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Exilados No Tempo
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E-book329 páginas3 horas

Exilados No Tempo

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Sobre este e-book

Ambientado na década de vinte, o romance ficção exilados no tempo mostra a busca incansável de um piloto veterano da primeira grande guerra com seu amigo de voos, desaparecido e com essa busca levou ele e sua família numa incrível viagem no tempo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jul. de 2020
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    Exilados No Tempo - Frank Darrow

    F R A N K D A R R O W

    Copyright©2020 by Nelson Reis Ribeiro (Frank Darrow) Diagramação: Enoque Ferreira Cardozo

    (Trupe serviços editoriais Freelancer -

    http://trupeservicoseditoriais.blogspot.com.br/)

    Org. Filos. Projetando Pensamentos

    DARROW, Frank.

    EXILADOS NO TEMPO – 1ª ed. Cerqueira

    César/SP. Edição do Autor, 2020.

    298 p.: il.

    ISBN: 978-65-87128-23-8

    1. Ficção. 2. Romance.

    LIVRO BRASILEIRO. I Título

    FORMATO: A5 14x21

    Impresso pelo Autor – 2020.

    Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio.

    Lei Nº 9.610 de 19/02/1998 (Lei dos direitos autorais).

    2020. Escrito e produzido no Brasil.

    à irene,

    minha amada,

    que foi inexorável em apoiar-me.

    SUMÁRIO

    PRÓLOGO ......................................................................... 09

    CAPÍTULO I ........................................................................................ 14

    CAPÍTULO II ....................................................................................... 26

    CAPÍTULO III ..................................................................................... 31

    CAPÍTULO IV ..................................................................................... 37

    CAPÍTULO V ....................................................................................... 58

    CAPÍTULO VI ..................................................................................... 85

    CAPÍTULO VII................................................................................. 100

    CAPÍTULO VIII ............................................................................... 106

    CAPÍTULO IX .................................................................................. 112

    CAPÍTULO X .................................................................................... 114

    CAPÍTULO XI .................................................................................. 130

    CAPÍTULO XII ................................................................................ 153

    CAPÍTULO XIII ............................................................................... 159

    CAPÍTULO XIV ............................................................................... 162

    CAPÍTULO XV................................................................................. 166

    CAPÍTULO XVI ............................................................................... 184

    CAPÍTULO XVII ............................................................................. 197

    CAPÍTULO XVIII ............................................................................ 223

    CAPÍTULO XIX ............................................................................... 228

    CAPÍTULO XX ................................................................................ 237

    CAPÍTULO XXI ............................................................................... 241

    CAPÍTULO XXII ............................................................................. 245

    CAPÍTULO XXIII............................................................................ 251

    CAPÍTULO XXIV ............................................................................ 257

    CAPÍTULO XXV ............................................................................. 266

    CAPÍTULO XXVI ............................................................................ 271

    CAPÍTULO XXVII .......................................................................... 275

    CAPITULO XXVIII ........................................................................ 294

    8

    P R Ó L O G O

    1927, Rancho Smith, Texas.

    Adam Jeremy estava sentado na varanda do sobrado e balançava na cadeira, despreocupado, segurando uma estrela de xerife que brilhava em sua mão. Não sabia exatamente a origem daquela relíquia, mas a examinava despreocupadamente. À frente da casa a pista de pouso particular era compartilhada pelo seu amigo e sócio, John Smith, cuja casa era próxima da sua. Ambos, coronéis da reserva da aeronáutica dos Estados Unidos, administravam o rancho de vinte e cinco mil acres, com criação de gado. Especialmente naquela tarde, ali na região das grandes planícies do Texas, formava-se uma tempestade. Jeremy observava o tempo escurecer e os ventos começarem a soprar forte com muitos trovões reverberando. Fora isso, tudo transcorria na mais absoluta normalidade no rancho. Então, subitamente, enquanto Jeremy alisava a estrela na mão, perdido em pensamentos, saltou da cadeira num impulso instintivo quando uma explosão e um barulho altissonante e ensurdecedor precedeu uma cena bizarra e chocante, de fato, quase aterrorizante.

