Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Herança Envenenada
Herança Envenenada
Herança Envenenada
E-book231 páginas3 horas

Herança Envenenada

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Uma aristocracia decadente que se vê ofuscada pelos novos socialites àvidos de vida social. Um palacete que permanece herança após herança na familia, mas que tem os dias contados pela extinção da linhagem dos seus moradores... Haverá algum descendente encoberto??? Um romance tórrido entre um gestor e uma médica, descoberto do outro lado do Atlântico que vai mudar a vida do ultimo dos 'principes' aristocratas portugueses casado com a filha a de um magnata dos equipamentos médicos, uma lunática obsessiva compulsiva ... Um segredo guardado a sete chaves para evitar um escândalo, que certamente alimentaria os abutres da imprensa por longos anos...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526042101
Herança Envenenada

Leia mais títulos de Ilda Oliveira

Relacionado a Herança Envenenada

Ebooks relacionados

Artes Cênicas para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Herança Envenenada

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Herança Envenenada - Ilda Oliveira

    O Casamento de Leopoldina

    Herança após herança o palacete mantinha-se firme e Leopoldina era a senhora que se seguia… Uma rapariga elegante e de modos refinados, herdados da educação esmerada de seus pais descendentes de linhagem nobre e das muitas aulas privadas pagas a peso de ouro por mestras e perceptoras, para que brilhasse nos eventos sociais da alta-roda aristocrática. Uma das mais cobiçadas no meio não só pela sua beleza graciosa mas também pelo peso do título que antecedia o seu nome…

    Foi num baile de caridade que conheceu Miguel Martins, um jovem que não se enquadrava no mundo que ela pisava com todas mordomias de princesa rodeada pelos seus vassalos… Mas e, indiferente ao estatuto social do rapaz o coração dela caiu de amores pelo dele para desgosto dos pais...

    Miguel apesar da origem humilde, era major do exército com dedicação à farda que muito honrava, subindo na carreira militar por mérito próprio. Um amor à primeira vista que os fizera transpor todas as barreiras, saindo na penumbra da noite para satisfazerem a paixão que conseguiram esconder por longos meses, levando-a ao rubro, com a gravidez de Leopoldina que já tinha o destino traçado para um compromisso matrimonial acordado pelos pais a alguém do mesmo estipe... Indiferente a todos os compromissos e convenções sociais, o amor falou mais alto e apesar das consequências pouco recomendadas a meninas de famílias nobres, seus pais para evitar escândalo maior, aceitaram a união com o plebeu para esconder a nódoa que lhes iria manchar o currículo impoluto, dentro da sociedade conservadora em que viviam, mantendo os privilégios que herdaram através do título monárquico durante longos anos com casamentos entre famílias descendentes de sangue azul. 

    O casamento não se fez esperar e para justificar tão repentina união, arranjou-se à última da hora uma missão importante para Miguel que tinha que regressar à Índia onde estivera destacado pelo governo Português uns meses antes como coordenador Oficial das operações militares em Goa…

    Uma cerimónia considerada demasiado simples no meio aristocrático, cujas uniões entre iguais, se refletiam em grandes e muito dispendiosos banquetes para impressionar outros da mesma categoria… 

    O dia do enlace ficou nas bocas do mundo, especialmente das amigas que dariam a vida para estar no lugar de Maria Leopoldina e serem donas do coração daquele Deus grego de nome Miguel Martins, que apesar de não ter descendência de nobre tinha tanto ou mais porte que a maioria dos aristocratas da corte…

    Trajado com o traje de gala do exército cujos cordões brancos, galões, distintivos e insígnias cheios de brilho sobressaiam no tecido escuro do traje, Miguel esperava pela sua amada com um certo nervoso miudinho na igreja do palacete, ficando mais sossegado quando avistou na entrada da igreja, Leopoldina de braço dado com o seu pai: 

    Vestida com um vestido de recorte princesa em renda branca com pedras cintilantes cravejadas em todo o tecido, realçava o busto que afunilava na  fina cintura com a parte inferior do vestido em godés, de seda natural  de onde saiam três caudas sobrepostas sobre as ancas, com orlas rendadas e cravejadas das mesmas pedras, onde assentava o  véu que lhe cobria o rosto e se  estendia pelo corredor da igreja… Uma replica moderna do vestido de noiva da Condessa Eulália, avó paterna de Leopoldina, que ela nunca se cansava de apreciar… O dito vestido já meio apodrecido, guardado religiosamente num baú do porão, era como que um símbolo incontestável da união pura de todos os habitantes daquele palacete que pela primeira vez iria ver entrar alguém de outra categoria  e  diferente cor de  sangue.

