Gerenciamento de projetos de capital: Para expansão da capacidade produtiva
De Darci Prado
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Gerenciamento de projetos de capital - Darci Prado
Ficha Catalográfica
P896g
PRADO, Darci
Gerenciamento de projetos de capital: para expansão da capacidade produtiva / Darci Prado. – Nova Lima: FALCONI Editora, 2014. (Série Aplicações do gerenciamento de projetos, vol. 1)
ISBN: 978-85-98254-72-2
1. Projetos de capital – Gestão. 2. Gestão de investimentos (indústria de processos). Título.
Capa: África São Paulo Publicidade Ltda.
Editoração eletrônica: Jeferson Teixeira Soares
Revisão do texto: Dila Bragança de Mendonça
Produção do e-book: Schäffer Editorial
Copyright © 2014 by DARCI SANTOS DO PRADO
Direitos comerciais desta edição: Editora FALCONI
Para
Clédola Cássia
Elizabete Jordão
Vanderley Vasconcelos
Agradecimentos
Este livro teve como ponto de partida minha tese de doutorado defendida na UNICAMP em 2011. Agradeço à Profª. Drª. Elizabete Jordão pela orientação, confiança e apoio prestado durante a realização deste trabalho. Ao Dr. Vanderley de Vasconcelos pela orientação, pelas valiosas contribuições técnicas em todas as etapas do desenvolvimento deste trabalho e pelo incentivo constante. Aos membros das bancas examinadoras, em particular, Dr. João Roberto Loureiro de Mattos (CDTN), Prof. Dr. George Leal Jamil (FUMEC), Prof. Dr. Sérgio Ricardo Lourenço (UFABC), Prof. Dr. Luiz Carlos Bertevello (FEI) pelas importantes contribuições. Aos professores da Faculdade de Engenharia Química da UNICAMP que, direta ou indiretamente, contribuíram para o êxito deste trabalho.
À Dra. Clédola Cássia Oliveira de Tello por me motivar a aceitar o desafio do doutorado.
Aos profissionais do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN – Belo Horizonte), Dra. Eliane Magalhães Pereira da Silva, Dra. Márcia Flávia Righi Guzella, Dr. Márcio Soares Dias e Dr. Rogério Pimenta Mourão pelas importantes contribuições.
Aos profissionais da Sadia, Antônio Lazzaretti, Ana Saut, Francisco Mathias Ormeneze, Flávio Schmidt, Júlio Cavasin, Maurício Consoni, Nadir Cervelin e Walmor Savoldi, com os quais tive a oportunidade de trabalhar e aprender muito entre os anos 2004 e 2010. Certamente foi ali onde mais aprendi os fundamentos práticos que originaram este livro.
Aos consultores da FALCONI (ex-INDG) com os quais tenho convivido e trabalhado e que sempre me motivaram a crescer em diversos assuntos. O companheirismo e a troca de experiências entre os consultores na FALCONI é algo fora do comum. Em particular, desejo agradecer à equipe com quem trabalhei na Sadia, no complexo de Lucas do Rio Verde (MT) entre 2006 e 2009, um verdadeiro greenfield: Anderson Zanetti, Célio Nagao, Daniela Moreira, Daniela Sarmento, Daniel von Sperling, Fabiano Henriques, Fabiano Rantingueira, Fernando Maselli Custódio, Frederico Menezes, Gustavo Fróes, Hugo Ribeiro, Manuel Carvalho Neto, Maria Gontijo, Renato Pantel, Renner Librelato e Rodrigo Espírito Santo. Não poderia me esquecer da importante contribuição da Rachel Rohlfs pelo apoio em aspectos financeiros para o estudo de viabilidade.
Ao Prof. Dr. Vicente Falconi, criador da Editora FALCONI, na qual publiquei meus livros em um ambiente de grande motivação. Agradeço a ele também pela oportunidade de trabalhar como consultor da FALCONI Consultores de Resultado, uma organização de classe mundial, que muito tem ajudado o Brasil a evoluir em aspectos de gestão.
Ao Dr. Russell Archibald, cuja parceria me abriu novas portas.
