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A Lenda De Calima 2
A Lenda De Calima 2
A Lenda De Calima 2
E-book128 páginas1 hora

A Lenda De Calima 2

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Sobre este e-book

A continuação de A Lenda de Calima, foi inspirada em campanhas de RPG reais, os personagens foram dedicados aos jogadores e jogadoras mais brilhantes. Outrora príncipe de Calima, Eldor tem agora como missão restaurar seus erros do passado e salvar sua raça da decadência. O dragão negro Yilbegan, assola a terra dos homens e o futuro da humanidade vai de mau a pior, está na hora de uma nova fonte de luz e esperança surgir... Acompanhe as aventuras de Eldor, resgatando o glorioso passado de seu povo nessa luta entre luz e trevas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
A Lenda De Calima 2

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    A Lenda De Calima 2 - Vinicius Silva Orlando

    A LENDA DE CALIMA

    O escolhido da Lua

    Vinicius Silva Orlando

    PRÓLOGO

    Dois anos haviam se passado desde a queda de Calima, nesses dias raramente se via Yilbegan sair de seu covil, mas essa fraca sensação de segurança com o desaparecimento do dragão só se deu após ele ter passado um ano a procura de Eldor, talvez o dragão tivesse se convencido de que Eldor havia morrido em Calima e a sua vingança tinha chego ao fim...

    Nenhuma raça se mobilizou para derrotar Yilbegan, os elfos não tinham aliados e desde que Calima foi destruída, estranhamente todos os elfos perderam sua capacidade de usar magia, colocando-os em uma posição inferior as outras raças.

    Os elfos sempre foram uma raça orgulhosa e poderosa, hoje os poucos sobreviventes trabalhavam o dia todo para não morrerem de fome.

    Uma vez que a fúria de Yilbegan tinha passado, o problema não era o dragão em si, mas sim as outras criaturas malignas que ele atraia.

    Yilbegan tinha cavado fundo na colina para fazer seu covil e abandonado a superfície, foi então que orcs selvagens, goblins e outras criaturas começaram a se fixar nas ruínas de Calima, e Yilbegan as permitia...

    Ele já sabia que a presença dessas criaturas afugentava ladrões e possíveis invasores.

    As criaturas que habitavam as ruínas de Calima prosperavam como nunca antes, já que ali não temiam um ataque em massa das outras raças civilizadas, pois ninguém se arriscaria a entrar nos domínios do dragão, e então, começaram a se proliferar e se tornaram uma ameaça ao mundo.

    Os humanos abandonaram algumas cidades e aldeias, e fortificaram as que sobraram, os anões tiveram muitas baixas, já que sempre estiveram 2

    em conflitos com essas criaturas por disputa de território, mas algumas cidades ainda persistiam.

    Pequenos grupos de aventureiros, heróis solitários e figuras famosas tentaram enfrentar Yilbegan desde sua aparição, mas todos falharam, ou pelo menos, nunca mais foram vistos... A esperança estava se acabando e o mundo estava entrando em uma era de caos e trevas...

    3

    CAPÍTULO 1

    - Ei, Mira... Acorde...

    Aos poucos a garota morena abria os olhos e enxergava sua amiga que a tinha acordado no meio da noite, era Serena.

    A aldeia que tinha acolhido Serena após ser liberta dos bandidos por um grupo de arqueiros de Calima, tinha sido desocupada, o Rei Agner tinha decidido que não compensava erguer muros e disponibilizar soldados para lá, então ordenou que todos abandonassem suas casas e fossem viver na capital, onde estariam protegidos.

    Eles viajavam como uma caravana, oitos carroças de boi e aproximadamente sessenta pessoas, contando com dezoito soldados que faziam a proteção. O caminho escolhido pelo capitão da guarda era perigoso, porém, inevitável, ao invés de seguir por um caminho maior e mais seguro, por causa de boatos de uma tropa de hobgoblins que estava na região eles se desviaram para o caminho que passava pela já destruída aldeia da Costa Branca, era um caminho igualmente perigoso pois não ficava tão longe das ruínas de Calima, mas era um caminho mais rápido, portanto sairiam do perigo mais depressa.

    Na mesma cabana estavam Mirabelle, Serena e mais duas garotas.

    Mira, como era chamada e Serena tinham se tornado amigas desde que Serena havia chego na aldeia depois que foi salva.

    - Serena... O que você quer?

    A garota ruiva parecia estar bem acordada, sua expressão era clara e seus olhos estavam vivos, talvez ela nem tivesse dormido ainda.

    - Vou sair para caminhar na floresta, quer vir comigo?

    4

    Mirabelle se sentou e esfregou os olhos antes de responder:

    - Você não deveria ir, sabe que é perigoso...

    - Eu vou correr o risco, pois estamos indo viver na capital, cercada de muros, não sabemos quando teremos a oportunidade de sair de novo.

    Houve um silêncio entre as duas... Mirabelle não tinha o espírito aventureiro de sua amiga, mas se preocupava com ela, e como se sentisse seus pensamentos, Serena completou:

    - Bem... Volte a dormir e não precisa se preocupar comigo, eu voltarei logo.

    Mirabelle sabia que não a conseguiria impedir, então ela apenas concordou com a cabeça e voltou a dormir.

    Sair de fininho era uma pratica comum para Serena, ela se esgueirou para fora da cabana em silencio e andou agachada por trás das carroças, então vislumbrou os campos abertos que estavam entre ela e a floresta, mas ainda havia um obstáculo.

