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Amanambá - A Guerra Inacabada
Amanambá - A Guerra Inacabada
Amanambá - A Guerra Inacabada
E-book225 páginas2 horas

Amanambá - A Guerra Inacabada

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Sobre este e-book

Em uma terra a tempos em paz, uma objeto vindo do outro lado da muralha pode por toda a realidade que se conhece em desordem: A guerra jamais acabou!! Lendas e mitos de gerações estão em jogo quando o Orbe do arauto trouxer átona tramas e armações dentro e fora das tropas de Cananciwe. Bem vindos a Amanambá!!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de nov. de 2020
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    Amanambá - A Guerra Inacabada - Jcmelo

    AMANAMBÁ

    A GUERRA

    INACABADA LIVRO 1

    JOSÉ CARLOS MELO

    Copyright© 2019 by José Carlos Melo CAPA

    JOSÉ CARLOS MELO

    REVISÃO

    JOSÉ CARLOS MELO

    DIAGRAMAÇÃO

    JOSÉ CARLOS MELO

    M528g JOSÉ CARLOS MELO

    Amanambá A GUERRA INACABADA/ JOSÉ CARLOS MELO

    1 Ed. Porto Velho/ RO

    Esta obra é uma produção independente Copyright [2019]

    by José Carlos Melo Todos os direitos desta edição são reservados ao autor da obra.

    1 Ficção

    Índice para Catálogo Sistêmico

    1. Ficção CDD B869.3

    SUMÁRIO

    PRÓLOGO.................................................................................8

    PRIMEIROS DIAS DE UMA GUERRA..............................13

    Novos Tempos, Novos arautos.......................................................19

    Conhecendo a tropa........................................................................45

    O LIVRO DA CAPA VERMELHA: O INÍCIO DO

    CHAMADO..............................................................................61

    Contato com o arauto.....................................................................75

    Campo aberto- candidatos em perigo.............................................86

    Entrando na realidade das rainhas..................................................98

    OS FILHOS DA PROFECIA E O GRANDE GUARDIÃO

    .................................................................................................110

    As ninfas e o primeiro arauto.......................................................121

    Olhos abertos no mundo dos Selados...........................................126

    Os pergaminhos perdidos.............................................................133

    PEGADAS DA TRAIÇÃO...................................................140

    A fuga dos guerreiros...................................................................144

    Armadilha para o traidor..............................................................157

    A CONFISSÃO DOS TRAIDORES, ARAPUCAS PARA O

    ARAUTO................................................................................162

    O caminho se abre........................................................................165

    Os filhos do arauto entram em combate.......................................175

    Revendo os fatos..........................................................................180

    O ENVIO DO NOVO ARAUTO..........................................183

    EPÍLOGO...............................................................................190

    Aos filhos dos guerreiros de Turi, e aos meus avós, Ítrio Bento de Melo e Dulcinéa Maria Santos de Melo, in memoriam.

    PRÓLOGO

    Ícaro não tirava os olhos da pilha de destroços. Era lamentável que aquela que antes fora o grande templo dos arautos de Turi agora era apenas um monte de ruínas.

    -Como é possível? A última guerra acabou há dez anos. Como podem os filhos de Anhanguera terem sobrevivido e ousado atacar o templo dedicado aqueles que foram responsáveis pela última grande batalha?

    No semblante do guerreiro das fileiras de Ataná, arquivista dos três templos maiores, transparecia o pânico e o espanto com os acontecimentos que levavam à aquela situação, e com a imagem que tinha a sua frente.

    Por anos aquele templo fora a casa dos registros e dos estudos do terceiro arauto junto as fileiras de seus soldados, além de ser, por três anos, a sede dos guerreiros de Cananciwe após a queda da Aldeia Capital durante o grande cerco de Anhanguera.

    -O que te aflige, Guerreiro das casas da rainha dos artesãos? Porque teu verso tão belo se apagou? - falou uma voz conhecida do jovem guerreiro.

    -Ventania guardião, filho do arauto templário, Guerreiro da Aldeia das Rainhas, não há com o que se preocupar. Somente estou triste com esses destroços, nada restou da torre norte agora.

    -Meu bom Otuára das Tribunas de Ataná, porque te atormentas tanto? Sempre haverá a torre norte, não há como se perder a torre mais alta.