Darci Prado
Belo Horizonte, outubro 2014
Abreviações
Sumário
Agradecimentos
Abreviações
Apresentação
Prefácio
Parte A - Introdução a projetos de capital
1 Introdução
1.1 O cenário deste livro
1.2 Premissas e limites do cenário deste livro
2 Projetos de capital
2.1 Projetos de capital (CAPEX) na indústria de processos
3 A abordagem front end loading Stage / Gated
3.1 Objetivos da abordagem front end loading
3.2 Componentes da abordagem front end loading
3.3 A operação
3.4 Incerteza
4 Padrões existentes
4.1 PMI
4.1.1 O PMBOK©
4.2 IPMA
4.3 Construction industry institute (CII)
4.4 United States Green Building Construction (USGBC)
4.5 The Cabinet Office – UK
Parte B - Um modelo para o gerenciamento de projetos de capital
5 Visão global do modelo proposto
5.1 As plataformas
6 Introdução ao modelo: processos e estrutura organizacional
6.1 Processos
6.2 Processos e volumes: identificando e dimensionando as áreas envolvidas
6.3 Estrutura organizacional: abordagem introdutória
7 A documentação global
7.1 Padronização
7.2 Mapeamento de processos
7.3 Quem elabora
Parte C - Estrutura organizacional
8 Componentes da estrutura organizacional
8.1 Interações entre estrutura organizacional e processos
8.2 Alta administração
8.3 Diretoria de investimentos
8.4 Área de estratégias
8.5 Engenharia
8.6 Tecnologia da informação (T. I.)
8.7 Suprimentos
8.8 Controladoria
8.9 Escritório de gerenciamento de projetos central (EGP-C)
8.10 Órgãos de apoio
8.11 Gerentes de programa
8.12 Ambiente de um Greenfield
8.13 Gerentes de unidades
8.14 Gerentes de projetos
8.15 Fornecedores externos
8.16 Fiscalização do empreendimento
8.17 Resumo
Parte D - A criação de uma carteira de projetos de capital
9 Planejamento estratégico
9.1 O cenário de negócios
9.2 Planejamento estratégico
9.3 Formulação estratégica
9.4 Partes envolvidas (Stakeholders)
9.5 A escolha da carteira de projetos
9.6 A carteira de projetos ou plano operacional
9.7 O mapa estratégico
10 Portfólios, programas e projetos
10.1 Objetivos estratégicos: gerenciamento de portfólios
10.2 Gerenciamento de programas
10.3 Resumo comparativo
11 Criação do plano operacional
11.1 Introdução à criação da carteira de investimentos
11.2 A escolha do negócio (Estágio 1)
11.3 A seleção de alternativas (Estágio 2)
11.4 O planejamento preliminar da execução (Estágio 3)
11.5 O estudo de viabilidade
11.6 Análises de riscos
11.7 Processos de engenharia
11.8 Práticas que agregam valor (VIPs)
11.9 O Plano Preliminar do Projeto (PPP)
11.10 A escolha da carteira
11.11 Identificação dos programas
11.12 Aquisições
11.13 Isenções fiscais
11.14 Obtenção de licenças
11.15 Sustentabilidade
Parte E - Planejamento e execução dos projetos
12 Planejamento
12.1 O planejamento detalhado de um greenfield
12.2 Como montar o plano de projeto de cada componente de um greenfield
12.3 Estratégia gerencial e fatores críticos de sucesso
13 Execução e controle
13.1 O estudo técnico detalhado (ou engenharia executiva)
13.2 Construção e montagem, preparos gerais e apoio
13.3 Controle
13.4 Desempenho
13.5 Custos da execução
14 Comissionamento e Encerramento
14.1 Partida: o comissionamento
14.2 Encerramento
15 Acompanhamento de múltiplos projetos, programas e portfólios
15.1 Acompanhamento múltiplo
15.2 Acompanhamento de múltiplos projetos
15.3 Acompanhamento de múltiplos programas
15.4 Acompanhamento de portfólios
15.5 A agenda de reuniões do ano
Parte F - Avaliação do desempenho
16 Eficiência e eficácia
16.1 Eficiência e eficácia no ciclo de investimentos
16.2 Identificando as causas de desvios da meta na execução de projetos
16.3 Fatores críticos de sucesso em projetos de capital
16.4 Fatores que dificultam o sucesso de projetos
17 Melhoria contínua: indicadores e métricas
17.1 Índice FEL
17.2 Índice PDRI
17.3 Indicador PSR
17.4 Nível de maturidade
17.5 Indicadores de desempenho para a fase execução
17.6 Indicadores de desempenho durante a fase uso
Referências
Apresentação
Foi com muito orgulho e muita honra que recebi o convite para apresentar essa nova obra do mestre, e agora amigo, Darci Prado, anos após iniciar na área de gerenciamento de projetos influenciado justamente pelos seus livros. Com a competência e didática de sempre, Darci nos oferece neste livro uma base muito valiosa para o mercado de gestão de projetos industriais, preenchendo diversas lacunas que impedem esses projetos de entregar resultados de sucesso: desde a visão clara dos objetivos do negócio até a necessidade do envolvimento e integração dos diversos stakeholders.
