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Fernando Pessoa Por Alberto Caeiro
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Fernando Pessoa Por Alberto Caeiro
E-book244 páginas2 horas

Fernando Pessoa Por Alberto Caeiro

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Sobre este e-book

O primeiro e talvez mais importante dos heterônimos de Fernando Pessoa é visto por todos os poemas publicados para a autoria inventada de Albverto Caeiro. O mestre em língua portuguesa Claudionor Aparecido Ritondale faz uma análise preliminar dos heterônimos e envereda por uma aguda análise de Caeiro, na busca por oferecer um entendimento amplo do fenômeno criativo que despertou o interesse de muitas vertentes críticas do mundo inteiro: a concepção de muitos poetas por aquele que talvez seja o maior poeta de todos os tempos, que foi Fernando Pessoa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de set. de 2012
Fernando Pessoa Por Alberto Caeiro

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    Fernando Pessoa Por Alberto Caeiro - Claudionor Aparecido Ritondale

    FERNANDO PESSOA

    POR ALBERTO CAEIRO

    Claudionor Aparecido Ritondale

    FERNANDO PESSOA

    POR ALBERTO CAEIRO

    Claudionor Aparecido Ritondale

    São Paulo

    2012

    Sumário

    Introdução

    9

    1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS

    29

    1.1. Movimentos literários principais que se desenvolveram

    29

    no período de vida de Fernando Pessoa.

    1.2. Cronologia sumária da vida de Fernando Pessoa.

    32

    1.3. Conceituação de heteronímia, seu surgimento e

    39

    desdobramento na obra do poeta.

    1.4. A projeção heteronímica na figura de Alberto Caeiro.

    55

    2. PROSPECTANDO A OBRA DE CAEIRO

    71

    2.1. A inserção do livro nas Ficções do interlúdio.

    71

    2.2. As séries de poemas.

    73

    2.3. A poesia do complexo simples.

    78

    2.4. Os principais temas.

    120

    2.5. O filosofismo contraditório.

    121

    2.6. Os oxímoros dialéticos.

    123

    2.7. Campo, pastoreio e o diálogo com a cidade.

    124

    2.8. A ficção por trás das datas dos poemas.

    125

    2.9. O dialogismo com os heterônimos.

    127

    3. A POESIA DO MESTRE

    131

    3.1. Idealização de um princípio poético.

    131

    3.2. Por que Caeiro é o que introduz a importante questão da 150

    heteronímia para Pessoa?

    3.3. O mestre e os discípulos, inclusive o próprio Fernando

    151

    Pessoa.

    3.4. A crítica ficcional dos heterônimos.

    152

    3.5. Autojustificativas e autocontemplações.

    152

    4. O COMPLEXO DO COMPLEXO

    155

    4.1. Dualidade: simples e complexo.

    155

    4.2. Criar dentro do criar.

    157

    4.3. Concepção do poeta magistral.

    158

    4.4. A aparência e a essência.

    159

    4.5. Sensorialismo e objetividade.

    161

    5. OS GÊNEROS POÉTICOS EM CAEIRO

    165

    5.1. Lirismo.

    165

    5.2. Sentido narrativo ou épico.

    166

    5.3. Dramatização.

    167

    5.4. Filosofismo.

    168

    5.5. A imbricação de gêneros.

    169

    5.6. A teorização de Pessoa e a obra de Caeiro.

    170

    6. AS MUITAS VERTENTES

    175

    6.1. Pensar e, ao mesmo tempo, sentir.

    175

    6.2. O um e o múltiplo.

    176

    6.3. Criar, teorizar, expressar-se.

    179

    6.4. Versos livres e brancos.

    180

    6.5. Realidade e metafísica.

    181

    6.6. Os efeitos dos confrontos.

    182

    7. APRENDER E APREENDER POESIA.

    185

    7.1. A concepção de Mestre e o legado.

    185

    7.2. Poesia mínima, não medíocre.

    186

    7.3. Elevação, ainda o eu sob fingimento.

    187

    7.4. Modernidade, modernismo e eternização.

    188

    7.5. Vertentes ficcionais e psicologismo.

    188

    7.6. Os muitos eus e os desafios do entendimento do ser

    190

    humano.

    8. CONCLUSÕES

    191

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    195

    Livros

    195

    Periódico

    197

    APÊNDICE: Transcrição dos Poemas completos de Alberto Caeiro

    199

    Dados do autor

    255

    Pequena apresentação de meus livros publicados

    259

    INTRODUÇÃO

    Em Portugal, no ano de 1915, um jovem escritor

    lançou uma revista que ajudou a provocar uma das grandes

    revoluções na literatura portuguesa. O jovem escritor era

    Fernando Pessoa, a revista era Orpheu, o movimento

    revolucionário era o Modernismo.

