICA
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
O FIM DA PUBERDADE
A PRIMEIRA CAÇADA
O SEGUNDO ENCONTRO
AMIGA INTRUSA
A ESPERANÇA DE CONTINUAR VIVO
A MURALHA AGORA É OUTRA
QUEM É O MEU PAI ?
A GRANDE BATALHA
O ENCANTO DO AMOR
72
O fim da puberdade
Em mais um dia nublado em Joinville, eu caminhava pela plantação de girassóis: eram grandes e amarelos, eram milhares. Aqueles girassóis eram a expressão mais singular da delicadeza da vida. Não se podia ver o fim do tapete amarelo que se formou. Eu olhava, andava lentamente entre as coroas e me lembrava do tempo que podia ficar despreocupado, sem dor, olhando para o sol. A pele não queimava, era uma sensação de aconchego e de paz. Por um momento eu me lembrava da humanidade que ainda me resta, quando apareceram turistas ao longe. Eram em torno de dez e andavam em comboio... barulhentos. Interrompiam o meu sagrado silêncio de reflexão, o meu sagrado momento de glória intelectual. Nos meus pensamentos eu sou rei, sou graciosa majestade, mas no mundo real, eu sou um predador. A garganta se secou e a sede de sangue simplesmente me fez esquecer, por milésimos de segundos, onde eu estava. Quase avancei sobre eles como um tigre sobre um servo. Se segura Nicolás! - Disse a mim mesmo. Mas bem que seria divertido. Uma ironia trágica corrompeu meus pensamentos.
Vi-os ao longe e cada lógica que passava pela minha cabeça era a de como poderia mata-los, um a um. Imaginei uma chacina e a fartura de sangue mais uma vez circulando em meu corpo, que se enrijeceu. A Adrenalina faz o sangue de humanos correr mais rápido em suas veias e elas saltam apetitosas e hipnotizantes aos olhos de seres como nós. O medo é o tempero mais refinado para um banquete. Parecia que eu estava diante de uma mesa farta, diante de um convite para se assentar, mas eu tinha que fazer desfeita dessa vez. Só dessa vez. Ria e rosnava em meu íntimo olhando para eles e senti um cheiro peculiar, alguém estava perto de mim. Uma criança havia se perdido de sua mãe e puxava meu casaco a chorar: - Você sabe onde está minha mãe?
Interessante... olhei para aquela criança e só senti vontade de brincar, mostrei meus caninos e rosnei com suavidade, com um sorriso no canto dos lábios. Queria ver a adrenalina daquela pobre criança ir nas alturas, observar as veias saltadas. Ela olhou no fundo dos meus olhos e a adrenalina apenas no pico pelo sentimento de se perder da mãe, não havia medo naquele pequeno e indefeso ser. Não tinha medo de mim... pobre criança! Essa criança então pensou: -Ele vai me ajudar! - Ouvi seus pensamentos como sinos suaves em minha cabeça.
Ajudar? Essa criança acha mesmo que eu ajudo pessoas? Eu mato pessoas! Faço tal coisa há quase meio século e gosto disso. Enquanto o olhar dela se encontrava perdido em busca da mãe, lhe perguntei: E se você não ver mais a sua mãe? E se você não puder mais estar com ela? – Disse observando os turistas se aproximando há quase um quilômetro de distância, sobre o tapete de girassóis. A criança certamente não podia ver, os girassóis eram altos demais para ela.
Uma lágrima correu no rosto da criança e eu observei em câmera lenta sua queda absurdamente bela. Parecia uma gota de cristal, cintilando naquele entardecer. A cena mais linda que já vi em décadas. Colhi com a ponta do dedo indicador e coloquei-a sob a luz do dia, observando através dela as cores que se formavam como um arco-íris. Contemplava duas belezas: a da lágrima de cristal cintilante e do entardecer. Não posso vagar sob a luz do mais absoluto dia, porém posso sentir o ardor dos últimos raios de sol em minha pele. O entardecer era como uma miragem, resíduo do que um dia pude contemplar. Eu me perdia nessas duas cargas artísticas da natureza quando a criança soluçou e gritou Mãe
, enquanto corria desesperadamente para o grupo de pessoas que se aproximava. Hoje o banquete não é aqui.
Uma mulher se agachou e a tomou nos braços, onde a apertou também em lágrimas. Aquele momento me fez lembrar de quando eu podia chorar, do