Direito à educação e trabalho infantil: perspectivas desde o Litoral Norte do Rio Grande do Sul
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Direito à educação e trabalho infantil - Amanda do Nascimento da Silveira
AGRADECIMENTOS
Ao meu filho amado, Aquiles, meu guerreiro que me inspira e me faz acreditar e querer um mundo melhor para todas e todos.
Ao meu marido e à minha mãe, pela compreensão nos inúmeros momentos que necessitei estar ausente e por serem pacientes com o meu humor tão instável nestes últimos tempos. Ainda, agradeço por todo apoio e motivação desde a seleção virtual, no meio de uma pandemia mundial sem precedente, da qual, mesmo diante de tantas incertezas sobre o futuro, me motivaram a não desistir deste sonho.
Aos meus familiares, amigos e amigas, por aceitarem a minha justificativa de preciso terminar o Mestrado, depois a gente vê
e me esperarem para programas, passeios e novos projetos.
À minha professora e orientadora, Dra. Thaís Janaína Wenczenovicz, por me fazer acreditar que seria possível, por toda a atenção, carinho e motivação, e claro, por toda a cobrança também. Quanta honra tenho e sinto por trilhar este caminho do Mestrado acompanhada de tão ilustre expert na área da educação e direitos humanos.
Às professoras, Dra. Regina Stella Corrêa Vieira (UNOESC/PPGD) e Dra. Maria Cristina Schefer (UERGS/PPGE), que participaram das minhas bancas, qualificação e defesa da dissertação, pelos ensinamentos, pelas contribuições, sugestões, críticas, com intuito de enriquecer esta dissertação. Preciso destacar que foi uma banca de Mulheres empoderadas – vocês não sabem o quanto isto foi importante para mim e o quanto me motivou.
Às professoras e aos professores do Programa de Mestrado Profissional em Educação da UERGS (Unidade Litoral), pelo conhecimento compartilhado, pelas contribuições, pelas risadas, pela troca, por abrirem muitas janelas e destrancarem certas portas, e pelas grandes oportunidades de construção de crescimento.
Às minhas colegas e aos meus colegas de curso com quem tanto aprendi, tê-las/tê-los comigo, durante esta caminhada, mesmo de forma virtual, foi uma grande alegria.
A todas as pessoas que me ajudaram a divulgar e realizar a entrevista sobre a educação e o trabalho infantil em suas escolas.
A todas e todos os 48 professores do Litoral Norte Sul Rio-grandense que responderam à pesquisa e destinaram um pouco do seu tempo para contribuir à construção desta dissertação.
Em que pese tenha me sentido muito só durante todo o processo de estudos, estar cursando Mestrado na UERGS (Litoral Norte – Osório), em meio a todo o caos da pandemia do COVID-19, foi um alento diante de todos os momentos difíceis, angustiantes e tristes.
Obrigada a todas e todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para o desenvolvimento desta dissertação. A vocês, minha gratidão eterna.
A professora é a mãe da escola
.
Aquiles, 7 anos de idade.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PREFÁCIO
A educação e a escola têm um papel humano essencial quando se trata de analisar a composição da formação social do Brasil, assim como do fazer científico. No entanto, existem percalços e negações diárias do direito fundamental social à educação que aumentam a probabilidade das crianças e dos jovens não darem continuidade aos estudos em face das desigualdades educacionais e presentes desde séculos na trajetória histórica do Brasil.
Nesse contexto, com brilhantismo e seriedade a autora Amanda do Nascimento da Silveira nos apresenta sua trajetória de dois anos de leitura e pesquisa em forma livro com o título Direito à Educação e Trabalho Infantil: perspectivas desde o Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
O estudo tem como objetivo geral analisar o impacto do trabalho no acesso e permanência ao Direito à Educação no Ensino Fundamental no Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul (2010-2020), e, específicos, discutir o acesso e permanência dos estudantes diante do Direito Fundamental Social da educação nas escolas do Litoral Norte Sul Rio-grandense; e apresentar elementos sobre a responsabilidade do Estado no que se refere ao cerceamento e negação dos direitos fundamentais.
Insta destacar que a autora busca observar as peculiaridades do Litoral Norte do estado do Rio Grande do Sul com relação à exploração do trabalho infantil e a permanência na escola, bem como refletir sobre a desigualdade social do País, do Estado, do Litoral Norte e os impactos desse processo na evasão escolar. O livro divide-se em 3 capítulos.
