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Ciclo, Ciclista
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E-book205 páginas3 horas

Ciclo, Ciclista

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Sobre este e-book

INSPIRADO NO CONTO PASSEIO NOTURNO , DE RUBEM FONSECA, O AUTOR EXPLORA E AMPLIA ASPECTOS DA NARRATIVA ORIGINAL.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de ago. de 2013
Ciclo, Ciclista

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    Ciclo, Ciclista - H.c. Rau

    1

    TV berrando no quarto de Creusa, programa evangélico — surda ou entusiasmo momentâneo? Pastor pregando como se metesse bronca: Deus criou o Mundo e o Homem (e Deus criou a mulher), nos deu a missão de completar sua criação, significa que não devemos esperar que o Senhor faça o que deve ser feito pelo Homem. Se nada fizermos, não devemos esperar que Jesus, Nosso Senhor, faça por nós (importa o feito, a façanha, o que foi só pensado vira arrependimento). Sempre que estivermos agindo em nome de Jesus, podemos ter certeza de que Ele nos estenderá os frutos de Seu amor, transformará nossa tristeza em glória, chagas em luz, pobreza em abundância (mesa abundante, chuva abundante, mulher abundante). Aleluia, irmãos. Glória a Deus! Aleluia! Mas muito cuidado com Satanás! Deus criou Satanás pra provar que podemos vencer o Mal (e Deus nem precisou criar o Bem). Sempre que estivermos agindo em nome de Deus, devemos nos precaver contra Satanás (mal explicada essa história de Bem contra o Mal, ainda acaba mal). Satanás quer transformar nossa oração em blasfêmia, Satanás é traiçoeiro, astuto, tinhoso, como o vício do pecado (sem vício não há pecado, apenas maledicência, dito pelo não dito), se infiltra em nossas vidas sob o manto da inocência, qual olhar de criança, sorriso de uma jovem (frescor da aurora, orvalho da manhã, flor de laranjeira, cheiro de mata virgem), mestre do disfarce, discórdia, dissimulação, Satã, Demônio (demo pros íntimos), Diabo, Capeta, Coisa Ruim, Lúcifer, Serpente, Príncipe das Trevas, Belzebu, tantos nomes só pra confundir (vício embaralhando pensamentos, enlouquecendo), nos arrastar pro fogo do inferno é sua missão, nossa é resistir, combatê-lo noite e dia (Exército da Salvação arregimentando voluntários pra Guerra Santa), destruir Satanás é nossa missão, olhai os cavaleiros do Apocalipse! Aleluia! Deus é mais! Voz de macho, severa, febril, autoritária, dicção perfeita, curso intensivo de oratória, Mateus, capítulo 4, versículos 1 a 11, talento inato pra agitador, dom de falar, de seduzir, perfume de gardênia, bolero, platéia de fiéis, aleluia, irmãos, fé, irmãos, palavras doces, sedutor é quem seduz, sinceridade acaciana, facilidade de embrulhar, de passar de assunto a outro como em passe de prestidigitador, hora e vez da coleta do dízimo, de preferência contribuição mensal, boleto bancário pra facilitar, débito automático no cartão de crédito, Creusa diz que nunca deu dinheiro, não era besta, manutenção da igreja, obras sociais, balela, só ela sabia como era duro ganhar dinheiro, culto transmitido em horário nobre, dinheiro miúdo socado em grandes sacos plásticos, resistentes, negros, Creusa, durona, quando não se sentia desamparada. Ultimamente, essas igrejas surgiam do nada, do sofrimento do povo, da necessidade de crer em milagres — Creusa tinha um primo que virou pastor evangélico no sertão das Alagoas, nunca mais passou fome —, impossível não reparar na multiplicação dos templos, milagre dos homens, se espalhando pela cidade como franquias, pão espiritual, viraram até produto de exportação, toque de Midas, tudo que queriam era grana, negócio lucrativo isento de imposto, bom de bico, bom de bispo, empresários da fé, Creusa desconfiada, mesmo assim apreciava os cultos, rezava junto, cantava junto, Bem contra o Mal — Jesus tentado pelo Mal depois de quarenta dias e quarenta noites de jejum no deserto —, qualquer criança entende, aí tem, chumbo grosso.

