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Estratégia ágil além da prática
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E-book144 páginas1 hora

Estratégia ágil além da prática

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Sobre este e-book

Essa obra aborda os princípios, fundamentos e o processo completo de formulação da estratégia ágil para mercados
sujeitos à maior imprevisibilidade, incluindo a elaboração da composição única de valor do direcionamento estratégico.
A estratégia ágil, adaptativa a dinâmica e à imprevisibilidade dos mercados, é um poderoso instrumento para a obtenção de
vantagens competitivas sequenciadas. As vantagens tendem a ser temporárias, mas precisam acontecer ininterruptamente para a
preservação de valor. Do propósito ao direcionamento, a abordagem estratégica focada na agilidade organizacional resultará em
distinção no mercado nesse novo contexto, sem dúvida. Uma estratégia ágil é também inovativa por natureza e fomenta a criação
de modelos de negócio capazes de romper com o paradigma prescritivo das estratégias clássicas. Sua abrangência vai além das
bordas organizacionais, para contemplar ecossistemas e possibilitar vanguarda e diferenciais na modelagem de setores até então
consolidados. Finalmente, são elucidados os mecanismos necessários à adaptabilidade e melhoria da gestão estratégica.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2023
ISBN9786587958224
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    Estratégia ágil além da prática - Heitor Coutinho

    Apresentação

    A ideia dominante por trás da estratégia - estabelecer uma fonte sustentável de vantagem competitiva - está se tornando irrelevante

    Rita McGrath, strategy guru

    Entre muitas coisas, o sucesso dos negócios está relacionado com a capacidade de antecipação às mudanças no ambiente externo e às disrupções em determinados setores, à competência de explorar oportunidades para a escolha de uma estratégia de resposta apropriada e única a essas mudanças e, finalmente, ao êxito na sua execução. Nas próximas décadas, a capacidade de lidar com esses desafios será um fator determinante para o êxito das organizações. Com um mundo se tornando cada vez mais turbulento, complexo e incerto, há claras evidências de que os modelos de estratégia e de gestão utilizados até então precisam ser adaptados ou substituídos. Não se pode falar de planejamento de longo prazo perante alta imprevisibilidade, por exemplo. Nem tão pouco de vantagens competitivas sustentáveis sob a ótica do dinamismo. Ou seja, a gestão empresarial está necessitando de um processo considerável de inovação. A não atenção às transformações sobre as quais o mundo dos negócios vem passando pode, inclusive, aumentar ainda mais o índice de insucesso das iniciativas para o desenvolvimento e a vitalidade organizacional.

    A estratégia ágil, adaptativa a dinâmica e à imprevisibilidade dos mercados, é um poderoso instrumento para a obtenção de vantagens competitivas sequenciadas. As vantagens tendem a ser temporárias, mas precisam acontecer ininterruptamente para a preservação de valor. Do propósito ao direcionamento, a abordagem estratégica focada na agilidade organizacional resultará em distinção no mercado nesse novo contexto, sem dúvida. Uma estratégia ágil é também inovativa por natureza e fomenta a criação de modelos de negócio capazes de romper com o paradigma prescritivo das estratégias clássicas. Sua abrangência vai além das bordas organizacionais, para contemplar ecossistemas e possibilitar vanguarda e diferenciais na modelagem de setores até então consolidados.

    Esse e-book aborda os princípios, fundamentos e o processo completo de formulação da estratégia ágil para mercados sujeitos à maior imprevisibilidade, incluindo a elaboração da composição única de valor do direcionamento estratégico. Finalmente, são elucidados os mecanismos necessários à adaptabilidade e melhoria da gestão estratégica.

    Sobre o autor

    Heitor Coutinho é professor nas áreas de Estratégia, Mudança Organizacional e Gestão de Projetos na Fundação Dom Cabral (FDC) e diretor científi co do Mestrado em Gestão de Programas, Projetos e Desenvolvimento de Negócios da Skema BusinessSchool. É mestre em Administração – Gestão e Inovação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e possui formação executiva pela Harvard BusinessSchool, INSEAD, UC-Berkeley, Carnegie Mellon e Singularity University. É voluntáriodo PMI Global (USA) para Global Practice Analysis, membro da Association for Project Management (APM-UK) e membro do conselho consultivo da revista Mundo PM. Na área acadêmica foi diretor do curso de especialização em Gestão de Negócios Eletrônicos da PUC-MG e de Inteligência Competitiva pelo MCT-INT e Université Aix-Marseille III. Na FDC, foi gerente da iniciativa The CEOs’ Legacy, do Programa de Gestão Avançada (PGA – parceria INSEAD) e diretor de Programas Customizados. Foi executivo na Belgo Mineira Sistemas, BMS Software, ATT e diretor do Conselho de Administração da Companhia Sulamericana de Distribuição. É autor de diversos artigos técnicos publicados em jornais e revistas especializadas no Brasil e exterior.