    A igreja estava decorada a preceito com rosas brancas e laços de cetim da mesma cor, simbolizando a pureza das donzelas. A cerimónia religiosa foi celebrada pelo Bispo Rodolfo Alves, amigo e frequentador assíduo do palacete que se prontificou a casar Leopoldina, a quem havia ministrado também o sacramento do batismo.

    Os familiares de Miguel não dados àqueles protocolos, sentiam-se como peixes fora de água, entreolhando-se preocupados com a quantidade de pratos, talheres e copos que cada um tinha na sua frente.  Foram Servidos pelos empregados de luvas brancas, deixando-os tão contrafeitos a ponto de quase não tocarem na comida com receio de serem vistos como uns pelintras sem modos… A elegância marcou toda a cerimónia com os familiares e toda a corte presente, mais preocupada com os mexericos palacianos, que propriamente zelando pela felicidade do recém casal…

    - Nunca me apercebi deste namoro, nem tão pouco ouvi falar do noivo. Não achas estranho tanta rapidez? - Comentava Jesuína filha de Carlota, amiga da Mãe de Leopoldina.

    - Realmente é estranho, mas pode ter sido uma paixão daquelas de caixão à cova, como se costuma dizer de forma brejeira. Mas também com um Deus daqueles… até eu me deixava enlevar. - Respondia Francisca amiga de infância de Leopoldina.

    - Estranhei ela não nos ter convidado para nada nos últimos meses. Pensei que andasse atarefada com as aulas de piano… Mas tens razão Francisca, o noivo é muito charmoso e difícil de resistir. - Contrapunha Paula também amiga de Leopoldina e de olho também fincado no noivo.

    - Mas este casamento tão rápido… Hum…Cá para mim aconteceu mesmo o que não se espera de uma donzela descendente de sangue azul. - Insistia Jesuína acreditando veemente nas suas suposições.

    - Vamos esperar pelo desenrolar da novela Jesuína. O noivo naquela farda parece um príncipe. - Continuava Paula que não conseguia largar o olhar de Miguel o noivo.

    - Acredita Paula, tenho aqui um dedinho que me está a acenar que dentro daquele vestido maravilhoso, há gente nova.

    - Não acredito Jesuína. A nossa amiga está deslumbrante e fazem um casal muito bonito. - Dizia Francisca com uma certa incredulidade, igualmente com os olhos fixos no noivo.

    - Bem se for assim já leva o serviço adiantado. Ahaha. - Ria Paula da sua piada.

    Após a celebração do matrimónio, famílias e amigos deliciaram-se no requintado banquete, bem servido com todos os preceitos pelos serviçais do palacete, cujas mesas redondas dispostas em filas cobertas de toalhas de linho branco, contrastavam com todo aquele verde do jardim sumptuoso…   

    No final do banquete, os noivos despediram-se dos familiares e convivas e rumaram ao aeroporto com Carlos, o motorista dos pais de Leopoldina para a viagem de lua-de-mel no Brasil.

    - Correu tudo bem querido, mas estou esgotada.

    - É natural no teu estado. Estou muito feliz meu amor. Não sei se irei ser o marido perfeito, mas prometo fazer-te a mulher mais feliz do mundo.

    - És sim meu amor. Foi a ti que entreguei o meu coração. Amo-te muito e tenho certeza que vamos ser uma família feliz.

    - Se depender de mim seremos sim. Descansa agora amor que a viagem é longa...

    Miguel deu um beijo na esposa que se encostou no seu ombro. Exausta cerrou os olhos com Miguel a afagar-lhe os cabelos acabando por adormecer durante quase todo o voo.

    À chegada ao aeroporto, eram esperados pelo motorista do tio, para os levar para o rancho perto de Araras no estado do Rio de Janeiro. Uma longa viagem de automóvel com muitos quilómetros de paisagem infindável de campos com pastos verdejantes, árvores e muito gado, que deslumbrava Leopoldina… Um mundo natural que parecia estar a anos-luz da industrialização, responsável por transformar as sociedades modernas onde ela sempre viveu.

    Jorge Martins, era o irmão mais velho do pai de Miguel que emigrara ainda rapazote para o Brasil e lá fez fortuna com o negócio do gado. Casado com Ludmila uma bonita mulata, seu braço direito e mãe dos seus dois filhos, Lucas e Pietro, ambos estudados e com lugares importantes na administração pública. Proprietários de um rancho com uma enorme extensão de prados verdes para o pastoreio do gado, canteiros hortícolas, árvores de frutas exóticas e muitas bananeiras. Jorge Martins ao ver chegar o carro correu para abraçar os sobrinhos.

    - Olá meu sobrinho. Estou muito feliz que tenham aceitado o nosso convite, para passarem aqui a vossa lua-de-mel. Como podem ver, com a nossa lida era muito complicado ir ao vosso casamento, mas não imaginam o quanto lamento e atua tia também.

    - Compreendo tio. Obrigada pelo convite. Esta é Leopoldina a minha esposa.