    Não só Creusa tinha manias, Silmara, sua patroa, esposa de Caco, também tinha — exemplo, entrava em êxtase toda vez que ouvia peças clássicas de apelo popular, Bolero de Ravel, Carmen de Bizet, Carmina Burana de Orff, Nona de Beethoven, som nas alturas, os incomodados que se retirassem, música hipnótica tomando conta da casa, religiosidade pagã ou, quem sabe, Jesus expulsando os vendilhões do templo. Tudo a mesma coisa, farinha do mesmo saco, Creusa e Silmara tinham em comum muito mais do que imaginavam, necessidade de envolvimento, inclusão social devia ser isso, identificação com o próximo, coração de Jesus na parede do quarto, Silmara soltava a voz de soprano (Caco conheceu Silmara no coral da igreja), gostaria de ter sido cantora lírica em vez de burocrata de órgão estatal — todo mundo quer ser o que não é, o que poderia ter sido e não foi, insatisfação generalizada, folhas mortas do próximo inverno, de tanto querer ser o que não é acabam fazendo besteira. Voz de soprano de Silmara chegava ao ouvido de Caco já abafada pelo som estridente da TV de Creusa.

    Caco, na garagem, se preparando pra sair de bicicleta. Quarto de Creusa contíguo à garagem — da posição em que estava não dava pra vê-la, sentada na cama, terço na mão, defronte à TV, olhar piedoso, concentrada, balbuciando, pai-nosso-que-estais-no-céu, crédula, livrai-nos do Mal (dos pecados mortais, dos veniais não havia como se esquivar), Deus é mais, reservando um lugar no céu, não precisava ser na fila do gargarejo, bastava ser admitida no paraíso onde o ar climatizado era perene. Achou engraçado ela dizer que não era besta de dar dinheiro pro bispo, daria comida, nunca dinheiro, como se o bispo fosse gastar o dinheiro com pinga, conforto espiritual devia ser gratuito, Creusa era ignorante, mas tinha querer, deviam seguir o exemplo dos primeiros apóstolos, a graça de graça, foi aí que Caco percebeu que Creusa havia trocado a rotina de ver a novela da noite pelo hábito de assistir programas evangélicos, só quando o culto terminava é que a peça rara (era assim que Caco se referia a Creusa, não por falta de respeito, surpreendido, freqüentemente, por sua sabedoria popular) reaparecia, olhar congestionado, alma lavada, pra retomar afazeres de doméstica, teria também o direito de ter manias, lhe concederam alguns privilégios em face do longo tempo em que estava com eles, lealdade nunca posta em dúvida. Caco não era religioso, contra religião também não, freqüentara o catecismo, primeira comunhão em grupo, parou aí, não foi crismado, palavra de Jesus nele não vingou, Bem e Mal, noções intuitivas, maniqueísta não era, eclético, respeitava todos os credos, não sendo crédulo nem por isso desdenhava, fé produz transformações incríveis nas pessoas, utilidade pública comprovada, assim lhe dizia um cliente, diretor de penitenciária de segurança máxima. Caco, graças ao bom Deus, não era do tipo que se angustiava com a vida depois da morte — retorno de Cristo pro Juízo Final, fila dos bem aventurados e dos desgraçados, trombeta anunciando punição ou recompensa, depois, pra quebrar o galho, criaram o purgatório —, também não sabia porque devia ser perdoado, nunca passara por situações desesperadoras em que apelar ao divino era a única alternativa.

    Deram a Creusa essa TV — em substituição a outra que também haviam lhe dado tempos atrás —, aparelho mais moderno em comparação com o trambolho movido a válvulas, tinha até controle remoto (não tivesse, compraria dos marreteiros, comércio popular, acesso dos pobres à modernidade, acessório indispensável em tempos de internet), Creusa agradece, demonstra gratidão, alívio pras varizes. Deram a TV velha pra Creusa porque compraram uma nova, LCD, Liquid Cristal Display, quarenta e duas polegadas de imagem digital, widescreen, tecnologia de ponta, o casal sempre fora amarrado em coisas modernas. A paixão mais recente de Caco era o notebook, carregava o equipamento a tiracolo, navegar na internet era a onda, notícias em tempo real, quem investe na Bolsa precisa de informações atualizadas, investira parte de sua poupança em ações incentivado por cliente que se dizia, além de jogador de pôquer, investidor profissional, arte de apostar, blefar, maior o risco, maior o petisco, tanto pôquer quanto ações requeriam, além de alguns conhecimentos específicos, controle da ansiedade, quem não se controla, se enrola, destinado a ganhar de copinho e perder de balde, subir pela escada e despencar de elevador, ações de informática na crista da onda, ações da Google disputadas à tapa, Doutor Google era um gênio, bastava uma palavra e surgia um universo de informações na tela associado a essa palavra, site de buscas, download das coisas mais inusitadas, baixar músicas (pirataria) que marcaram época, melhores preços na internet, LCD comprada em loja virtual, inclusão digital a um passo de Creusa. Antes do notebook, fora a vez do celular, chiquésimo falar andando ou fazendo jogging no parque. Antes ainda, vez da agenda eletrônica, tinha duas, uma em casa, outra no trabalho. Kit babaca, notebook, celular, agenda eletrônica, trio babaca, não entendiam nada de tecnologia, mas não podiam viver sem ela, inovação sem fim (nesse aspecto era um fervoroso defensor do capitalismo). Em casa, agora, tinham de tudo, do bom, do melhor, utensílios domésticos modernos, de preferência importados — coitada da Creusa, um dia será trocada por um robô —, home theater 7.1 de arrasar quarteirão, marca japonesa, de produto pirata a top de linha, atraso de vida reinventar a roda, última palavra em tecnologia, cem watts rms por canal, subwoofer de abalar estruturas, cinema em casa com opção de pause pra ir ao banheiro ou assaltar a geladeira. Querendo evitar conflito com vizinhos — adeptos de paz e amor, nem por isso abririam mão de ouvir música do jeito que gostavam, bem alto, no úrtimo, resquício da criação no interior, chique no úrtimo, costume de falar alto —, trocaram o apartamento por essa casa, oportunidade única, uma bagatela, antigo dono enforcado, casa isolada, muros altos, portão automático, espaçosa, churrasqueira de alvenaria, tijolo refratário de dez reais por unidade, banheira de hidro, pé no saco morar em apartamento, regra pra tudo, relacionamento frio, senão hipócrita, entre condôminos, síndico ladrão em conluio com zelador ladrão, porteiros servilmente gentis, maledicências por trás, dentro do elevador, apertados, apartados, sem ter o que dizer. Depois do casamento do filho, a casa ficou mais espaçosa, pouco importava, mereciam essa comodidade, planejava até trocá-la por outra maior com área verde, piscina, sauna, lareira.