Nos diversos projetos deste tipo que gerenciei ou tive a oportunidade de avaliar, pude vivenciar as dificuldades e a complexidade que fazem parte da natureza desses empreendimentos, e acredito que o autor conseguiu trazer para essa publicação aspectos fundamentais que irão auxiliar os gestores e suas equipes a se prepararem melhor para seus desafios. Quem me dera poder contar com uma obra desta qualidade e abrangência no início da minha carreira – certamente me pouparia de algumas noites em claro tentando descobrir o melhor caminho no dia a dia de meus projetos!
O desempenho recente de muitos projetos industriais nos mostra como esses empreendimentos costumam ser complexos, cheios de riscos, e com grande potencial para o fracasso, apesar de todo o investimento envolvido. Entender a chave para o sucesso neste tipo de ambiente é o maior desafio dos gestores e equipes de projetos atualmente envolvidas neste ramo.
Projetos industriais deixaram de ser (e talvez nunca tenham sido) unicamente esforços técnicos de engenharia; há muito mais em jogo; e uma falha neste entendimento, tanto pelas equipes técnicas quanto do negócio, costuma ser fatal para os resultados esperados. Esses novos empreendimentos vêm para suprir uma necessidade do negócio, da operação/produção, e têm como objetivo retornar valor através da produção que será obtida, e não da construção do ativo em si.
Com o passar do tempo, as empresas começaram a perceber que, para iniciar novos projetos (em especial os maiores), é imprescindível envolver outros stakeholders, como as comunidades, órgãos reguladores, ONGs, etc., e investir cada vez mais em projetos e operações sustentáveis, que deixem algo de positivo no ambiente em que estão sendo executados. Esse cenário apenas reforça o ambiente de complexidade que uma equipe de gerenciamento de projetos encontra quando está à frente de uma nova oportunidade para o negócio. Esses aspectos de integração, boa comunicação e clareza de objetivos muitas vezes são negligenciados pelo negócio e também pelas equipes de projetos, causando problemas, atrasos e aumento de custos nos empreendimentos.
Dentro de uma abordagem sistêmica, Darci mostra como o sucesso do empreendimento depende da integração das diversas áreas de uma empresa, e também com os stakeholders externos, pois todos têm influência sobre o resultado final. Ao descrever boas práticas de mercado no planejamento e execução dos projetos industriais, Darci une a sua vasta experiência na matéria com a abordagem metodológica necessária para garantir que cada fase do empreendimento seja planejada e realizada com sucesso. Este livro sintetiza práticas que as melhores empresas, no Brasil e no mundo, têm aplicado visando redução de riscos, melhor previsibilidade e competitividade. Os esforços necessários vão desde a preocupação na gestão de portfólio e programas, com a escolha das melhores oportunidades, do foco no bom desenvolvimento e no ganho de maturidade através do planejamento, até os bons controles necessários para a execução.
A leitura desta obra é, portanto, de grande importância para todos os profissionais que estão direta ou indiretamente envolvidos com projetos industriais, seja como parte do negócio, da equipe gestora do empreendimento, das operações, parceiros e fornecedores. Tenho certeza de que todos encontrarão dicas valiosas de como transformar uma oportunidade de negócio em resultados concretos, com a ajuda da experiência e didática do autor.
André Augusto Choma
Engenheiro Master – Vale S.A.
Professor dos MBAs de Negócios Imobiliários e de Gestão de Projetos pela FGV.
Autor do livro Como Gerenciar Contratos com Empreiteiros (Editora PINI).
Belo Horizonte, outubro 2014
Prefácio
O Brasil tem experimentado um significativo crescimento econômico a partir das reformas político-econômicas ocorridas na década de 1990 (principalmente abertura do comércio e controle da inflação) e uma das consequências disso tem sido o aumento da capacidade produtiva e distributiva de organizações voltadas para a produção de bens. Esse aumento pode ocorrer tanto pela expansão das fábricas existentes quanto pela construção de novas unidades. Apesar da forte concorrência com o comércio mundial (particularmente com a China), o que tem impactado significativamente os investimentos no País, muitas organizações têm investido em novas instalações.
