Regresso a casa
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Regresso a casa - José Luís Peixoto
Regresso
a casa
poemas
Edição apoiada pela Direção-Geral do Livro,
dos Arquivos e das Bibliotecas / Portugal
Logo do governo de PortugalAbertura do livro, repetindo a ilustração da capaÍndice
Repara na manhã que nos rodeia
Odisseia
Eis Ulisses em seu longo caminho, avança pelas vagas
Este navio dispensa o leme. Estes marinheiros dispensam
Quem espera depende de quem chega
Quarentena
Olhamo-nos nos olhos pela internet
Quarentena
As águas passam a velocidade
Sonhei com amigos que não vejo há muito tempo ou
Então, descobrimos que tínhamos
Rego os vasos da varanda e, de repente
Diário
As estantes são ruas. Os livros são casas onde podemos entrar
Secção de poesia
As páginas dos livros colam-se aos dias, carregamos ecos
Perante o choque do impensável
Olho agora para o livro que me emprestaste
Certeza
Em momentos espantosos, passeei de mãos dadas com os meus pais
As primas
Pai, apresento-te o João e o André
Amor, como as letras precisas
Atravessámos os longos corredores da internet
Apesar dos meus olhos, contenho uma tempestade
Num dia, todos os instantes. A memória
Como numa fotografia, o instante
Esta noite é um pensamento antigo, é última e
Sou eu, mas sinto que tenho a tua cara
Estendo os braços, agarro o que me rodeia
Sentimentalismo
Por todos aqueles que se dirigiam à vida, que só esperavam vida
Oftalmologia
Tu sabes ver, acredita
Galveias
Entro com a minha mãe no quintal da nossa casa
Soneto
Não é um gato, é uma gata
Sei que um dia vão desaparecer estas mulheres
Belarmino
Em 1982, no campo de terra da azinhaga do Espanhol
Coreia do Norte
No 25º andar do hotel Yanggakdo
No topo da Torre da Ideia Juche
Entre os piqueniques da colina Moranbong
De passagem
Oeiras
A nossa casa
Praia da Torre
Victória
Não sei o nome desta árvore que lança flores amarelas
Tailândia
Inclino-me nas curvas, sou projetado para trás
Prabda Yoon
Aldeia da tribo Mlabri
Baía de Phang Nga
China
Palácio de Verão
Talvez conheças esta pequena rua, a pouca distância do
Chengdu
Estamos por acaso em Taiyuan, seguimos multidões apenas
Tradutores
Maho Kinoshita
Athena Psillia
Daniel Hahn
Antonio Sáez Delgado
Filinto Elísio
Bibliografia
Morreste-me
Uma casa na escuridão
Livro
Abraço
Autobiografia
Regresso a casa
Sobre o autor
Coleção Gira
Créditos
Repara na manhã que nos rodeia.
Saúda essa claridade, é um sopro
a correr-nos nas veias. Em tempos,
escrevi: quando me cansei de mentir
a mim próprio, comecei a escrever
um livro de poesia. Hoje, voltei a
aprender essa lição e, por isso,
estou aqui, estamos aqui. Por isso,
acendi a existência que nos rodeia
e nos preenche, que está em toda
a parte apenas porque estamos
parados diante desta palavra:
manhã.
Repara na lonjura que se estende
no interior da letra a, é claridade,
saúda-a. Repara no til, tão tímido
como certos sorrisos nossos.
Um livro de poesia, outra vez.
Uma pequena casa, habitada
pelo nosso tempo, pelos gestos
que fazemos dentro de nós,
reflexos ou sombras invisíveis,
memórias e toda esta