    Nem sempre foi assim, houve época em que viviam com dinheiro contado, da mão pra boca, coisa de pobre, mês maior que o salário, não viviam nem vegetavam, contavam tempo, contagem regressiva, no final do mês prato de resistência era macarrão alho e óleo, leite em pó pro filho não podia faltar, cigarros também não, difícil largar o vício, começaram a fumar cedo, findo o mês tudo recomeçava, inferno... Poderia ter sido diferente ou foi tudo necessário? Se tivesse nascido abonado, teria cara de idiota, ar bovino, entediado, decadente, não teria conhecido o gosto de vitória. Subiram na vida com muito trabalho, renúncia, ambição, não precisavam mais reservar tostões pro ônibus de volta, dois carros na garagem, ricos?, não, emergentes — termo pejorativo ou politicamente correto? —, bem de vida, termo apropriado, financeiramente estáveis, desde sempre as sociedades divididas entre os que tinham e os que não tinham nem onde cair de quatro, perfeita a imagem de pirâmide representando sociedade desigual. Em vez de desperdiçar tempo e energia criticando os bem sucedidos e culpando o governo pelo próprio fracasso, as pessoas deviam procurar trabalho, só o trabalho constrói, quem procura, acha, ordem e progresso (base da pirâmide representando a ordem, pico simbolizando progresso), Silmara cantando o Hino à Bandeira emocionava, dava show cantando Hino ao Amor. Alguns vizinhos, parentes, tachavam Silmara e Caco de consumistas (só porque saíam da banca de jornal carregados de revistas chics e caras, moda, decoração, variedades, fitness, o escambau), poderiam até concordar que havia certo exagero — quem não se orgulhava de exibir o que possuía? —, mal, porém, não havia, estilo moderno de vida, até o ar que respiravam era mais puro, nem era preciso estar em Campos de Jordão, prazer de viver, dinheiro feito pra ser gasto, dinheiro suado, ganho honestamente, a ninguém deviam, só compravam à vista, pagar juros neste país só sendo idiota (quem dizia isso era um amigo banqueiro, parceiro de pôquer), inveja era o que sentiam, nem, por isso, recusavam convites pra usufruir sua hospitalidade nos finais de semana, picanha na brasa, cerveja à vontade, fofocar à vontade, certa vulgaridade não podia faltar nessas ocasiões, ainda mais alcoolizados, divertidíssimo.