O objetivo do presente livro consiste na apresentação de um modelo dirigido a organizações de iniciativa privada do segmento indústria de processos, para a implementação de um amplo sistema de gestão envolvendo todo o ciclo de investimentos. Trata-se de projetos de capital (CAPEX), orientados para a expansão da capacidade produtiva, que podem variar em tamanho, desde os pequenos até os megaprojetos. O modelo é particularmente útil a organizações de grande porte que estejam vivendo um momento de forte crescimento de negócios com repercussões diretas em sua base de produção. O modelo desenvolvido abrange as etapas posteriores à formulação estratégica, ou seja, gerenciamento de portfólio, gerenciamento de programas e gerenciamento de projetos. Procurou-se baseá-lo em recomendações e ferramentas de instituições internacionalmente consagradas (tais como PMI, IPMA, CII, USGBC e OGC), adaptadas ao cenário de investimentos e à terminologia brasileira. Espera-se que que esse modelo possa ser útil a organizações que trabalham com uma carteira de investimentos do tipo projetos de capital
tais como, indústria de alimentos, bebidas, mineração, metalurgia, petróleo, química, petroquímica, nuclear, etc. Por outro lado, com algumas adaptações, o modelo pode ser estendido a qualquer tipo de carteira de investimentos CAPEX, como a indústria automobilística.
O critério adotado para o desenvolvimento deste livro consistiu em um acoplamento das melhores práticas do mercado com a experiência do autor, que tem trabalhado no assunto desde 1971 tanto no magistério quanto no envolvimento prático com o assunto. Seu envolvimento prático ocorreu como consultor pela FALCONI em dezenas de projetos de capital em organizações brasileiras privadas, principalmente entre 2001 e 2010, liderando equipes de consultores. Teve a oportunidade de acompanhar todo o ciclo dos projetos, desde o planejamento estratégico até a entrada em operação. Envolveu-se com diversos tamanhos de projetos, desde pequenas expansões até megaprojetos. Envolveu-se com projetos de várias dimensões em todas as áreas que têm alguma ligação com investimento de capital, tais como planejamento estratégico, engenharia, suprimentos, recursos humanos, finanças, contabilidade, tecnologia da informação, jurídico, marketing, vendas, fábricas e regulamentações. Teve contatos com construtoras,
empreiteiras, escritórios de engenharia (projetistas), fabricantes de equipamentos e gerenciadoras, assim como com órgãos de governo e consultorias. Entre as organizações onde esteve presente, se destacam Alpargatas Bunge, Gerdau, Itambé, Sadia e Vallourec-Mannesmann.
Então, é um livro que pretende ser amplo e prático. Foi escrito para servir de referência a profissionais que trabalham com este assunto e a estudantes de cursos avançados. Procuramos agrupar em uma única obra, de maneira estruturada e coerente, praticamente todos os aspectos que envolvem projetos de capital.
Esperamos que possa ser útil ao leitor.
Darci Prado
Belo Horizonte, outubro 2014
Parte A
Introdução a projetos de capital
Capítulo 1
Introdução
1 Introdução
Nos tempos atuais o mercado consumidor exige continuamente produtos e serviços de melhor qualidade e menor custo, o que ocasiona uma verdadeira maratona entre as empresas para conquistar o cliente. Em um mercado globalizado, com dezenas de ofertas para cada tipo de produto, é o cliente que dita o sucesso das empresas. Isso tem levado as organizações a viver em permanente estado de mudança, seja renovando ou aperfeiçoando os produtos e processos atuais, seja lançando um novo produto, seja efetuando uma ampliação ou modificação na linha de produção, seja construindo novas fábricas, etc. Todas essas mudanças visam tornar a empresa mais competitiva. Uma das consequências dessa disputa entre as empresas pode ser constatada pelo fato de que atualmente 40% dos produtos disponíveis no mercado foram lançados nos últimos dois anos ou, então, o ciclo de vida médio de um produto de sucesso é de seis anos (COOPER, 1998).
Para encarar o desafio de atender o consumidor, o pré-requisito são produtos adequados ao mercado interno e externo, além de um sistema de gestão da produção e distribuição altamente eficiente, capaz de entregar produtos de qualidade a preços competitivos. Para atender as constantes necessidades de mudança, as organizações geralmente devem efetuar pesados e seguidos investimentos no sentido de ampliar a capacidade produtiva e distributiva de forma eficiente e eficaz, ou seja, as organizações devem possuir um adequado sistema de