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O Pistoleiro Do Opala
O Pistoleiro Do Opala
O Pistoleiro Do Opala
E-book59 páginas31 minutos

O Pistoleiro Do Opala

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Sobre este e-book

O lado oculto dos anos oitenta na violenta cidade conhecida como Terra da Garoa, revela a um homem cansado das injustiças, seus verdadeiros demônios.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de fev. de 2021
O Pistoleiro Do Opala

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    O Pistoleiro Do Opala - Will Oliveira

    2

    4

    Dedico este conto a todos os amigos que sempre me incentivaram a escrever.

    6

    Baseado em fatos reais.

    8

    ‘'Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Mexa com a família de um homem e ele pedirá para repetir.’’

    O Narrador

    9

    CAPÍTULO 1

    Parecia só mais uma tarde ensolarada de domingo. No meio da rua, os pivetes corriam incansavelmente atrás de uma bola. De pés descalços, pois os chinelos formavam as traves, o asfalto deixava sua marca como um carimbo. O

    carimbo, que dizia: — zona leste de São Paulo —, marcava cada sola. A qualquer momento o tampão do dedo de alguém iria voar, tão certo como dois e dois são quatro.

    O sol podia queimar aqueles corpos franzinos, seus olhos, e até apodrecer esgotos. Mas não podia parar aqueles pivetes. Era domingo, dia de futebol e nada iria

    desmotiva-los.

    À umas duas quadras dali, passando pelo antigo bar do Tião, dois homens bem apresentados com seus relógios e correntes de ouro, se aproximavam de uma das lojinhas da vila. Conhecida na época simplesmente por ‘’Boca’’ ou ‘’Biqueira’’.

    De repente, gritos chamam a atenção dos 10

    pivetes, que subitamente param o clássico.

    E

    o

    sol

    sentiu

    inveja.

    — Aí porra! Abaixa esse trambolho ai caralho! Tá maluco?! — berra um dos homens

    da

    biqueira.

    O futebol foi interrompido e todos sintonizaram no que parecia ser a confusão do ano. Mais uma estória para contar nos dias corriqueiros de apagão. Que eram tantos, que eles precisavam renovar seus estoques

    pessoais

    de

    contos.

    O povo só precisava de quatro coisas: —

    família,

    amigos,

    churrasco,

    e

    uma

    porçãozinha de fuxico. Todo o resto era lucro. Como eram bons aqueles tempos, a simplicidade e a magia dos anos oitenta.

    Bom, voltando para os homens e a trama que construía-se em frente a biqueira.

    — Calma! Eu só vim conversar. Meu amigo 11

    vai abaixar a arma e você e seu parceiro aí vão se acalmar. Eu quero falar com seu patrão.

    — E por que ele iria querer falar com você?!

    Quem

    você

    pensando

    que é?!

    — Eu não vim aqui pra conversar com você.

    E já gastei tempo demais aqui. Seu patrão tá

    e

    eu

    vou

    entrar.

    Acontece que o patrão não estava presente em seu humilde comércio naquele dia. Ele estava do outro lado da cidade, resolvendo assuntos mais complexos que aquele. Mas alguém havia dado a

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