    Nos momentos seguintes em que se recuperou do enorme susto, observava incrédulo a cena que via diante de si. Há uns quarenta metros do sobrado, no meio da extensão da pista de pouso, uma enorme aeronave nunca antes vista por ele, pousou.

    Dezenas de funcionários que se ocupavam nas diversas funções do rancho correram para próximo da pista. Nada fazia sentido para eles. Dava para perceber que se tratava duma aeronave. Mas, as da época, construídas de madeira e tecidos, no início dos anos vinte, estava longe de competir com aquela estrutura, aparentemente de aço, enorme, em comparação com os aviões da época, com dois 9

    enormes motores nas asas. Um jovem, com uniforme de oficial da aeronáutica, o tenente Daves, correu para perto do avião, e juntou-se aos demais curiosos. O barulho das turbinas do avião a jato, desconhecida para as pessoas daquela época, demorou alguns instantes para desligar, com seu característico barulho ensurdecedor. Instantes depois, sob o silêncio absoluto que se seguiu, dois jovens desceram da aeronave com roupas civis.

    Jeremy, homem alto, negro, de voz grave, em sua postura característica de militar veterano, aproximou-se, estendeu a mão forçando um sorriso e disse:

    — Coronel Adam Jeremy, da reserva das Forças Armadas dos Estados Unidos.

    — Jorge, coronel e cientista do exército dos Estados Unidos. E este é Steve, cientista também do exército, da base de Nova Iorque. Todos ficaram imóveis num longo silêncio.

    Jeremy recuperou o fôlego e disse, num tom mais calmo e cadenciado:

    — Rapazes, há muitas coisas que não fazem sentido por aqui. Comecem a falar, por favor.

    Apesar de não fazer parte do caráter de Jeremy ser descortês e mal educado, não havia clima para formalidades. No entanto, mais pessoas aproximavam-se e a notícia do aparecimento do avião estranho logo chamaria a atenção de todos da região. Era preciso que Jeremy administrasse aquela situação antes da chegada de autoridades militares no seu rancho. E no momento, a última coisa que ele queria como militar aposentado era ser tirado do seu sossego.

    10

    — Nunca ouvi falar de vocês. — disse Jeremy, preocupado.

    — Obviamente também não os conhecemos, nem sabemos onde e em que época estamos.

    — Tem um documento aí com vocês?

    Jorge tirou a carteira de piloto americano, com característica, foto e brasão do exército, e entregou para Jeremy.

    Quando este viu a data, faltou-lhe ar nos pulmões: 10 de janeiro de 2032.

    11

    12

    EXILADOS NO TEMPO

    13

    Frank Darrow

    C A P Í T U L O I

    clima em Paris, em setembro, já e praticamente de outono. Estava frio naquele dia 25, apesar de ser verão.

    O Sara caminhava ao lado de Elizabeth, e sua filha Hannah, pelos jardins das Tulherias, às margens do Sena, entre a praça da Concórdia e o Arco do Triunfo do Carrossel.

    Estavam relativamente próximas do famoso hotel Hitz, com seu histórico livro de hóspedes famosos, entre estes, escritores e atores.

    Sara e Elizabeth aguardavam com ansiedade Margareth, sua querida amiga.

    O Le Monde nesse dia escreveu em sua principal manchete: ―A cientista, Ph.D. em química de Cambridge, Margareth Turner, recebera hoje em seu castelo ilustres amigos e colegas de profissão que estão hospedados com sua família no hotel Hitz‖.

    Quando as mulheres aproximaram-se, puderam ver o Rolls Royce Phanton estacionado próximo a entrada e ao lado, de braços cruzados, um homem afro-americano, alto, trajado de terno preto e boina, esboçando um sorriso cordial.

    Quando as mulheres passaram por ele, fez um gesto cavalheiresco, retirando a boina e acenando.

    Logo todos juntaram-se numa das luxuosas sala de recepção do hotel.

