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O Dia Em Que O Major Alarico Virou Estátua
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O Dia Em Que O Major Alarico Virou Estátua
E-book130 páginas1 hora

O Dia Em Que O Major Alarico Virou Estátua

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Sobre este e-book

O MAJOR ALARICO, NUM REPENTE, RESOLVEU FECHAR A PORTEIRA. O tempo, como sempre acontece, foi ganhando cancha. Quem abriu a guaiaca e jogou seus patacões, apostando num quinto volume da “Comédia Gaúcha”, se deu bem e forrou o poncho. O primeiro volume da Comédia Gaúcha, um “Cavalo Verde” da melhor morfologia, foi recebido com palmas e refestério por homens chegados ao rebanho das letras. Como é useiro e vezeiro, atrás de um bom cavalo vem a trote, língua de fora, um cachorro. Pois saiu o segundo volume, “O Cachorro Azul”. E não se perdeu a pena do ganso. No galope dos anos, ganhou querência “O Gato Escarlate”, talvez o mais risório das crias de um tal Coronel. No mais recente, apareceu o “Filé de Borboleta, o Don Juan de Bagé”. O cuera saiu do campo aberto das páginas do livro para se rebolcar no cinema, nutrindo 4 curta metragens de bom refinamento. Décadas adelante, ganhou pastos “O dia em que o Major Alarico virou estátua”. Os causos são contados com o aprumo dos gaudérios que se afeitam no espelho pendurado na figueira e partem para os fandangos da noite. Ganha estrada uma tropa de centenas de causos colhidos nas vivências com a gente campeira ou provinciana. O causo é a nossa conversa de roda de mate, fogo de chão. Ele revela que, por trás de uma alma empinada que estampa o gaúcho, existe gente que sabe rir da vida, assunteia com riso travesso as estrepolias do pampa. Os editores
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de ago. de 2023
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    O Dia Em Que O Major Alarico Virou Estátua - Luiz Coronel

    AGRADECIMENTOS

    Digo-me contemplado e grato, em larga medida, pela participação de Nelson Boeira Faedrich ilustrando a capa desta edição do quinto volume da Comédia Gaúcha. Trata-se de uma arte que ostento em meu acervo de pintores gaúchos e que me foi destinada para ilustrar o poema Debandada, tema de abertura de Os Retirantes do Sul. Como em toda sua obra, Nelson revela seu vigor criativo e sua condição de exímio colorista. Lembrando ser ele o grande ilustrador da obra do mestre Simões Lopes Neto, trabalho hoje consagrado como um patrimônio artístico do Rio Grande.

    Da mesma forma, agradeço a Renato Canini (in memoriam), cuja arte, na precisa crítica de Luis Fernando Verissimo, revela o caráter inconfundível e inimitável, de uma imaginação borbulhante, confirmando que existem duas espécies de cartunista no Brasil: os outros e Canini. Sua arte confere a estes causos, envolvendo a gente simples do campo e das cidades da fronteira, um relevo que não teriam sem a contribuição de seu talento.

    Em especial o reconhecimento ao Grupo Zaffari pelo inestimável apoio ao trabalho editorial da Academia Rio-Grandense de Letras e, de uma maneira pessoal, penhoradamente agradecer a parceria concedida ao longo do tempo aos meus sucessivos projetos culturais.

    Luiz Coronel e Renato Canini, na Feira do Livro de Porto Alegre.

    [...] de seu esforço em afinar o ouvido, em substituir certa escritura culta pelas formas de narrativas próprias dos contos populares, ele aprendeu a injetar em suas frases a música da fala popular.

    Nélida Piñon

    SOBRE A OBRA REGIONAL DE LUIZ CORONEL

    Luiz Coronel traz das profundezas da terra o perfume e a seiva de um nativismo moderno. A Comédia Gaúcha há de ficar nos galpões depois de gineteadas prolongadas por 7 luas.

    Paixão Côrtes

    Folclorista

    Erico Verissimo e Luiz Coronel, campos diferentes, mas uma mesma coragem inovadora. Além do machismo e da belicosidade desgastados – uma terceira dimensão. E o nosso cancioneiro, tão hermético, com Luiz Coronel buscou a abertura universal do lirismo.

