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Pingos De Luz
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E-book189 páginas2 horas

Pingos De Luz

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Sobre este e-book

Trata-se de uma obra que evidencía o mundo em que vivemos, com suas mazelas, erros e acertos, através de reflexões à luz da doutrina espírita. Através de contos dramáticos e dolorosos, o autor escancara fria e claramente a verdadeira condição humana neste orbe, com seus acertos e desacertos. Mas juntamente com os dramas angustiantes que permeiam a humanidade, sobressai através das frases meticulosamente pesquisadas dentro da literatura espírita, uma clara mensagem de esclarecimento, orientação e esperança. Com efeito, o inferno não existe. O sofrimento não é senão aquilo que colhemos em face de nossa própria semeadura. Mas Deus, nosso Criador e do qual somos centelha, está sempre de mãos estendidas para nos socorrer em nossos momentos mais difíceis, bastando para isso nosso arrependimento sincero. Todas as chances do mundo nos serão concedidas, só precisamos aceitar seu amor e sua bondade. O caminho é reto e seguro, portanto não há o que temer. Sendo assim, só resta confiar através de nossa fé. Não estamos sozinhos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jun. de 2019
Pingos De Luz

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    Pré-visualização do livro

    Pingos De Luz - Helio Parron Ferrara

    Hélio Parron Ferrara

    3

    Pingos de Luz

    Pingos de Luz

    Histórias de Amor e Lições da Dor

    4

    Hélio Parron Ferrara

    Hélio Parron Ferrara

    Pingos de Luz

    Histórias de Amor e Lições da Dor

    5

    Pingos de Luz

    Pingos de Luz

    Histórias de Amor e Lições da Dor

    Copyrigth

    2019 by Hélio Parron Ferrara

    Todos os direitos reservados

    Capa e Revisão

    Do Autor

    2ª Edição

    ISBN – 978-0-359-72135-1

    Ferrara, Hélio Parron, 1963

    Histórias de Amor & Lições da Dor / Hélio Parron Ferrara

    -Itaguajé – PR –

    Editoras: Clube de Autores (Brasil), Bubok (Portugal), Lulu (USA)

    1. Espiritismo 2. Contos - Coletânea 3. Orientações Espíritas 4. Auto

    Ajuda 5. Drama 6. Romance

    Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou

    acontecimentos da vida real, terá sido mera coincidência.

    Impresso no Brasil

    6

    Hélio Parron Ferrara

    Agradecimentos

    -

    Aos meus pais, Paulo e Maria, pela educação e formação Cristã.

    -

    Ao anjo da Guarda e espíritos protetores, pela inspiração.

    -

    Ao bom Deus pela reencarnação e pelo dom literário.

    7

    Pingos de Luz

    Dedicatória

    Dedico humildemente esta obra, às mulheres da minha vida: Minha esposa

    Márcia Kelly, minha filha Magaly, e minha neta Thais, que souberam ter

    paciência comigo, enquanto eu passava horas e horas lendo, pesquisando ou

    silencioso, diante do computador, tecendo e revisando este pequeno trabalho.

    8

    Hélio Parron Ferrara

    Introdução

    Lembro-me muito bem dos elogios que tive na escola,

    feitos gentilmente pela minha professora de Português, pertinentes

    às minhas redações. Satisfação e orgulho me encheram o peito, e

    uma vontade louca de escrever mais e mais, me inebriaram a alma.

    Não tinha maquina de escrever, rabiscava de próprio

    punho um emaranhado de garatujas, e sempre uma coisa ou outra

    saía, ainda que rústica e cheia de arestas.

    No dia em que consegui minha primeira publicação, a

    poesia A passagem de Jesus, foi uma alegria enorme, uma

    satisfação imensa, pulos de felicidade.

    Durante os anos que se seguiram, fui adquirindo

    experiência. Também veio a máquina de escrever e hoje o

    computador.

    Todavia, fiquei muito fascinado, em minha adolescência,

    pelas tragédias gregas, principalmente Édipo Rei de Sófocles e o

    Prometeu Acorrentado de Ésquilo, além das obras também trágicas

    de Shakespeare. Isso tudo aliado aos filmes de terror de que fui fã

    de carteirinha por muito tempo, (mas que hoje não recomendo a

    ninguém, por conta da forte energia negativa e apelo psicológico

    que os acompanha), me renderam uma herança de contos de

    violência, morte, desdita, fatalidade...

    Por outro lado, apesar de ter sido sempre um católico

    praticante, pela influência maravilhosa dos meus pais, tendo sido

    inclusive responsável de liturgia e interpretado Pedro, no teatro da

    paixão, feita pelo grupo de jovens, por vários anos; as idéias que

    fervilhavam em minha mente estiveram sempre voltadas para o

    mórbido e o violento, não obstante o conhecimento da paz, amor e

    fraternidade, nas palavras do Mestre Nazareno.

    As duas hemorragias digestivas que tive não me abriram

    os olhos para a grandiosidade de Deus, e a insignificância de

    nossas pretensões mesquinhas e absurdas.

