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Um café ao passado: Laranjais Alcalá, #1
Um café ao passado: Laranjais Alcalá, #1
Um café ao passado: Laranjais Alcalá, #1
E-book275 páginas4 horas

Um café ao passado: Laranjais Alcalá, #1

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Sobre este e-book

O que você faria se encontrasse um caixão misterioso no porão da casa que acabou de herdar?

 

Carlota e Isabel são as herdeiras de Naranjales Alcalá, uma fazenda antiga em muito mal estado localizada nas cercanias de Valência que Isabel se propõe a restaurar depois de sua repentina e dolorosa ruptura com Luke.

Carlota chega à fazenda arrastada por seu marido que quer deixar Nova York para trás e dedicar-se à vida do campo. Além disso, ele acredita que na fazenda Carlota recuperará suas musas e poderá escrever outro best-seller.

Não está muito longe da realidade porque, uma noite, Carlota e Isabel encontram nas entranhas da propriedade um antigo ataúde.

Terá algo que ver o misterioso ataúde com as lendas que giram em torno da fazenda? Será que esse segredo é capaz de despertar as musas de Carlota e de ensinar o caminho do amor a Isabel?


Este livro é um romance paranormal, com um grau de suspense, porém de leitura agradável e leve, que une duas épocas na história da Espanha e entrelaça uma história de amor.

 

IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de set. de 2022
ISBN9798215369975
Um café ao passado: Laranjais Alcalá, #1

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    Um café ao passado - Stefania Gil

    Tradução de Valeria Moura Bello

    Um café ao passado

    Copyright © 2022 Stefania Gil

    www.stefaniagil.com

    Tradução de Valeria Moura Bello

    Primera edição: 2017

    Segunda edição: 2022

    Título original: Un café al pasado

    Escrito por Stefania Gil

    Copyright © 2016 Stefania Gil

    Os personagens, lugares e eventos descritos neste romance são fictícios. Qualquer semelhança com lugares, situações e/ou pessoas reais, vivas ou mortas, é coincidência.Todos os direitos reservados.

    Fotografia/Ilustração Capa: Freepik.com/Depositphoto.com

    Design da Capa: ASC Studio Design

    Diagramação: Stefania Gil

    Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida, no todo ou em parte, nem registrada ou transmitida por um sistema de recuperação de informação, sob qualquer forma e por qualquer meio, mecânico, fotoquímico, eletrônico, magnético, electro-óptico, fotocopia ou qualquer outro meio sem a permissão prévia por escrito da autora.

    I

    II

    III

    IV

    V

    VI

    VII

    VIII

    IX

    X

    XI

    XII

    XIII

    XIV

    XV

    XVI

    XVII

    Querido leitor:

    Outros títulos da autora:

    Stefania Gil

    A gratidão é a memória do coração

    Lao Tsé.

    I

    ––––––––

    Nova York, atualmente.

    O celular de Carlota tocava com insistência.

    Ela estava no chuveiro, mas pelo toque, sabia que o telefonema era de sua irmã e por causa da insistência com que tocava, tinha certeza de que tinha acontecido alguma coisa.

    Saiu rapidamente do chuveiro e pegou o aparelho para responder.

    —O que houve?

    —Preciso falar com alguém.

    Carlota suspirou.

    Podia saber o que ocorria com a sua irmã sem ter a necessidade de escutar o que ela tinha que dizer.

    —Estou em casa. Vem que faço um café e conversamos.

    —Chego aí em cinco minutos.

    Desligaram e Carlota correu para se vestir. Calças compridas e blusa de algodão foram o que encontrou primeiro no armário e o que vestiu.

    Tinha deixado a pequena Alicia na creche fazia algumas horas. E como fazia todos os dias, depois de deixar a filha, realizava sua rotina de exercícios que consistia em correr uma hora e meia pelo Central Park.

    Cinco minutos depois, Isabel estava entrando em sua casa.

    Bastou se virem, sua irmã se lançou em seus braços e começou a chorar em prantos.

