Engenharia de Produção em Foco: Gestão de Operações
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Engenharia de Produção em Foco - Silvana Rodrigues Quintilhano
Desenvolvimento de projetos de gestão de Qualidade de Vida no Trabalho na Engenharia de Produção
Silvana Rodrigues Quintilhano
Rogério Tondato
Introdução
Nos últimos anos, o setor industrial e empresarial passou por uma revolução na produtividade. A busca pelo aumento do rendimento elevou drasticamente o ritmo de trabalho, e, concomitantemente, elevou o nível de insatisfação do colaborador, baixando a eficiência. É neste contexto que surge a necessidade de um pensamento mais humanístico em relação a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) (Conte, 2003), visando o benefício de seus colaboradores e consequentemente uma maior eficiência no âmbito organizacional.
Nessa nova perspectiva de trabalho, o processo de gestão de pessoas reformula-se. Segundo Chiavenato (2014, p. 419)
o conceito de QVT envolve o diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando proporcionar condições plenas de desenvolvimento humano durante a realização do trabalho.
A QVT representa um profundo respeito pelas pessoas, com base na visão integral e ética do ser humano, pois de acordo com Silva e De Marchi (1997)
a qualidade de vida visa do bem estar físico, cultural, espiritual até a saúde profissional, intelectual e social. As empresas que desejarem estar entre as melhores do mercado deverão investir nas pessoas, pois a qualidade de vida é fundamental para garantir um fator de excelência pessoal e organizacional.
Assim, a competitividade organizacional, a qualidade e a produtividade estão interligadas com a QVT, pois o bom desempenho do trabalho depende da satisfação dos trabalhadores. (Chiavenato, 2014). Segundo Bofante et al. (2015) com a valorização da mão de obra, as pessoas se tornam essenciais para alcançar os objetivos organizacionais, e, em consequência, o aumento significativo da produtividade.
Nesse sentido, o objetivo deste artigo será apresentar três projetos desenvolvidos na disciplina de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho no Curso de Engenharia de Produção da UTFPR campus Londrina.
A Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho
Devido ao início da mecanização nas organizações surge questões ligadas ao nível de absenteísmo, conflitos interpessoais e intergrupais, ou seja, entre as relações sociais, os comportamentos individuais e o conjunto das estruturas sociais no local de trabalho (Carvalho et al., 2013).
Assim, a Teoria das Relações Humanas, segundo Stoner e Freeman (1999), busca corrigir a desumanização do trabalho, contrapondo as teorias administrativas que, até então preocupava-se com as máquinas, métodos e tecnologias.
A Teoria das Relações Humanas originou-se principalmente da necessidade de humanizar e democratizar a gestão, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo Americano, juntamente com o desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente no que tange a psicologia e sociologia; as quais vieram demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica. (Chiavenato, 2004, p. 71)
Portanto, França (1997) destaca que a Qualidade de Vida no Trabalho é o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa.
Dentre os vários modelos de Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho – GQVT desenvolvidos ao longo dos anos, neste trabalho focalizaremos no Modelo de Walton. Segundo Walton (1973), o equilíbrio entre trabalho e outras esferas da vida estão estreitamente relacionados com a produtividade e o desempenho organizacional. Ressalta ainda que um ambiente de trabalho saudável e seguro, a oportunidade de usar e desenvolver suas habilidades humanas, a integração do trabalho e da vida particular, compensação justa e adequada são dimensões indissociáveis da proposta de qualidade de vida no trabalho.
QVT: Modelo de oito fatores
O modelo clássico de Walton, desenvolvido na década de 1970, estabeleceu critérios para avaliar o nível da Qualidade de Vida no Trabalho através de oito categorias conceituais, assim descritas também por Freitas (2009):
1. Compensação justa e adequada que corresponde ao trabalho executado, se é remunerado de acordo com a sua função. Também está associada quando alterações nas técnicas de produção resultam em aumento de produtividade e eficiência.
2. As condições de trabalho consideram os aspectos da jornada de trabalho e o ambiente físico seguro e saudável, assegurando a qualidade de vida no trabalho e ausência de insalubridade.
3. O uso e desenvolvimento da capacidade percebe o desenvolvimento dos colaboradores, incluindo a participação, autoestima e mudanças no trabalho. Tais como: a) Autonomia; b) Habilidades múltiplas; c) Informação sobre o processo total de trabalho.