    -Mas veja, meu bom filho de Tupã. A Torre esta caída, e destruíram a muralha. As defesas da Aldeia Dos arautos estão dispersas e agora, aos veres, não somos só nos a viver em nosso território.

    -Meu bom guerreiro, nunca fomos só nós vivendo aqui. Veja a natureza em nossa volta, achas mesmo que nosso Deus faria tudo isso para tão poucos?

    -Não é disto que estou falando, meu bom guardião. Acho que estamos lidando com guerreiros de Anhanguera em nosso território.

    Vede as marcas das pegadas e o estrago gerado às nossas defesas, não é comum que tal estrago seja feito com armas conhecidas de nossas

    fileiras, e estas pegadas mesclam patas de animais da Terra Dos Selados.

    -Acalme-se pequeno guerreiro – Disse o ancião assentando-se em uma das pedras caídas, suas vestes vermelhas, típicas dos guerreiros de Turi com as marcas da guerra, e a lança em sua aljava que pendia ao seu lado, manchavam-se com a poeira que estava presa aos restos das estruturas decorativas do salão da torre, o salão dos oito filhos, quartel- general das fileiras especiais e dos equipamentos e invenções do terceiro arauto, fechada após o fim da guerra. -

    Acharam algo entre os destroços? Algo que possa ser útil para identificar quem nos atacou?

    -Isso parece ter vindo com eles. - disse o guerreiro guardião, entregando ao Ancião Ventania um embrulho com uma meia cumbuca de cristal onde se continha como que uma essência de comunicação na sua forma líquida. - Estranhamente tem metade do símbolo dos arautos antigos, mas faz anos que não se tem notícia de um novo arauto. Será uma relíquia? Ou uma armadilha?

    – Creio que não meu bom guerreiro, isto foi feito por mãos hábeis de um artesão de Turi, mas não contem as antigas runas de selamento, tais como as criações do primeiro e do segundo, mas os códigos que apenas um indivíduo poderia desenvolver.

    -Isso quer dizer que…- falou gaguejante o guerreiro da Vila Templária.

    -Sim, meu bom homem. Isso veio do grupamento do Terceiro arauto, isso veio dos Campos dos Selados, de fora da barreira. E digo-lhe mais: o arauto ainda está vivo!

    Ainda incrédulo com o que acabara de ouvir, e temendo o que aquilo significava, o pequeno guerreiro perguntou ao ancião:

    -Como podes ter tanta certeza destas coisas? Ha anos não se tem notícia de que ….

    -Desde que eu voltei das esquadras da muralha, e avisei do selamento do terceiro Otuára pelas mãos sacrificadas de um velho ancião, e o fim das batalhas de campo. Acaso lembras o que contavam que eu tinha nas mãos quando adentrei o templo?

    -Contam que tinhas um embrulho, parecido com esse que jazia tombado às nossas portas. E tuas mãos estavam enfaixadas e ensanguentadas, tu dissestes a todos que fora por motivo de carregar e sepultar o corpo do arauto Selador, o filho do Segundo arauto, após este cair sangrando do topo da colina.

    -Esta foi a história que pedi que os anciãos contassem, pois era o único jeito de manter segredo sobre o real motivo de meu retorno.

    Eu tinha de trazer de volta ao templo o código de leitura dos antigos mestres. Para que esse ficasse registrado aqui e pudesse ser declarado o sacrifício dos sete filhos, acaso trouxe de volta também uma parte do manto do terceiro arauto, envolvendo o embrulho, para que fosse dado por certo o sepultamento. Mas ele vive, e enviou-nos isto. Eles conseguiram!!!!

    – Como assim?- questionava o guerreiro.

    -Eles conseguiram reestabelecer a aldeia do norte, devem estar enviando um anúncio. Veja, as marcas nas mensagens são de sangue de Ventanias e o selo é livel apenas por uma máquina de leitura criada por seu mensageiro de origem, ou que tenha seu selo.

    -E como poderemos saber o que querem? Como podemos ler e ter certeza que é seguro o que esta ai?

    -Apenas máquina lê máquina, mas o arauto é o mais esperto. Por isso me enviou ha tanto tempo.

    -Como assim?