    Carlota se assustou. Nunca tinha visto sua irmã neste estado e estava começando a pensar que havia ocorrido alguma coisa muito ruim.

    Não uma simples briga entre ela e Luke.

    —Shhh, o que houve querida?

    Isabel tentava falar, mas o choro não permitia.

    —Eu acho que... —soluçava e a voz tremia —... que... ago... ra é definitivo.

    Via que sua irmã estava com medo.

    Carlota sentiu que queria matar o imbecil do Luke. É que não podia ser mais estúpido esse homem. Sua bipolaridade estava acabando com sua irmã menor.

    —Não me olhe... assim — suplicou Isabel diante da fúria que crescia no olhar de Carlota.

    —E como você quer que a veja, Isabel? —respondeu, muito chateada, mas sem deixar de consolar sua irmãzinha. —O Luke é um cretino, que precisa de tratamento psicológico para que alguém o ajude a definir que diabos é o que quer da vida. E até onde eu sei, você não é psicóloga.

    Isabel pegou um guardanapo de papel para limpar as lágrimas do rosto que iam saindo sem controle.

    —Tem duas noites que ele dorme no sofá da sala e... —suspirou—... tem mais de um mês que não fazemos sexo —se permitiu chorar novamente nos braços de Carlota. —Ele não me quer mais, Carlota. Eu fiz de tudo para conquistá-lo de novo —suas palavras agora saiam atropeladas. —Tudo. E não consegui despertar outra vez seu desejo.

    Em outras ocasiões, aquela situação já havia ocorrido. Luke era um homem muito exigente e controlador. Um homem que se satisfazia tendo o poder de manipular Isabel à vontade.

    E apesar de ser um homem tão gentil e cavalheiro na rua, era verdadeiramente um grosso e desequilibrado emocionalmente na relação que mantinha com Isabel.

    —Vamos à cozinha — disse Carlota enquanto caminhava abraçada à sua irmã.

    Sentaram-se à mesa da cozinha e Carlota serviu café para ambas.

    —Por que você acredita que, agora sim, é definitivo?

    —Porque eu lhe perguntei nesta manhã. Disse a ele se queria que fosse embora da sua casa e ele me disse que sim. Que era melhor.

    Carlota abriu os olhos surpresa e o que sentiu foi vontade de ir imediatamente chutar o traseiro de Luke. Mas com toda a força.

    —Você percebe? — disse Isabel com medo na voz. —Eu o perdi Carlota, o perdi e agora não sei o que vou fazer com todo o amor que sinto por ele.

    Carlota suspirou.

    Tratou de pensar.

    Sempre fazia o mesmo quando ocorria um desses episódios, apesar de admitir que esse era o primeiro em que falavam de se separar.

    Os anteriores haviam sido uns abalos emocionais por parte de Luke nos quais se deprimia e avisava a Isabel que não sabia se a amava ou não. Que devia deixá-lo tranquilo por uns dias para aclarar as ideias e ela, apaixonada, por fim fazia tudo o que ele pedia, contanto que pudesse continuar a seu lado.

    Para Carlota, aquela relação era masoquista e não entendia como sua irmã havia caído nesse círculo vicioso de choros e depressões.

    Isabel não era assim. Nunca foi assim. Sempre foi a mais forte e menos sentimental das duas. A sarcástica e que sempre tinha os pés na terra.

    E vê-la ali, chorando desesperada porque o homem que amava não a queria mais, levou Carlota a pensar que se encontrava frente a uma completa desconhecida.

    A Isabel que conhecia, não estava ali, havia desaparecido deixando esta nova e infeliz Isabel.

    Carlota suspirou de novo.

    —O que pensa em fazer? — perguntou à irmã.

    —Não sei, acredito que vou esperar alguns dias, com a esperança de que isto não seja mais que um pesadelo.

    —E se não for, Isabel? E se em alguns dias tudo continuar como até agora? O que você vai fazer?