    Seu irmão, Caio, nesse ponto, era coerente, só ia à casa de Caco em ocasiões especiais, mesmo assim depois de muita insistência, estilos de vida inconciliáveis, sérias restrições ao que considerava consumismo irresponsável, desperdício imoral, ideologia da destruição. Caio assumia sua vida de hábitos básicos, quase monásticos, pobretão, ganhava nada como professor universitário, fama de exótico, primeiro em tudo, na prática um perdedor, posições radicais, de ética à política, rabo preso com ninguém, solteiro com mania de perseguição, dependendo do assunto não falava ao telefone nem pela internet, enredado permanentemente em conspirações imaginárias, amigos traíras, mulheres infiéis, passado pra trás recorrentemente na carreira universitária. Segundo Caco, Caio estaria enlouquecendo, candidato a Alzheimer, sabia de tudo, demais até, anos de estudo, vasta cultura, tentou convencê-lo a transformar conhecimentos em vil metal, sem sucesso, sem paciência pra lidar com burocratas, cabeça dura, incapaz de se vender, enfeitar o pavão, dourar a pílula, caso perdido. Deixada a relação por si só, teriam perdido contato, cabia a Caco não deixar a peteca cair, no lugar de onde vieram laços de sangue seriam indissolúveis. Quando meninos, no interior, fizeram de tudo a que tiveram acesso, não se lembravam de nenhum jogo, esporte ou brinquedo do qual não tivessem participado e se destacado. Sempre juntos, Cosme e Damião, carne e unha, parceiros em tudo. Caco se lembrava de que, quando guris, ele com quatro anos, Caio com três, o irmão já mal humorado e criativo (uma de suas lembranças mais remotas era Caio resmungando, criando personagens fictícios com os quais dialogava, criara uma irmã clandestina, que nem a mãe conhecia, chamada Olho de Pau, dois amigos imaginários, o Carne Moída e o Pizzaria, o primeiro morto em combate com os Cabeções da Floresta Pelada e motivo de conversas sem fim com Mário Jorge, irmão de Carne Moída), enquanto ele, Caco, mais prático, sociável, se dava bem com todo mundo. Caio não se cansava de botar apelido no irmão, pulguento, cuecão, sopinha, aporrinhava pra valer, de tudo pra irritá-lo, tirá-lo do sério. Caco não ligava, capacidade de relevar o que considerava extravagância, tolerante, focado no objetivo. Tanto o mau humor quanto a criatividade não abandonaram Caio ao longo da vida, só que agora essas características teriam assumido nuances negativas. Obviamente que Caio não concordaria com esta visão, antes se veria como um sujeito hipercrítico, tanto com relação aos outros como e, principalmente, consigo mesmo, além da coerência levada às últimas conseqüências, fazendo com que fosse vítima constante de complôs. Agora, esta figura hesitante, avessa à conversa fiada, capaz de se auto-alienar por dias a fio, enredada em pensamentos absurdos, após o que, retornando do exílio ou de um reino particular, retomaria a vida ordinariamente.

    Ainda com a pregação do pastor buzinando no ouvido, aleluia, irmã, salve Creusa, Caco tirou a bike nova em folha da garagem. Comprara a bike na semana anterior, louco pra pedalá-la, luxo de mil dólares, importada, melhor, contrabandeada, veio totalmente desmontada, fez questão de montá-la ele mesmo, não foi difícil, teria certeza de cada peça em seu lugar, quadro de cromo-molibdênio, rodas de alumínio, amortecedores na frente e atrás, câmbio de vinte e quatro marchas, pintura cor de laranja, fluorescente, ideal pra circular à noite. Na última viagem à Europa, viram uma de quatro mil dólares à venda em concessionária de carros de luxo. Quatro mil era demais, contentou-se com uma de mil, bom demais, em face do uso que lhe seria dado. Segundo seu médico, bom pro coração pedalar, combatia stress, recomendado pra controlar colesterol, hipertensão, diabetes, catarata (até mal olhado, segundo Silmara), parou de fumar (Silmara não, não admitia ser viciada, sair pra comprar cigarro tarde da noite não significava nada, se quisesse parava, era do contra, turrona), mau exemplo pros clientes, também porque fumar deixara de ser moda, dieta à base de fibras e vegetais, exceção nos finais de semana, de ferro ninguém era, vitaminas pra fortalecer o sistema imunológico, expectativa de vida acima da média.

    Ocorreu-lhe, uma única vez (talvez por isso tão bem gravada na memória), deitado em maca, enquanto aguardava procedimentos médicos prum checkup de rotina, uma espécie de alucinação, cupins corroíam seu corpo por dentro, comiam tudo, cartilagens, nervos, fibras, artérias, sobrava a pele que se esfarelava ao primeiro pezinho de vento, filme de terror, calafrio na espinha, sem entender ficou, acordou sem ter sido sedado, porreta!, como diria Creusa quando alguma coisa a impressionava. Contou o episódio ao irmão, ficou sabendo que, com freqüência, também era acometido por surtos semelhantes (não sabia, descobriu coisas do mano que não sabia, de muitas coisas não sabia, não soubesse talvez da maioria delas, acabaria concluindo que conhecia o irmão apenas superficialmente), fenômeno congênito, atávico, sinal de criatividade. Caco não levou a sério avaliação

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