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Coração De Oceano
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E-book186 páginas2 horas

Coração De Oceano

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Sobre este e-book

Você já imaginou dormir uma simples adolescente e acordar princesa? Ellen também não. Ainda mais descobrir que nem humana ela é. Sua vida é como um quebra cabeça enorme e ela nem tem metade das peças disponíveis para começar a encaixar. Ellen tinha amigos leais e uma vida confortável em uma pacata cidade praiana no sul do Brasil. Era aluna exemplar e uma ótima filha, mesmo seus pais sendo um pouco ausentes quase todo o tempo. Mas o destino quis dar um empurrãozinho, pois ele bem sabia que ela não era destinada a uma vida assim, foi então que um misterioso rapaz chega na escola de Ellen, e tudo à sua volta se transforma. A lealdade de seus amigos é questionada, o passado de sua família vem à tona, e ela precisa decidir se vai ignorar essas descobertas e continuar sua vida, ou se vai reivindicar o seu lugar na Família Real mais importante do Reino Lux que dependem dela.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jan. de 2020
Coração De Oceano

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    Coração De Oceano - Aline Duarte

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    Aline Duarte

    Coração de Oceano

    Copyright © 2020 Aline Duarte

    Todos os direitos reservados. Este livro/e-book ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido ou usado de forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto pelo uso de citações breves em uma resenha do mesmo.

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Aventura. 2. Magia. 3. Fantasia. I. Título. II. Autor

    Quantidade de Páginas: 145

    Nº de Edição: 1

    Ano de Publicação: 2020

    ISBN: 978-65-80702- 18-3

    Idioma: Português

    Prólogo

    O Rei Alexander Alexeivich Voinov estava revisando seu discurso em uma antessala adjacente à sala do trono, no palácio onde morava com sua família. O nervosismo lhe aflorava a pele, era a primeira vez que fazia isso, pois seu filho já era nascido quando se tornou rei.

    Era um rei justo e seu reinado era abonado, sua família e aliados eram fortes e seu povo trabalhava feliz e tinham tudo que precisassem nas mãos; e por isso seu reinado era muito invejado também, fazendo muitos inimigos ao longo dos anos.

    Além de justo era moderno também, mas gostava de preservar os costumes antigos. Vestia o mais lindo traje de rei. A calça larga se ajustava à cintura e canela, a camisa também larga, e se ajustava ao seu corpo atlético, apensar da sua idade, eram brancas de linho. O blazer era azul com detalhes em ouro nos punhos, gola e ombreiras. Sua túnica era de veludo azul e com sua capa também impecavelmente branca, e botas pretas. As cores da sua vestimenta eram as cores da sua família e seu reinado, pele branca, olhos azuis marinhos e cabelos ondulados castanho dourados. Os emblemas e medalhas de ouro que ganhou em batalhas e conquistas durante seu tempo na realeza reluziam em seu peito conforme a luz batia.

    Sua mulher e rainha, Kira Ivoevna Voinova, estava à sua esquerda igualmente linda com seu vestido longo de seda, no mesmo tom da roupa de seu marido, estilo tomara- que- caia justo na cintura, com camadas e mais camadas de tule para dar o volume desejado e detalhes em ouro nas barras do vestido, na cintura e no busto. Uma capa de veludo na cor de seu vestido a cobria os ombros nus. Suas mãos, orelhas e pescoço delicados estavam cheios de joias, dentre eles um colar com uma pedra de Tanzanita azul tão rara quanto o diamante, em corte coração, nomeado de Coração do Oceano, ganhou da família de seu marido, ainda príncipe, no dia do casamento. Tudo em plena sintonia com as cores da família real e de seus cabelos, olhos e pele. Em suas mãos tinha a pequena Valentina, uma dos mais novos membros da Família Real Voin.

    Sua nora, Lana Ygorichna Voinova, estava ao seu lado muito elegante também, seu vestido era longo, mas não tão rodado quanto o da Rainha e num tom mais claro também, seus olhos era mais claros que o da família real. Joias de ouro com pedras mais discretas cintilavam em suas orelhas, pescoço e dedos. Com uma chupeta em mãos que Victoria não gostava muito e jogava longe quando colocavam em seus lábios.

    O Rei recitava o discurso ao seu filho, Gregori Alexanderich Voinov, que estava sentado num pufe almofadado num azul profundo, à sua frente. Ele fazia pequenas correções e adicionava algumas coisas. Suas vestimentas o deixavam tão sexy quanto as princesas de outros reinos diziam. Elas eram no modelo e cores de seu pai, apenas diferenciando pelos detalhes nos punhos, gola e ombreiras. E os emblemas e medalhas também, que pouco tinha comparado ao pai.