    Sua irmã ficou com os olhos cheios de lágrimas novamente.

    ***

    Isabel sentia que nada tinha sentido.

    Naquela manhã acordou com a esperança de ver Luke sorrindo a seu lado, mas o que encontrou foi o vazio em sua cama.

    Quando saiu para o salão, o encontrou no sofá com uma manta por cima e vendo atentamente a TV.

    Ele apenas moveu os olhos para vê-la, no momento em que ela, desesperada, perguntou se tudo tinha terminado. Murmurou apenas umas palavras em resposta à pergunta de Isabel sobre ir embora de casa.

    —Acredito que seja o melhor, Isa.

    Foi o momento em que Isabel sentiu que sua vida acabava e que necessitava falar com sua irmã.

    Carlota sempre foi seu apoio. Apesar de serem muito diferentes, as irmãs, desde muito pequenas, sempre estiveram disponíveis, em todos os momentos, uma para a outra. Mesmo quando Isabel se mudou para Nova York para estudar e Carlota continuava no país latino-americano em que nasceram e cresceram.

    Sempre estiveram unidas. E para Isabel, não havia ninguém no mundo que pudesse dar a ela um conselho melhor do que sua irmã, ainda que às vezes, se empenhava em não aceitá-los crendo que ela sabia tudo.

    Como nesse momento no qual sua irmã lhe perguntava que decisão iria tomar se as coisas com Luke seguissem iguais nos próximos dias.

    Ela ficou pálida. Tinha pavor de perder Luke. Era o homem da sua vida.

    Tratou de acalmar-se um pouco, apesar de continuar sem poder pensar com clareza devido aos sentimentos que a dominavam.

    —Como vão os preparativos da viagem?— perguntou à Carlota tratando de fugir da pergunta que sua irmã tinha feito.

    Esta olhou a irmã com cara emburrada, sabia que estava fugindo do assunto.

    —Bem. Já está tudo pronto.

    Isabel sorriu.

    —Tomara que encontre a inspiração que tanto lhe falta — comentou ao tomar um gole de seu café.

    Carlota suspirou... mais uma vez.

    —Por que não vem conosco? Sim. Vamos à agência e compramos uma passagem para o mesmo dia em que nós vamos. Não quero deixar você sozinha aqui com tudo isso que está acontecendo.

    Isabel negou com a cabeça.

    —Não, seguiremos com o plano tal qual traçamos.

    —Isabel, deixe de ser tão teimosa uma vez na vida — Carlota estava ficando alterada. —Saia da casa de Luke, vamos à Espanha, você vai respirar novos ares e nos concentramos na restauração da fazenda. Isso manterá sua cabeça ocupada e poderá pensar se ama ou não o Luke.

    Isabel a olhou com indignação.

    Sua irmã sempre se encarregou de fazer com que visse que ela não estava realmente apaixonada por Luke. Que o que tinha com ele era uma dependência asquerosa por ter passado más experiências no amor.

    Quando apareceu Luke em sua vida, parecia que tinha encontrado o homem perfeito. Era tão detalhista e tão cavalheiresco, e tão bom no sexo, que ela decidiu mudar tudo para agradá-lo porque tremia de pavor ao pensar que podia perdê-lo.

    E ali estava, havia mudado tudo por ele e nada daquilo funcionou.

    Talvez sua irmã tivesse razão. Talvez tudo fosse dependência. Agarrar-se à ideia de que tinha um homem perfeito a seu lado quando ela sabia muito bem que a perfeição não existe.

    Sacudiu a cabeça como querendo afastar esse pensamento.

    Era impossível, a dependência não tinha por que doer da maneira em que lhe doía a rejeição de Luke. Não. Impossível. Ela estava apaixonada por ele. E buscaria a maneira de reconquistá-lo de novo.

    —É apenas um mês Carlota, vocês vão e em um mês, eu estarei lá como combinamos. Além disso, não é apenas o Luke. Não posso abandonar o escritório de um dia para o outro.