    Uma senhora idosa, com cerca de setenta e oito anos, levantou-se da poltrona, ajustou o xale sobre seus ombros finos e fixou os olhos azuis em Elizabeth, com uma expressão facial que transmitia um misto de admiração e nostalgia. Era surreal a presença da antiga colega docente de Cambridge em Paris.

    14

    EXILADOS NO TEMPO

    — Meu Deus, Margareth, como você continua linda, elegante.

    Elizabeth amava a cultura, mas não permitia que essa aniquilasse com a arte. Para ela, a cultura nem sempre era a regra, mas a arte sim, esta era exceção, por isso trajava um vestido Chanel, influenciado pelo emergente cinema dos anos vinte, do qual Margareth admirou-se ao rever a amiga.

    — Vamos para casa, há muito que conversarmos, afinal, muita coisa não parece fazer sentido por enquanto, não é mesmo?

    — Certamente, Margareth, mas logo tudo será esclarecido.

    — Tempo não nos faltará para isso. — disse Sara.

    — Com certeza, querida.

    As mulheres abraçaram-se e trocaram beijos.

    — Vejo que veio nos apanhar. — disse Sara.

    — Sim, queridas. Vocês já devem ter conhecido o meu amigo, Edward Sheldon. Ele é mais que um chofer, é meu companheiro há cinquenta anos. Tem me cuidado durante todos esses anos como uma irmã mais velha. E também do castelo, das finanças e dos empregados.

    Paris é uma cidade mais conhecida por seus prédios de estilo Haussmanniano do que por sua arquitetura contemporânea, ou a partir do movimento modernista. Margareth conservou vários desses prédios em seu patrimônio. Mas nas últimas décadas, tem como sua residência oficial um castelo no vale do Loire.

    Houvera época em que Margareth recebera duques, marqueses e condes em seu palácio.

    Seus jardins tiveram como base, trabalhos renascentistas italianos. Arquitetura do século dezenove com cento e cinco acres 15

    Frank Darrow

    com bosques de faias, um lago e uma estrada pavimentada com pedras entre as grandes árvores que dão acesso ao castelo.

    Foi seguindo esse percurso, após deixar o centro urbano de Paris, que o Rolls-Royce, guiado por Edward Sheldon, adentrou à propriedade de Margareth Turner em direção ao castelo com seus convidados ilustres.

    — Então, Sr. Sheldon. Pelo visto você conduz a Sra.

    Margareth já por várias décadas.

    — Sem dúvida, Sr. Jeremy. E com grande prazer.

    — Quando chegou à França?

    Enquanto o mordomo servia Mont-d'Or, um dos queijos preferidos pelos franceses em épocas frias, e vinho, numa sala reservada para os convidados, Edward Sheldon passou a relatar:

    — Foi assim, em 1915, meu pai enfrentou o então invencível campeão de boxe John Arthur Johnson, o primeiro boxeador negro campeão mundial dos pesos pesados, em Nova Iorque e, apesar de ter certa fama, meu pai foi nocauteado logo no primeiro round.

    Como vocês sabe, John Arthur Johnson manteve seu título de 1908 a 1915. Mas de certa forma, foi um grande feito de meu pai poder enfrentá-lo no Madison Square Garden em Manhattan.

    Meu pai ganhou muito dinheiro, não só naquela luta histórica, mas, havia também acumulado muito dinheiro em lutas anteriores. Assim, levou toda nossa família, oito membros, para a Inglaterra. Algum tempo depois, ao trabalhar em Paris em busca do meu próprio destino, conheci a senhora Margareth. Desde então fiquei ao seu lado como fiel motorista. Atualmente administro seus negócios e cuido dos funcionários, entre outras coisas. Ouvi dizer que o senhor também lutou boxe, Sr. Jeremy?

    16

    EXILADOS NO TEMPO

    — Sim, meu caro Sheldon. Eu tive minha fase amadora. —

    Jeremy disse isso com um grande sorriso nostálgico.

    Todos os presentes ao lado da lareira compartilhavam a animada conversa entre Sheldon e Jeremy.