    - Muito prazer. Que linda mulher arranjaste Miguel. Muitos parabéns, que sejam felizes é o meu desejo.

    - Muito prazer e muito obrigado senhor Jorge.

    - Podes chamar-me de tio também, faço muito gosto. 

    - Olá tia Ludmila como está?

    - Olá Miguel. Te transformaste num bonito homem. Peguei você no colo e hoje você é um homem casado. Como passou depressa o tempo. Olá Leopoldina como está você querida?

    - Olá dona Ludmila, muito prazer em conhecê-la.

    - Sejam bem-vindos à nossa casa. Quero que se sintam à vontade. Aqui há muitas maneiras de vocês não se aborrecerem. Temos cavalos e um passeio a cavalo é a maior forma de liberdade que podemos ter neste paraíso.

    - Obrigado tia. Vai fazer-nos bem tomar estes ares. E, sim vou ensinar a Leopoldina a andar a cavalo.

    - Bem vocês devem estar cheios de fome. Vamos entrar que o Marcelo traz as malas para o quarto de vocês.

    Com mais de doze horas de viagem, o cansaço de Leopoldina parecia ter desaparecido de repente com aquele antidoto de natureza selvagem... Ludmila com a ajuda de Julieta cozinheira da família,  preparou o almoço com diversos pratos típicos brasileiros:

    - Então Leopoldina que você acha do tempero brasileiro? - Perguntava Ludmila.

    - Soberbo Tia. Cheguei sem apetite e até um pouco enjoada, mas passou mal pisei a fazenda e fiquei com uma fome de loba... É tudo tão maravilhoso e tão colorido.

    - Que bom que você gostou querida! - Fico feliz. Vou mandar vir  a sobremesa. Hoje você vai comer os melhores quindins do mundo... São de comer e chorar mais.

    - Já me deixou com água na boca. Não é elegante dizer,  mas sou muito gulosa tia Ludmila.

    - Ainda bem porque a minha Julieta é uma confeiteira de mão cheia.

    Julieta chega com uma bandeja cheia de quindins que serviu a Leopoldina e Ludmila, sendo recusados pelos homens pouco apreciadores de doçuras.

    - São mesmo deliciosos tios. 

    - São os melhores queridos.  Já comi muitos, mas como os da minha Julieta, não há garanto a você.

    - Acredito que sim.

    - Você sabia que os quindins tem uma costela portuguesa?

    - Como assim tia!

    - Pois segundo me disseram é uma adaptação de um doce conventual de vocês! - Aqui juntamos coco ralado aos ovos-moles e em Portugal, juntam amêndoa moída. O procedimento é o mesmo.

    - É interessante. Não sabia. São  delicadamente  deliciosos.

    - Não admira Ludmila, os portugueses deixaram cá muitas coisas e outras aprenderam com os nativos e até com os escravos… Quem não   gosta de um bom prato de bazulaque? –

    - Sou um grande  apreciador tio. De repente viajei até casa dos meus pais com o bazulaque da minha  mãe.

    - Nunca me falaste disso Miguel!  Fiquei curiosa em conhecer essa iguaria.

    - Desconfio que não vais gostar querida...

    - Bem só posso dizer depois de provar amor!

    - Bazulaque é uma espécie de cabidela de carnes Leopoldina! - Respondia Jorge. - Mas ao contrário do que dizem lá na nossa terra,  o bazulaque nasceu aqui no Brasil.

    - Desconhecia tio! - Comentou Miguel.

    - Pois é… Foram os escravos que o inventaram com as vísceras dos animais, que os seus senhores rejeitavam. Hoje é prato típico em muitos lugares de Portugal,  reinventado com carnes mais nobres e especiarias a gosto …

    - As coisas que o tio sabe. - Dizia Miguel interessado no assunto.

    - Sou apenas um curioso Miguel. O café tomamos lá fora no alpendre e de seguida um licor de coco.

    - Claro que sim tio.  Estou a precisar de um bem forte para acordar.

    - Acredito, tantas horas sentado num avião é dose, até para nós, homens de barba rija.

    - Nada que eu não esteja habituado tio, mas a Leopoldina foi a primeira vez que andou de avião e mesmo assim portou-se como uma Princesa. - Miguel sorriu para esposa que retribuiu o sorriso.

    - És um rapaz de sorte meu sobrinho. Como está o meu irmão e o resto da família?

    - Estão todos bem tios. O meu pai só vê o supermercado à frente e a minha mãe ajuda-o no que pode, são felizes à sua maneira. Andam sempre às turras mas não se não se podem ver um sem o outro.

    - Ahahha, tal como a gente né Jorge?  - Seu tio é muito teimoso  e quando encasca com uma coisa na cabeça,  não vale  a pena contrariar ele, porque tem sempre razão. - Intrometia-se Ludmila na conversa com o seu sotaque acentuado, enquanto saboreava o quindim tal como Leopoldina.