    —Como quiser. Então perguntarei a Edward se é possível que mude nossas passagens para irmos em um mês, todos juntos. Não me emociona deixar você sozinha com essa tristeza que carrega.

    —De nenhuma maneira. Agradeço o seu gesto, mas Edward fez muitas coisas para coordenar essa viagem e não vai mudar. Eu vou estar bem. Eu prometo.

    Carlota tirou um jogo de chaves da sua casa de uma gaveta da cozinha.

    —Toma.

    —Para que é isto? —perguntou Isabel.

    —Isabel, acorde, Luke não quer mais nada contigo e é óbvio que você vai precisar de um lugar para morar. Nós não estaremos aqui, então pode usar o apartamento até você se juntar a nós na Espanha.

    Isabel pegou o jogo de chaves e sentiu que o nó na garganta a estava sufocando de novo.

    Sua irmã a abraçou mais uma vez, enquanto ela descarregava suas lágrimas.

    ***

    Um par de dias depois, Isabel entrava na casa de sua irmã quase à meia-noite e arrastando um par de maletas. O restante de seus pertences ela levaria da casa de Luke no dia seguinte. Deixou tudo organizado para poder enviar alguém para pegar suas coisas porque no se sentia corajosa o bastante para voltar ao que foi sua casa por quase cinco anos para buscar suas coisas na presença do homem com o qual ela pensava que se casaria algum dia e que seria o pai de seus filhos.

    É a ironia da vida.

    Jogou-se no sofá branco da sala. A casa estava escura.

    Viu o relógio que levava no pulso, sua irmã devia estar voando com sua filha e seu marido para um novo país no qual esperava encontrar uma aventura emocionante para contar ao mundo.

    Carlota era um gênio da escrita. A novela romântica era seu ponto forte e não em vão, era uma autora reconhecida em nível mundial. Seus livros se convertiam em best-sellers antes de serem lançados no mercado.

    Após o nascimento de Alicia, a inspiração de Carlota se foi. Em apenas dois anos havia conseguido escrever um romance, o que tornava bastante infeliz seu agente editorial.

    Não era para menos.

    Assim que o bondoso Edward, marido de Carlota, decidiu dar uma mudança de cenário para sua mulher, para ver se isso a ajudaria a recuperar suas maravilhosas musas.

    Isabel viu a foto que estava em cima da mesa que estava à sua direita. Edward e Carlota eram perfeitos um para o outro E estavam tão apaixonados, tal como o primeiro dia em que se viram.

    Isabel sabia que esses dois estavam destinados a estar juntos quando os apresentou.

    Sim, foi ela que os uniu por um acaso do destino.

    Edward cuidava da conta da empresa de decoração que Isabel fundou um tempo depois de graduar-se na universidade; e o primeiro livro de Carlota que se converteu em best-seller, a fez visitar algumas das cidades mais importantes do mundo, sendo a primeira, Nova York.

    Isabel se encarregou de dizer a todos que conhecia que sua irmã iria lançar seu livro em uma importante livraria da cidade. E assim foi como Edward chegou ao local e foi apresentado à sua irmã.

    Desde então, estavam juntos e Ed foi o principal motivo pelo qual Carlota decidira abandonar sua adorada América Latina para viver na cosmopolita cidade norte-americana.

    Isabel suspirou.

    Que bonitas eram as histórias de amor quando começavam.

    A dela e de Luke também era linda.

    Sentiu uma lágrima que deslizava pela sua bochecha.

    Conheceram-se de uma forma um pouco acidentada, quando tropeçaram e os três cafés que Luke transportava em uma bandeja de papel, caíram sobre a saia e a jaqueta branca que Isabel usava.

    Nesse dia, ambos tinham pressa para chegar a uma reunião agendada e com o atraso, tudo que viam era a forma de chegar ao destino o mais rápido possível, sem olhar para os lados, e foi assim que acabaram se esbarrando.

