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Administrando valor e desenvolvimento para as organizações
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Administrando valor e desenvolvimento para as organizações
E-book210 páginas2 horas

Administrando valor e desenvolvimento para as organizações

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Sobre este e-book

A presente obra reúne 10 textos que apresentam testemunhos competentes de como aportar valor para o desenvolvimento humano, no contexto das organizações. A informação, a inovação, o empreendedorismo, a tecnologia, mas também a gestão, o ambiente, a indústria e os recursos humanos, ou mesmo a questão do tributário, da arrecadação e da transparência são temas que se integram de modo a contribuir para o conhecimento e estado da arte de como podemos melhorar as nossas organizações e fazer futuros que nos fortaleçam. Escrevem nesta obra: Adriana Maria Rangel Costa, Ana Fonseca, Emerson Carvalho de Lima, Francisco Carlos Portela, Henrique Mota de Aguiar, João Arlindo do Prado Gusmão, Luis Borges Gouveia, Luís Gouveia, Manuel Au-Yong-Oliveira, Márcio Carneiro de Mesquita, Maria Vitória Cunha Leal Guerra, Mariana Simões, Pedro Cunha, Rafael Xavier dos Passos e Sofia Gaio.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2023
ISBN9786553871182
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    Pré-visualização do livro

    Administrando valor e desenvolvimento para as organizações - Conhecimento Livraria e Distribuidora

    Sobre os Organizadores

    Paulo Sérgio Araújo

    Doutorando em Ciência da Informação, Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. Mestre em Ciências da Religião, PUC – Minas. Graduado em Filosofia, PUC – Minas. Graduando em Engenharia de Software - Universidade Estácio de Sá. Professor de Filosofia e Iniciação a Pesquisa - Faculdade ISTA. Gestor de Projetos e Coordenador do Núcleo de Inovação Cocriação e Disrupção Educacional – NICDE – da Coordenadoria de Tecnologia da Secretaria Municipal de Educação de Betim - MG. Diretor, Proprietário e Fundador da Empresa Paideia Conexões Acadêmicas.

    Luis Borges Gouveia

    Professor Catedrático na Universidade Fernando Pessoa. Doutoramento em Ciências da Computação pela Universidade de Lancaster, Reino Unido. Mestrado em Engenharia Eletrônica e de Computadores, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Licenciatura em Informática, Matemáticas Aplicadas pela Universidade Portucalense. Possui a agregação em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade de Aveiro. Na Universidade Fernando Pessoa é coordenador do programa de doutoramento em Ciências da Informação, especialidade Sistemas, Tecnologias e Gestão da Informação, membro eleito do seu conselho de estratégia. É coordenador eleito do Grupo Informação, Comunicação e Cultura Digital, do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, um dos Grupos de I&D da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Pertence ao conselho consultivo e direção norte da APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, uma ONG Portuguesa com tradição na discussão e divulgação das questões do digital na sociedade, com mais de 20 anos. Desenvolve atividade docente há 30 anos no ensino superior, tendo colaborado com universidades em Portugal e no estrangeiro, nas suas áreas de especialidade. Os seus interesses são o digital e como explorar o seu potencial para melhorar a atividade humana. Os seus interesses são o digital e como explorar o seu potencial para melhorar a atividade humana.

    1 A Inteligência de Negócios e a Gestão Empresarial

    Henrique Mota de Aguiar[1]

    Luis Borges Gouveia[2]

    1. Introdução

    Com as aplicações de inteligência de negócios, os dados são categorizados e estruturados de tal forma que possibilitam ao usuário a customização da visualização com seleções, filtros e outros recursos que passam cada vez mais a fazer parte do dia a dia, inclusive dos noticiários. Neste sentido, este capítulo, tem como objetivo levar a inteligência de negócios onde ela tradicionalmente não existe, ao ambiente dos pequenos negócios que não dispõe do conhecimento técnico e dos recursos para explorar de uma forma analítica os dados existentes.

    Vale ressaltar que não se trata de um aprofundamento estrutural do BI, mas de uma abordagem voltada aos dados básicos da atividade empresarial, disponível nos sistemas existentes.

    De uma forma mais objetiva, não se pretende, a princípio a integração com esses bancos de dados, o que demandaria uma expertise e custos que não poderiam ser suportados por empresas desse porte.

    2. Inteligência de Negócios

    As mudanças sofridas pelos mercados ao longo dos últimos anos têm escalado o nível de competitividade dos negócios e uma forma de sobreviver a essa nova realidade e incrementar a performance passa pelo gerenciamento da informação (Retnowardhani, Sardjono e Triana, 2019).