    -Veja isso. - O ancião bateu com sua lança no solo e uma porta se abriu no chão com uma escadaria que levava a um grande salão na base do templo. No meio dessa sala, havia uma mesa de pedra com três pináculos que se levantavam em direção ao centro formando entre esses pinos uma pirâmide triangular, onde se encontravam três esferas completas, com o código de mensagem antiga dos três arautos. Na ponta dos três pinos havia uma cumbuca com um cristal azul dentro, e uma fresta por onde recebia luz do sol. Na parte superior da cumbuca parecia uma cavidade semiesférica a espera de seu complemento.

    -Isso foi criado por meu amigo, o terceiro arauto, antes de nossa viagem para as frentes de batalha. Ele disse que um dia seria necessário que fosse ativada, nunca imaginei que seria eu a ativar.-

    falava o ancião enquanto tirava de seu caixote pessoal o embrulho que trouxera do campo de batalha a anos atrás.

    -Essa é a máquina dos arautos? Mas ela havia sido..

    -Deixemos essa parte para outro momento, logo entenderas tudo.

    Por agora, vejamos o que nos foi enviado da Terra dos Selados.-

    encaixou as duas cumbucas, a recebida agora e sua relíquia de guerra, e as elevou a altura do pico dos três pináculos.

    *ZUP, Código reconhecido, ativar transmissão?

    -Desperte Otuára Mensageiro.

    *Máquina ativada, exibindo mensagem do arauto.

    A máquina zuniu e a esfera das duas relíquias acoplou-se na superfície superior da máquina, acima do cristal de transmissão e a imagem de um homem vestido com roupas de combate e o manto das antigas fileiras de Turi apareceu. O ancião presente na sala sorriu ao ver o velho amigo.

    - Se virem esta mensagem, por certo meu mensageiro encontrou meu velho amigo, ainda bem, achei que não chegaria antes de os caçadores e os guerreiros de Anhanguera o pegarem. Peço desculpas pelos danos que ele tenha causado em sua chegada, mas ele não poderia ficar aguardando alguém encontrá-lo, pois por certo seria morto tanto por um dos nossos inimigos quanto por qualquer um dos nossos guerreiros templários. Peço que tratem bem meu flâmula, ele deve aparecer ao cair da noite.

    - Eis o filho da Casa dos arautos! - disse o velho guerreiro.

    -Como pode estar vivo? Mesmo não tendo voltado naquele dia, já são 10 anos vivendo em terras inimigas, como pode sobreviver?

    - Acalme-se, o arauto sabe se virar.

    -Meu velho amigo- dizia o holograma da mensagem- sabeis que não me comunicaria contigo por este meio se pudesse usar qualquer outro mecanismo por nós desenvolvido desde a época do que tínhamos

    desenvolvido para tempos civilizados, se não fosse por um motivo dos mais importantes. Venho comunicar que chegamos a vila onde se encontravam os destroços do primeiro forte, temos dentro do nosso controle três pontos estratégicos para atacar a cidade principal e findar de vez o cerco ao Castelo dos Selados e a guerra contra nosso inimigo. Atingimos o ponto de onde recuamos na última batalha. Foi neste ponto que encerraram o cerco da última vez e selaram o Otuára de nosso inimigo na cumbuca do tempo, encerrando aquela guerra contra o exército sem rei.

    -Sabia que conseguiriam!!!-Exultou o ancião.

    -Alcançamos o ponto combinado para o retorno dos anciãos ao campo de batalha, e a reconexão com a sede. Ainda, por certo, és o responsável pelo treinamento de novos guerreiros, ainda vigiando a terra dos arautos.

    -Sim, meu bom general.

    -É hora de trazer o teu próprio regimento para as linhas de frente.

    Hora de voltar para fora das barreiras.

    -Sim arauto.

    -Não responda, meu bom homem; - falou a voz secundaria vindo direto da máquina- Isto é somente uma gravação.

    -E tu, - falava o arauto do holograma- Sabes quem sou?

    – Seu nome não sei direito, mas pelo que meu ancião falou, és o filho do segundo arauto, aquele que liderou o último conflito contra as forças de Anhanguera.

    -Acreditas mesmo que a guerra acabou há dez anos? Achas que aquele fechamento da muralha encerrou o confronto? Então a paz foi mantida por todo este tempo? Os anciãos fizeram um bom trabalho desde minha última mensagem. Mas a guerra jamais acabou, e nem iniciou naquele dia que é contado nos arquivos do templo, naquela data a chama apenas estourou, quando os Filhos de Anhanguera liberaram o quarto selo.