    A ESTRATÉGIA ÁGIL: UMA ABORDAGEM ADAPTATIVA AOS MERCADOS DINÂMICOS

    O SUCESSO HOJE REQUER AGILIDADE E ESFORÇO PARA REPENSAR, REVIGORAR, REAGIR E REINVENTAR CONSTANTEMENTE.

    BILL GATES

    O mundo dos negócios sempre foi desafiador para todos aqueles que operam num ambiente competitivo e marcado por incertezas conjunturais. O cenário externo, sujeito a acontecimentos imprevisíveis, já afetou setores em grandes proporções, tornando empresas vulneráveis em curto espaço de tempo. Crises econômicas, políticas, sociais e rupturas tecnológicas sempre ocorreram. E as empresas concomitantemente reagiram à maioria desses desafios fortuitos e realizaram mudanças em prol da sobrevivência e/ou de seu crescimento. Portanto, mudança não é algo novo e faz parte tanto da realidade pessoal quanto da organizacional.

    A maior volatilidade de produtos e de serviços também vem impactando uma série de setores da economia, notadamente aqueles mais dependentes de tecnologia, como o setor financeiro, o de comunicação e mídia, o de tecnologia da comunicação e da informação, assim como as indústrias. Disrupção tecnológica, o surgimento de novos modelos de negócios e a transformação digital são exemplos visíveis desse movimento que está acontecendo. Esses fatores tornam-se oportunidade potencial para novos entrantes, contudo, um grande desafio para organizações estabelecidas no contexto tradicional de negócios. Mas a vida curta de produtos e serviços, a incerteza e a complexidade são fatores também representativos há algumas décadas no mundo empresarial.

    Então, o que está mudando efetivamente se todas essas variáveis estão presentes ao longo do tempo? A diferença agora é que o ritmo de mudanças, a profundidade dos impactos e a quantidade de fatores a serem gerenciados aumentaram consideravelmente, tornando a capacidade de analisar e de prever o futuro bem mais reduzida. Nessas circunstâncias, a forma tradicional de planejamento estratégico, que utiliza grandes volumes de informações para análises, torna-se menos aplicável, uma vez que é adequada a ambientes com maior grau de previsibilidade. Em face desses novos desafios, há uma demanda imperativa para que as estratégias sejam mais flexíveis e, assim, possam ser adaptadas mais rapidamente, sem causar instabilidade no rumo das organizações. Estratégias emergentes ganham força em relação às estratégias deliberadas, embora não sejam suficientes para tratar os desafios que hão de vir. O avanço estratégico de que se necessita é uma jornada sem fim, que passa por uma série de movimentos consistentes e pelo suporte de uma plataforma organizacional que tenha agilidade suficiente para lidar com a dinâmica de um mercado imprevisível.

    A proposta deste capítulo é apresentar e desenvolver um construto sobre uma nova forma de pensar e agir estrategicamente, uma maneira propícia frente ao contexto mais imediatista que a realidade impõe, sem deixar de considerar o equilíbrio entre curto e longo prazos. Vale ressaltar que não está sendo dito que o planejamento estratégico, na forma tradicional que vem sendo elaborada nos últimos anos, não seja mais útil. Em setores econômicos, como a indústria extrativa e de base, mudanças ocorrem em periodicidade maior e o grau de previsibilidade é, portanto, superior. Dessa forma, o planejamento estratégico continua sendo uma ferramenta adequada àquelas organizações que podem fazer previsões com maior nível de acerto por mais tempo. De qualquer forma, apesar do nível de predição nesses setores, é recomendável uma constante atenção frente às novas formas de competição, às potenciais soluções substitutas e à disrupção. Assim, os planejamentos continuam pontualmente válidos, embora a gestão estratégica mude para se adaptar.

    Estratégia agora é mais do que analisar e antecipar movimentos predefinidos e pensar em avanços. O jogo de xadrez deixa de ser a metáfora do movimento estratégico, uma vez que a mentalidade analítica retira-se da posição de elemento impulsionador da estratégia e da tomada de decisão. Agora, o campo de jogo pode se expandir ou contrair, e não se sabe exatamente com quantas peças é possível contar para ganhar a competição. Os processos são mais fluidos, mas ainda

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