    O aperfeiçoamento da escrituração eletrônica, a integração entre as fazendas, as notas fiscais eletrônicas e a percepção do risco de uma autuação por parte das autoridades governamentais, fizeram como que o empresariado tivesse que adotar o registro de suas movimentações financeiras não mais em livros e, sim, em sistemas (Nazari et al., 2019).

    Inteligência de Negócios ou Business Intelligence é um termo contemporâneo usado para se referir a um conjunto de tecnologias de informação (plataformas, aplicações e processos), que visa facilitar a tomada de decisões em todos os níveis. São equivalentes, isto é, referem-se ao mesmo significado. Como complemento ao conceito, foi acrescentado que Inteligência de Negócios ou Business Intelligence tem igualmente o sentido de conjunto de ferramentas e aplicativos que ajudam na tomada de decisões, que permitem o acesso interativo, análise e manipulação de informações corporativas de missão crítica (Lucas, Café e Viera, 2016, p.172).

    Com isso, passou-se a ter obrigatoriamente nas empresas o registros das entradas e saídas, tanto de bens e serviços como dos recursos financeiro. Esse grande volume de registros proporciona às empresas um valioso banco de dados construído ao longo dos anos e com incremento diário.

    Esse grande volume de dados, sem um meio de agregá-los de uma forma amigável e prática, levou o gestores a uma utilização quase que indispensável de relatórios e sua compilação em planilhas eletrônicas.

    Os tempos atuais requerem tomadas de decisão imediatas e não mais urgentes ou condicionadas à coleta de dados. O imediatismo que se vive atualmente é diretamente proporcional aos serviços de entrega imediatos como streaming de voz e/ou vídeo, por exemplo. Neste sentido, Nazari et al. (2022) ressalta que recentemente a inteligência de negócios foi o ramo da tecnologia da informação de maior investimento das organizações e reconhecidas como a de mais alta prioridade tecnológica.

    A inteligência de negócios, de acordo com Riabacke, Larsson e Danielson (2011), não é apenas sobre tecnologia, é muito mais, é sobre proporcionar às organizações um melhor suporte para a tomada de decisão. Não há mais espaço para espera por uma transmissão com data e hora marcada quando se permite a consulta de conteúdos em tempo real. Não satisfeitos com a resposta imediata, o usuário moderno não admite sequer esperar o tempo natural de uma pessoa falar e prefere utilizar o recurso de aceleração de voz disponível em algumas aplicações.

    Os negócios em si mudaram ao longo do tempo, fazendo com que as informações atuais devam ser processadas para se adequar às necessidades das atividades empresariais (Borissova, Keremedchieva e Keremedchiev, 2020).

    Trazendo para o mundo dos negócios, o momento é agora. Depois já pode ser tarde demais. O volume de informações disponíveis demanda novas formas de manipulação de dados e, nesse contexto, a inteligência de negócios combina diversas dimensões da informação desde arquiteturas, aplicações e bases de dados que permitam a análise, manipulação e interação, para suporte à tomada de decisão, se possível em tempo real (Lucas, Viera e Vianna, 2018).

    Somente com o uso dos recursos de inteligência artificial disponível nas ferramentas de inteligência de negócio é que se torna viável, segundo Ruiz-Real et al. (2021), de arquiteturas de sistema como redes neurais interconectadas tornando possíveis o Machine Learning e o Deep Learning[3].

    Inteligência de Negócios ou Business Intelligence tem igualmente o sentido de conjunto de ferramentas e aplicativos que ajudam na tomada de decisões, que permitem o acesso interativo, análise e manipulação de informações corporativas de missão crítica (Lucas, Café e Vieira, 2016, p.172).

    Nesse contexto, o business intelligence é uma prática analítica empresarial que permite o relacionamento e o cruzamento de dados integrados à gestão estratégica para suporte à tomada de decisão (Silva et al., 2022).

    Informação sem suporte ou dados isolados não inúteis para gestões estratégicas, o desafio imposto ao gestor, atualmente, é o de transformar dados em informação relevante. Mas, isso apenas não basta, é necessário torná-la disponível e acessível em tempo real. Esse direcionamento da informação permite ainda a concatenação de dados dos mais diversos tipos e origens em um mesmo ponto de consulta como, por exemplo, um dashboard interativo.

    Em consonância com o exposto, a inteligência de negócios é um conjunto integrado de ferramentas, tecnologias e produtos utilizados para coletar, integrar, analisar e publicar os dados. De uma forma mais simples, proporcionam uma análise multidimensional e integrada a partir de várias fontes de informação (Nazari et al., 2022).

    O grande desafio é viabilizar o BI como um autosserviço, algo possível dentro dos relatórios existentes com o mínimo de necessidade de mineração dos dados. O foco da pesquisa é a possibilidade de usar os dados existentes de uma maneira amigável e visual.

