Disfarces reavidos

De Carlos Alexandre de Paiva Ferreira

Frequentemente, o poeta se oculta e se transveste sob disfarces variados. A epígrafe deste poemário, que se refere aos habitantes do limbo dantesco, talvez sirva de expressão tutelar para o volume na medida em que aqui paira entre o que foi e a impossibilidade do que poderia ter sido, sob os disfarces da invenção. Em suas nove seções, os disfarces são reavidos por meio de pessoas, objetos, lugares, ou lugar nenhum, situações vivenciadas ou apenas imaginadas, ao livre-arbítrio da memória. Os versos se articulam livremente ou em formas fixas da tradição literária, quando assim o tema dialoga com certos costumes do passado, que não deixaram de se impor no presente. Premido em devaneios, certo posicionamento político do autor não ficou de fora, em face dos tempos obscuros em que vivemos.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Labrador
• Data de lançamento: 14 de ago. de 2023
• ISBN: 9786556253695

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Copyright © 2023 de Carlos Alexandre de Paiva Ferreira

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Jéssica de Oliveira Molinari - CRB-8/9852

Ferreira, Carlos Alexandre de Paiva

Disfarces reavidos / Carlos Alexandre de Paiva Ferreira. — São Paulo : Labrador, 2023.

128 p.

ISBN 978-65-5625-369-5

1. Poesia brasileira I. Título

23-3873

CDD B869.1

Índice para catálogo sistemático:

1. Poesia brasileira

Editora Labrador

SUMÁRIO

Prefácio

I . ORAÇÃO

II. VÍNCULOS

Mesa

Casaco

Casa de avô

Museu de cera

Trenzinho

Fumaça

Carambola

Beijo

Trem de doido

III. CARTOGRAFIAS DO NADA

Canto I

O quadro na parede

O vento que passa

Trama do afluxo

Vagas informes

A cidade velha

A nau da minha ausência

Superfícies

O incenso da tarde

IV. DECALQUES

Um quase soneto

O grito

Natureza quase morta

Sísifo

Sereia

Ainda não é o fim

Uma praça em três tempos

V. TRANSFIGURAÇÕES

Ponte necessária

Adágios para a viagem

Uma visão

Cantiga de roda

O outro

Entre a espada e a pena

Janelas

Ofélia

Ao revés

VI. GEOGRAFIA FRAGMENTADA

Cine-Teatro Palace

Rua Teobaldo

Fim de tarde

Aquela dona

Igreja da matriz

Carrinho de pipoca

Notícia de jornal

A cadeia antiga

Falta alguma coisa

VII. NÃO VENDO FIADO

no boteco

ode a um copo de cerveja

salão do Lima

já que a sorte está chegando

um tango argentino

sob as cordas do violão

diálogo amoroso

duelo

sorria

VIII. TARDES DIZEM COISAS MAIS EXTRAVAGANTES QUE OS POETAS

Não só flor há no jardim

O sol se entranha

O sino da igreja toca

Lábios se abrem

Essas luzes do poente

E então não imaginava

Desde a Piazzale Michelangelo

Os vernizes da tarde

Às vergastas do pesadelo

IX. ESCÁRNIOS AO BEL-PRAZER

Idos de janeiro

Romance

Décimas

Homem é lobo de si

Vamos taxar os livros

Pra quê?

Almas mortas

Coisas

Yanomami

elli