4. Oportunidade de crescimento e segurança correspondem a geração de oportunidade de carreira, como: a) Crescimento profissional; b) Crescimento pessoal, c) Perspectiva de avanço salarial; d) Segurança do emprego, que haja estabilidade definida.
5. Integração social na organização contempla a gestão de diversidade, conflitos, advindo de comportamentos de preconceitos, distinção de classes e níveis hierárquicos, promoção de integração e qualificação do desempenho profissional, estímulo de desenvolvimento do relacionamento interpessoal e senso comunitário no ambiente de trabalho.
6. Constitucionalismo constitui-se dos direitos e deveres que todos os membros da organização possuem quando afetados por tomadas de decisão em relação a seus interesses ou a partir de seu status na organização. Esses aspectos são elementos essenciais para proporcionar qualidade de vida no trabalho: a) Privacidade: garantia de que não haja revelações de informações do comportamento do empregado fora do trabalho ou de membros da sua família, prevalecendo o direito de privacidade pessoal; b) Liberdade de expressão: possui o direito de discordar publicamente da visão de seus superiores, sem medo de sofrer represálias; c) Equidade: tratamento igualitário, incluindo sistema de remuneração, bonificações e segurança no emprego; d) Direitos trabalhistas: permissão do uso da lei em caso de problemas por decorrência do emprego, privacidade, procedimentos de processos e apelações.
7. Trabalho e o espaço total de vida foca na experiência do indivíduo no ambiente de trabalho podendo resultar em consequências positivas ou negativas no seu cotidiano e nas relações familiares.
8. A relevância social do trabalho na vida reserva a investigar a autoestima do colaborador, que pode ser impactada a partir da responsabilidade social da organização em que trabalha, valor agregado ao trabalho e carreira do profissional pelas boas práticas vinculadas à gestão da empresa.
A partir de tais conceitos, é possível determinar os níveis de satisfação experimentados pelos clientes internos, ou seja, pelos colaboradores, que, consequentemente, repercutirão nos níveis de desempenho da organização.
Metodologia
Essa pesquisa trata-se de um Estudo Descritivo, tipo Relato de Experiências, elaborado no contexto da disciplina de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho do Curso de Engenharia de Produção da UTFPR – Campus londrina, que tem como objetivo principal de demonstrar três aplicações de intervenção na realidade de empresas de pequeno, médio e grande porte da cidade de Londrina-PR e região.
Através de uma atividade prática, a qual denomina-se Atividade Prática Supervisionada desenvolvida na disciplina, levantou-se a satisfação dos funcionários dasempresas, a fim de extrair informações quanto à qualidade de vida e satisfação desses colaboradores, bem como propor ações de melhoria.
Os projetos foram desenvolvidos nos semestres letivos de 2017 e 2018, envolvendo todos os alunos da disciplina, seguindo as seguintes etapas:
–Estudo de referencial teórico sobre das Relações Humanas e Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho (GQVT);
–Estudo sobre os principais modelos de Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho e programas de implementação;
–Estabelecimento de parceria com a empresa a ser aplicada;
–Entrevista com RH da empresa e Pesquisa de Satisfação com os colaboradores;
–Mensuração e análise dos resultados; e
–Elaboração de propostas de melhorias e/ou implantação de GQVT.
A seguir serão apresentadas as três propostas desenvolvidas, em empresas distintas: Projeto A – Empresa de pequeno porte; Projeto B – Empresa de Médio Porte; e Projeto C – Empresa de Grande Porte.
Projeto A
O projeto A (Quintilhano, et al. 2018), foi desenvolvido em uma empresa de pequeno porte do ramo de comercialização de pneus, na cidade de Cambé-PR.
Entrevista com os Gestores
Foi realizada uma entrevista com os sócios da empresa para melhor entendimento do processo, gestão e dificuldades, uma vez que, por ser uma empresa familiar, não possuía um setor de RH. De acordo com a entrevista, a empresa possuía baixo nível de acidentes de trabalho e, esporadicamente, treinamento rápidos para novos funcionários. Contudo, não possuíam um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho. Vale ressaltar que, a empresa apresentou um baixo índice de rotatividade e absenteísmo.
Pesquisa de satisfação e Ações Propostas
Os colaboradores responderam à uma pesquisa com 27 critérios divididos em 7 fatores atribuindo uma nota de 1 a 5, em que o maior