    Business Intelligence (BI), que pode ser traduzido como inteligência de negócios ou inteligência empresarial, é o nome que se dá ao processo de coleta, organização, análise e disseminação de informações que auxiliam o empresário na tomada das decisões estratégicas e no planejamento. É um conjunto de metodologias e tecnologias para coleta, armazenamento, análise e acesso a dados para auxiliar usuários a tomar melhores decisões de negócio (Pereira et al., 2020, p.269).

    A divulgação dos dados relativos à pandemia do COVID-19 é o exemplo mais imediato e comum da utilização da inteligência de negócios nos dias atuais. A possibilidade de explorar os dados por países, estados, cidades, bairros, sexo, faixa etária, estão disponíveis em vários sites e podem ser consultados livremente, independente de qualquer comando mais complexo.

    Esse conceito trazido pelos painéis interativos foi largamente utilizado pelos meios de divulgação oficiais, imprensa, tudo isso disponível na palma da mão dos usuários de smartphones, sem a necessidade de conhecimentos específicos sobre toda a tecnologia e programação disponíveis por trás daqueles painéis.

    3. Visão Analítica Proporcionada pelas Ferramentas de Inteligência de Negócio

    O conceito de Data Warehousing parte da ideia de utilizar sistemas de uma forma a melhor organizar as informações disponíveis para que as aplicações de BI possam as utilizar como base de dados. Na lição de Darós et al. (2022), o data warehousing foi uma evolução do ambiente de apoio à tomada de decisão.

    O grande volume de informações disponíveis, produzida por várias fontes distintas, sem uma forma de centralizá-las, faz com que o gestor as utilize como informação de suporte para a elaboração de relatórios gerenciais ou para subsidiar sua tomada de decisão.

    Estas informações soltas e o crescente volume delas, tornam quase que impossível a utilização das informações de forma analítica para possibilitar ao gestor as respostas necessárias, nas quais o auxiliarão no desempenho da atividade empresarial.

    Para o pequeno empresário, um índice como EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) pouco importa. Da mesma forma, outros indicadores do desempenho empresarial não se prestam para unicamente basearem a tomada de decisão. São indicadores que demandarão de uma análise mais apurada e contextualizada, a ser produzida num momento distinto e anterior à tomada de decisão. Na vida real, o pequeno empresário quer saber se seu negócio vai bem. No linguajar popular, se está dando dinheiro. O maior desafio, por incrível que pareça, é compreender que faturamento não é lucro.

    Um alto faturamento, muitas vezes, ilude o pequeno empresário que o associa a uma capacidade financeira maior do que o que ela realmente é. Atualmente, há uma constante redução das margens de lucro, o que implica no aumento do volume de faturamento para garantir o mesmo resultado operacional líquido.

    É, nesse momento, que a visão analítica de um painel interativo pode auxiliar de forma decisiva o pequeno empresário. A percepção do desempenho do negócio ao longo do tempo, a tendência de crescimento ou encolhimento do mercado, o comportamento do consumidor, os desafios enfrentados pelo mercado, falam muito mais do que um simples índices.

    Analisar um gráfico com linhas sobrepostas e informações sobre faturamento, recebimento e inadimplência quando confrontadas com as informações dos ativos, estoques, custos de reposição, pode facilmente direcionar a atividade empresarial para onde é realmente mais lucrativa. Com as ferramentas de BI, a análise deixa de ser intuitiva e passa a ser assertiva, baseada em dados concretos, o que só facilita e dá segurança ao pequeno empresário. Neste sentido, Retnowardhani, Sardjono e Triana (2019) destacam que no processo de tomada de decisão as técnicas de BI podem ser utilizadas para a obtenção de decisões qualitativamente melhores.

    Em pesquisa realizada com pequenos empresários do setor de medicina de baixo custo, os autores Silva et al. (2022) destacam que a implementação de ferramentas de BI possibilitou uma gestão mais eficiente dos custos, informações em tempo real da demanda por serviços e um ganho significativo na transparência e facilidade de revisão das informações contábeis.

    O uso crescente do BI se deve ao aumento da demanda de informações de suporte para a tomada de decisão e, nesse contexto, pode ser evidenciado um crescimento da produção acadêmica relacionada ao tema, o que reforça seu papel relevante dentro do cenário empresarial (Retnowardhani, Sardjono e Triana, 2019).

    De modo a tornar possível as reações rápidas das organizações, surge a necessidade de gerenciamento em tempo real das informações de forma a prover meios e informações gerenciais de forma a analisar as causas e efeitos dos movimentos

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