No primeiro capítulo, apresenta a trajetória histórica do direito à educação, conectada aos estudos dos Direitos Humanos e do Direito Social e analisa documentos internacionais e as Leis nacionais que tratam sobre o tema estudado. Traz ainda, discussões sobre a eficiência e a eficácia do direito fundamental social à educação frente aos desafios do século XXI.
Já no segundo capítulo, reflete sobre o tratamento desigual aos iguais no que diz respeito ao direito à educação brasileira, com assente aos eixos: alfabetização, analfabetismo e a evasão escolar na América Latina. Traça também elementos do percurso histórico da educação no Brasil e o contexto das invisibilidades com observação nas desigualdades sociais, além da apresentação das políticas educacionais e evasão escolar no país.
No terceiro e último capítulo, adentra no mundo do trabalho e traça aproximações com a escola, a evasão escolar e a violação de direitos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Indica também na sequência a trajetória histórica do trabalho infantil e a consequente evasão escolar no Litoral Norte do Estado do RS, racismo estrutural e institucional, bem como as ferramentas de proteção contra a exploração do trabalho infantil, e, num contexto regional.
Dessa profícua trajetória, surgem diálogos com autores e áreas do conhecimento que possuem como base os Direitos Humanos, os Direitos Fundamentais Sociais e a Educação, num movimento interdisciplinar exitoso. Razão pela qual faz desse valoroso esforço acadêmico também um compromisso público com a função social do fazer científico.
Outro elemento de destaque é a opção metodológica da autora. Amanda realiza uma densa pesquisa bibliográfico-documental uma vez que a base legal da pesquisa alicerça os argumentos de forma veemente. Ainda, pode-se apontar que o estudo para além do caminho qualitativo bibliográfico encontra-se o empírico com uso da estatística não paramétrica, momento que utiliza de fontes secundárias de banco de dados virtuais e documentos como do Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho da 4º Região (TRT4), Ministério da Economia, Secretaria do Trabalho e Emprego, Ministério da Educação (MEC), 11ª Coordenadoria Regional da Educação, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Acrescenta-se a pesquisa a busca de dados no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e Conselho Regional de Desenvolvimento (COREDE) Litoral e Conselhos Tutelares e Organização Não Governamental (ONG), Coordenadoria Regional de Educação (CRE), tendo como base a legislação nacional vigente e pesquisa realizada na forma virtual com educadores atuantes no Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, a abrangência e a profundidade do tratamento dado aos eixos centrais desse livro às diferentes dimensões que envolvem direta e indiretamente a questão educacional no Brasil e especialmente no Litoral Norte do rio Grande do Sul farão desta obra uma referência obrigatória para ativistas, cientistas sociais, educadores, estudantes, formuladores de políticas e gestores dos mais diversos organismos sociais que reconheçam na educação uma prática social com vistas a construção de um Brasil emancipador, justo e soberano.
Excelente leitura
Inverno de 2023
Thaís Janaina Wenczenovicz¹
1 Pesquisadora PQg Produtividade/FAPERGS/Faixa 2. Professora Titular no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito/UNOESC. Professora no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas/Universidade Federal da Fronteira Sul. Membro do Comitê Internacional Global Alliance on Media and Gender (GAMAG) - UNESCO. Líder da Linha de Pesquisa Cidadania e Direitos Humanos: perspectivas decoloniais/PPGD UNOESC. Membro da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos no Rio Grande do Sul. Membro do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI/Rio Grande do Sul). Membro sócia-titular da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Membro da Red de Constitucionalismo Crítico de América Latina.
