A Tradução no Concreto: a linguagem poética de e.e. cummings por Augusto de Campos
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A Tradução no Concreto - Ricardo Peres de Almeida
CAPÍTULO I – BASES TEÓRICAS PARA A FUNDAMENTAÇÃO DAS ANÁLISES
I. 1 – TEORIA LITERÁRIA
Os estudos sobre autoria e recepção proporcionam importantes questionamentos para o trabalho de pesquisa sobre a tradução de obras literárias, uma vez que auxiliam na compreensão e interpretação do texto literário; por exemplo, as especificações de leitor modelo
e leitor empírico
discutidos por Umberto Eco (ECO, 2013). Também favorecem o entendimento da função do autor na criação de seus mundos possíveis, um local transitório entre o real e o imaginário, e como o texto conduz o leitor por este caminho por meio de pistas contextuais – já que a obra de ficção convida o leitor a participar da criação literária por meio da interpretação, não só do texto, mas também da imagem criada pelo autor por meio da linguagem artística. Trata-se de uma imagem não apenas contextual, mas representativa, formulada pelo leitor a partir de traços linguísticos criados no texto. Dessa forma, cria-se um elo comunicativo entre autor e leitor devido à fruição desses elementos, cujo foco comunicativo reside na mensagem sem se isolar do contexto. O linguista Roman Jakobson afirma que:
A supremacia da função poética sobre a função referencial não oblitera a referência, mas torna-a ambígua. A mensagem de duplo sentido encontra correspondência num remetente cindido, num destinatário cindido e, além disso, numa referência cindida. [...] A capacidade de reiteração, imediata ou retardada, a reificação de uma mensagem poética e de seus constituintes, a conversão de uma mensagem em algo duradouro – tudo isso representa, de fato, uma propriedade inerente e efetiva da poesia. (JAKOBSON, 2007. p.150.)
Os estudiosos brasileiros Luis Ângelo Pinto e Décio Pignatari, ao discutirem sobre a função da linguagem, enfatizam que "qualquer objeto deve ser projetado e construído de acordo com as necessidades ou funções às quais vai atender ou servir. [...] É neste sentido que o poeta é um designer, ou seja, um projetista de linguagem" (CAMPOS, 2014. p.220). Dessa forma, pode-se compreender o poeta também como um inventor de uma linguagem gráfica esquemática para a construção de um efeito estético com características industriais, influenciada e influenciadora das mudanças culturais do momento.
Tais proposições referentes a obras literárias podem ser levadas ao âmbito das traduções, já que a tradução é um prolongamento inevitável da literatura
(MESCHONNIC, 2010, p.27). Além disso, a tradução literária mostra e oculta ao mesmo tempo, por sua própria escritura, a interação da teoria da linguagem e da teoria da literatura que pertencem à obra no discurso do tradutor
(MESCHONNIC, 2010, p.28). Portanto, tal debate fornece pontos de partida interessantes para se discutir o ato de traduzir como um processo de transcriação e invenção que pertencem ao universo