    - São os genes tia.  - Respondeu Miguel.

    - Não me digas que também és assim Miguel? - Tenho que aprender a lidar com esse feitio.  A tia Ludmila tem que me dar umas instruções para eu saber como agir.

    - Ahahah… - Riram todos.

    Leopoldina estava encantada com aquele mundo, simples e tão radioso. Sentia-se com um passarinho a quem abriam a gaiola e voava pela primeira vez fora das suas grades. Uma vida tão diferente do seu mundo cheio de regras de etiqueta e de gente de nariz empinado. O acolhimento descontraído de Ludmila e Jorge foi o mote para que ela se desamarrasse de todas as regras do cerimonial em que vivia confinada… Miguel não perdeu tempo em ensinar Leopoldina, que depressa aprendeu a montar. Sabia que não se podia meter em aventuras no primeiro trimestre de gravidez, porém tinha consciência que todo aquele rancho de vista infindável, para ser bem apreciado, só mesmo andando de cavalo ou de charrete.

    Dias depois, Ludmila, em segredo revelou ao sobrinho um lugar muito romântico:  A cachoeira dos encantos, que ficava nos arredores do rancho era um lugar ideal para namorar. Miguel agradeceu a dica e com a tia como cúmplice, preparou uma cesta com alimentos e tudo o que era necessário para passarem o dia fora.  A cachoeira ficava ainda distante e a mando da tia Ludmila, Jonas um empregado do rancho já tinha a charrete preparada enquanto Ludmila dava as coordenadas daquele lugar encantado ao sobrinho. 

    - Não te conhecia esses dotes de condutor de charrete amor.

    - Na tropa aprendemos tudo querida e, lidamos com os cavalos como os nossos melhores aliados. - Queres tomar a rédeas do cavalo?

    - Oh, céus não… De certeza saía asneira.

    - Não custa nada querida e o cavalo já conhece o caminho.

    - Imagino que sim. Mas confio mais no meu motorista particular.

    - Obrigada pelas suas palavras motivadoras senhora Condessa.

    Leopoldina deu um pequeno grito, assutada com o arrancar do cavalo, que fez estremecer a charrete, deixando Miguel preocupado.

    - Desculpa querida! - Estás bem?

    - Estou ótima. Apenas estava distraída quando arrancaste. Mas já passou. Nunca imaginei que viver assim, fosse tão bom. 

    - Fico feliz, por estares feliz. A vida no campo é dura, mas tem outras vantagens, como esta sensação de liberdade.

    - É maravilhoso entranhar toda esta natureza.  Dá uma sensação  de rebeldia...  Acho que me habituava a viver aqui para sempre.

    - Sempre é muito tempo. Daqui a pouco começas a ter saudades de tudo o que deixaste em Portugal.

    - Acredito que sim querido, mas as coisas mais importantes da minha vida estão aqui comigo.

    Miguel sorriu, afagou a barriga de Leopoldina dando-lhe um beijo carinhoso e seguiram a viagem de charrete pelos trilhos do rancho, junto ao leito do riacho em direção à cachoeira dos encantos.

    Leopoldina estava extasiada com tudo o que via… e, com meia dúzia de quilómetros percorridos, já se ouvia o som vibratório da água que caía de grande altitude, provocando uma enorme mancha de espuma branca no grande poço… Miguel parou a charrete junto ao poço e Leopoldina embora às escuras sobre a surpresa preparada por Miguel e pela tia Ludmila, estava pasma com toda aquela paisagem relaxante e inesquecível que a fazia esquecer as raízes do berço de ouro onde nascera.

    - Chegámos querida.

    - Que lindo este lugar, Tão relaxante que parece um paraíso.

    - É o paraíso dos amores.

    - Adorei a surpresa, querido.

    - Cuidado! Deixa-me ajudar-te. - Dizia Miguel enquanto a ajudava a sair da charrete.

    - Não é preciso. Eu estou bem e gravidez não é doença Miguel! Apenas  muita ansiedade.

    - Claro que não!  É a maior graça que nós seres humanos podemos ter de Deus. Além de que as mulheres ficam ainda mais lindas… como o meu amor.

      - Sempre um cavalheiro. Amo-te  muito meu amor. - Leopoldina abraçou o marido e beijaram-se apaixonadamente.

    Enquanto Miguel desapertava o cavalo dos arreios para o colocar mais confortável e poder pastar, Leopoldina saltou da charrete e tirou os sapatos indo molhar os pés nas águas do lago onde caíam de forma veloz e muito barulhenta daquela enorme cascata. Miguel sorria observando o seu encantamento, enquanto preparava todo o cenário para uma tarde muito romântica a dois. Debaixo da sombra das ramagens de uma árvore de grande

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1