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
INTRODUÇÃO
1 DIREITOS HUMANOS E DIREITO FUNDAMENTAL SOCIAL À EDUCAÇÃO
1.1 DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO: OLHARES SOCIOJURÍDICOS
1.2 DIREITO FUNDAMENTAL À EDUCAÇÃO NO BRASIL
1.3 A EFETIVIDADE DO DIREITO À EDUCAÇÃO
1.4 EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS, A EDUCAÇÃO E O BEM-ESTAR NA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA
1.5 O SUJEITO HISTÓRICO, SÓCIO-JURÍDICO E CULTURAL NA FIGURA DO ESTUDANTE
2 DESIGUALDADES SOCIAIS, DIREITO À EDUCAÇÃO E O TRABALHO NO CONTEXTO INFANTIL
2.1 ALFABETIZAÇÃO, ANALFABETISMO, EVASÃO ESCOLAR NA AMÉRICA LATINA
2.2 DESIGUALDADES, DETERMINAÇÃO SOCIAL E SEUS REFLEXOS NO ACESSO À EDUCAÇÃO
2.3 TRABALHO NO CONTEXTO INFANTIL
2.3.1 Justiciabilidade e a Educação
2.3.2 Enfoques Variados da Exclusão
2.4 AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL
3 ESCOLA, MUNDO DO TRABALHO E EVASÃO ESCOLAR: VIOLAÇÕES DE DIREITOS DESDE O LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
3.1 A HISTÓRIA DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL ATÉ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
3.2 TRABALHO INFANTIL NO BRASIL E A LEGISLAÇÃO E NORMAS VIGENTES
3.3 TRABALHO INFANTIL E EVASÃO ESCOLAR NA REGIÃO DO LITORAL NORTE SUL RIO-GRANDENSE: TRAJETÓRIA HISTÓRICA E SOCIAL E DIAS ATUAIS
3.4 SOBRE RACISMO(S) ESTRUTURAL E INSTITUCIONAL: REFLEXÕES DESDE A APRENDÊNCIA E O TRABALHO
3.5 OS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL
3.6 SER VISÍVEL: O ESTATUTO DO APRENDER E AS EXCLUSÕES LOCAIS
3.7 OLHARES SOBRE O LOCUS REGIONAL: PERSPECTIVAS DESDE A PESQUISA MULTIMÉTODOS COM PROFESSORES
3.8 AUSÊNCIA DE ESTATÍSTICAS E O IMPACTO NAS PESQUISAS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXO
FORMULÁRIO DE PESQUISA REALIZADO COM AS/OS PROFESSORES DO LITORAL NORTE SUL RIO-GRANDENSE
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
INTRODUÇÃO
O presente estudo trata-se de dissertação apresentada como requisito para obtenção de título de Mestre em Educação na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS, Unidade de Osório, que tem por área de concentração a Educação na Educação Básica e Linha de Pesquisa Direitos Humanos, Educação e Tecnologias. O presente estudo possui como eixos norteadores o direito à educação, o trabalho infantil e a evasão escolar no Litoral Norte do Rio Grande do Sul no período de 2010 a 2020.
Insta assinalar que grande parte dos países no mundo garante, em seus textos legais, o acesso de seus cidadãos à educação básica (EB). Afinal, a educação é uma dimensão fundante da cidadania e tal princípio é indispensável para políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e, também, no mundo do trabalho.
Dessa forma, há diversos documentos de caráter internacional, assinados por países da Organização das Nações Unidas (ONU), que reconhecem e garantem o acesso à educação a seus cidadãos. A exemplo pode-se citar o artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. Do mesmo assunto ocupam-se a Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino, de 1960, e o artigo 13 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966.
Neste sentido, o tema assenta-se com vistas à Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH); no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois protocolos opcionais (mais especificamente no caso da Linha de Pesquisa Direitos Fundamentais Civis
); no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seu protocolo opcional (mais notadamente no caso da Linha de Pesquisa Direitos Fundamentais Sociais
).
Também consultou-se a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, de 1948; a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1965; a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, de 1979; a Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989; e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2006, em busca de elementos que dialogassem com o eixo central: Direito à Educação.
No tocante ao Brasil, a educação, como é definida no ordenamento jurídico pátrio vigente, é uma das condições para a existência digna do cidadão. Estabelecida como fundamental pela Carta Magna tem seu caráter inviolável, perfazendo com que tal Direito Social seja respeitado e garantido a todos e todas indiscriminadamente. Nesse sentido, imperioso faz-se colacionar o artigo 6º da Constituição Federal vigente:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988).
Da mesma forma, a Lei Maior, ao tratar sobre a ordem social, traz o dever da educação como do Estado e da família e garante o seu aprestamento para além do exercício da cidadania, como também para a qualificação para inserção ao mercado de trabalho (BRASIL, 1988). Atente-se:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Sabe-se que diversos fatores incidem