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As Dores De Indaiá Nas Memórias De Tapuia
De Marco Llobus
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Sobre este e-book
“AS DORES DE INDAIÁ NAS MEMÓRIAS DE TAPUIA” A singularidade como um mineiro se expressa é fantástica! De tal forma que bem alimentou um Guimarães Rosa, em nossa literatura. As síncopes e o sincretismo de sotaques, nas conversações mineiras, geram palavras novas: inteligentes e plenas de melodia. Então, poetar em Minas Gerais fica bem mais agradável, quando nos damos conta de que a fala do seu povo traz, em seu ritmo e em suas descrições, as necessárias melopéia e fanopéia: um dedo de prosa e porteiras abertas a um mundão inteiro de pura poesia! Marco Llobus, poeta de boa cepa, entende com perspicácia o jeito mineiro de ser, porque nasceu em Minas e, tendo convivido com autênticos caipiras, usufrui de um legado lingüístico rico em sínteses e em belezas singelas. As montanhas e os abismos gramaticais são trilhados com pés no chão e cabeça nas nuvens: Marco Llobus sabe expressar-se em uma linguagem condensada, de uma densidade poética incomum. Inusitada, a sua fala flui repleta de significados e enfeitam a sua poesia de uma aparente simplicidade, não fora a competência do autor a explorar tecnicamente todos os recursos daquele linguajar cotidiano, no amaciamento de palavras duras, para o encantamento dos seus leitores! “As Dores de Indaiá nas Memórias de Tapuia” é um livro atraente e de fácil leitura, mas profundo em sua proposta de rememorar vivências e convivências de um menino, que traz em seu íntimo a convicção de que a sua família, o quintal – Dores de Indaiá – onde viveu parte de sua infância serão referências constantes em sua vida adulta. É de lá, do passado desse menino poeta, que Marco Llobus retira todo o subsídio a uma qualidade maior na poeticidade de suas relembranças. O despojamento dos parentes e demais pessoas que o circundavam na infância é retomado em sua tessitura poética e vem a transmutar-se na sublimação das “dores” todas daquela cidadezinha interiorana, onde se vive bem e longe das confusões diárias das grandes cidades. Os poemas Llobusianos não nos permitem supressões de frases ou de palavras quaisquer, pois que brotam enxutos de seu lavor e esbanjam a logopéia da mineiridade, entranhada n alma do poeta, que ora nos brinda com o seu belíssimo livro, cujo conteúdo podemos ler de uma sentada e guardar por uma eternidade! Gabriel Bicalho
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