    Enfim, chegou um de seus guardas reais e cochichou em seu ouvido que a hora havia chegado, e o povo esperava por sua aparição na sala do Trono Real, uma sala imensa onde o rei ouvia o lamento e a alegria de seu povo; seu trono, um magnífico e enorme assento elevado de ouro almofadado com a mais macia das plumas no encosto e no assento, ficava no ponto mais alto da sala, podendo ver todo o canto da sala. Ao lado jazia o assento da rainha, tão majestosamente quanto o trono real, mas um pouco menor. Encontravam-se duas cadeiras menores, de uma madeira dourada polida até brilhar, para o príncipe e para a princesa, sua mulher.

    Todos logo ficaram eufóricos quando as trombetas anunciando a entrada do Rei Alexander soaram, ele se levantou de seu sofá aveludado, também em azul profundo, e esperou que todos o seguissem até a sala do trono onde todos o aguardavam. A neném foi passada para o colo do pai, pois a pequena família entraria juntos na sala do trono.

    Os primeiros a entrarem na sala foi o príncipe e a princesa, Gregori e Lana Voinova, com as filhas no colo juntamente com seus guardiões, e por último o Rei e a Rainha Alexander e Kira Voinova.

    O povo estava eufórico de felicidade pelos mais novos membros da realeza, mas não se esqueceram de seus costumes e reverências ao seu rei. Alexander não gostava muito disso, era um rei de coração puro e simples, recebeu de bom grado, mas logo ordenou que se levantassem.

    Começou seu discurso agradecendo a presença de todos naquele momento de tamanha felicidade na sua vida e na família, que nada seria ele sem seu povo e coisas assim. Foi breve, seu nervosismo e ansiedade só cresciam.

    Tomou suas únicas netas nos braços, duas bolinhas de neve de tão branca suas peles, seus cabelos dourados e seus olhos de um azul tão profundo quanto do resto da família. Era inverno na corte real e o dia estava muito frio, e por isso foi escolhido a sala do trono para apresentar suas netas ao seu povo, que se sentiram tão acolhidas que suas bochechas vermelhinhas demonstravam o contrário.

    ― Hoje quero apresentar a vocês, minhas primeiras netas Valentina e Victoria Gregorisky Voinova, nascidas em dois de dezembro de 1992, na maternidade real, na corte real de Voin, na ilha Karaginsky, Rússia.

    Capítulo 1

    O maior terror de um adolescente é a escola no ensino médio, e para mim não era diferente. O prédio escolar onde eu estudava era velho, apesar de receber camadas de tinta nova todo ano; importava-me com os alunos cada vez menos, alguns professores eram velhos demais para estarem ali, outros tão novos que ainda não descobriram o que queriam da vida, resumindo: uma bagunça.

    Eu cresci estudando ali e podia afirmar que nunca nada mudava, era monótono demais, até um rapaz misterioso chegar, Mateus Orel. Ele era diferente, cresceu fora dessa cidade pequena e era a novidade do ano, todos queriam ser amigo dele e por isso chamava muito a atenção: nos corredores da escola, nas aulas e até com as meninas e por isso era cobiçado por elas, realmente ele era charmoso.

    Ele chegou há alguns meses na cidade, no início do ano letivo, e era muito reservado com seu cabelo escuro jogado para o lado e sua jaqueta de couro. Sua pele alva denunciava que ou viera de um lugar muito frio ou gostava pouco do sol.

    Tínhamos apenas duas matérias juntos e aparentemente nada em comum para tentar começar uma conversa, tentei uma vez por própria teimosia, porém fui ignorada de uma forma tão fria, que me fez desistir na hora de querer qualquer tipo de contato com o rapaz.

    Incomodada com ele resolvi segui-lo depois da aula, estava escurecendo e fiquei surpresa ao chegar aos portões da velha mansão da família Orel, que estava fechada há anos, imaginei que ele estivesse morando em outro lugar. Era uma bela residência mesmo estando desgastada pelo tempo, havia muitas folhas secas e flores mortas pelo jardim, até poderia dizer que a própria morte morava ali, uma morte de bom gosto pelo menos.

    Sempre ouvi histórias horripilantes sobre eles, mas nunca os tinha visto, até ver pela primeira vez na escola Mateus Orel, o neto mais velho do senhor Jo Orel. Ele dirigia um carro clássico preto brilhante e comprido fabricado no final dos anos sessenta, eu amava carros clássicos americanos e era raridade ver um por aqui, ainda mais nas mãos de um adolescente. Ganhei um clássico musculoso vermelho de 1968 de aniversário ano passado, com meus pais viajando toda hora eu acabava ficando a pé quando mais precisava e não tinha um modo melhor para resolver esse problema, só precisava de alguém para dirigir até eu tirar minha carteira de motorista.