    A revista já trouxe um dos mais destacados aspectos

    da poesia de Fernando Pessoa, seus propalados

    heterônimos.

    A ideia de verificar alguns estudiosos de sua obra e

    verificá-la por meio de um de suas criações de escritor, seus

    heterônimos, é atraente porque pode revelar um pouco da

    obra multifacetada do poeta e expor ao público leitor as

    várias personas incorporadas à figura muito criativa de

    Fernando Pessoa – para alguns, poeticamente, Pessoas.

    Ele foi, por assim dizer, além de um criador de

    poemas, um criador de poetas. Sua responsabilidade na

    difusão do Modernismo português é inegável.

    Muito sobre sua vida e obra intrigam até hoje,

    passados quase um século do lançamento da revista Orpheu.

    9

    Muitas são as perguntas que surgem sobre o autor,

    como o contexto histórico em que viveu, sua história de

    vida e o que o fez ser tão especial para a cultura portuguesa

    a ponto de influenciar a literatura da época e a dos dias

    atuais. Assim, desperta-se o interesse pela pesquisa, em

    busca de possíveis respostas para tais questionamentos.

    Propusemo-nos

    a

    buscar

    um

    início

    de

    desvendamento de uma das personagens criadas por

    Fernando Pessoa, o poeta Alberto Caeiro da Silva.

    Para começar a entender esse autor e essa sua

    particularidade criativa – os heterônimos –, na figura do

    talvez mais importante de seus heterônimos, temos que

    considerar, em primeiro plano, que a literatura é uma área

    abrangente, seio acolhedor de diversos estudos, e que cada

    fato histórico é portador de particularidades, as quais, no

    contexto histórico, constroem diariamente um futuro,

    expresso nas linhas e entrelinhas dos diversos autores.

    Portanto, para iniciarmos o desvendamento de aspectos da

    criação de um autor, temos que procurar entender o

    momento histórico em que ele viveu, algumas de suas ideias,

    até mesmo um pouco de sua trajetória de vida.

    10

    A questão persistente é: Por que estudar Fernando

    Pessoa, especialmente por um de seus heterônimos?" Para

    respondê-la, observemos Massaud Moisés (2003:288):

    Fernando Pessoa é dos casos mais complexos e

    estranhos, senão único dentro da Literatura

    Portuguesa, tão fortemente perturbador que

    só o futuro virá a compreendê-lo e julgá-lo

    como merece.

    Tentaremos, com este trabalho, mostrar a inserção

    de um grande autor num movimento também instigante, o

    Modernismo. Para compreender esse complexo autor, é

    necessário conhecer a heteronímia. Ancorados em textos

    críticos, históricos e biográficos relativos ao poeta e sua

    produção, reconhecemos na heteronímia uma das grandes

    forças criativas do poeta, aquela que mais tem despertado o

    interesse dos pesquisadores e certamente a mais instigante.

    Para o próprio poeta, mostrava-se desafiadora, porque ele,

    em várias cartas a escritores e críticos, procurou explicar a

    gênese dessa forma de criar, bem como justificá-la até do

    ponto de vista psiquiátrico, como se fosse algum tipo de

    11

    desvio de comportamento ou personalidade, no nível

    mesmo da anormalidade emocional.

    Na complexidade da obra de Fernando Pessoa há um

    mapa que ele mesmo determinou, a partir da própria

    escolha dele direcionada a Alberto Caeiro, quando o

    considerou seu mestre, inclusive do próprio poeta

    ortônimo, o Fernando Pessoa, ele mesmo, também como de

    todos os demais heterônimos. Então, o fato de delimitarmos

    nosso objeto de estudo em Alberto Caeiro explica-se

    porque o próprio Fernando Pessoa considerava-o o mestre

    dele e dos demais heterônimos, um como que mestre dos

    mestres de sua poesia. Desvendar alguns dos aspectos

    dessa personagem é o maior dos interesses deste trabalho ,

    que julgamos poder constituir-se numa introdução à crítica

    aos heterônimos todos de Pessoa.