    Jeremy contou sobre algumas lutas que participara, mas sem grande importância, narrando sempre com bom humor, fazendo todos rirem.

    — Como sabem, em 1930, Ernest Hemingway, quando não estava escrevendo, passava seu tempo em caçadas na África.

    Foi nesse tempo que ambos participamos nestas aventuras.

    — Ele apreciava o boxe.

    — Isso mesmo, Sara. Chegamos a lutar certa vez. — disse Jeremy, entusiasmado ao lembrar-se do colega escritor.

    — Gostaria de ter visto essa luta. — disse Edward, sorrindo. — Mas, mudando de assunto, seus pais deviam ter vivido numa época agitada, não?

    — Sim, Edward. Dos 500 mil africanos que chegaram entre 1609 e 1807, da África para as terras do sul dos Estados Unidos, fugindo da pobreza e do violento racismo, muitos saíram do sul e migraram para o norte, amontoando-se em bairros pobres nos centros das cidades. Fora ali, em Nova Iorque que meu pai, Jorge Adams, conheceu minha mãe. Logo formaram uma família grande de dez filhos.

    — Uma época de extremo sofrimento para os afro-americanos.

    — Mas muitos lutaram pelos nossos direitos, Edward.

    — Um destes fora Frederick Augustus Washington Bailey, ou Frederick Douglass, foi um abolicionista estadista e escritor estadunidense, se não me engano. Pai do movimento pelos direitos civis dos estados unidos.

    17

    Frank Darrow

    — Sim. O mais influente afro americano do século dezenove.

    — Tivemos outros idealistas como ele, naturalmente.

    — Mesmo hoje, continua o preconceito racial.

    — Concordo, Jeremy. Mas, por falar em Nova Iorque, Sr, Jeremy, minha irmã Ruth, e dois sobrinhos, Billy Boy e Dorothy, residem ali, e eu não os vejo há anos. Quem sabe o senhor, juntamente com o Sr. John, poderiam tentar localizá-los para mim.

    São meus únicos parentes atualmente.

    — Claro, Edward. Faremos isso, meu caro. Pode ter certeza. Gostaria que me falasse mais sobre sua irmã e as crianças.

    — Bem, tudo começou quando meu cunhado judeu abriu uma loja no Harlem e...

    Edward continuou relatando sobre sua irmã pelos próximos minutos, até que a chegada de Margareth o interrompeu.

    Margareth então os convidou para uma visita à adega do castelo.

    — Bem, parece que além dos barris de vinhos temos excelentes azeites e queijos nesta adega.

    — Sim, Sr. Smith — disse Margareth. — Aqui na França temos mais de mil variedades de queijos. Prove este aqui, o brie.

    Como veem, ele tem uma crosta esbranquiçada que o protege. É o meu preferido. Para mim é o rei dos queijos. Provem.

    Hum, ele é suave e leve ao paladar. — disse Elizabeth.

    — Sim. Ainda mais acompanhado dos seus excelentes vinhos. — Bem, pelo que sei, o queijo não deve ser engolido ou triturado de uma só vez. Temos que sentir o aroma e o sabor. Se possível, fechar os olhos e sentir o prazer.

    18

    EXILADOS NO TEMPO

    — Sem dúvida o Smith é um especialista em queijos assim como um sommelier, em vinhos. — disse Jeremy, sorrindo.

    — Nem tanto, velho amigo.

    Após a visita à adega, todos foram convidados a conhecer o castelo.

    — Enquanto vocês exploram os aposentos do castelo, eu e a Hannah passearemos pelos jardins e bosques. — disse Daves, muito entusiasmado.

    Hannah era uma texana com o corpo escultural da mãe Elizabeth que, apesar de já ter seus cinquenta anos, era uma mulher com presença impactante devido seus atributos físicos.

    Daves estava perdidamente apaixonado.

    O jovem tenente da aeronáutica era um rapaz com aparência normal de um militar tradicional, alto e de ombros largos. Possuía, além disso, um corpo esguio, cabelos louros e olhos azuis. Um belo rapaz, desejado por muitas mulheres. Porém seu coração tinha sucumbido aos encantos da filha única de John Smith, e agora vivia um dos momentos mais emocionantes de sua vida, ao acompanhar uma família de verdade. Diga-se de passagem, ele era órfão.