    9

    Pingos de Luz

    Contudo, a primeira crise de depressão me abriu os olhos

    para a mais pura realidade, da qual tanto relutei e critiquei por

    anos a fio: a revelação espírita.

    Trazida por minha irmã mais nova, no momento mais

    trágico de minha vida, quando eu pensava em atravessar o crânio

    com uma bala, foi nessa ocasião, aliás, que surgiu o conto a

    Depressão de José, atualizado para este livro.

    Após conhecer a doutrina e aceitar sua verdade, sua

    realidade mais lógica e sua simplicidade Cristã, foi que comecei a

    mudar minha maneira de ver a vida.

    Foi então que pensei: Se Deus me deu o dom das letras, foi

    porque me achou merecedor e por certo deve haver um propósito

    em tudo isso. Portanto, no lugar de escrever tragédias, vou

    escrever coisas relacionadas à doutrina. Se de alguma forma eu

    conseguir divulgar uma frase que seja, relativa ao Espiritismo, já

    terá valido o esforço.

    Peguei, pois muitos dos meus contos, trágicos inclusive, e

    acrescentei a eles, trechos da literatura espírita que faz referências

    ao conteúdo do conto propriamente dito. Em outros casos eu o

    adaptei, ou acrescentei dados espíritas para que ficasse de acordo

    com a doutrina. Foram meses diante do computador, com a mesa

    entupida de livros, revistas e jornais espíritas. Felizmente a obra

    foi aceita em 2004 pela editora DPL de São Paulo, que o editou e

    distribuiu para todo o país. Como o livro já se encontra

    praticamente esgotado, estamos lançando a sua segunda edição.

    Para isso, todo o material foi revisado e quando necessário

    atualizado. Aquilo que parecia algo simples e rápido de ser feito,

    acabou se mostrando bem mais complexo e exigente. Contudo,

    conseguimos repassar todas as suas páginas, repaginar,

    desenvolver nova diagramação e correção. Por fim, resolvemos

    alterar a titulação. Originalmente pretendíamos chamá-lo "Pingos

    de Luz", com a idéia de que, ainda que possa soar pretensioso, o

    seu conteúdo representasse exatamente pequenos pontos de

    esclarecimento, orientação, e esperança. Pequenos pingos de luz,

    como pequenos lampejos de esclarecimento. Mas o editor em 2004

    10

    Hélio Parron Ferrara

    preferiu dar-lhe o título de Histórias de Amor e Lições da Dor.

    Agora, para a segunda edição, voltamos, portanto ao título

    inicialmente previsto, Pingos de Luz com o subtítulo "Histórias

    de Amor e Lições da Dor".

    É um livro violento, trágico, doloroso?

    Talvez seja; ou como me disse certa ocasião um leitor:

    Pareceu-me muito melancólico.

    Com efeito, suicídio, doenças, tragédias, e muito

    sofrimento fazem parte desta antologia. Porém, ainda que sejam

    contos fictícios, é também um retrato fiel e muito bem definido da

    nossa realidade. É, ainda que por pouco tempo, o mundo em que

    vivemos. Não obstante se nos apresentam nos dias de hoje,

    esperanças alvissareiras da grande transformação do nosso nível

    vibracional, numa transição gloriosa para uma nova fase, a da

    regeneração, onde as energias do bem suplantarão as energias do

    mal.

    Muitos dos livros espíritas, aliás, trazem o sofrimento e a

    dor em suas páginas. A questão aqui não é a tragédia pela tragédia,

    o sofrimento pelo sofrimento, o masoquismo enfim. A questão

    aqui é dizer que por traz do sofrimento, existe talvez uma

    provação. Dentro dos tropeços, estão as provas e expiações, onde

    logo adiante colheremos os júbilos de nossa resignação ao resgatar

    nossas dívidas do passado.

    O suicídio não liberta, acorrenta ainda mais. Vamos colher

    no futuro o que plantarmos agora, assim como estamos colhendo

    hoje o que ontem semeamos. É a lei da causa e efeito. É o efeito

    pendulo, tudo que vai volta. Toda energia emitida, retornará

    para nós, na mesma proporção. Por isso a imperiosidade de

    emanarmos sempre energias positivas, de amor, bondade,

    caridade, pois elas retornarão para nós. E quanto mais pessoas

    praticando as atividades do bem, do amor, tanto mais energias

    positivas estarão inebriando toda a atmosfera terrestre de paz e

    bem. Se soubéssemos o poder mental que temos, e se juntos

    emanássemos somente amor, o mal desapareceria da face da terra

    num simples piscar de olhos.

    11

    Pingos de Luz

    Todavia, nada está perdido, não existem penas eternas;

    nem inferno. O mundo, a vida, a existência humana, é obra

    exclusiva de Deus, Potestade Genitora, e Ele é puro amor. Não nos

    abandonará jamais, pois é o Pai mais carinhoso do mundo. Está

    sempre pronto a nos perdoar sempre, diante do menor sinal de

    arrependimento. Ele nos dará tantas chances quantas forem

    necessárias para nosso aprendizado e nossa evolução no amor.

