Breviário
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Breviário - João Victor Nobrega
prefácio
Esta é uma espécie de Lira dos Vinte anos. Uma que foi partida ao meio e esquecida perto do cemitério da Consolação. Ali bem perto de onde uma outra foi concebida. Talvez sejam a mesma em diferentes estados de preservação. Às vezes parece que apenas a encontrei no caminho para casa, já corroída pelo tempo. Ali já bem perto da Maria Antônia: uma rua de cisões e convulsões protagonizadas por gente jovem; jovem como eu era (e sou) quando encontrei essa Lira.
A verdade é que, a princípio, acolhi esta Lira com desinteresse. Como quem não se dá conta do que está acontecendo e nunca nos damos inteiramente conta do que está acontecendo quando somos jovens demais. As coisas tiveram que decantar um pouco para eu entender a natureza daqueles dias. Vivíamos sob um signo de melancolia e putrefação. Apesar do viço da idade e da agitação daqueles estudantes que, com riso solto, ocupavam a rua, estávamos todos à sombra de um cemitério enorme. E, quisesse ou não, eu era estrangeiro naquelas terras. Mesmo tendo crescido no ABC Paulista, a apenas meia hora de carro da capital, eu era (e sou) estrangeiro em São Paulo. Não um completo estranho, mas uma espécie de convidado inconveniente, cujo convite foi enviado por cortesia, como que dizendo está convidado, mas não se incomode em aparecer. Eu apareci mesmo assim.
Fruto ainda verde, porém pronto para vicejar e amadurecer, encontrei solo infértil. Por sorte, encontrei também algo a que me agarrar, através de firmes raízes: esta Lira partida e abandonada. Com ela, compus essas canções quebradiças, com as quais atravessei três estranhos anos. Anos que mudariam as configurações políticas do país, nos quais a sombra de melancolia e putrefação ganhariam matéria e volume (embora a pandemia ainda não fosse visível) e nos quais eu