    Amava Elizabeth, John Smith, Jeremy e Sara, respeitosa e profundamente. Daria sua vida, sem hesitação, pela família de sua amada. Estar em Paris na companhia deles era um sonho. Assim, mantinha um namoro casto e respeitoso.

    Nesse dia, porém, sentia um fogo consumindo-o por dentro. Precisava da Hannah, de tê-la em seus braços. De beijá-la, acariciá-la, segurar por baixo dos seus cabelos longos na suave pele de seu pescoço rosado e trazê-la para bem perto de si, apertá-la enquanto os seus lábios se encontram com os lábios carnudos e vermelhos dela. Esforçou-se para tirar da mente tais pensamentos.

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    Frank Darrow

    Contentou-se com a companhia dela, ali pertinho de si, tendo por testemunha apenas as copas densas das faias, com suas folhas verdes brilhantes, ali no bosque do castelo.

    Neste ambiente romântico ouvia-se apenas o farfalhar das folhas, embaladas pela brisa do verão.

    A noite avançava lentamente enquanto Daves, recostado sob o tronco da árvore, não conseguia tirar os braços envoltos na sua amada que, por sua vez, recostava-se sob seu colo. Ambos agora apenas reviviam os últimos momentos tão intensos, que os corpos ainda tremiam.

    Dizem que a voz humana sob as densas copas dum bosque de faias, reproduz o som do interior duma catedral.

    Seria por esse motivo o longo silêncio que se seguiu?

    Como se num cenário religioso houvera um ato de pecado? Não, simplesmente não. Para ambos, especialmente para Hannah, o amor havia chegado. Seu corpo e seu coração não seriam mais os mesmos. A mulher Hannah agora viveria para sempre numa senda de amor. Tudo agora fazia sentido e era maravilhoso. Não queria acordar do transe, das emoções que sentira. Por isso ambos ficaram ali, abraçados, num longo silêncio.

    Enquanto isso, no castelo, preparava-se um banquete para os convidados de Margareth.

    — Os meninos ainda passeiam pelos jardins?

    — Sim, John. Afirmou Elizabeth, meio sem graça.

    — Creio que devemos nos preparar para o casamento deles o mais breve possível. Disse John, muito sério.

    Jeremy, vendo a preocupação do amigo e pai ciumento, sorriu discretamente, enquanto Sara o repreendia com um olhar muito bem conhecido de Jeremy.

    20

    EXILADOS NO TEMPO

    — Acho que teremos um casamento em grande estilo, se conheço bem vocês. — disse Jeremy.

    — Sabe, Jeremy, gosto muito de conforto e boas coisas.

    Mas o glamour e o luxo deixarei para que Daves e a própria Hannah decidam.

    Nisso, Margareth, depois de remexer as brasas semi apagadas da lareira, voltou-se para ambos os casais amigos e disse:

    — Acho que tenho autoridade o bastante sobre todos vocês para tomar a seguinte decisão, o casamento com toda sofisticação e luxo que a Hannah merece, será aqui neste castelo, sob a direção e supervisão desta velha docente de Cambridge aposentada.

    Todos olharam pasmos para John, que também ficou surpreso. Mas sua reação foi simplesmente abraçar a amiga Margareth e beijá-la carinhosamente. Depois disse:

    — Acho que não será possível discutir com minha antiga professora de química. Nunca a convenci e esta não será a primeira vez. O Casamento será sim neste castelo. — todos aplaudiram.

    Nisso Hannah e Daves, que acabaram de entrar, ouviram a última frase, o casamento será neste castelo, e Hannah, próprio do seu temperamento espontâneo, falou com a mesma voz suave e doce da mãe:

    — Ei, estão falando do meu casamento.

    — Do nosso casamento, Hannah. — disse Daves, entusiasmado.

    21

    Frank Darrow

    — Claro, do nosso

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