    O praticamente único integrante do corpus será

    inevitavelmente o livro que comporá a parte – digamos –

    prática do estudo, ou seja, o livro Poemas completos de

    Alberto Caeiro. A edição escolhida foi a da editora Aguilar, do

    Rio de Janeiro, que faz a coletânea em volume único da Obra

    Poética de Fernando Pessoa, publicada em 1977 (sétima

    12

    edição). O volume separa didaticamente toda a complexa

    obra poética do poeta português e propõe a reunião de

    poemas por semelhanças no desenvolvimento. Assim, a

    produção dos três principais (e mais conhecidos)

    heterônimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo

    Reis –, mais um quarto, igualmente expressivo (Coelho

    Pacheco), compõe, no livro da Aguilar, uma parte expressiva

    intitulada Ficções do Interlúdio, nome que o próprio

    Fernando Pessoa manifestara intenção de ver publicado

    para a reunião da produção da poesia de seus heterônimos,

    em carta endereçada a João Gaspar Simões, em 28 de julho

    de 1932, da qual selecionamos o trecho que menciona tal

    título (PESSOA, 1977:753):

    Não sei se alguma vez lhe disse que os

    heterônimos (segundo a última intenção que

    formei a respeito deles) devem ser por mim

    publicados sob o meu próprio nome (já é

    tarde, e, portanto, absurdo, para o disfarce

    absoluto). Formarão uma série intitulada

    Ficções do Interlúdio, ou outra coisa qualquer

    que de melhor me ocorra. Assim, o título do

    13

    primeiro volume seria, pouco mais ou menos

    Fernando Pessoa – Ficções do Interlúdio – I.

    Poemas Completos de Alberto Caeiro (1889-

    1915). E os seguintes do mesmo modo,

    incluindo um, curioso mas muito difícil de

    escrever, que contém o debate estético entre

    mim, o Ricardo Reis e o Álvaro de Campos, e

    talvez, ainda, outros heterônimos, pois ainda

    há um ou outro (incluindo um astrólogo) por

    aparecer.

    Fixamo-nos no primeiro dos volumes que seriam

    publicados por Fernando Pessoa nas Ficções do Interlúdio,

    porque o próprio poeta o reconheceu como o seu ponto de

    partida na produção dos principais heterônimos. Caeiro é o

    mestre e daria início à coletânea, na própria lógica traçada

    por Fernando Pessoa, que, como se vê na carta acima a João

    Gaspar Simões, reconhece o disfarce que ele propõe com a

    composição

    de

    heterônimos,

    assumidos

    como

    desdobramentos complexos dele mesmo.

    A intenção não é um grande aprofundamento, pois

    fugiríamos muito da proposta de compor um trabalho de

    14

    pesquisa inicial sobre o livro. Apenas delinearemos temas

    relevantes e verificaremos a trajetória desse heterônimo na

    produção de Pessoa, ou ao menos o que o próprio autor

    projetou para o texto de Caeiro em sua múltipla produção.

    Na vasta galeria de personagens que compõem a

    heteronímia, biógrafos chegam a contar de 127 a 207

    heterônimos diferentes, dependendo do critério usado.

    Mesmo que conseguíssemos o imenso esforço de

    individualização de todos eles, não seria compatível ilustrá-

    los, tampouco apenas comentá-los, em um curto trabalho

    como é este. Optamos, então, pela fixação no livro de um dos

    principais heterônimos, assim considerado pelo próprio

    Pessoa e tido como o seu mestre. Na edição da Aguilar, a

    coletânea Ficções do Interlúdio recebeu uma nota

    preliminar, que é a transcrição de apontamentos soltos e

    sem data não assinados de autoria de Fernando Pessoa e que

    foram publicados pela primeira vez pela própria editora

    Aguilar, na primeira edição da Obra poética, em 1969. O

    interesse dessa nota preliminar é a comparação que o

    próprio Pessoa faz de alguns de seus heterônimos, nos quais

    inclui o que considera não um heterônimo (em outra carta a

    15

    J. Gaspar Simões), mas uma personalidade literária:

    Bernardo Soares. No final da nota, ele dá a sua versão dos

    heterônimos (PESSOA: 1977:199):

    Por qualquer motivo temperamental que

    não proponho analisar, nem importa que

    analise, construí dentro de mim várias

    personagens distintas entre si e de mim,

    personagens essas a que atribuí poemas vários

    que não são como eu, nos meus sentimentos e

    ideias, os escreveria.

    Assim têm estes poemas de Caeiro, os de

    Ricardo Reis e os de Álvaro de Campos que ser

    considerados. Não há que buscar em quaisquer

    deles ideias ou sentimentos meus, pois muitos

    deles exprimem ideias que não aceito,

    sentimentos que nunca tive. Há simplesmente

    que os ler como estão, que é alias como se deve

    ler.