    Luke sentiu pena de Isabel, e ela não fez nada mais que soltar um monte de grosserias que fizeram com que a cabeça de Luke entrasse em choque porque, com o banho de café e tudo, essa mulher que gritava tantas barbaridades era linda e a verdade era que não combinava nada com as infâmias que saiam de sua boca carnuda e sexy.

    —Não deveria dizer tantas grosserias —disse Luke enquanto ela o fulminava com o olhar e seguia seu caminho.

    Casualmente, ele também seguiu seus passos porque sem saber, o compromisso que ambos tinham agendado para esse dia era com eles mesmos. E o sócio de Luke, claro.

    Que era o único que esperava na sala de reuniões do escritório de Isabel. Haviam coordenado uma reunião com a decoradora porque queriam reformar seu escritório e a empresa de Isabel era a mais recomendada.

    Isabel entrou com fúria na sala de reunião, sem perceber que Luke seguia seus passos.

    Frank ficou de pé quando a viu entrar.

    —Bom dia — fez uma saudação com todo o profissionalismo que podia, estendeu a mão a Frank. —Sou Isabel Alcalá. Desculpe meu aspecto, mas ocorre que um cretino que não olhava por onde ia decidiu derramar em cima de mim os três cafés que levava.

    Frank sorriu de lado quando viu a cara de seu sócio por trás de Isabel.

    Foi quando percebeu que alguém estava atrás dela e quando virou a cabeça e viu o cretino, ali mesmo fugiu a cor do seu rosto.

    Ele lhe estendeu a mão.

    —Luke Miller também conhecido como: O Cretino — ele piscou e nesse momento, Isabel sentiu que seu coração batia com maior rapidez.

    Desde então, não pararam de se ver. Saídas para comer, viagens, cinemas, até que um belo dia, Luke decidiu que era uma boa ideia que Isabel fosse viver com ele.

    Nesse dia ela estava tão feliz que sentia que flutuava, sabia que de isso ao casamento tal como ela sonhava desde que era uma menina, seria só uma questão de tempo.

    Isabel fechou os olhos e apoiou a cabeça no sofá.

    Como doía estar apaixonada. Acima de tudo, como doía ter mudado tudo nela para que ao final, nenhuma mudança fora suficiente na relação.

    Ela não era nem a sombra da Isabel pré-Luke. Ela sabia.

    Aquela Isabel foi uma mulher relaxada, tranquila, apaixonada pelo seu trabalho, que odiava fazer exercícios e que amava o chocolate mais que a vida. Bem, pelo menos era o que ela acreditava porque, depois de Luke, entendeu que seu amor pelo chocolate não tinha sido tããão grande, uma vez que quase o abandonou quando, um dia, em uma pastelaria, por pouco não lhe saltam os olhos ao ver um imenso ovo de Páscoa de chocolate e nesse preciso momento Luke se aproximou dela e sussurrou em um ouvido – ao mesmo tempo que lhe beliscava um pouco as carnes dos quadris:

    —Lembre-se que toda essa gordura, vai acabar acumulando-se aqui. E já tem bastante aí.

    Desde que estava com ele era uma mulher estressada porque tinha medo de que nada estivesse perfeito para ele.

    Levantava-se todos os dias às 6h - inclusive no inverno - para matar-se em uma rotina de exercícios que a fizeram luzir um corpo de modelo.

    Tal como agradava a Luke.

    Quando acordava antes de Luke, corria para o banheiro e dali saía totalmente arrumada para quando o amor de sua vida despertasse, a visse linda. Porque ele odiava vê-la de pijama e desarrumada.

    E não se importava de haver mudado, de ter-se convertido em uma mulher com medos e inseguranças, porque ela pensava que o amor mudava e que alguém teria que se adaptar à pessoa amada para poderem ser felizes, porque era disso que se tratava o amor. O verdadeiro amor sempre falava de sacrifícios e bem, ela considerava que seus sacrifícios valiam a pena.

    Suspirou.

    Queria recuperar seu amor como fora. Mas não podia negar que se sentia

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