    Um guarda patrulhava a área, mas sozinho tinha muitos pontos cegos, ela esperou que ele se distanciasse e correu até uma pedra grande o suficiente para cobri-la agachada, ela esperou que o guarda refizesse todo o mesmo trajeto e quando ele estava no ponto mais distante, tornou a correr, quando o guarda se virasse para voltar, ela já estaria fora do alcance de sua visão.

    Serena entrou na floresta, só que seu passeio tinha um objetivo, ela queria que mesmo de longe, pudesse ver as ruinas de Calima, a antiga cidade dos elfos, seus salvadores.

    A garota se movia com cuidado pela floresta, evitando barulho desnecessário, ela era leve a atlética. Depois de percorrido mais da metade 5

    do caminho, as árvores começaram a ficar mais espaçadas e aos poucos ela pôde ver o céu, então a lua e finalmente, Calima...

    Não era uma visão agradável ou estimulante, os prédios destruídos estavam quase irreconhecíveis, havia apenas alguns pontos de luz e nada mais, mesmo assim ela ficou ali, olhando por mais um momento, até que um som, como um galho se quebrando a assustou.

    O goblin que passava descuidadamente pela floresta não esperava encontrar ninguém ali, mas o breve grito de susto de Serena o alertou, a garota se agachou e bem devagar espiou por trás da árvore e viu uma silhueta pequena e magra ao longe, também notou que ele segurava uma lança, a criatura parou e olhou ao redor, ela sabia que tinha sido ouvida...

    Convencido de que tinha ouvido alguma coisa, o goblin começou a vasculhar pelos arredores, contornando árvores e estocando arbustos com a ponta de sua lança, por instinto, Serena começou a se afastar lentamente, mas havia um barranco ali e seu pé escorregou, sua mão rapidamente buscou algum apoio e conseguiu agarrar um cipó que amenizou sua queda, mas o barulho foi inevitável, ela sabia que a criatura viria, então decidiu soltar o cipó e terminar a descida pelo barranco, ela passou por muitas folhagens e raízes que lhe fizeram arranhões superficiais, quando sentiu o fim do declive, tentou ficar de pé, mas tropeçou e caiu de joelhos sobre a água.

    Abaixo dela corria um riacho raso e lento, e quando ela olhou pra cima... Aquela sim era uma visão que valia a pena!

    Serena se levantou e olhou ao redor, o lugar todo era cercado de folhas e galhos, impossível de ver o exterior, no chão tinha flores e arbustos de folhas cor verde-claro, a água do riacho emitia um brilho branco como se estivesse refletindo a luz da lua, e corria misticamente em um círculo perfeito, iluminando todo o local, bem no meio, tinha uma grande pedra e um homem estava preso a ela por vinhas e raízes que enrolavam seus braços e pernas, 6

    embora as vinhas parecessem naturais, elas também brilhavam como a água do riacho.

    O lugar todo era como um santuário, seguro e isolado, Serena se aproximou do homem de aparência pálida e notou no chão perto dele uma espada curta, mas a ignorou e se aproximou ainda mais, os cabelos negros e longos do desconhecido ocultavam sua face, Serena tocou seus cabelos e os colocou para trás e reconheceu um elfo, seu rosto lhe parecia familiar e ela se lembrou, era Eldor, o elfo que a tinha salvo dos bandidos anos atrás.

    Confusa e preocupada, Serena tocou seu rosto, ele não estava gelado, mas também não respirava, porém, ao tocá-lo, as raízes e vinhas que o prendiam perderam seu brilho e com um grande suspiro, Eldor começou a respirar.

    Enquanto isso, o goblin descia o barranco devagar tentado ainda procurar a fonte do barulho, se segurando em galhos e cipós, ele desceu até as grossas folhagens que tinha a frente, mas quando começou a vasculhar, ouviu o som de um rosnado que o interrompeu, olhando sem movimentos bruscos para o lado, ele viu um lobo cinza o encarando, em posição de ataque, como se estivesse esperando alguma coisa para pular em cima da criatura verde.

    Ele já tinha caçado lobos antes, mas os goblins faziam isso sempre em maior número, então, ele preferia não enfrentar o lobo sozinho, e lentamente ele se afastou, e o lobo apenas o observou, sua agressividade diminuía conforme o goblin de afastava da redoma sagrada... A natureza tinha feito a sua parte...

    Assim que abriu os olhos a primeira visão de Eldor foi o sorriso de Serena ao vê-lo acordar, ele não a reconheceu de imediato. Os cabelos ruivos de Serena desciam um pouco abaixo dos ombros, ela tinha uma silhueta fina e a pele clara, estava usando um vestido simples de camponesa que ia até os joelhos, embora alguns não vissem com bons olhos um vestido mais curto do 7

    que os usuais longos, a moça preferia assim, pois tinha mais liberdade para correr e saltar, atividades típicas para uma jovem aventureira.

    - Eldor? – Chamou Serena diante do olhar confuso do elfo.

    Ele então se lembrou dela e aos poucos de todo o resto, inclusive do momento em que Elyn o atravessou com uma espada, instintivamente sua mão foi até a barriga procurando o ferimento, mas não sentiu nenhuma cicatriz.

    8

    CAPÍTULO 2

    Solto pelas vinhas e após um pouco

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