    Só depende de nós.

    Por outro lado, sei que não sou o mais apto para tais

    aconselhamentos. Sei o quanto preciso evoluir e aprender. Sei que

    posso pouco, quase nada. Todavia, neste momento oportuno, de

    transformação em que vive nosso orbe, apraz-me redigir estas

    poucas linhas com o intuito de ajudar na divulgação da terceira

    revelação.

    Um dia talvez, eu venha a rir do que estou escrevendo,

    achando ter feito uma grande besteira; hoje, contudo, sinto-me

    convicto, que no conjunto desses contos, tal qual como nas

    parábolas do mestre, (guardadas a devidas proporções), possam se

    encerrar uma série de alertas e indicações de novos caminhos,

    novos pensamentos, pingos de luz nessa nova ordem planetária

    que se avoluma a olhos vistos em nosso planeta azul.

    Que você amigo leitor, me perdoe, pela pretensão de

    colocar Pingos de Luz,, como uma obra espírita e com fitos de

    ensinar-te, quando ainda tenho tanto a aprender, muito embora a

    pretensão me faça acreditar, que por ter uma pequena facilidade

    em escrever, devo usar de tal dotação para ajudar, as pessoas

    com o pouco que sei. E finalmente muito obrigado por ter se

    aventurado com esta singela antologia.

    O autor.

    12

    Hélio Parron Ferrara

    Gróta Funda

    - O homem pode gozar, sobre a terra, de uma felicidade

    completa?

    - Não, visto que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.

    Mas depende dele amenizar seus males e ser tão feliz quanto

    se pode ser sobre a Terra.

    Questão 920 de O Livro dos Espíritos

    13

    Pingos de Luz

    Óh, fazenda Gróta Funda, veja, afinal voltei. Vim rever-

    te berço de minha vida, e desta forma te encontro? Totalmente

    abandonada, em profunda desolação?

    Foram quase cinqüenta anos de ausência, recordações e

    saudades. Somente agora voltei, de passagem apenas, mas

    voltei. Machuca-me, todavia, vê-la em tristonho esquecimento.

    Óh, fazenda Gróta Funda, foi aqui que vim ao mundo.

    Minha infância; aqui passei, correndo alegre nos campos,

    saltitando de felicidades. Outras vezes no lombo do Alazão,

    trotando feito um tufão, vagando sem destino pela imensa

    campina verdejante, florida e cheia de vida.

    Muitas vezes, na Água Grande, imenso lago de águas

    cristalinas, deliciava-me ao extremo, eu e meus amiguinhos,

    nadando e mergulhando como se fossemos seres aquáticos, em

    meio a lambaris e acarás.

    Nas mangueiras fazia a festa. Escalava aqueles troncos

    enormes e lá na copa chupava as mais belas e suculentas

    mangas, fossem espada, coquinho, rosa e outras tantas

    qualidades abundantes nestas plagas.

    Todavia, a infância passou rápida como o pampeiro.

    Súbito já era gente grande, um adulto formado. Foi aqui

    também, óh, Gróta Funda querida, que me fiz homem, motivo

    de grande alegria.

    Mas, foi também nestas terras vermelha que as

    provações edificantes com sua inexorabilidade, selaram-me

    incontinente, o rumo de minha existência terrena.

    Sinto emoção ao recordar aquela tarde ensolarada em

    que as andorinhas alegres voavam fazendo alarde. Ao longo

    ouvia-se o Chororó, e na copa da Santa Bárbara, os pássaros-

    pretos, entoavam alegre sinfonia.

    Borboletas coloridas revoavam suavemente os jardins

    floridos, cheios de rosas, margaridas e dálias, enchendo de

    poesia o entardecer sertanejo.

    14

    Hélio Parron Ferrara

    No meio de tanta pureza, e a natureza a cantar no

    sublime gorjeio dos pássaros, um ranger de rodas quebra o

    encanto caboclo e atiça a curiosidade daquele povo simplório da

    fazenda Gróta Funda.

    Uma velha carroça de roda dura1, puxada por um

    exausto cavalo preto. Transportava uma mudança. Coisa

    simples de gente pobre.

    Correram os moradores da Gróta Funda a acercarem-se

    dos forasteiros saldando-os carinhosamente. Uns sorriam,

    outros diziam sejam bem-vindos. Alguns diziam seus nomes

    enquanto as crianças pulavam alegres, acolhendo docemente

    aqueles novatos humildes.

    À frente da carroça e puxando o cavalo pela rédea,

    caminhava um senhor já meio careca, demonstrando

    nitidamente seu cansaço. Polaco; rosto enrugado e uma barba

    que misturava brancura com vermelhidão. Um pouco mais atrás

    sua senhora, também clara e de olhos azuis. Com um lenço

    azulado na cabeça olhava a todos, curiosa, porém com um leve

    sorriso de satisfação no canto esquerdo da boca. Havia também

    uma criança, loura de calças curtas. Caminhava do outro lado

    acompanhando a carroça.

    Foi

    Está gostando da amostra?
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