Talvez uma poesia

De Carolina de Moraes Carneiro

Este livro conversa com o cotidiano e com as percepções engendradas por ele. Faça das escritas, nesta obra contidas, algo seu, porque no final das contas — ou das palavras — realmente serão. Do início de uma saudade até o fundo do coração, o plano deste livro é guardar ao menos um verso dentro do seu peito. Cada palavra é fruto de uma viagem de dentro para fora, que nem chega, nem vai embora. No meio disso tudo, quem sabe, você encontre uma poesia.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 6 de mar. de 2023
• ISBN: 9786525443591

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Agradecimentos

Agradeço a Deus.

Agradeço a todos que se propuseram a fazer com que isso desse certo.

Agradeço aos meus.

Além daqueles que foram chegando perto.

Acho que o meu coração não coube em um só peito, às vezes o vejo ambulando por aí. O seu coube?

Ó passarinho

Porque tu és passarinho

Fez teus ninhos, prometeu ficar

Será doído demais num simples piscar

Já não ouvir no amanhecer o seu assobiar.

Ó passarinho, conhece todo esse céu azul

Por que estás preso nessa gaiola?

Ó passarinho, se libertar não significa ir,

Mas deixo aqui minhas lágrimas se precisar partir.

"Meu querido anjo, precisei voar

Pássaro preso na gaiola clama

Já não sabe mais cantar."

Apenas ser

Eu não sei quem foi que ditou

Apenas o que você diz ser normal pode ser considerado?

Eu não sei quem foi que disse que não há

Outras formas de amar e ser amado.

Eu não sei por que olha para as pessoas com repúdio

Só por não serem como você queria?

Afinal, qual é o crime que alguém comete por não gostar do que você amaria?

Sei que o que o outro sente não pode ser julgado por ti

Dores e alegrias não são equivalentes

Com as que guarda para si.

Eu sou...

Sou a chama que não se apagará

Sou o último gole da bebida

Sou a estrada que percorrerá

Sou a cura de uma ferida

Sou a flor que florescerá

Sou a música mais pedida

Sou a última coisa que morrerá

Sou vida após a vida.

Sou a chuva no sertão

Sou a hora da colheita

Sou a cesta farta de pão

Sou a mesa do almoço feita

Sou um solo de violão

Sou a melhor receita

Sou o forró mais esperado do São João

Estou onde tudo se ajeita.

Sou o galo a cantar

Sou o acordar no amanhecer

Sou a vontade de recomeçar

Sou a busca de vencer

Sou a conquista do vestibular

Sou a persistência em aprender

Sou o retorno para o lar

Sou o meu cantinho pra viver.

Eu sou o melhor sorriso de uma criança

Sou o que restou de algum aperreado

Sou uma eterna dança

Sou o milho sendo semeado

Sou o que sobrou de uma lembrança

Estou no sangue de um arretado

Sou o que restou de confiança

Sou um xero apaixonado.

Não sou difícil de explicar

Nem difícil de entender

Sou tarde que não se cansa

Há quem me chame de... ESPERANÇA.

Ei, menina!

Que você sonhe bem alto

Mesmo assim, mantenha o pé no chão,

Menina dos sonhos grandiosos,

Lembre-se da grandiosidade do seu coração.

Que você sonhe em mudar o mundo

Nunca se esqueça de sorrir,

Menina dos sonhos enormes,

Nem todos os sonhos são como sorrisos que para tê-los basta rir.

Que você também acorde

Veja tudo ao seu