    Logo que acordei na manhã seguinte recebi uma mensagem no celular, eu mal conseguia ver as letras que compunham aquela mensagem que me perguntava por que tinha o seguido na noite anterior. Fiquei confusa, pisquei algumas vezes para reler a mensagem. Como ele havia me visto? Como sabia que era eu? Fui o mais cautelosa possível. Respondi a mensagem:

    Ellen diz: Bom dia, você está louco? Como conseguiu meu número?

    A resposta veio quase instantânea.

    Orel diz: Você dirige um clássico vermelho, e eu tenho acesso a muitas coisas.

    Senti como se minha privacidade tivesse sido invadida. O que ele quis dizer com isso? Tinha acesso livre aos arquivos da escola? Mesmo com tantas perguntas eu o respondi com um toque de sarcasmo.

    Ellen diz: Fiquei curiosa em saber sobre você, ser estranho.

    Orel diz: Ok vou fingir que acredito.

    Ele estava flertando comigo? Não conseguia acreditar.

    Orel diz: Que tal irmos ao Sereias hoje a noite? Acho que podemos resolver essa questão de quem está seguindo quem.

    Hesitei antes de aceitar, ele me ignorou por meses, e agora estava interessado em mim? Era preciso estar atenta, nunca se esperava encontrar um rapaz mal intencionado e logo reconhecer um, mas respondi depois de pensar um pouco.

    Ellen diz: Tudo bem.

    Será que eu estava fazendo certo em marcar encontro com um cara que eu mal conhecia e que ainda fazia parte de uma família misteriosa, que tinha uma casa suspeita? Embora meus instintos estivessem dizendo para eu ficar em casa naquela noite, eu queria muito ir e ao Sereias, era uma lanchonete bem frequentada e não estaríamos sozinhos.

    Metade da população ia à lanchonete Sereias, era uma lanchonete para todas as horas. Tomar um café da manhã no capricho com panquecas, fazer pesquisas chatas tomando milk-shakes geladinhos ou reunir os amigos depois da aula para matar a fome com lanches deliciosos.

    Vesti algo qualquer e desci a escada direto para a cozinha, liguei a televisão para assistir minhas séries enquanto comia algo esperando que o tédio não me alcançasse, coisa que era rotineira para alguém que morava praticamente sozinha e pouco via os pais. Judite apareceu cedo para fazer a faxina semanal, e eu voltei para meu lazer matinal.

    À tarde na escola encontrei Jonas, Jackson e Mariana. Eram meus melhores amigos e eu os amava. Os meninos tinham características parecidas em alguns aspectos, ambos eram morenos fortes com cabelos lisos em corte curto e olhos amendoados, Jonas era um palmo mais alto que Jack, e mais esguio. Mari também, seu cabelo ia perto da cintura e seus lábios carnudos se destacavam em seu rosto. Eu era a única diferente, pois meus cabelos ruivos e pele clara me fazia ser notada à quilômetros.

    Assistimos às aulas ansiosos. Hoje tinha aula de esportes e estávamos no meio de um minicampeonato de handebol. O ginásio onde jogávamos era amplo e coberto, as laterais não tinham paredes, apenas pilares de sustentação. Era um grande feito para nossa escola e tínhamos muito orgulho de tê-lo. Fazíamos todos os tipos de eventos ali.

    No segundo sinal do intervalo, saímos do refeitório e fomos direto para o ginásio nos alongar. Rose tinha aberto o pulso na última aula, então a professora decidiu que ela ficaria nos bancos hoje, e por isso eu e os meninos estávamos rindo dela quando Mateus entrou na quadra. Foi quase inevitável desviar os olhos, sua chegada chamou a atenção de todos ali.

    ― Pronta para o jogo, Ellen? ― Jonas chamou a atenção do grupo, mas era quase impossível desgrudar os olhos dos dele, era quase magnético.

    Cruzamos olhares enquanto nos dirigíamos para o centro da quadra, me senti cálida com o olhar que ele me lançou, diferente da outra vez que pensei ter virado um picolé. Depois da chamada de presença e alongamento iniciamos o minicampeonato dividindo os times, cada aula era montado um time diferente entre os alunos para que tivéssemos várias experiências com o time e que não formasse grupos internos.

    A professora começou a chamar os alunos por nomes, e apontava para a esquerda ou direita para qual time deveria ir, o restante ficou no terceiro time. Primeiro chamou a loira popular, depois Jonas, chamou Mari, mas ela

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