    PRIMEIROS DIAS DE UMA GUERRA Verdadeiramente, esta guerra que hoje é travada longe dos olhos das vilas dos filhos e Cananciwe, iniciou-se muito antes de minha chegada entre vos, tendo períodos de paz e de conflitos intercalando, mas do modo que a conhecemos hoje, em nossa terceira era do mundo dos guardiões, ela surgiu com o furto das tumbas dos quatro Otuáras traidores que jaziam adormecidos em seus túmulos de pedra, sob as águas do rio das lendas, ao sul das terras dos guerreiros de Cananciwe e o ataque ao templo do sul, orquestrados pelos filhos de Anhanguera.

    Dez anos antes da guerra de selamento lutada por meu avó, a aldeia onde se encontrava o primeiro foi saqueada, e o túmulo levado, fato que se repetiu mais duas vezes até que o Grão-mestre pôs os Ventanias em ação para impedir o avanço das tropas inimigas para a última aldeia do sul em busca do último corpo. Irritados, os guerreiros de Anhanguera iniciaram o ataque oficial a terra dos guerreiros da Ventania do sul, o que os forçou a recuar ao templo e deixarem que levassem o corpo do último general que precisavam.

    Em pouco tempo as tropas de Anhanguera marchavam por nossos campos novamente, prontos a empurra-nos para a extinção. O

    evento que fez-se declarar a guerra foi a morte do Ventania do Norte pelas mãos de um Ventania Traidor do Sul, que ajudara no ataque ao templo do sul e no massacre de seus irmãos, em troca de um posto na liderança dos Espectros.

    Assim iniciou-se a terceira guerra de selamento. Foi durante essa guerra que surgiu o posto dos arautos, com a ascensão de meu avô das fileiras dos arquivistas, passando por Ventania, até chegar a grão arauto do templo central. Com um novo líder para organizar as fileiras, as tropas de Cananciwe passaram a empurrar as fileiras do inimigo de volta para as suas terras. E as fileiras Ventanias restantes em companhia das recém-criadas fileiras dos arautos, adentraram as terras dos guerreiros, selando um por um os quatro Otuáras traidores, e

    aprisionando os guerreiros de Anhanguera na forma dos espectros. E

    destruindo as suas armas e sua estrutura militar, acabando com a guerra e aprisionando o último general, o Ventania traidor.

    A Paz foi alcançada e o castelo dos espectros, fechado, os quatro guerreiros Selados foram aprisionados próximos a aldeia central, lá ficando por toda a era dos dois primeiros arautos, desde as missões de visitação do primeiro arauto as aldeias do norte do leste e do oeste, passando pela era do segundo arauto, que assumiu o manto das mãos do próprio pai e acabou expulso do templo central por traição, até aquela semana sombria em que o alarme do templo central foi acionado. E todos sabíamos o que aquilo significava: A guerra se aproximava de nossas portas novamente! Era preciso agir rápido.

    Eu estava na sala pertencente ao meu pai em mais uma das seções de estudos guiados, onde mergulhava na energia daquele ambiente enquanto lia os arquivos deixados por meu pai ali. Já fazia algum tempo que iniciara meus treinamentos na turma dos arautos arquivistas, a base dos guerreiros das fileiras criadas por meu avó.

    Ainda trajava as vestes iniciais do templo: As calças e camisa marrom claro, a bolsa de missões, e as faixas dorsais que seguravam a camisa atada ao corpo a altura da cintura.

    A esse tempo, o posto de Grão arauto era ocupado por meu tio, denominado por arauto Assistente, já que o título de Segundo arauto não fora oficialmente tirado de meu pai. Meu professor de história da guarda me encaminhava por meio de esferas de comunicação, invenção da época dos Ventanias, já as artes de selamento eu tinha com os guardiões da torre sul, e as aulas de combate com os da torre oeste. Era quase certo ser admitido entre os arautos de torre, e liderar uma das 12 torres espalhadas pelos templos.

    Naquela tarde os registros que me chamaram na meditação imersiva foram as folhas soltas deixadas por meu pai sobre a mesa de estudos,

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