Éramos Erebus

De Rodrigo Abud Quagliano

Uma coletânea de prosas e poesias que retratam de forma profunda e subjetiva os pormenores de se viver numa sociedade moderna que muitas vezes desvaloriza a preciosidade de existir.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 24 de jul. de 2016

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Éramos Erebus

Prosa e Poesia cotidiana

Rodrigo Abud Quagliano

Sambinha de segunda ............................8

Cai-me os botões ....................................9

Uma pedra no lago............................... 10

Gli amici scuri ...................................... 12

Ciência ................................................. 15

Louco tergiversar ................................. 15

Segundo ............................................... 18

Rosa dos ventos ................................... 18

Que foge aos brilhos teus .................... 25

São Paulo ............................................. 25

Aos meus cons .................................. 30

Apoteose .............................................. 32

Gravata ................................................ 34

Wagner, existem pessoinhas? ............. 36

Porta-retrato ........................................ 38

Improducência ..................................... 40

Amor de ferrovia .................................. 42

Fosse isso ............................................. 44

Ódio dissolvido em críticas. Bom. ........ 46

Papel pardo .......................................... 48

Pontos...pausas.................................... 50

Minhas desculpas................................. 52

Asco...................................................... 54

Dois dedos ........................................... 56

Sei tu Janaína ...................................... 58

Simplesmente querer .......................... 60

Flor que chora ...................................... 61

Foto ...................................................... 64

Disistir .................................................. 65

Num banquinho ................................... 66

Serás indefinido ................................... 68

Chorar a um diário................................77

Os sapatos de Dna. Nice.......................79

Azia.......................................................80

Dedico com imenso amor e respeito essa

obra à minha família, esposa e amigos,

sem os quais minhas indagações,

questionamentos e resoluções não

encontrariam campo fértil para se

desenvolverem

Éramos Erebus – R.A. Quagliano

[ 7 ]

Éramos Erebus – R.A. Quagliano

Sambinha de segunda

É da minha palavra que se vale

Ao meu ouvido que se canta

Aborrecido não estou.

Poeira de samba moído e um maxilar que

lateja um sorriso.

Viaja por mim e por mim há de viajar.

Como será que cantam

Como será que cantam por lá?

Cigarro fumado logo cedo e um café pra

temperar.

Naftalina e muita fé, pra nossa força

conservar.

Persevera e aproveita, chora, dorme e vai

rezar

Pula, canta e assovia, um trecho de música

pra sonhar.

[ 8 ]

Éramos Erebus – R.A. Quagliano

Cai-me os botões

Calou-me as dores idôneas

De um aperto arredio na mãos geladas

Acalmou minhas têmporas

Há tempos que gelava e olhava por um sorriso

de asfalto.

Há tempos que em meio-gente, meio-fio

Vivia a sonhar com umas diurnas dunas

d'umas loucuras surdas.

Ah, se me estendesse um tapete de noite,

Faria do brilho dos teus olhos, estrelas

Do teu sorriso, minha lua.

De-me a chance de porventura ter-te em

mãos a