    Para a análise de Alberto Caeiro, o final dessa nota

    preliminar (PESSOA, 1977:199) é esclarecedor:

    16

    Um exemplo: Escrevi, com sobressalto e

    repugnância, o poema oitavo do "Guardador de

    Rebanhos", com a sua blasfêmia infantil e o seu

    antiespiritualismo absoluto. Na minha pessoa

    própria, e aparentemente real, com que vivo

    social e objetivamente, nem uso da blasfêmia,

    nem sou antiespiritualista. Alberto Caeiro,

    porém, como eu o concebi, é assim: assim tem,

    pois, ele que escrever, quer eu queira, quer

    não, quer eu pense como ele ou não. Negar-me

    o direito de fazer isto seria o mesmo que negar

    a Shakespeare o direito de dar expressão à

    alma de Lady Macbeth. Se assim é das

    personagens fictícias de um drama, é

    igualmente lícito das personagens fictícias sem

    drama, pois que é lícito porque elas são

    fictícias e não porque estão num drama.

    Parece escusado explicar uma cousa de si

    tão simples e intuitivamente compreensível.

    Sucede, porém, que a estupidez humana é

    grande, e a bondade humana não é notável.

    17

    O Guardador de Rebanhos é a primeira série de

    poemas do livro de Alberto Caeiro. A comparação com

    Shakespeare demonstra que os heterônimos são

    personagens, mas há a distinção com as personagens de

    uma peça de teatro ou de um romance, novela ou conto,

    porque, em Pessoa, elas são criações poéticas, são poetas

    criados a partir de sua imaginação, com debates conduzidos

    ficcionalmente entre elas e o próprio Pessoa, ele também se

    autocriando. A complexidade é maior e envolve um sentido

    metalinguístico.

    A seguir, na edição escolhida, há um apontamento

    sem data, escrito pelo heterônimo Ricardo Reis, sobre

    Caeiro – é uma análise heteronímica, digamos. Ela é pela

    organizadora

    (Maria

    Aliete

    Galhoz)

    muito

    apropriadamente como introdução aos poemas.

    A própria introdução, que é esse apontamento solto

    de Ricardo Reis, diz que os poemas são aparentemente

    simples, mas, após análise cuidadosa, apresentam-se

    complexos. Reis atribui a eles a condição de filosóficos,

    embora o próprio texto de Caeiro diga que não vê filosofia

    em nada. A curiosidade da introdução é justamente a crítica

    18

    concebida ficcionalmente, ou seja, um heterônimo

    analisando outro.

    A crítica de Reis é erudita e mostra certa intimidade

    dele com Caeiro, inclusive com a menção indireta de que

    eram amigos. O ficcionismo intermitente de Pessoa já se

    mostra claro e de maneira complexa nessa passagem. É

    oportuna sua inserção antes dos poemas de Caeiro para já

    apresentar a heteronímia como um dos alicerces da criação

    de Pessoa, mesmo concebida em termos da autoanálise que

    fazia de sua obra, algo que não era unívoco, mas plural, sob

    vários aspectos, e, principalmente, ficcional.

    Após três séries de poemas, na edição da Aguilar,

    segue-se um posfácio com o título "Notas para a recordação

    do meu Mestre Caeiro", que tem a assinatura de Álvaro de

    Campos. A observação ao rodapé dá conta de que foram

    notas publicadas pela primeira vez na revista Presença, em

    janeiro-fevereiro de 1931. Fernando Pessoa já se

    notabilizara pelos seus heterônimos, fazendo uso deles em

    críticas assinadas em revistas para que colaborava. Nesse

    universo complexo de fingimento, tais apontamentos finais,

    19

    no posfácio, são também reveladores da complexidade do

    livro.

    Concluímos, preliminarmente, desta exposição que a

    organização do livro com os poemas completos de Caeiro,

    como proposta pela Aguilar, favorece amplamente um

    entendimento mais próximo da complexidade que esse

    heterônimo apresenta. Portanto, decidimos optar por ela, a

    fim de que pudéssemos nos aproximar de uma visão a

    partir da complexa veia ficcional de Fernando Pessoa com

    relação a seus heterônimos e ao que possivelmente tenha

    sido seu principal e mais complexo heterônimo: Alberto

    Caeiro.

    Como objetivo geral, o presente trabalho visa dar

    uma contribuição (ainda que pequena) à crítica literária e ao

    estudo de obras poéticas de autores marcantes do

    Modernismo; e, como objetivo específico, visa apresentar, na

    medida do possível, alguns elementos constituidores de um

    dos principais livros de Fernando Pessoa, concebido para

    um de seus principais heterônimos. Não avançaremos sobre

    as Ficções do Interlúdio em sua totalidade, porque, apesar

    de ser apenas uma pequena parte da imensa produção de

    20

    Fernando Pessoa, é ainda uma pequena parte de sua

    complexa criação e nosso trabalho extrapolaria os limites

    pensados para nossa abordagem, que procurará direcionar -

    se apenas para o

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