    Barbosa Lessa

    Folclorista e compositor

    Coronel é um lírico primoroso. Sua Comédia Gaúcha revelou-nos um contador de histórias mirabolantes de indiscutível originalidade. Ele harmoniza o tom da bravata, da proeza, da gabolice enfeitada com uma espécie de humor de veias abertas, que chega às fronteiras do surrealismo.

    Armindo Trevisan

    Poeta e ensaísta

    Eh! Eh! Seu Coronel! Se o povo não tinge de arco-íris os causos da tradição, quem acreditará nas invencionices de compadres?

    Élbio Prates Píccoli

    Escritor e contista

    Os causos, recolhidos por alguns e repetidos por muitos, dão testemunho de um imaginário popular travesso, pícaro e, ao mesmo tempo, misterioso. Qual a nossa verdadeira identidade? Talvez depois de ler estas estórias encantatórias encontremos algumas respostas.

    Lelia Lardone

    Escritora uruguaia

    Desde Simões Lopes Neto eu não encontrava um texto regional tão bem construído. O senso de humor ultrapassa tudo, nem parece obra de um menino da cidade, quando escreve na linguagem da gente rural.

    Rafaela Ribas

    Doutora e professora de Letras

    Os causos de Luiz Coronel – de caçadas, carteados, bordejos e fronteiras – constituem-se numa síntese popular e erudita, sensível e muito bem-humorada desta nossa identidade gaúcha.

    César Augusto Barcellos Guazzelli

    Historiador

    Luiz Coronel, quem não sabe, é o Giovanni Boccaccio dos Pampas escrevendo o seu Decamerão gaudério. Conto nos dedos os prosadores que manuseiam o travesso linguajar gaúcho, tendo como ponto de partida o mestre dos mestres Simões Lopes Neto. Letristas e poetas regionais davam para formar um piquete para contar causos. Das novas gerações, ponho o Coronel na dianteira.

    Jaime Vaz Brasil

    Poeta e psiquiatra

    Ao que me conste, desde Simões Lopes Neto o causo gaúcho não recebia um tratamento com tanto bom humor e maestria de linguagem. Sei que buscamos e atingimos agora a construção de uma verdadeira Comédia Gaúcha.

    Glênio Fagundes

    Folclorista

    Sua criatividade é febril. Não tem limites. Todos os temas podem tornar-se causos, canções ou poemas e, a cada segundo, Luiz Coronel apresenta a vida com novas criações.

    José Hilário Retamozzo

    Poeta regionalista

    Sua obra regional é de primeira. Gostei imensamente dos causos. Cumprem galhardamente o propósito de fazer rir sem despachar a imprescindível poesia.

    Anderson Braga Horta

    Poeta

    Luiz Coronel é o verdadeiro poeta da gauchônia, o estranho país dos gaúchos. Ele transborda mais uma vez sua incomensurável fonte de lirismo e nos brinda com seu refinado humor nesta obra de fino humanismo. A vida sorri porque ele existe.

    Giba Giba – Gilberto Nascimento

    Músico, instrumentista e compositor

    Guri, o livro que me deste li e reli dez vezes e passou pela mão de dezenas de brasileiros. Tenho duas perguntas: tens consciência de que escreves como gente grande? Quem te ensinou a manejar a linguagem como um bom gaúcho sabe levar sua montaria? Se paraste de escrever, deve ter esquecido a inteligência em algum lugar. Vá buscá-la. Teus causos e contos são perfeitos.

    Nahum Sirotsky

    Jornalista internacional

    Hoje, fazer uma pessoa rir vale tanto ou mais do que escrever um grande romance. E fazer rir, ora comedido, ora a bandeiras despregadas, é o que faz com maestria Luiz Coronel.

    Frei Rovílio Costa

    Escritor

    O leitor verá neste livro que Luiz Coronel é também um belíssimo narrador. Cavalo Verde, por exemplo, já ao nascer é um clássico.

    Luis Antonio de Assis Brasil

    Escritor e romancista

    Quem pôs véus nas pitangueiras e alambrou cordas de espinhos é porque andou mil caminhos e bandeou mil corredeiras. Depois alargou fronteiras, buscando outras direções, usando outras expressões na contextura dos poemas e hoje seus versos são

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